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Por Andreza Aparecida Palma

O setor externo continua apresentando um cenário de solidez. O saldo comercial em maio de 2022 foi de US$ 4,9 bilhões, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). O valor das exportações alcançou recorde histórico para toda a série, iniciada em janeiro de 1997 (US$ 29,6 bilhões), favorecido, novamente, pela alta do preço das commodities. O valor das importações também foi o maior de toda a série histórica (US$ 24,7 bilhões). O conflito entre Rússia e Ucrânia trouxe um aumento dos preços de produtos básicos, o que favorece economias exportadoras como o Brasil. Mesmo com incertezas a respeito de insumos importados, especialmente fertilizantes e semicondutores, o saldo permanece positivo.

Em relação ao balanço de pagamentos, a conta de transações correntes tem apresentado redução do déficit, especialmente nos últimos meses, permanecendo ainda em níveis bem inferiores ao período anterior à pandemia – em fevereiro de 2022, o déficit em transações correntes foi de 1,6% do produto interno bruto (PIB), contra 3,7% do PIB em fevereiro de 2020. Quanto à conta capital e financeira, observou-se uma trajetória de relativa recuperação durante o ano de 2021 e, mais recentemente, de estabilização. Embora os níveis pré-pandemia ainda não tenham sido plenamente atingidos, houve melhora na entrada de capitais, além de relativa recuperação do investimento direto no país (IDP) no período recente. O IDP acumulado em doze meses em fevereiro de 2022 foi de US$ 50,7 bilhões (3,1% do PIB), contra US$ 44,8 bilhões no mesmo período do ano anterior (3,2% do PIB). A princípio, a trajetória de aumento da taxa de juros Selic poderia potencializar a recuperação da conta financeira. No entanto, com a retirada paulatina dos estímulos monetários da economia dos Estados Unidos, há incerteza sobre o balanço de risco dos investidores.

Quanto ao câmbio, mesmo com a turbulência gerada pelo conflito entre Rússia e Ucrânia, houve valorização até o mês de maio. A taxa de câmbio, que havia permanecido na média mensal acima de R$ 5,00/US$, fechou os meses de março, abril e maio de 2022 abaixo desse valor. Em relação aos fatores que podem influenciar a taxa de câmbio, do lado externo, há uma preocupação especial sobre a trajetória da China, que implementou novos lockdowns no período recente. Em relação à pandemia, as novas subvariantes da ômicron trazem alguma turbulência. Também a mudança na política monetária nos Estados Unidos, já mencionada, adiciona pressão de desvalorização do real. A alta global nos preços de energia também é um fator de preocupação, junto com os desdobramentos do conflito russo-ucraniano. Do lado interno, há as incertezas inerentes ao ano eleitoral, com relação às futuras políticas econômicas.

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Por Andreza Aparecida Palma

A balança comercial tem registrado sucessivos superavit mesmo com a retomada das importações. No acumulado do ano até setembro, a balança comercial registrou saldo de US$ 56,4 bilhões. A conta de transações correntes do balanço de pagamentos tem apresentado redução no deficit (acumulado do ano soma deficit de US$ 8,1 bilhões, correspondendo a 0,68% do PIB) e há retomada do ingresso de investimentos, especialmente investimentos em carteira. Esse cenário foi possível devido a fatores como: manutenção da alta no preço das commodities, diminuição de viagens internacionais, recuperação global da economia, alta na taxa de juros e câmbio desvalorizado.

Em relação ao câmbio, mesmo com a melhora dos fundamentos, a taxa R$/US$ mantém-se consistentemente acima de R$ 5,00/US$ devido às incertezas em relação a este ano e principalmente ao próximo. Apesar da melhora dos dados da pandemia, ainda permanecem as incertezas em relação à economia mundial. Há uma preocupação especial sobre a trajetória da China, notadamente devido ao anúncio recente da incorporadora Evergrande, de que poderia não pagar suas dívidas, além da crise energética enfrentada pelo país devido principalmente aos baixos estoques de carvão. Quanto ao problema recente com a interrupção das exportações brasileiras de carne bovina para a China, que já dura mais de 45 dias, espera-se que se resolva nas próximas semanas. Há incertezas internas também em relação à continuidade da consolidação fiscal. Somado a isso, há dúvidas a respeito da política monetária dos Estados Unidos, que deve sofrer alterações devido à dinâmica do hiato do produto e da inflação. A alta global nos preços de energia também é um fator de preocupação.

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Por Andreza Aparecida Palma

De uma forma geral, o desempenho do setor externo tem sido favorável no período da pandemia, com sucessivos superavits na balança comercial. Isso se deve principalmente ao desempenho das exportações, com crescimento de 22,5% na média diária dessazonalizada em relação a janeiro de 2021; à diminuição do deficit em transações correntes do balanço de pagamentos, com o deficit acumulado em doze meses recuando de 1,64% do produto interno bruto (PIB) para 1,33% do PIB em relação a janeiro de 2021; e à retomada do ingresso de investimento em carteira, com variação de 40% em relação a janeiro de 2021.

Contribuem para esse cenário a alta no preço das commodities, a diminuição de viagens internacionais, a recuperação global, a alta na taxa de juros e o câmbio desvalorizado. Apesar da melhora dos fundamentos e de melhoras marginais na sua evolução, a taxa de câmbio brasileira continua sendo destaque negativo por se manter desvalorizada e volátil. Possíveis causas para esse comportamento incluem o risco fiscal e ainda as incertezas sobre a evolução da pandemia no país.

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Por Ana Cecília Kreter, Rafael Pastree e José Ronaldo de C. Souza Júnior

A balança comercial do agronegócio fechou julho com superavit de US$ 10,1 bilhões. No mês, manteve-se a tendência de alta nos preços médios transacionados das principais commodities. Em julho, os produtos com maior destaque nas exportações, além da soja, foram os grãos, as carnes, o açúcar e o café. No entanto, os produtos que bateram recorde em volume exportado ao longo do primeiro semestre de 2021 foram o café, o açúcar, o algodão e a carne suína. Problemas climáticos, que já atrasaram o plantio da soja e comprometeram parte da segunda safra de milho, podem também prejudicar a produção do café e do açúcar. A comercialização de todas essas commodities conta com uma participação significativa do Brasil, e o menor volume das exportações do país pode impactar diretamente os preços futuros desses produtos, como será apresentado no caso do café. Outros produtos, como as carnes suína e de frango, têm apresentado crescimento nas exportações em decorrência de problemas sanitários nos países de destino. No caso do frango, houve também uma diversificação dos países importadores dos produtos brasileiros. Já os suinicultores continuaram se beneficiando da redução do rebanho na China e da necessidade do país de importar proteína animal. O mercado de carne suína também tem sido favorecido pelo aumento da demanda de carne bovina. Nossos vizinhos – Argentina e Uruguai – priorizaram as exportações desse produto e compensaram a demanda doméstica por proteína animal com carne suína brasileira.

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Andreza Aparecida Palma

Esta nota de conjuntura apresenta uma análise das principais estatísticas do setor externo, com destaque para os dados das taxas efetivas reais de câmbio (Tercs), calculadas pelo Ipea, e a evolução recente da balança comercial e do balanço de pagamentos. De uma forma geral, o desempenho do setor externo não tem gerado grande preocupação durante a crise do coronavírus, com exceção da evolução da taxa de câmbio.

A balança comercial – cuja metodologia de cálculo foi revisada recentemente – é o destaque positivo. As exportações alcançaram US$ 26,5 bilhões em abril e as importações, US$ 16,1 bilhões, resultando em um saldo da balança comercial superavitário em US$ 10,3 bilhões, o maior saldo positivo mensal de toda a série histórica.

Desde o início da pandemia do novo coronavírus em 2020, há uma tendência geral de diminuição do deficit em transações correntes brasileiro, com expectativa de sucessivos superavit para os próximos meses. Em relação a março, o saldo em transações correntes alcançou um deficit de US$ 3,970 bilhões (3,18% do produto interno bruto – PIB) ante US$ 4,257 (3,44% do PIB) no mesmo período do ano anterior. Cabe notar que o último resultado superavitário havia ocorrido em 2007. Esse resultado esperado é fruto de uma alta no preço das commodities, que favoreceu a balança comercial brasileira. Aliado a uma melhora nos preços, há também aumento da demanda por países que já estão se recuperando da crise provocada pelo novo coronavírus.

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Por Ana Cecília Kreter, Rafael Pastre e Guilherme S. Bastos Filho

Nesta nota apresentamos o fechamento da balança comercial de produtos do agronegócio para 2020, destacamos os principais fatores que contribuíram para este resultado e apontamos algumas tendências para 2021. Mesmo com queda no preço médio de quase todos os principais produtos de exportação, o Brasil conseguiu se manter como um dos principais fornecedores de commodities agropecuárias no mercado mundial em 2020, com destaque para a soja, as carnes – bovina, suína e de frango –, o açúcar, o café e o algodão. O país foi favorecido pela desvalorização do real frente ao dólar, que tornou os preços brasileiros ainda mais competitivos, pela guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, que favoreceu o setor sojicultor, pela quebra de safra nos países concorrentes, como no caso do açúcar, pelo aumento da demanda internacional, como no comércio do algodão, ou sim- plesmente por condições climáticas favoráveis, como a bienalidade positiva do café. Paralelo a isso, a balança comercial do agronegócio contou ainda com excelentes resultados do setor triticultor que, sendo o trigo o principal produto importado pelo Brasil, impactou positivamente o saldo final.

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Por Marcelo José Braga Nonnenberg

Observa-se que a desvalorização da taxa real/dólar entre janeiro de 2020 e janeiro de 2021 foi de 29,1%, muito próxima da obtida pela taxa efetiva real de câm- bio (TERC), calculada com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), de 29,9%. No entanto, quando se calcula a TERC usando o Índice de Preços no Atacado (IPA), verifica-se uma valorização de 1,7%, em ambos os casos para as exportações totais. Considerando-se ainda o IPA, há também uma grande distância por fator agregado. Enquanto, no caso dos básicos, houve uma valoriza- ção de 14%, no caso dos manufaturados a desvalorização foi de 8,8%.

As exportações alcançaram US$ 16,2 bilhões em fevereiro, acumulando US$ 31,0 bilhões no ano, ao mesmo tempo que as importações registraram US$ 15,0 bilhões em fevereiro e US$ 31 bilhões nos dois primeiros meses do ano. Dessa forma, o saldo comercial, em fevereiro, foi de US$ 1,2 bilhão e praticamente zero no acu- mulado do ano. Tomando por base as médias diárias dessazonalizadas, é possível observar que as exportações tiveram um crescimento expressivo de 13,5% em feve- reiro, na comparação com o mês anterior. Simultaneamente, as importações, após caírem em janeiro, apresentaram crescimento de 9,6%.

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Por Marcelo José Braga Nonnenberg

A taxa de câmbio desvalorizou-se ligeiramente nos últimos meses, acompanhando as incertezas do processo de tramitação da proposta de reforma da previdência. Mas deve-se notar também que, quando se mede a taxa de câmbio pela taxa efetiva real, para o conjunto das exportações e importações, nos últimos anos, a variação foi bem inferior ao da taxa real/dólar.

As exportações e importações estão apresentando claramente uma tendência de­clinante nos primeiros quatro meses do ano, tanto em comparação com os meses anteriores como com o mesmo período do ano anterior, ainda que o saldo comer­cial venha se mantendo relativamente constante desde setembro do ano passado. Em abril, as exportações cresceram 3% com relação ao mês anterior, ao mesmo tempo que as importações tiveram queda de apenas 0,3%. Ambas as variáveis, entretanto, caíram quando comparadas com os valores atingidos no segundo se­mestre do ano passado. No acumulado do ano até abril, as exportações sofre­ram queda de 2,7%, apesar da elevação de 5,8% dos básicos. Em compensação, os manufaturados tiveram queda de 7,3% e os semimanufaturados, redução de 1,1%. A recessão na Argentina vem cobrando um preço alto especialmente no que concerne à queda das exportações de produtos manufaturados. As importações nos primeiros quatro meses do ano caíram 0,8%, devido a reduções de bens de consumo semiduráveis e não duráveis (-1%), bens de consumo duráveis (-16%) e combustíveis e lubrificantes (-10%). Em compensação, as de bens de capital (2%) e bens intermediários (1,6%) experimentaram elevação.

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Por Marcelo José Braga Nonnenberg

A taxa de câmbio vem se mantendo razoavelmente constante desde o início de novembro, graças à redução dos riscos associados ao cenário político e também ao movimento dos fundamentos econômicos. Enquanto a taxa DI manteve-se constante, o spread do credit default swap (CDS) caiu recentemente, compensando a elevação das taxas de alto rendimento dos Estados Unidos (high yield) entre o início de outubro e o final de dezembro.

Nos últimos anos, a desvalorização das taxas efetivas de câmbio real tem sido bem inferior à da taxa real/dólar. Apenas entre dezembro de 2017 e dezembro de 2018, enquanto a taxa real/dólar mostrou desvalorização de 18%, as taxas efetivas deflacionadas pelo índice de preços por atacado (IPA), tanto com base nas exportações como nas importações, mostraram desvalorização de 7,3%.

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Esta seção analisa também a trajetória recente das contas externas brasileiras.

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Por Marcelo José Braga Nonnenberg

Os indicadores Ipea de taxa efetiva real de câmbio (TERC) seguiram o movimento de desvalorização da taxa de câmbio nominal real/dólar, que se desvalorizou em mais de 20% no ano. As TERCs ponderadas pelas exportações, no período de julho de 2017 a julho de 2018, apresentam uma grande diferença de acordo com as categorias de produtos. Para o total das exportações, utilizando-se os índices de preços ao consumidor, a desvalorização foi de 18,2%, quase a mesma observada para os manufaturados. No entanto, no caso dos básicos, a desvalorização foi de apenas 7,7%, e de 9,4% no caso dos semimanufaturados. No mesmo período, taxas ponderadas pelas importações com base no Índice de Preços por Atacado (IPA) sofreram desvalorização de 10%, ao passo que se usando como deflator o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), essa desvalorização é de 17,5%.

O saldo da balança comercial atingiu US$ 37,8 bilhões no acumulado do ano em agosto, abaixo dos US$ 48,1 bilhões alcançados no mesmo período de 2017. O superavit comercial, medido pelas médias diárias dessazonalizadas, vem caindo sistematicamente desde maio deste ano, na medida em que as importações crescem mais do que as exportações. Boa parte dessa queda (US$ 7,3 bilhões), no entanto, deve-se à nova forma de contabilização de plataformas de petróleo, iniciada neste ano em função de mudanças na legislação tributária.

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