A expessão aclamação popular é errada

A linguagem coloquial compreende a linguagem informal, popular, que utilizamos frequentemente em situações informais como numa conversa entre amigos, familiares, vizinhos, etc.

Quando utilizamos a linguagem coloquial, decerto que não estamos preocupados com as normas gramaticais. Por isso, falamos de maneira rápida, espontânea, descontraída, popular e regional com o intuito de interagir com as pessoas.

Dessa forma, é comum usar gírias, estrangeirismos, abreviar e criar palavras, cometer erros de concordância, os quais não estão de acordo com a norma culta.

Para tanto, quando escrevemos um texto, é muito importante que utilizemos a linguagem formal (culta), ou seja, gramaticalmente correta.

Isso é um problema que ocorre muitas vezes com os estudantes que tentam produzir um texto, e por estarem tão familiarizados com a linguagem falada, não conseguem se distanciar da maneira de falar.

Outro exemplo, é quando fazemos uma entrevista de emprego. Nesse momento, devemos deixar de lado a linguagem coloquial e dar lugar à linguagem formal ou culta.

A expessão aclamação popular é errada
A expessão aclamação popular é errada

Isso porque torna-se deselegante conversar com seu chefe ou superior de maneira coloquial, por exemplo, com um discurso repleto de gírias, abreviações e erros gramaticais.

Importante saber!

Note que a linguagem coloquial faz parte do cotidiano das pessoas de todos os lugares do mundo. A ideia não é que ela seja substituída pela linguagem formal, mas que todos compreendam a diferença existente entre elas e os contextos de uso de cada uma.

Exemplos de frases com linguagem informal

Ela nem se tocou que o garoto tava babando nela.

“Se tocar” é uma expressão muito utilizada na linguagem coloquial que indica “perceber”.

Na frase, também há o uso abreviado do verbo “estava” e a expressão no sentido figurado (denotativo) de “babando”, que aponta para a admiração excessiva da pessoa.

Pô cara, demorô cum isso.

“Pô” corresponde a uma interjeição de alerta ou mesmo uma abreviação do palavrão “porra”.

A palavra “cara” é muito utilizada na linguagem informal para indicar “rapaz, homem”. Ou seja, na frase, a palavra está no sentido denotativo, visto que não expressa o significado real do termo que seria “rosto”.

O verbo demorar é expresso de abreviado “demorô” no lugar de “demorou”. E por fim, a preposição “com”, que indica “companhia”, é falada com troca de vogal “cum”.

A mina foi sem noção na festa.

Na frase, é utilizada a abreviação de menina “mina”, além de indicar uma expressão coloquial “sem noção” que significa a falta de discernimento da pessoa.

Demos um rolê pela city essa tarde.

O termo “rolê” é muito utilizado pelos adolescentes para indicar passeio, caminhada. Além disso, nota-se o uso do estrangeirismo, nesse caso, “city”, termo em inglês que significa cidade.

A gente passô lá de tarde e tava rolando uma festa.

“A gente” é uma expressão muito utilizada na linguagem coloquial ao invés do pronome “nós”. Além disso, na frase o verbo "estava" é abreviado (tava) acrescido à expressão “rolando”, que indica “acontecendo”.

Mano, cê tá loco?

“Mano” é uma gíria muito utilizada para irmão e que denota proximidade entre os falantes. Além disso, a frase agrega as abreviações de “você” (cê) e do verbo “estar” (tá). O termo louco também é abreviado para “loco”.

Manoela pegô as flor do cemitério.

Expressão que indica o erro na pronúncia do verbo “pegou” (pegô) e de concordância “as flor”, no lugar de “as flores”.

Ele pegô leve no discurso.

Expressão utilizada para indicar que o locutor foi agradável (leve) com abreviação do verbo “pegar” na terceira pessoa: “pego” no lugar de “pegou”.

Linguagem Formal e Informal

A expessão aclamação popular é errada

A linguagem informal (ou coloquial) e a linguagem informal (ou culta) são duas variantes da linguagem utilizadas na interação humana e que possuem características particulares. Confira abaixo as diferenças:

  • Linguagem informal é a variante espontânea utilizada nas relações de informalidade. Ela não apresenta preocupações com as regras gramaticais.
  • Linguagem formal é a variante prestigiada e padrão utilizada nas relações formais. Ela segue as normas gramaticais da língua.

Assim, vale ficar atento ao contexto e ao tipo de linguagem (oral, escrita) para não cometer erros graves nas interações sociais.

Temos certeza que esses textos podem te ajudar mais ainda:

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Você já deve ter observado que existe uma grande diferença entre a língua que falamos em nosso dia a dia e a língua preconizada pela gramática, não é mesmo? Por que será que esse fenômeno acontece? Por que nós, falantes, acabamos inventando um jeito menos formal de nos comunicar? É sobre esse assunto que o Mundo Educação vai falar agora com você: Norma culta x variações linguísticas.

A linguagem verbal certamente é a forma de expressão mais eficaz, aquela que conecta pessoas e permite que elas se entendam. Claro que existem outras formas de comunicação, mas a verdade é que a palavra, especialmente quando falada, tem muita força. Como é uma ferramenta democrática, afinal de contas, estamos o tempo todo interagindo com diferentes interlocutores ao longo do dia, é normal que ela não seja padronizada. Cada indivíduo possui sua idiossincrasia, e são vários os fenômenos sócio-histórico-culturais que incidem no jeito de cada comunidade linguística falar. Estranho mesmo seria se falássemos todos da mesma maneira, como se fôssemos robôs.

Mas e a norma culta, como fica nessa história?

A norma culta é indispensável e tão importante quanto as variações linguísticas. A norma culta rege um idioma, aponta caminhos e deve ser estudada na escola para que assim todos tenham acesso às diferentes formas de pensar a língua. Se, ao falarmos, escolhemos um vocabulário coloquial, menos preocupado com as regras gramaticais, ao escrevermos devemos sim optar pela linguagem padrão, pois, um texto repleto de expressões típicas pode não ser acessível para todos os tipos de leitores. Quando dizemos que a norma culta deve ser priorizada nos textos escritos, estamos nos referindo, sobretudo, aos textos não literários, que cobram maior formalidade de quem escreve.

As variações linguísticas comprovam a organicidade da língua: ela não está encerrada nos dicionários ou gramáticas; está viva, na boca do povo, seus verdadeiros donos. Na língua falada não pode existir certo ou errado, o mais importante é que as pessoas se entendam, que a comunicação seja feita de maneira eficiente. Você já observou que mesmo quem não domina as regras gramaticais é capaz de elaborar enunciados compreensíveis? Mesmo não entendendo da sintaxe da língua, somos capazes de colocar as palavras nos seus devidos lugares, respeitando o princípio da gramaticalidade e da inteligibilidade, elementos fundamentais para que a comunicação aconteça satisfatoriamente.

Somos falantes hábeis, capazes de perceber quando e como empregar cada uma das variedades. Sabemos que há situações em que devemos preferir a variedade padrão, pois será a mais adequada, aquela que estabelecerá uma maior sintonia entre os interlocutores. Sabemos também que há situações em que as variedades não padrão, permeadas por suas gírias e regionalismos, cumprem a contento a missão de comunicar. Não há problema algum em alternar os dois registros, o importante é observar a pertinência de cada um deles, pois um será mais adequado do que o outro, observadas as necessidades da comunicação. A linguagem foi feita para a comunicação, por isso, comunique-se mais e sem medo de errar.