Explique por que o método da tabela é um dos menos seguros

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Explique por que o metodo da tabela é um dos menos seguros.

Porque as mulheres nem sempre tem seu ciclo menstrual no mesmo período.

A eficiência dos métodos anticoncepcionais mais utilizados pode ser verificada observando-se o quadro a seguir.


 

Explique por que o método da tabela é um dos menos seguros

a) Explique por que o método da tabela é um dos menos seguros.
b) O método da pílula anticoncepcional diferencia-se dos demais em relação à forma pela qual se evita a gravidez. Explique por quê. 

Resolução:

a) O maior risco se deve à possibilidade de erro de cálculo do dia da ovulação. Isso ocorre porque o método se baseia na média dos ciclos menstruais e o de muitas mulheres não é regular.
b) No caso da pílula a mulher ingere hormônios sintéticos (estrógenos e progesterona) que inibem a ovulação. A pílula é um medicamento antiovulatório.  


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Por Priscilla Moniz

Professora de Biologia do Colégio Qi

O método de abstinência periódica, comportamental ou da tabela consiste em evitar relações sexuais durante o período fértil. Em geral, o período fértil de uma mulher é catorze dias antes da menstruação, no entanto, esse período não é certo podendo variar. Para determinar o dia da ovulação, é necessário acompanhamento diário da temperatura corporal ao acordar (aumento cerca de 0,5 Cº) e do aspecto da secreção vaginal (geralmente pegajosa, parecida com clara de ovo). Para evitar a gravidez, a mulher deve ter relação sexual 48 horas depois do dia da ovulação, esse método apresenta baixa eficácia.

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Método da tabela. Exemplo de um ciclo menstrual de 28 dias. (Foto: Reprodução/Colégio Qi)

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Bastonete com hormônio que é colocado no braço. O hormônio é liberado lentamente durante um período prolongado (Foto: Reprodução/Colégio Qi)

O principal método hormonal é a pílula anticoncepcional, possuindo uma mistura de derivados sintéticos dos hormônios estrogênios e progesterona. A glândula hipófise produz alguns hormônios (FSH e LH) para estimular a produção de hormônios do ovário. O FSH e o LH aumentam e diminuem no sangue e a oscilação faz o ovário produzir o estrógeno e, com a ovulação, a progesterona. Quando os níveis de estrógeno e progesterona aumentam, os níveis do FSH e LH diminuem, e vice-versa. Assim sendo, quando a mulher toma a pílula anticoncepcional, a hipófise entende que já há hormônio suficiente no corpo e deixa de produzir os seus hormônios. Com isso, a ovulação não se faz e a mulher não tem como engravidar.

A pílula anticoncepcional é um método eficaz quando usado corretamente. É necessário acompanhamento de um médico, pois a pílula apresenta efeitos colaterais e dependendo deste algumas mulheres não podem tomar. 

Outro método hormonal são hormônios de efeito prolongado, injetados, implantados sob a pele (FIGURA 2), ou em forma de adesivo transdérmico (FIGURA 3). Todos esses liberam hormônios que dura um determinado tempo. Também é considerado um método eficaz, mas da mesma forma que a pílula, é necessário acompanhamento médico.  A minipílula contém apenas um hormônio, o qual é semelhante à progesterona. Geralmente, é indicada para mulheres que apresentam problemas com a pílula com os dois hormônios ou que estão amamentando. 

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Os adesivos contêm hormônios similares aos encontrados nas pílulas. Ao liberar hormônios no organismo feminino o adesivo impede a ovulação e, conseqüentemente, a gravidez. Sua composição hormonal também altera o muco cervical - a secreção que se forma na entrada do útero - tornando-o mais espesso, o que dificulta a passagem dos espermatozóides. Aplicado semanalmente.  (Foto: Reprodução/Colégio Qi)

A pílula do dia seguinte não é considerado um método contraceptivo e sim um fármaco usado em situações emergenciais quando a relação sexual que representa risco de gravidez. Geralmente usada quando há estupro ou quando o método habitual falhar. A única diferença desta para uma pílula anticoncepcional comum é a maior dosagem do estrogênio e progesterona. Elas devem ser tomadas em no máximo 72 horas após a relação sexual. Quanto mais rápido, maiores são as chances de não engravidar.

A pílula agirá de formas diferentes em cada organismo podendo dessa maneira impedir a liberação do ovócito caso a mulher não tenha ovulado; alterar a secreção vaginal, tornando hostil o trajeto dos espermatozódes; alterar o endométrio impedindo a fixação do ovócito já fecundado (nidação), sendo eliminado quando escamar ocorrendo a menstruação. 

Com a grande dosagem hormonal, a mulher geralmente apresenta efeitos colaterais como enjoos, inchaços, cólicas, sangramentos irregulares. Os efeitos colaterais podem ser sérios, como trombose, derrame, entre outros.

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Recoberto por cobre, o DIU cria um ambiente hostil para os espermatozóides e, além disso, não permite que haja fecundação dos espermatozóides restante. (Foto: Reprodução/Colégio Qi)

É um dispositivo de plástico recoberto de cobre, é necessário acompanhamento do médico para colocar o Dispositivo intrauterino (DIU) no útero e consultas periódicas. O cobre destrói a maioria dos espermatozóides e não permite que os espermatozóides restantes cheguem ao ovócito e o fecundem, mas caso tenha fecundação, o DIU impedirá que o embrião se fixe no útero. 

O DIU é um método seguro, contudo podem ocorrer cólicas, dores e sangramento e até mesmo a expulsão do DIU pelo organismo. Além disso, o uso do DIU pode aumentar as chances de infecções e também pode provocar esterilidade, sendo por isso não indicado para mulheres muito jovens que não possuem filhos.

Esterilização

Na ligação tubária, ocorre um corte na tuba uterina e seus cotos são amarrados (FIGURA 7). Com isso, não há fecundação apesar de continuar a produção do ovócito. Já a vasectomia é a secção dos ductos deferentes através de um corte da bolsa escrotal (FIGURA 8). Não há modificação na relação sexual já que a testosterona continua sendo lançada no sangue e a produção de sêmen é normal, embora não contenha espermatozóides, que só constituem 10% do volume do sêmen.

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Esterilização feminina - ligação tubária (Foto: Reprodução/Colégio Qi)

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Esterilização masculina – Vasectomia (Foto: Reprodução/Colégio Qi)

A camisinha masculina é colocada no pênis ereto, composta por uma membrana de borracha muito fina, já a camisinha feminina é um tubo com material de poliuretano, sendo um plástico macio e flexível no qual é encaixado na vagina não permitindo o contato direto do pênis. Lembrando que a camisinha é um único método que protege das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).

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A camisinha é utilizada para prevenir a gravidez e doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). (Foto: Reprodução/Colégio Qi)

Diafragma

O diafragma é feito de uma borracha flexível que é colocado na entrada do útero antes da relação sexual para bloquear a passagem dos espermatozóides. É essencial procurar um médico para verificar o tamanho exato do diafragma. 

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Diafragma (Foto: Reprodução/Colégio Qi)

Para o diafragma ser mais eficiente, é necessário lubrificar as bordas com espermicida e só retirá-lo no mínimo seis horas depois da relação, mas não deixando passar mais de um dia, pois há risco de infecção. Comparado com a camisinha, o DIU e a pílula, o diafragma é o menos eficiente já que pode acontecer de ser colocado em uma posição incorreta. 

Caso o casal tenha outra relação horas depois, é necessário colocar mais espermicida para ser mais eficaz. Após retirar o diafragma, é importante lavar com sabão neutro e verificar se há furos.

Coito interrompido


Ocorre quando em uma relação sexual, o homem retira o pênis antes de ejacular. Não é um método eficiente, pois é difícil controlar o momento exato para retirar e, além disso, há secreções das glândulas de Cowper antes da ejaculação que podem conter espermatozóides, por isso, não é recomendado.

Exercícios

(FATEC – 2008) As pílulas estão entre os métodos contraceptivos mais utilizados pelas mulheres, apesar de seus possíveis riscos à saúde. Normalmente, elas contêm uma combinação de substâncias sintéticas análogas ao estrógeno e à progesterona e, se tomadas regularmente, as taxas desses hormônios se mantêm elevadas no sangue, impedindo a gravidez. Isso ocorre porque os hormônios contidos na pílula:a) impedem a elevação das taxas de FSH e LH, que são hormônios hipofisários que desencadeiam a ovulação.b) impedem a nidação, uma vez que estimulam a descamação do endométrio.c) reduzem as taxas do hormônio gonadotrofina coriônica, responsável pela manutenção da gravidez.d) regulam o ciclo da mulher, permitindo que ela saiba exatamente quando vai ovular e, dessa forma, evitando relações nesse período.e) impedem o desenvolvimento do feto, funcionando como método contraceptivo de emergência.RESPOSTA: AOs hormônios da pílula impedem a elevação das taxas de FSH e LH, o que não permite a ovulação.

(UFRJ – 1998) A eficiência dos métodos anticoncepcionais mais utilizados pode ser verificada observando-se o quadro a seguir. 


Métodos% de casos em que ocorreu gravidez 
Tabela20,0
Interrupção do coito antes da ejaculação16,0
Camisinha2,0 
Diafragma com espermicida2,0 
Ligação das trompas0,4 
Pílula anticoncepcional 0,5 
Vasectomia 0,4 

a) Explique por que o método da tabela é um dos menos seguros. b) O método da pílula anticoncepcional diferencia-se dos demais em relação à forma pela qual se evita a gravidez. Explique por quê. RESPOSTA:a) O maior risco se deve à possibilidade de erro de cálculo do dia da ovulação. Isso ocorre porque o método se baseia na média dos ciclos menstruais e o de muitas mulheres não é regular. b) No caso da pílula, a mulher ingere hormônios sintéticos (estrógenos e progesterona) que inibem a ovulação. A pílula é um medicamento antiovulatório. 

(PUC-MG) As pílulas anticoncepcionais femininas possuem substâncias que:

a) provocam a morte dos espermatozóides na entrada do colo do útero.b) inibem o batimento flagelar dos espermatozóides.c) tornam a parede do óvulo impenetrável para o espermatozóide.d) provocam o fechamento das tubas uterinas.e) impedem a ocorrência do fenômeno da ovulação.RESPOSTA: E A pílula anticoncepcional tem uma combinação dos hormônios progesterona e estrogênio ou apenas um deles, é utilizada para evitar a gravidez , impedindo a ovulação. 

(UFMG - 2005) O uso da camisinha é considerado um método eficaz para a prática do sexo seguro.

Entre as finalidades desse método, NÃO se incluia) impedir a formação do zigoto.b) bloquear a passagem do sêmen.c) evitar o contágio de doenças sexualmente transmissíveis.d) dificultar a formação do gameta masculinoRESPOSTA: DA camisinha masculina tem como finalidade evitar DSTs e também bloquear a entrada dos espermatozóides (gameta masculino) que ficam retidos na camisinha, impedindo, dessa forma, a formação do zigoto. 

(UFC – 2005) A pílula do dia seguinte é composta de hormônios, os mesmos da pílula anticoncepcional comum, só que em doses mais elevadas. Essa medicação surgiu como método emergencial para evitar a gravidez quando outros métodos anticoncepcionais falharam ou não estavam disponíveis ou quando a mulher foi vítima de estupro. Esta pílula deve ser tomada o mais rápido possível e seu mecanismo de ação depende do período do ciclo em que a mulher toma o produto. Acerca do assunto, analise as afirmativas a seguir.I. Esta pílula pode conter somente estrógeno, estrógeno e progesterona ou somente progesterona.II. A pílula pode impedir a fecundação ou a implantação do ovo.III. Depois de 72 horas da relação sexual, a eficácia da pílula diminui e ela pode não ser um método confiável.Assinale a alternativa correta.A) Somente I é verdadeira.B) Somente II é verdadeira.C) Somente III é verdadeira.D) Somente I e II são verdadeiras.E) I, II e III são verdadeiras.RESPOSTA: EA pílula do dia seguinte é composta de hormônios (os mesmos da pílula anticoncepcional comum), só que em doses mais elevadas, ou seja, pode conter somente estrógenos, progesterona ou ambos. Essa medicação surgiu para os casos de emergência, por exemplo, quando a camisinha estoura ou em casos de estupro. Ela deve ser usada até 72 horas após o ato sexual (de preferência ainda nas primeiras 24 horas), quando sua eficácia é maior. Se a fecundação ainda não aconteceu, a pílula dificulta o encontro do espermatozóide com o óvulo. Se ela já ocorreu, a pílula provoca uma descamação do útero, impedindo a implantação do óvulo fecundado (nidação).