Como parar de estudar conselho tutelar

A impotência dos pais para lidar com jovem rebelde, que se recusa a frequentar a escola com regularidade, não pode dar causa à multa em ação de abandono intelectual. Assim entendeu o desembargador Ivan Leomar Bruxel, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, ao absolver um casal acusado de negligência pelas constantes faltas do filho na sala de aula, quando tinha 17 anos.

O Ministério Público queria obrigá-los a manter frequência escolar obrigatória e regular do filho. A ação dizia que é dever da família assegurar o direito à educação, conforme a Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90).

O juízo de origem determinou que os pais mantivessem o filho na escola. Em caso de desobediência, responderiam por crime de desobediência e ainda deveriam pagar multa de pelo menos um salário mínimo – até o valor máximo de R$ 10 mil.

Contra a sentença, o casal recorreu, alegando que fazia o possível para manter o filho com matrícula e frequência no curso Educação de Jovens e Adultos (Eja). Os réus disseram que a multa, se aplicada, só agravaria a situação financeira da família.

Tentativas frustradas
Em parecer, o procurador de Justiça Antonio Cezar Lima da Fonseca, com assento na 8a. Câmara Cível, não viu conduta culposa ou dolosa dos pais em relação ao filho, já que houve tentativas para a continuidade nos estudos.

Fonseca afirmou que, apesar de terem falhado na missão de obrigá-lo a frequentar a escola, eles responderam a todos os chamados das entidades de proteção a menores. O fato de o adolescente não ter comparecido à primeira audiência designada junto à Promotoria só exemplifica a rebeldia do jovem. Na percepção do procurador, o caso é de ‘‘impotência’’ em relação ao ‘‘comportamento recalcitrante’’ do filho em relação aos estudos.

‘‘Como é assaz comum, principalmente em comunidades humildes, o advento da adolescência e às vezes até a necessidade de que o jovem trabalhe para auxiliar no sustento da casa acabam por retirá-lo prematuramente dos bancos escolares. Muitas vezes, isso não se dá por negligência dos pais, mas por vontade (ou rebeldia) do próprio adolescente, tornando injusta a penalização dos genitores, pois, embora tenham que cumprir seus deveres parentais, não raro eles não mais exercem controle sobre os filhos quase adultos’’, escreveu no parecer.

Para o relator do recurso no TJ-RS, Ivan Bruxel, a situação é ainda peculiar porque o jovem já completou 18 anos e a mãe está desempregada. Em decisão monocrática, o desembargador concluiu que não há como culpar ou penalizar os pais pela desobediência do jovem, já maior de idade, que se nega a frequentar a sala de aula.

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Estudar casos � um trabalho minucioso. Os itens e as perguntas apresentadas anteriormente s�o o esbo�o de um roteiro de preocupa��es que devem guiar a a��o de um conselheiro tutelar. Certamente, outras perguntas e preocupa��es ir�o surgir diante de cada caso espec�fico.

Para melhor estudo e compreens�o de um caso, muitas vezes ser� necess�ria a atua��o de um profissional habilitado para trabalhos t�cnicos especializados:

  • Psic�logo: estudo e parecer psicol�gico.
  • Pedagogo: estudo e parecer pedag�gico.
  • Assistente social: estudo e parecer social.
  • M�dico: atendimento e avalia��es m�dicas

O Conselheiro Tutelar, para completar suas observa��es e an�lises e fundamentar suas decis�es, dever� requisitar os servi�os especializados dos profissionais citados e de outros . O importante � um estudo preciso e completo do caso que precisa de atendimento.

Encaminhar um caso
� aplicar uma ou mais medidas protetivas que atuem diretamente nos focos desencadeadores da amea�a ou viola��o dos direitos da crian�a ou do adolescente, devendo o Conselho Tutelar requisitar, sempre que necess�rio, os servi�os p�blicos nas �reas de Sa�de, Educa��o, Servi�o Social, Previd�ncia, Trabalho e Seguran�a, indispens�veis ao correto encaminhamento de solu��es para cada caso. Encaminhar um caso pode significar tamb�m a aplica��o de medidas pertinentes aos pais ou respons�vel pela crian�a ou adolescente, o que, muitas vezes, torna-se vital para o completo atendimento da crian�a ou adolescente.

Acompanhar o caso
� garantir o cumprimento das medidas protetivas aplicadas e zelar pela efetividade do atendimento prestado, evitando que qualquer uma das partes envolvidas (fam�lia, escola, hospital, entidade assistencial e outras) deixe de cumprir suas obriga��es, fazendo romper a rede de a��es que sustentam o bom andamento de cada caso espec�fico. O bom acompanhamento de caso, feito em parceria com outros atores comunit�rios e o poder p�blico, d� ao Conselho Tutelar condi��es de verificar o resultado do atendimento e, se necess�rio, aplicar novas medidas que o caso requerer.

O Conselho Tutelar n�o precisa especializar-se em acompanhamento de casos, podendo fazer este trabalho por meio de associa��es comunit�rias, igrejas, entidades de atendimento e �rg�os p�blicos de aten��o � crian�a - aos quais requisitar�, periodicamente, relat�rios sobre o desenvolvimento dos casos.

Saber manejar a Metodologia de Atendimento Social de Casos � no entanto, fundamental para o trabalho do Conselho Tutelar: receber, estudar, encaminhar e acompanhar casos, buscando superar as situa��es de amea�as ou viola��es dos direitos de crian�as e adolescentes, com a aplica��o das medidas protetivas adequadas.

[Fonte: Funda��o Telef�nica - Promenino]

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Download:   (arquivos PDF)
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�   Conselho Tutelar - Informa��es B�sicas
�   Trabalho Infantil - Manual de Atua��o do Conselho Tutelar   (MPT - 2013)

Refer�ncias:   (links externos)
�   Funda��o Telef�nica - Promenino

As distrações tecnológicas não são os únicos vilões do desinteresse do seu filho pelos estudos, pelas tarefas escolares. O desespero bate, as tarefas não são feitas, o seu filho não aprende o que deveria e você pensa assim: “meu filho não quer estudar, e agora? O que eu faço?”.

Mas além das distrações de telas, existem outros fatores muito importantes que você tem que levar em consideração na hora de entender o que está acontecendo com o seu filho que não quer estudar. Por isso, até o fim deste artigo, você vai entender o que fazer para motivar o seu filho e como deixar a escola mais interessante! Confira:

A escola é um lugar de muitos desafios

É natural que a criança, ao ter os primeiros contatos com as letras, com os números e com todas as outras atividades escolares, fique muito eufórica e queira explorar todas as possibilidades de aprendizagem. Você vai notar, por exemplo, que quando seu filho começar a se alfabetizar, ele tentará ler todas as placas da rua e explorará todas as embalagens que você tiver no armário da sua casa.

É, realmente, um momento de grandes descobertas, afinal, ele está sendo desafiado. Já para os adolescentes, principalmente quando entram no ensino médio, o desafio e as novidades ficam por conta da escolha profissional, das relações próprias da puberdade e da busca pela autonomia.

Todas as famílias querem filhos aplicados e que se desenvolvam normalmente. No entanto, há inúmeros fatores que podem desestabilizar a criança e o adolescente. Por isso, os pais precisam conviver com essa situação, aprender a observar o seu filho e saber tomar as atitudes certas.

8 Sinais de que seu filho não quer estudar e está mais desanimado que o normal com os estudos

Além dos apelos tecnológicos e a exposição excessiva às telas, fatores emocionais, transtornos de aprendizagem e questões próprias da adolescência interferem no interesse do seu filho pelos estudos. 

Por mais que algum nível de desinteresse seja normal (como em matérias mais difíceis ou em dias em que o seu filho não acorda bem), o excesso disso é um alerta! Vamos ajudá-lo a identificar alguns comportamentos:

  • Durante o tempo livre, o seu filho está sempre conectado à telas (e essa conexão é apenas para lazer e não estudo);
  • O seu filho não consegue se concentrar nas tarefas: atenção, pois pode ser sinal de algum transtorno de aprendizagem, como o dislexia ou discalculia;
  • Ele fica choroso ou muito agitado quando tem que fazer um tema, por exemplo, de matemática. Pode ser que ele não entenda esta disciplina, por isso está evitando (mais um alerta para transtornos de aprendizagem);
  • Seu filho fica muito agitado e irritado quando se aproxima a hora de fazer os temas solicitados pelo professor;
  • Ele perdeu o interesse pela matéria preferida; por exemplo, fazia todas as atividades de Ciência e agora não quer mais fazer;
  • O seu filho tem passado por mudanças hormonais: isso afeta muito o humor e o comportamento dos adolescentes;
  • As notas estão caindo: acompanhe a evolução das notas e conceitos do seu filho. Normalmente, quando há desinteresse, as avaliações baixam;
  • O seu filho deixa de entregar trabalhos, mata aula, chega atrasado e não se preocupa com a agenda e com os compromissos da escola.

Quando o desânimo para os estudos pode ser sinônimo de ansiedade e depressão

O principal sintoma da depressão é se afastar das tarefas do dia a dia. Ou seja, a pessoa não sente mais prazer em realizar tarefas simples como tomar banho, sair da cama ou caminhar na rua. Então, você precisa ficar atento se o desânimo do seu filho não está relacionado à depressão ou à ansiedade

A gente sabe que a primeira atitude dos pais é dizer que a criança ou o adolescente está com preguiça, que é relaxado, que não quer nada com nada. Mas os diagnósticos para essas duas doenças aumentaram muito no contexto escolar e, graças a esses diagnósticos, professores, pais e coordenações pedagógicas podem trabalhar adequadamente com esses alunos.

Alunos ansiosos costumam resistir a levantar cedo e ir para a escola. Além disso, eles choram, têm falta de ar e, muitas vezes, desenvolvem síndrome do pânico. Como consequência, eles não têm energia para realizar as atividades escolares, mesmo que seja em casa.

Como lidar com o desinteresse escolar do meu filho? 7 dicas de psicólogos

Antes de mais nada, é importante esclarecer que há algumas crianças e adolescentes que não gostam de estudar. Isso mesmo! E o máximo que os pais e professores podem fazer é acompanhar e estimular sem jamais expor o filho ou aluno por causa disso.

No entanto, a maioria das crianças e adolescentes gostam de obter sucesso nos estudos e esperam a ajuda de pais e professores para crescerem no ambiente escolar. Afinal, estudar exige prática e qualquer um pode muito bem aprender a ser melhor nos estudos.

Por isso, preparamos 7 dicas de como você pode lidar com o desinteresse escolar do seu filho:

  1. Lembre-se de que o exemplo vem de casa;
  2. Use materiais complementares;
  3. Confiança no potencial do seu filho;
  4. Matenha o ambiente organizado;
  5. Não crie muita expectativa;
  6. Acompanhe a escola;
  7. Observe seu filho com atenção.

lembre-se de que o exemplo vem de casa

A família precisa demonstrar interesse pelos estudos. Pais que não leem, não pesquisam, não valorizam a escola e não criam expectativas nos estudos perdem a oportunidade de ser exemplos para os filhos.

use materiais complementares

Invista em jogos e atividades em geral que estimulem o aprendizado, porque muitas pessoas aprendem somente com o auxílio de materiais concretos. Estimule ele a estudar assistindo a vídeos no YouTube, a filmes, jogando videogame e outros.

confiança no potencial do seu filho

Mostre para o filho que você acredita nele e vibre com todos os resultados escolares.

mantenha o ambiente organizado

Uma criança que vive em um ambiente desorganizado pode demonstrar dificuldade para realizar atividades, porque nunca encontra nada, faltam materiais, há barulho e a casa está constantemente desarrumada.

não crie muita expectativa

Você sabia que isso pode ser desestimulante? Então, cuidado com a dose de expectativas que você põe nos estudos do seu filho. A dica é conhecer as limitações dele e estimular a ser melhor dentro dessas limitações.

acompanhe a escola

Conheça a metodologia da escola de seu filho e acompanhe as avaliações e atividades em geral.

observe seu filho com atenção

Fique atento aos sinais de ansiedade e depressão e procure a escola, pois lá há profissionais qualificados para ajudá-lo, e se não houver, a coordenação pedagógica encaminhará seu filho para atendimento.

A criança e o adolescente não estão ligados na tomada o tempo todo

Estudar é um ofício e, assim como os adultos não são produtivos o tempo todo em seus empregos, as crianças e os adolescentes também têm períodos de baixo rendimento. Então, como já falamos anteriormente, dose a sua expectativa e saiba o momento de cobrar mais ou menos.

É comum que crianças pequenas fiquem cansadas depois de algumas atividades e tudo que elas querem é relaxar e dormir. Administre isso com ela: “você vai dormir agora, mas amanhã cedinho, depois do café, vai fazer a tarefa de arte”.

Os adolescentes, por sua vez, costumam ter longos períodos de ociosidade, normalmente em seus quartos e, atualmente, diante do celular. Este comportamento é normal e você combinará com eles regras para os estudos em casa. Como, por exemplo, proibi-lo de fazer as tarefas de madrugada.

Os psicólogos da Eurekka podem ajudar o seu filho que não quer estudar

Como já vimos anteriormente, sofrimentos psicológicos podem afetar drasticamente a produção e o desempenho na escola. Portanto, torna-se muito importante ajudar a cuidar dos aspectos emocionais da criança e do adolescente também.

Se você nota que o seu filho anda mais desanimado, descuidado ou distraído demais, isso pode ser um claro indicativo de que ele está com dificuldades psicológicas e precisa de ajuda. Nesse caso, a Eurekka pode te ajudar. 

A clínica conta com psicólogos e psiquiatras treinados para este tipo de situação e que sabem exatamente o que fazer para ajudar o seu filho a passar por esse momento difícil e retomar suas atividades de forma positiva. Para marcar uma sessão de terapia, clique aqui.

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