Antes da oficialização de nossa independência, observamos que o governo de Portugal tomou ações que procuravam enfraquecer a autoridade do então príncipe regente D. Pedro I em terras brasileiras. Entre outras medidas, as Cortes de Portugal decidiram enviar Juntas de Governo que controlariam diretamente algumas das províncias brasileiras. Dessa forma, D. Pedro I teria seu mando restringido ao ter parte do território brasileiro livre de sua autoridade. Assim que a proclamação da independência foi realizada, em 7 de setembro de 1822, os governos provinciais indicados pela Coroa Portuguesa se rebelaram contra o recém-empossado D. Pedro I. Em um país de dimensões continentais, esse tipo de rebelião poderia ameaçar seriamente a manutenção da unidade territorial brasileira. Entre as províncias que se rebelaram, destacamos a Cisplatina (atual Uruguai), Bahia, Piauí, Pará e Maranhão. Sem condições de enfrentar os levantes de modo autônomo, o governo brasileiro contratou os serviços militares de oficiais estrangeiros tais como o lorde inglês Thomas Cochrane e o marechal francês Pierre Labatut. Entre os meses de julho e agosto de 1823, esses oficiais lutaram contra os levantes que tomaram as regiões norte e nordeste do território brasileiro. Alguns meses mais tarde, os revoltosos da região Cisplatina foram igualmente vencidos. Do ponto de vista político, observamos que o processo de independência brasileiro não se desenvolveu por um amplo consenso da população. A natureza elitista da nossa emancipação política ainda foi ponto de partida para que diversas outras crises acontecessem no Primeiro Reinado. Além disso, vemos que a consolidação da independência custou a realização de gastos que já colocavam nossa combalida economia em situação ainda mais delicada. Por Rainer Sousa Mestre em História Publicado por Rainer Gonçalves Sousa
Entre os combatentes estava a mais famosa heroína da Independência. Nascida em Feira de Santana, filha de lavradores pobres, Maria Quitéria de Jesus tinha trinta anos quando a Bahia começou a pegar em armas contra os portugueses. Apesar da proibição de mulheres nos batalhões de voluntários, decidiu se alistar às escondidas. Cortou os cabelos, amarrou os seios, vestiu-se de homem e incorporou-se às fileiras brasileiras com o nome de Soldado Medeiros. GOMES, L. 1822. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010.
No clima das ideias que se seguiram à revolta de São Domingos, o descobrimento de planos para um levante armado dos artífices mulatos na Bahia, no ano de 1798, teve impacto muito especial; esses planos demonstravam aquilo que os brancos conscientes tinham já começado a compreender: as ideias de igualdade social estavam a propagar-se numa sociedade em que só um terço da população era de brancos e iriam inevitavelmente ser interpretados em termos raciais. MAXWELL, K. Condicionalismos da Independência do Brasil. In: SILVA, M. N. (coord.) O Império luso-brasileiro, 1750-1822. Lisboa: Estampa, 1966.
O temor do radicalismo da luta negra no Haiti e das propostas das lideranças populares da Conjuração Baiana (1798) levaram setores da elite colonial brasileira a novas posturas diante das reivindicações populares. No período da Independência, parte da elite participou ativamente do processo, no intuito de
Lista de 10 exercícios de História do Brasil com gabarito sobre o tema Primeiro Reinado com questões de Vestibulares. Confira as videoaulas, teoria e questões sobre: Brasil Império . Pré-História Egito Antigo Fenícios Grécia Antiga Hebreus Mesopotâmia PersasImpérios africanos Roma Antiga FeudalismoImpério Bizantino Origem e Expansão do Islã América Espanhola América ContemporâneaDitaduras Na América Latina: Século XX Guerra das Malvinas Independência da América Espanhola Peronismo Civilizações Pré-Colombianas Revolução CubanaRevolução/Independência Haitiana Revolução Mexicana Absolutismo Absolutismo FrancêsAbsolutismo Inglês olonização da América Inglesa Expansão Marítima Europeia Guerra de SecessãoGuerra dos Sete Anos IluminismoIndepend. dos Estados Unidos Liberalismo Reforma Protestante RenascimentoRevoluções Inglesas Apartheid na África do Sul Conflito árabe-israelense Conflitos no Líbano, Irã e IraqueCongresso de Viena Crise de 1929 Descolonização Afro-asiáticaEra Napoleônica Fascismo Fim da URSS Franquismo Guerra Do Vietnã Guerra FriaIndependência Da Índia q Movimento Hippie ContraculturaNazismo Primavera de Praga Primeira Guerra MundialRegimes totalitários Revolução Chinesa Revolução dos Cravos Revolução FrancesaRevolução Industrial Revolução Islâmica Revolução Russa Segunda Guerra Mundial Tratado de Versalhes Trocar de Disciplina Matemática História Geografia e Atualidades Sociologia e Filosofia Biologia Física Química Linguagens
01. (CESGRANRIO) O artigo a seguir é uma tentativa do brasilianista Kenneth Maxwell de reinterpretar aspectos do movimento de independência do Brasil (1822). Raramente, por exemplo, consideramos um movimento de independência como uma “coisa ruim”, como uma regressão, um triunfo do “despotismo” sobre a “liberdade”, da “escravidão” sobre a “liberdade”, de um regime “imposto” sobre um regime “representativo”, da oligarquia sobre a democracia, da reação sobre o liberalismo. Apesar disso, no caso da independência do Brasil, todas essas acusações podem ser imputadas ao novo regime, assim como de fato foram feitas na época. MAXWELL, K. Por que o Brasil foi diferente? O contexto da independência. MOTA, C. G. (org.) In: Viagem Incompleta. A experiência brasileira (1500-2000). São Paulo: Ed. SENAC, 2000. p. 181. Um aspecto do processo de independência brasileiro que confirma as proposições do autor é a(o)
02. (FIP-Moc ) (...) Na rua da Quitanda, onde se concentrava o comércio a varejo, já não se encontravam apenas lojas de portugueses. (...) crescera o número de estabelecimentos estrangeiros, que ofereciam mercadorias novas ou difíceis de serem encontradas em tempos passados (...). (Descrição da vida urbana no Rio de Janeiro, após a chegada da Corte Portuguesa, no início do século XIX.) Fonte: MATTOS, Ilmar R. O Rio de Janeiro: Capital do Reino. São Paulo: Atual, 1995. O cenário descrito é resultado:
03. (UniAtenas) Constituição Política do Império do Brasil (de 25 de março de 1824) Art. 98. O Poder Moderador é a chave de toda a organização política, e é delegado privativamente ao Imperador, como Chefe Supremo da Nação, e seu Primeiro Representante, para que incessantemente vele sobre a manutenção da independência, equilíbrio e harmonia dos demais Poderes Políticos. Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 18 abr. 2015 (adaptado). Com base na leitura do Art.98 e em seus conhecimentos sobre o sistema político brasileiro ao longo do Primeiro Reinado (1822 – 1831), pode – se afirmar que
04. (FUVEST) O sistema eleitoral adotado no Império Brasileiro estabelecia o voto censitário. Esta afirmação significa que:
05. (Unichristus) O Período do Primeiro Reinado, que durou de 1822 a 1831, caracterizou-se pela consolidação do Império no Brasil e por várias reações políticas contrárias ao Imperador Dom Pedro I. A Constituição Imperial, outorgada em 1824, foi responsável tanto por efetivar referida consolidação do poder imperial quanto por gerar a insatisfação de lideranças políticas da oposição, já que tal Constituição garantia ao imperador o exercício do Poder Moderador. Disponível em: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/imperio- -primeiro-reinado-1822-1831-pedro-1-abdica-o-trono.htm. Acesso em: 20 fev. 2018. Pela análise do texto, pode-se inferir que a reação contrária ao imperador foi a
06. (Mackenzie) O episódio conhecido como “A Noite das Garrafadas”, briga entre portugueses e brasileiros, relaciona-se com:
07. (UNIFENAS) A sociedade imperial brasileira, que tinha a Constituição de 1824 como base, apresentava um caráter contraditório: o Império se alinhava aos princípios liberais que se espalhavam pela Europa, no entanto mantinha a escravidão, justificada com a predominância do direito à propriedade privada. Um importante elemento presente na Constituição de 1824 outorgada por D. Pedro I foi
08. (UFPR) Com a abdicação do imperador D. Pedro I em 1831, o fracasso do primeiro reinado tomou corpo. Com relação a isso, considere os fatos abaixo: I. A imigração europeia para o Brasil ocorrida nesse período. II. A eclosão da guerra na Província Cisplatina (1825-1828) contra as Províncias Argentinas, a qual consumiu recursos do Estado em formação e cujo principal resultado foi a criação da República Oriental do Uruguai, em 1828. III. A indisposição do Imperador nas negociações com os deputados das províncias do Brasil, que levou ao fechamento da Assembleia Constituinte, em 12 de novembro de 1823, e à imposição de uma carta constitucional em 1824. IV. A queda do gabinete dos Andradas, que levou o Imperador a se cercar de inúmeros portugueses, egressos de Portugal ainda ao tempo do governo de D. João VI. Tiveram influência direta no desfecho do primeiro reinado os fatos apresentados em:
09. (ACAFE) O Bloqueio Continental decretado por Napoleão Bonaparte em 1806 tinha por objetivo isolar a Inglaterra dos países europeus e estipulava que os países da Europa e aliados da França não poderiam comercializar com os ingleses. Este evento europeu trouxe consequências para o Brasil, pois ocasionou um evento com profundas transformações políticas e sociais. Assim, assinale a alternativa correta acerca do evento que gerou essas transformações.
10. (UFES) “Confederação do Equador: Manifesto Revolucionário: Brasileiros do Norte! Pedro de Alcântara, filho de D. João VI, rei de Portugal, a quem vós, após uma estúpida condescendência com os Brasileiros do Sul, aclamastes vosso imperador, quer descaradamente escravizar-vos. Que desaforado atrevimento de um europeu no Brasil. Acaso pensará esse estrangeiro ingrato e sem costumes que tem algum direito à Coroa, por descender da casa de Bragança na Europa, de quem já somos independentes de fato e de direito? Não há delírio igual (… ).” (Ulysses de Carvalho Brandão. A CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR. Pernambuco: Publicações Oficiais, 1924). O texto dos Confederados de 1824 revela um momento de insatisfação política contra a:
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