Por que os vírus são chamados parasitas intracelulares obrigatórios

Por que os vírus são chamados parasitas intracelulares obrigatórios

Passei Direto

Há mais de um mês

Os vírus são considerados parasitas intracelulares obrigatórios, pois dependem de suas células hospedeiras para se reproduzirem. O fato de eles serem obrigatórios, deve-se ao fato de que um vírus não consegue sobreviver sozinho, ou seja, ele sempre precisa estar dentro de um hospedeiro para poder se manter vivo e fazer o seu papel dentro do organismo. Sendo assim, a única opção que ele possui para isso é obrigatoriamente se alojar em alguma célula, fazendo desse processo obrigatório. Nesse tipo de relação, só quem se beneficia é o vírus, tirando todos os nutrientes ou parte deles, da célula em que se encontra hospedado e trazendo para si. Nesse caso a maioria das células tendem a se prejudicar e a tendência a longo prazo é que cada vez mais células do organismo fiquem infectadas, fazendo assim com que o vírus se multiplique.

Os vírus são considerados parasitas intracelulares obrigatórios, pois dependem de suas células hospedeiras para se reproduzirem. O fato de eles serem obrigatórios, deve-se ao fato de que um vírus não consegue sobreviver sozinho, ou seja, ele sempre precisa estar dentro de um hospedeiro para poder se manter vivo e fazer o seu papel dentro do organismo. Sendo assim, a única opção que ele possui para isso é obrigatoriamente se alojar em alguma célula, fazendo desse processo obrigatório. Nesse tipo de relação, só quem se beneficia é o vírus, tirando todos os nutrientes ou parte deles, da célula em que se encontra hospedado e trazendo para si. Nesse caso a maioria das células tendem a se prejudicar e a tendência a longo prazo é que cada vez mais células do organismo fiquem infectadas, fazendo assim com que o vírus se multiplique.

Por que os vírus são chamados parasitas intracelulares obrigatórios

Edison Junior

Há mais de um mês

Porque eles precisam obrigatoriamente estar dentro da célula para desempenhar suas atividades virais. Fora da célula eles são inertes.

Por que os vírus são chamados parasitas intracelulares obrigatórios

Graça D'Emery

Há mais de um mês

So conseguem sobreviver assim.

Essa pergunta já foi respondida!

Os vírus são considerados parasitas intracelulares obrigatórios: “sem ocupar uma célula viva, é impossível se replicarem, ou seja, gerarem uma nova partícula viral.” Assim, existem vírus que infectam plantas, vírus que infectam cachorros, vírus que infectam gatos, vírus que infectam bactérias e vírus que infectam os humanos.

Como exemplos de vírus que são capazes de infectar e causar doença em humanos, tem-se o vírus HIV, vírus Zika, vírus dengue e o vírus Chikungunya, dentre outros. “As nossas células quando infectadas tornam-se fábricas de novos vírus”, explica o professor Ênio Bassi do ICBS/UFAL, simplificando os termos. O vírus utiliza a estrutura e maquinaria de nossas células para que elas produzam mais vírus, que então irão infectar outras células saudáveis e/ou outros seres vivos.

Estrutura viral

Enquanto estruturas biológicas, esses microrganismos são extremamente simples, mesmo quando comparados a outros organismos, como bactérias, fungos e protozoários. Além disso, só podem ser visualizados por microscopia eletrônica. Os vírus são compostos basicamente de material genético (DNA ou RNA), poucas proteínas estruturais e não estruturais, e no caso dos vírus envelopados, uma bicamada lipídica. Em outras palavras, possuem a informação genética para produção de suas proteínas, uma capa protetora e, por fim, uma camada de gordura proveniente da própria membrana da célula hospedeira que é adquirida quando as réplicas virais saem da célula para recomeçar o ciclo replicativo em outras células.“Quando o vírus sai da nossa célula, carrega um pedaço da membrana celular na sua estrutura”, observa o pesquisador. “Não são todos os vírus que são assim, envelopados, mas por exemplo, este é o caso do vírus Chikungunya, vírus dengue, vírus Zika, além do coronavírus SARS-CoV-2, que é o responsável por causar a COVID-19” (Figura 1).

Por que os vírus são chamados parasitas intracelulares obrigatórios

Figura 1. Microscopia eletrônica de transmissão do SARS-CoV-2 que causa a COVID-19.
Fonte: NIAID-RML.

Como o vírus infecta uma célula?

O “tropismo viral” é a capacidade de um vírus infectar especificamente determinadas células de um organismo vivo e não outras. Por exemplo, o vírus HIV infecta os linfócitos T CD4+, porque essas células do sistema imune têm receptores para ele se ligar. Linfócitos são um dos tipos dos nossos “glóbulos brancos” do sangue que atuam no sistema de defesa do corpo humano. Assim, esse tropismo é determinado pelos receptores presentes em determinadas células do hospedeiro.

Os receptores para os vírus geralmente são proteínas que fazem parte do organismo hospedeiro. No caso do SARS-CoV-2, um dos receptores já descritos para o vírus é a enzima conversora de angiotensina-2 (ECA-2).

Recentemente, cientistas do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) registraram o momento da infecção de células “in vitro” pelo SARS-CoV-2. Para isso, infectaram células de linhagem Vero em laboratório com o vírus isolado a partir de amostras de nariz e garganta de paciente infectado e, por meio de microscopia eletrônica, foi possível captar o momento em que o vírus consegue infectar a célula (Figura 2).

Por que os vírus são chamados parasitas intracelulares obrigatórios

Figura 2. Microscopia eletrônica da infecção celular “in vitro” pelo vírus SARS-CoV-2. No detalhe da imagem, é possível observar o patógeno iniciando o processo de infecção.
Fonte: Débora F. Barreto-Vieira/IOC/Fiocruz.

No caso da COVID-19, nossas células quando infectadas se tornam “fábricas” produtoras do SARS-CoV-2. Assim, uma célula infectada pode gerar muitos vírus que se disseminam pelo organismo infectando outras células saudáveis. Um indivíduo infectado pode ainda disseminar o vírus para outras pessoas, mantendo assim, a propagação viral.

Ouça este artigo:

Parasitas podem ser definidos como organismos que obtém recursos através de um ou vários indivíduos hospedeiros, provocando danos e reduzindo sua aptidão sem causar, no entanto, morte imediata. O parasita obrigatório é um parasita que não é capaz de completar seu ciclo de vida fora de um hospedeiro adequado, necessitando do hospedeiro para atingir a maturidade e se reproduzir. Estes parasitas possuem diversas estratégias desenvolvidas para colonizar o hospedeiro, uma vez que é mais vantajoso que o hospedeiro permaneça vivo e que seu sistema imunológico não detecte a infecção. Essas estratégias podem ocorrer antes, durante e depois da entrada no hospedeiro, e a morte do hospedeiro pelo parasita ocorre apenas quando esta é necessária para a sua transmissão ou reprodução, constituindo um grupo de parasitas chamados de parasitoides.

Classificação

O ciclo de vida de um parasita envolve a exploração de pelo menos um hospedeiro. Os parasitas podem ser classificados de várias formas, e uma delas é em relação ao ciclo de vida, infectando apenas uma única espécie (ciclo de vida direto), ou infectando mais de uma espécie (ciclo de vida indireto). Este último ciclo pode ser observado na malária por exemplo, que apresenta o mosquito Anopheles e o ser humano como hospedeiros. Os hospedeiros também podem ser classificados como hospedeiro definitivo ou primário, abrigando a maior parte do desenvolvimento do parasita, e também como hospedeiro intermediário ou secundário, definido para hospedeiros de curto período, onde o parasita desenvolve alguma das suas fases juvenis, inclusive a dispersão de larvas.

Existe uma variedade de organismos que são parasitas obrigatórios, e podem ser encontrados na maioria dos grupos atuais como bactérias, fungos, plantas, animais e vírus. Alguns parasitas obrigatórios desencadeiam mudanças no comportamento do hospedeiro após a infecção, visando beneficiar sua transmissão. Esse fenômeno pode ser observado no comportamento de atração de ratos à urina de gatos, ou até mesmo ao próprio gato, após a infecção por Taxoplasma gondii, considerado uma estratégia para se estabelecer no seu hospedeiro primário, o gato.

Os vírus são os parasitas obrigatórios mais estudados atualmente, e só conseguem se reproduzir utilizando recursos dentro de células vivas, sendo considerados parasitas intracelulares obrigatórios. Outro exemplo de parasita intracelular obrigatório é o Trypanosoma cruzi, uma espécie de protozoário causador da doença de Chagas. O barbeiro, hospedeiro intermediário, é contaminado ao sugar o sangue de animais com larvas do protozoário. Uma vez contaminado, elimina as larvas nas fezes e urina ao se alimentar do hospedeiro, considerado hospedeiro definitivo no caso do ser humano. Através da corrente sanguínea o parasita invade as células, onde se diferencia e se multiplica. O sangue contaminado pode servir de alimento para outro inseto, concluindo o ciclo do parasita.

Existe também o parasita social obrigatório, que diferente do parasita intracelular obrigatório não se alimenta do hospedeiro, mas se aproveita dele socialmente. Por exemplo, a Vespula austriaca é uma vespa conhecida por parasitar colônias de outras espécies do gênero, e seu ciclo de vida depende da invasão e apropriação dessas colônias, onde matam as rainhas e forçam as operarias a trabalharem e cuidarem de sua ninhada. Como é um parasita obrigatório, essas vespas não possuem capacidade de construir seu próprio ninho e não possuem também uma casta operária, sendo obrigadas a encontrar uma colônia para que obtenham sucesso no desenvolvimento de seus descendentes.

Por que os vírus são chamados parasitas intracelulares obrigatórios

Vespula austriaca, uma espécie de inseto parasita obrigatório. Foto: Magne Flåten / via Wikimedia Commons / CC-BY-SA 3.0

Referências Bibliográficas:

[1] Begon, M.; Townsend, C. R. & Harper, J. L. Ecology: from individuals to ecosystems. 4 ed. Reino Unido: Editora Blackwell Publishing Ltd, 759p., 2006.

[2] Prandovszky, E.; Gaskell, E.; Martin, H.; Dubey, J. P.; Webster, J. P.; McConkey, G. A. The neurotropic parasite toxoplasma Gondii increases dopamine metabolism. PlosOne, vol. 6, n. 9, 2011.

[3] Reed, H. C.; Akre, R. D. Colony behavior of the obligate social parasiteVespula austriaca (Panzer) (Hymenoptera: Vespidae). Insectes Sociaux, vol. 30, n. 3, p. 259-273, 1983.