Dismenorreia atinge aproximadamente 65% das mulheres Show
Cerca de 65% das brasileiras sofrem com cólica menstrual e 70% observam uma queda na produtividade durante a menstruação, de acordo com um estudo realizado pela empresa MedInsight. Os ginecologistas do Hospital Samaritano, Dr. Edison Ogeda; da Rede de Hospitais São Camilo, Dra. Cíntia Pereira; e do Hospital Sírio-Libanês, Dr. Eduardo Vieira da Motta, explicam porque o problema é tão comum. O que causa a cólica menstrual?Igualmente chamada também de dismenorreia, a cólica tem início com os ciclos menstruais ovulatórios, por volta de dois anos após a primeira menstruação. Em princípio, durante o período fértil – fase do mês em que a mulher está ovulando e que dura cerca de seis dias – há liberação de prostaglandina, substância que promove a contração do útero para a eliminação do sangue menstrual. Esse movimento causa a dor. Por que algumas mulheres sentem mais dor?Na adolescência, as dores costumam serem maiores, principalmente nos primeiros anos após o início da menstruação. Isso acontece, pois os ovários amadurecem e passam a liberar um óvulo por mês, mas o útero ainda é pequeno e o orifício da saída, mais fechado. Na fase adulta, algumas mulheres usam absorventes intravaginais, que atrapalham a contração uterina ou têm sensibilidade à prostaglandina, o que pode aumentar a dor. Depois da primeira gravidez, as dores costumam a diminuir devido a alterações na musculatura do útero. A cólica menstrual pode ser sintoma de doenças?Se a dor piorar e for persistente, pode ser indício de uma doença mais séria, como pólipos, mioma uterino e endometriose. Segundo um levantamento da Fundação Mundial de Pesquisas em Endometriose, existe um tempo médio de sete anos entre os primeiros relatos dos sintomas, como pontadas no ventre e dificuldade para engravidar até a confirmação da disfunção. Quais as maneiras de aliviar a dor?O alívio – no caso de não haver nenhuma doença – pode ser por meio de medicamentos anti-inflamatórios não hormonais, contraceptivos hormonais, dispositivos intrauterinos ou medicamentos hormonais, que podem levar a mulher a ficar sem menstruar. Como evitar a dor?A prática de atividades físicas ou fisioterapia regularmente para fortalecer a musculatura do baixo ventre, aumentar a produção de endorfina e reduzir o fluxo menstrual e os processos inflamatórios é a maneira mais eficaz. Ter uma dieta rica em fibras e vegetais, vitaminas B1, B6 e E, além de gorduras boas proveniente dos peixes, também contribui. No período pré-menstrual, é aconselhável tomar bastante líquido e evitar a ingestão de café, chocolates e refrigerantes à base de cola – já que a cafeína contrai os vasos do endométrio. Fonte: Bol Atroveran apresenta solução em adesivo para cólicas menstruais cólica cólica menstrual dores ginecologista
Juliana Conte é jornalista, repórter do Portal Drauzio Varella desde 2012. Interessa-se por questões relacionadas a manejo de dores, atividade física e alimentação saudável.
As causas da cólica menstrual têm a ver com a contração do útero para expulsar o endométrio em forma de sangramento na menstruação. Saiba mais. Segunda-feira, 6:30h da manhã, o despertador toca, mas você não tem coragem de sair da cama, pois sente cólicas menstruais terríveis e tem a impressão de que a qualquer momento algo vai sair do seu útero por causa das contrações. A cabeça dói, o abdômen fica inchado e o remédio demora a fazer efeito. O problema afeta cerca de 80% das mulheres em algum momento da vida, segundo dados de uma pesquisa feita por um laboratório farmacêutico. A primeira dica é investigar as possíveis causas da cólica menstrual, pois a dor pode ser sinal de algo mais sério como má formações uterinas, endometriose, miomas, entre outras. Se após exames preventivos o ginecologista chegar à conclusão de que é uma dismenorreia essencial, ou seja, a cólica está relacionada aos eventos que antecedem a menstruação e não há interferência de outras enfermidades, o mais recomendado é utilizar medicamentos específicos para a dor. A ginecologista Marta Curado sugere que três dias antes de ficar menstruada, a mulher tome, a cada 8 ou 12 horas (dependendo da orientação do médico), anti-inflamatórios não hormonais que vão impedir que o útero se contraia. Veja também: 6 fatos sobre endometriose ”A ideia é evitar que os sintomas apareçam. Os anti-inflamatórios vão inibir a ação da prostaglandina, que causa as contrações. Na verdade, o útero se contrai para expulsar o endométrio (revestimento interno do útero), em forma de sangramento, quando o óvulo não foi fecundado”, explica Curado. Em relação aos inchaços, o ginecologista Donizetti Ramos dos Santos explica que a partir da ovulação, o ovário passa a produzir mais progesterona, hormônio que retém mais sódio e água. “Por isso a mulher se sente inchada e até as mamas ficam mais sensíveis. Pode haver também alterações em vasos sanguíneos e artérias, que podem causar vasodilatação, responsável pela dor de cabeça que faz parte da TPM (Tensão Pré-Menstrual).” DIU ajuda a evitar as cólicasPara evitar as cólicas, a pílula anticoncepcional também pode ser uma arma poderosa, além de ser um método eficaz de contracepção. Alguns medicamentos permitem que a mulher fique totalmente sem menstruar. Mas, para algumas, os efeitos colaterais como dor de cabeça, náuseas e inchaço são bastante recorrentes. Na opinião do médico, o DIU (dispositivo intrauterino ) de progesterona é uma das melhores ferramentas da medicina para acabar com esse problema específico da mulher. “Em um procedimento rápido, o dispositivo é inserido pelo ginecologista no útero da mulher. A progesterona é liberada diariamente durante um período de cinco anos. A maioria das mulheres para de menstruar e todos os sintomas da TPM vão embora. Se ela quiser engravidar, basta pedir para o ginecologista retirar o DIU e a menstruação volta normalmente. O dispositivo não atrapalha nada, nem as relações sexuais”, explica.
A cólica, também conhecida por dismenorreia, é o sintoma mais natural e comum que acompanha a menstruação. Juntamente com a tensão pré-menstrual, é uma das principais queixas das mulheres. Há dois tipos de cólica: a primária, que existe desde a menarca (nome dado à primeira menstruação) juntamente com o início dos ciclos ovulatórios; e a secundária, que surge após um período sem dor. A cólica primária é de natureza desconhecida e inata ao organismo feminino. Já a cólica secundária pode ser provocada por doenças como inflamações pélvicas, endometriose e fibromiomas. Não há como prever a duração da cólica, mas geralmente a dismenorreia precede a menstruação por alguns dias e se intensifica com a chegada do fluxo menstrual. Fonte: Lima, Geraldo Rodrigues de; Girão, Manoel J.B.C.; Baracat, Edmund Chada. Dismenorréia. In: Ginecologia de Consultório. 2003.1ª Edição. P.63. Editora de Projetos Médicos. São Paulo-SP.
Todo mês é a mesma história: TPM, alterações de humor, vontade de atacar a geladeira e... cólica, muita cólica. Segundo um estudo realizado pela empresa MedInsight, denominado Dismenorreia e Absenteísmo no Brasil, cerca de 65% das brasileiras sofrem com o desconforto e 70% delas observam uma queda na produtividade durante a menstruação. Veja também:Os ginecologistas Edilson Ogeda, do Hospital Samaritano, Cíntia Pereira, da Rede de Hospitais São Camilo, e Eduardo Vieira da Motta, do Hospital Sírio-Libanês, explicam por que o problema é tão comum e ensinam como amenizar a dor: O que causa a cólica menstrual?A cólica menstrual, chamada cientificamente de dismenorreia, tem início com os ciclos menstruais ovulatórios, por volta de dois anos após a primeira menstruação. Durante o período fértil --fase do mês em que a mulher está ovulando e que dura cerca de seis dias– há a liberação de prostaglandina, substância que promove a contração do útero para a eliminação do sangue menstrual. Isso pode ocasionar desde um desconforto leve na região pélvica ou no baixo ventre até dores intensas, que chegam a ser incapacitantes. Por que algumas mulheres sentem mais dor que outras?As cólicas costumam ser mais intensas na adolescência, especialmente nos primeiros anos após o início da menstruação. Essa é a época em que os ovários amadurecem e passam a liberar um óvulo por mês. O útero ainda é pequeno e o orifício de saída, mais fechado. Na fase adulta, a cólica pode ser mais forte em algumas mulheres por usarem absorventes intravaginais, que atrapalham a contração uterina, ou por terem sensibilidade à prostaglandina, problema que não tem causa aparente. Após a primeira gravidez, há chances de a intensidade da dor diminuir devido a alterações na musculatura do útero. A cólica pode ser indício de alguma doença?A cólica geralmente tende a melhorar com o passar do tempo. Se piorar e se tornar persistente, pode ser indício de uma doença mais séria, como pólipos, mioma uterino, e, a mais comum, endometriose. De acordo com um levantamento realizado pela Fundação Mundial de Pesquisas em Endometriose em dez países, existe um tempo médio de sete anos entre os primeiros relatos dos sintomas, como pontadas no ventre e dificuldade para engravidar, e a confirmação da disfunção. Portanto, é fundamental buscar auxílio médico ao perceber os primeiros sinais para esclarecer a causa do problema e descobrir o melhor tratamento. Quais as formas de aliviar a dor?Se a cólica estiver relacionada a alguma doença, o tratamento dependerá de suas particularidades. Caso um problema mais grave tenha sido descartado, o alívio pode ser obtido por meio de medicamentos anti-inflamatórios não hormonais, contraceptivos hormonais, dispositivos intrauterinos ou até mesmo medicamentos hormonais, que podem levar a mulher a ficar sem menstruar. A melhor opção para cada caso deve ser avaliada pelo seu ginecologista. Lembre-se: a automedicação pode oferecer riscos à saúde e não deve ser praticada. Tratamentos não medicamentosos, como compressas de água quente, massagem e acupuntura, também auxiliam no combate à dor. Odega explica que a aplicação de agulhas estimula a produção de serotonina e endorfina, neurotransmissores que aumentam a sensação de bem-estar. Já o calor da compressa provoca a dilatação dos vasos sanguíneos, atenuando a dor. Quais hábitos podemos adotar para evitar a dor?O mais eficaz é praticar atividades físicas ou fisioterapia regularmente para fortalecer a musculatura do baixo ventre, aumentar a produção de endorfina e reduzir o fluxo menstrual e os processos inflamatórios. Investir em uma dieta rica em fibras e vegetais, vitaminas B1, B6 e E, além de gorduras boas proveniente dos peixes, é outro hábito que contribui para a redução do desconforto. No período pré-menstrual, é aconselhável tomar bastante líquido e evitar a ingestão de café, chocolate e refrigerantes à base de cola –eles contêm cafeína, substância que contrai os vasos do endométrio, aumentando o mal-estar. SIGA O VIVABEM NAS REDES SOCIAIS Facebook: https://www.facebook.com/VivaBemUOL/ |