As pragas da cana estão mais resistentes, saiba como controla-las Uma população de pragas de determinada área tem uma variabilidade genética natural. A maioria dos insetos são suscetíveis aos inseticidas e bem poucos são resistentes. Ao aplicar o defensivo, grande parte dos suscetíveis são eliminados, enquanto apenas alguns sobrevivem. Já os resistentes irão todos sobreviver. Eles, por sua vez, se acasalarão entre si, deixando uma quantidade maior de descendentes resistentes na área. No ano seguinte, o mesmo inseticida é aplicado novamente. O processo ocorrerá da mesma forma. A maioria dos suscetíveis morre, poucos sobrevivem, mas todos os resistentes permanecem. Ocorrem novos acasalamentos e a população de resistentes crescerá mais uma vez. Perpetuado esse cenário por anos consecutivos, chegará um determinado momento em que o número de resistentes suplantará o de suscetíveis. Ao aplicar o inseticida de sempre, não haverá controle. “Ao usarmos constantemente o mesmo produto e o mesmo modo de ação, acabamos por selecionar os indivíduos resistentes àquele produto, sendo que a frequência dos resistentes aumentará exponencialmente na população. Em consequência, o inseticida se tornamenos eficiente”, afirma a pesquisadorado Instituto Agronômico (IAC), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Leila Luci Dinardo-Miranda. FATORES QUE ACELERAM A EVOLUÇÃO DA RESISTÊNCIA NOS INSETOS A pesquisadora do IAC explica que os insetos têm vários mecanismos de resistência a inseticidas, como genes que induzem a produção de enzimas que degradam mais rapidamente os inseticidas ou que impulsionam maior produção de uma excreção que dificulta a entrada do defensivo pela epiderme. Todavia, existem certos fatores que aceleram a evolução da resistência: FATORES GENÉTICOS: • Número de alelos de Resistencia• Frequência dos alelos R• Dominância dos alelos R • Penetrância, expressividade e interação entre os alelos R |