Quando uma mulher é comparada com uma esfinge

Túlio Vilela, Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação

Esfinges são criaturas mitológicas com corpo de leão, cabeça de gente e (às vezes) asas de pássaro. São comuns tanto na cultura egípcia quanto na grega. A Esfinge de Gizé, a mais conhecida, é um dos símbolos da realeza egípcia e foi construída por Quéfren, o quarto faraó da 4ª dinastia (2575-2465 a.C.). Hoje sabemos que a Esfinge tem o rosto desse faraó. Ela teria sido construída para ser uma espécie de guardiã.Foi restaurada por um príncipe da 18a dinastia, o qual teria sonhado que a Esfinge lhe disse que ele se tornaria faraó quando fizesse isso. A areia que a cobria foi retirada, e uma estela (coluna ou placa de pedra com inscrições) foi colocada entre suas patas, para comemorar o sonho e a restauração. Hoje, por causa da erosão, a Esfinge de Gizé está sendo restaurada de novo.Curiosamente, os árabes conhecem a Esfinge de Gizé pelo nome Abu al-Hawl, que significa "Pai do Terror". O príncipe? Esse virou faraó Tutmés (ou Tutmósis) IV, que reinou em 1401-1391 a.C.

Os antigos egípcios eram negros?

O Egito fica na África, e isso contribuiu para membros da comunidade negra dos EUA afirmarem que os egípcios eram negros. A ideia até foi difundida num clipe de Michael Jackson, para a música "Remember the Time". Mas é tudo confusão com os núbios.A Núbia se localizava em parte do território dos atuais Egito e Sudão. Os núbios construíram um império, que incluía o famoso Reino de Kush, e tiveram intenso intercâmbio cultural com os egípcios. Também construíram pirâmides, embora não tão grandes quanto as egípcias.No século 8º a.C., eles invadiram e conquistaram o Egito, iniciando quase um século de domínio. Os reis núbios que então governaram o país são conhecidos como "faraós negros". Já os egípcios, pelo menos em sua maioria, não eram negros, mas brancos de pele morena. No entanto, vale lembrar que houve miscigenação entre egípcios e núbios.

Os faraós eram considerados deuses?

Sim. Os faraós eram tidos como descendentes de Rá ou Aton, o deus-sol. Os egípcios acreditavam que ele tinha sido o primeiro governante do Egito. A própria terra era considerada "filha" de Rá, tendo sido entregue aos cuidados do "irmão", o faraó. Para manterem a "pureza" do sangue real, os faraós casavam com as próprias irmãs.A suposta origem divina legitimava o poder do monarca. Assim, quem se opusesse ao faraó estaria cometendo sacrilégio, porque agiria contra os próprios deuses. Hoje, vivemos numa sociedade em que governo e religião são coisas separadas. No Egito Antigo, essa distinção causaria estranheza, pois as duas coisas estavam intimamente ligadas: o faraó era autoridade tanto política quanto espiritual, e os templos e sacerdotes se mantinham com o dinheiro dos impostos.

Em que deuses os egípcios acreditavam?

Eles eram politeístas, isto é, acreditavam em vários deuses. Alguns destes eram representados com forma humana, e outros, com corpo de gente e cabeça de bicho. Era comum que um mesmo deus tivesse mais de um nome ou fosse representado com diferentes aparências. Entre as muitas divindades egípcias, podemos destacar:1) Osíris, herói de muitas lendas, considerado o juiz dos mortos. Foi assassinado por Seth, o deus do mal, mas conseguiu ressuscitar graças à irmã e esposa, Ísis, que tinha pedido ajuda a Anúbis, deus da mumificação e protetor das tumbas. Para alguns estudiosos, a história da morte e ressurreição de Osíris representa o "renascimento" da natureza: no Egito, havia os períodos de seca e de cheia do Nilo (quando as águas invadiam as casas, destruindo quase tudo), mas depois vinham as colheitas.2) Hórus, filho de Osíris e Ísis. Enquanto Osíris reina sobre os mortos, Hórus reina sobre os vivos. Era representado com corpo de homem e cabeça de falcão.3) Anúbis, já citado. Tinha corpo de homem e cabeça de chacal, o que é bastante curioso: os chacais são carniceiros, e isso não parece adequado a uma divindade protetora das tumbas.4) Rá ou Aton: o deus-sol. Em sua homenagem, Amenófis IV (que viveu no século XIV a.C.) adotou o nome Akhenaton ("aquele que serve Aton"). Esse faraó também decretou que Aton fosse o único deus cultuado. Assim, durante seu reinado, a religião passou do politeísmo ao monoteísmo (culto a um único deus). A intenção de Amenófis IV deve ter sido aumentar seu poder pessoal e diminuir o dos sacerdotes, que eram funcionários do Estado. Após a morte desse faraó, o politeísmo foi restabelecido.

É verdade que os gatos eram sagrados no Egito?

Sim. Os gatos estavam associados à deusa Bastet, representada com corpo de mulher e cabeça de gato. Era a protetora das grávidas. Também se acreditava que a deusa garantisse as pessoas contra doenças e demônios.Pinturas com imagens de gatos são encontradas principalmente em tumbas do chamado Novo Império (o período de 1550 a.C. a 1070 a.C., quando o Egito foi governado pela 18a, 19ª e 20a dinastia). Eles também são mencionados em vários papiros egípcios, tanto literários quanto místicos. Alguns desses textos alertam os leitores para que tomem cuidado com demônios que assumem a forma de gato.

Uma explicação possível para a adoração aos gatos está no fato de caçarem ratos. Os egípcios dependiam do cultivo do trigo, cujos grãos, armazenados, atraem os roedores. Ao caçarem os ratos, os gatos ajudavam a controlar uma praga que podia comprometer toda a produção agrícola.

Decifra-me ou te devoro é um dos enigmas mais conhecidos da humanidade, embora muitos não saibam o seu significado. De forma surpreendente, isso revela a trágica resposta envolvendo os viajantes de uma história que não passavam nesse teste. Então, vamos saber melhor o significado do enigma e o que o mesmo pode dizer para você.

O mito da esfinge de Tebas

Decifra-me ou te devoro era o mistério ultimato da esfinge de Tebas no antigo mito grego. Segundo a história, a mesma observava cada viajante que passava pela cidade. O transeunte, assim que se deparava com ela, precisava resolver um enigma que poderia indicar o fim de sua vida ou recomeço dela.

A esfinge perguntava qual animal tinha quatro patas pela manhã, duas pela tarde e à noite tinha três patas. O desafiado precisava tomar cuidado com a sua resposta, pois, caso errasse. seria comido pela criatura. Além disso, a resposta à pergunta dela estava em si: era o homem.

Em sua juventude como um bebê, o homem engatinha, usando as duas pernas e mãos para se locomover. Na vida adulta, já amadurecido, usa apenas as pernas para caminhar. Mas na velhice, utiliza uma bengala em companhia das pernas para se mover.

Significado

Decifra-me ou te devoro fala de uma forma mítica sobre a falta de autoconhecimento do homem. Ao longo de nossas vidas, projetamos a nossa necessidade de saber em direção ao externo. Embora dominemos o mundo à nossa volta, a nossa parte interna permanece obscurecida.

O desafio proposto pela esfinge visa mostrar ao transeunte a necessidade de compreender a si mesmo. Sem essa capacidade de adentrar na própria essência, sua vida pode estar em risco. Por falta de uma observação sincera sobre si mesmo, você permite que oportunidades passem e as portas se fechem a você.


Quando uma mulher é comparada com uma esfinge


A esfinge representa os perigos que encontramos pelo nosso caminho. Sem o devido conhecimento, não temos como reagir para propor soluções efetivas e precisas a cada problema. Assim como ela, tudo pode nos devorar e encerrar o nosso ciclo em qualquer ambiente.

O papel dos mitos na história

Antes de mais nada, a mitologia envolvendo decifra-me ou te devoro vem da proposta em abordar questionamentos existenciais importantes a todos nós. Essas perguntas serviam para que nossos questionamentos se concluíssem com uma resposta que fechasse todo o esquema. Fora que ainda motivava a buscar o que estava além do aparente.

Algo bastante natural a pessoa é ter dúvidas a respeito das origens, identidade e futuro. Como cada época reflete seus costumes, muitas dessas dúvidas não eram respondidas de maneira mais lógica. Por causa disso, que as narrativas fantásticas, o alimento dos mitos, eram algo tão recorrente ainda que pareçam estranho à nossa época.

Dessa forma, os processos internos e externos da humanidade eram solucionados de modo mais simbólico. Nós ainda não tínhamos a capacidade refinada de dizer o que carregamos sem intermédio das figuras mitológicas.

Alcance das narrativas mitológicas

A mítica envolvendo decifra-me ou te devoro faz parte de uma abordagem em nossa construção existencial. De um modo geral, é uma busca por respostas e ancoragem simultaneamente. Graças a isso, pode lidar com:

  • angústias;
  • alívio psíquico;
  • exploração.

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Angústias

Independente de qualquer época, a pessoa carrega seus conflitos, dúvidas e questionamentos. Estes geram a angústia por não receberem uma resposta ou mesmo um direcionamento a cada um. A angústia, aliás, é parte do que causa alguns males da humanidade, em especial doenças comportamentais.

Alívio psíquico

As narrativas mitológicas ajudam a estabilizar o fluxo psíquico que causa angústia e outras tensões. Esse alívio psíquico é suficiente para que se possa recuperar e retomar a sua busca. Descobrir sobre nós mesmos é um trabalho cansativo.

Exploração

Como dito acima, a pessoa tem uma curiosidade nata a explorar. Por meio das narrativas ele pode explicar dúvidas complexas sem se prender por muito tempo a todas elas.

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A prevenção é um remédio

A história envolvendo decifra-me ou te devoro aponta a outro costume pouco sadio da humanidade: a falta de prevenção. Diante dos problemas, procuramos nos autoconhecer em sofrimento significativo e presente. Ou seja, apenas quando a situação se desenrola que nós tomamos a iniciativa de fazer aquilo ser diferente.

A resistência surge porque o autoconhecimento é um exercício difícil para muitos. Nem sempre tem disposição para alimentá-la e saber a sua escuridão. Mesmo assim, é preciso ter força de vontade para mudar seus hábitos, revirar autoconceitos e revisar as suas condutas.

Quais os ganhos alcançados com o autoconhecimento?

O autoconhecimento, maior lição de decifra-me ou te devoro, é um gesto de clareza e edificação a nós mesmos. Esse tipo de intervenção em nossa postura colabora para termos:

Tranquilidade

Nada melhor do que se sentir bem resolvido consigo, correto? A tranquilidade que surge com esse cuidado pessoal permite adentrar em sua natureza verdadeira e ser honesto com ela. Nisso, tudo o que pensa, sente e faz é verdadeiro, dando satisfação e alegria por se expressar como deseja.

Tolerância

Ter discernimento para saber que tem o diferente surge quando entendemos a nós mesmos. Aceitamos a essência de cada um porque entendemos a individualidade e a preciosidade que isto significa. Sem contar que a tolerância permite a compreensão de seus preconceitos e suas limitações pessoais.

Paz de espírito

Em vez de se frustrar como pode fazer sempre, entenderá que tem formas melhores de levar a vida. Claro que sempre enfrentará obstáculos, porém isso não significa que não pode ter paz de espírito.

E como trabalhar essas competências pessoais?

Observando decifra-me ou te devoro fica difícil pensar em muitas reações dos participantes do jogo. Contudo, entendendo a sua lição, podemos entender melhor como trabalhar competências necessárias à nossa vida. Antes de tudo, o primeiro passo é tomar iniciativa para tal, buscando de forma autônoma.

Como resultado, sua vida assume uma postura mais gratificante e bem direcionada. Em consequência, você pode se tornar uma pessoa mais feliz e bem resolvida em qualquer ambiente ou relacionamento.

Considerações finais sobre decifra-me ou te devoro

Em suma, decifra-me ou te devoro se mostra como um desafio urgente à compreensão pessoal. Até que seja exigido pela vida, muitos de nós não se comprometem em fazer disso um exercício regular. Tal postura pode significar o fim de algo importante a você. Além disso, incluindo a chance de fazer algo construtivo por si mesmo.

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Dessa forma, desafie a si mesmo a encontrar a segurança que precisa para se estabelecer na vida. Garantimos que esse tipo de postura vai ajudar a responder os espaços vazios que encontra em seu caminho.

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