Por que algumas unidades federativas apresentam taxas de mortalidade infantil tão altas

O subdesenvolvimento atinge um grande conjunto de países. Estes sofrem com problemas sociais e econômicos mesmo possuindo características distintas quando comparamos suas realidades. O Brasil está no meio do caminho.

Quando estudamos as características do mundo subdesenvolvido, ou seja, dos países menos favorecidos economicamente, analisamos os chamados indicadores socioeconômicos. Dentre esses indicadores vamos estudar a Taxa de mortalidade infantil.  Mas, o que é isso?

Descrição de Taxa de mortalidade infantil:  indica o número de crianças que morrem antes de completar um ano de idade. Salientando que essa taxa é analisada dentro de um grupo de 1000 crianças nascidas vivas.

Quando comparamos esse índice entre países ricos e pobres, notamos que a taxa de mortalidade infantil é inúmeras vezes maior em países subdesenvolvidos, e nos países ditos ricos, ela é praticamente nula.

Figura 1– Bebês que nascem com baixo peso. 

Por que algumas unidades federativas apresentam taxas de mortalidade infantil tão altas
Os motivos pelos quais são avaliadas as condições da mortalidade infantil são vários, pois através da análise desses dados é possível perceber e comprovar a ineficácia dos serviços públicos e básicos que a população deveria receber, ter acesso, e, no entanto deixam a desejar nos países pobres.

Principais causas (vilões) da Taxa de mortalidade infantil:

A fome/ pobreza- Fome e pobreza andam juntas, e infelizmente não engrossam nenhuma taxa positiva nos países subdesenvolvidos, ao contrário, são sempre acompanhadas de índices que são tristemente altos envolvendo crianças e a população mais carente.

Milhares de pessoas enfrentam a fome, passam dias sem uma refeição “decente” levando-as a morte. Pergunto a você, como uma mãe que não se alimenta pode amamentar seu filho? A

consequência disto são crianças desnutridas e que não conseguem atingir o peso ideal.

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Figura 2- Retratando a fome no mundo.

Desnutrição- É provocado pela falta de alimentos, ou leite materno. Principalmente na etapa mais importante da vida da criança, ou seja, até um ano de idade, ela necessita não só de cuidados, mas de alimentação adequada e do leite materno.

No entanto as mulheres que não conseguem proporcionar isso aos filhos, acabam enfrentando esse problema seríssimo.

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Figura 3- Crianças Desnutridas.

Condições de saúde da gestante e consequentemente da criança – a saúde materna é de fundamental importância para que a criança tenha condições de nascer bem, com um peso adequado e sobreviver. O pré- natal realizado em muitos países é um aliado, pois ele reduz riscos na gravidez, porém nem todas as mulheres têm acesso.

Falta de vacinação – as vacinas administradas nas crianças ao nascer e no decorrer do seu primeiro ano de vida são importantíssimas, pois a imunização é um procedimento que visa à iminência dessas crianças serem contaminadas.

Afinal as condições de saúde e socioeconômicas em que vivem, muitas vezes não favorecem como falta de higiene, tratamento de esgoto e água encanada, deixando essas crianças vulneráveis, portanto as campanhas de vacinação são imprescindíveis.

Compare os dados e perceba a diferença entre os países desenvolvidos dos subdesenvolvidos. É uma diferença gritante não é mesmo?

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Figura 4: Gráfico da Taxa de mortalidade infantil (2010)

Podemos agrupar os continentes que mais apresentam fatores que contribuem para o aumento da taxa de mortalidade, são eles: América Latina, África, e Ásia. Isso acontece até mesmo pelo histórico de colonização de cada continente e as condições sociais atuais.

Assista agora a esse vídeo sobre a mortalidade infantil, onde mostra a vontade de países em reduzir esse problema tão agravante e compara a taxa de algumas regiões do Brasil. Acesse:

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(Geografia – FATEC) Enquanto países europeus como a Bélgica e a Suíça apresentam taxas de mortalidade infantil inferiores a 5 por mil, países como Serra Leoa, Angola e Somália, na África, apresentam taxas de mortalidade infantil acima de 100 por mil.

A comparação entre essas taxas nos revela que:

a) As condições climáticas temperadas são mais favoráveis à vida humana que as tropicais. b) Países de povoamento muito antigo tiveram mais condições de superar os problemas demográficos que os países novos. c) Os efeitos dos avanços alimentares e médico sanitário não atingem de forma semelhante os vários países do mundo. d) Apesar das diferenças na mortalidade infantil, a  expectativa de vida aumenta na mesma proporção  nos dois grupos de países.

e) As taxas de mortalidade mais elevadas tornam a estrutura da população dos países africanos semelhante à dos países europeus.

A Taxa de Mortalidade é um índice utilizado na demografia, que se refere ao número de mortes registradas - geralmente por mil habitantes -, em determinada unidade geográfica (países, unidades da federação, regiões metropolitanas ou municípios) em um determinado período de tempo. Comumente, a unidade dessa taxa é expressa em pessoas/ano.

O estudo da taxa de mortalidade é importante devido à sua interrelação com a taxa de fecundidade, que por sua vez demonstra o crescimento do volume populacional e as transformações na composição etária da população.

Uma vez que o país se encontra em uma etapa favorável de sua transição demográfica, é possível realizar empreendimentos ou aceleração de mecanismos que promovam o desenvolvimento socioeconômico da população

Além disso, esse indicador também pode mostrar pelo ângulo social quais esforços deverão ser realizados para superar determinados obstáculos que se mostram bastante desafiadores, objetivando redução das desigualdades sócio-regionais.

Essa taxa também é estritamente relacionada à expectativa de vida da população, que é utilizada pelos governos como um dos parâmetros necessários na determinação do chamado fator previdenciário, para o cálculo dos valores referente às aposentadorias dos trabalhadores que estão sob o Regime Geral de Previdência Social.

Na Taxa de Mortalidade vários aspectos podem ser levados em consideração, gerando variações deste índice, sendo algumas delas:

A Taxa de Mortalidade Infantil refere-se ao número de óbitos de menores de um ano de idade, por mil nascidos vivos, na população de um determinado espaço geográfico, no ano considerado.

Essa taxa é utilizada como indicador básico de desenvolvimento humano, pois revelam muito sobre as condições de vida e a assistência de saúde em um país. A OMS estabelece que a partir de 50 mortes por mil nascidos, as taxas são altas e abaixo de 20 mortes por mil nascidos, são baixas.

No Brasil, a taxa de mortalidade infantil vem caindo continuamente. Em 1980, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa era de 82,8 mortes por mil nascidos. Em 2004, ano da estimativa mais recente, esse índice chegou a 26,6. Só no período de 1994 a 2004, a taxa de mortalidade infantil diminuiu 32,6%.

Índices de mortalidade infantil baixos são encontrados não só nos países desenvolvidos, mas também em países vizinhos ao Brasil, como Venezuela (18), Argentina (17), Uruguai (12) e Chile (8).

A Taxa de Mortalidade Neonatal Precoce refere-se ao número de óbitos de recém-nascidos 0 a 6 dias de vida completospor mil nascidos vivos, na população residente em determinada unidade geográfica em um determinado ano. 

Com esse índice, é possível realizar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações de saúde voltadas à atenção pré-natal, ao parto e ao recém-nascido.

A Taxa de Mortalidade Perinatal indica o número de óbitos ocorridos no período perinatal por mil nascimentos totais, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. 

O período perinatal inicia-se com 22 semanas completas de gestação e se encerra aos sete dias completos após o nascimento, ou seja, de 0 a 6 dias de vida (período neonatal precoce). Os nascimentos totais incluem os nascidos vivos e os óbitos fetais.

Este índice é importante na avaliação da qualidade da assistência prestada à gestante, ao processo de parto e ao recém-nascido. Tem grande aplicação nas áreas de ginecologia e obstetrícia, por agrupar as mortes ocorridas antes, durante e logo depois do parto.

A Taxa de Mortalidade Específica por Acidentes do Trabalho refere-se ao número de óbitos devidos a acidentes do trabalhopor 100 mil trabalhadores segurados, em determinada unidade geográfica em um determinado ano. 

Trabalhadores segurados são os que detêm cobertura previdenciária contra incapacidade laborativa decorrente de riscos ambientais do trabalho.

Esse índice é importante para planejamento, gestão e avaliação de políticas públicas de promoção, proteção e recuperação da saúde do trabalhador.

A Taxa de Mortalidade Específica por Diabete Melito é o número de óbitos por diabete melitopor 100 mil habitantes, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado.

Por meio dessa taxa, é possível analisar variações da mortalidade específica por diabete em diversos segmentos populacionais, reconhecendo situações de desigualdade e tendências que demandem ações e estudos específicos.

Dessa forma é possível realizar o planejamento, a gestão e a avaliação de políticas públicas de promoção, proteção e recuperação da saúde, referentes à diabete melito.

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Taxa de mortalidade infantil por país.

Exercício de fixação

UFMT/2013

De suma importância na avaliação das condições de vida de uma sociedade, a taxa de mortalidade infantil refere-se ao número de crianças que morrem ao longo do primeiro ano de vida, durante determinado ano civil. Os gráficos mostram a evolução da taxa de mortalidade infantil no Brasil e apresentam uma comparação com taxas de outros países do mundo.

Por que algumas unidades federativas apresentam taxas de mortalidade infantil tão altas

A partir da análise dos gráficos e de conhecimentos geográficos, é correto afirmar que:

A A taxa brasileira ainda é considerada mediana, mas diminui rapidamente, distanciando-se das taxas de regiões subdesenvolvidas.

B A queda da taxa brasileira, verificada na década de 1970, foi a maior no período analisado.

C A taxa brasileira vai precisar de muitas décadas para se aproximar das taxas dos países emergentes.

D A taxa brasileira, com a queda verificada na década de 2000, já se compara à dos países ricos.

E Taxas inferiores a 4% somente ocorrem em países europeus, onde a taxa de natalidade é reduzida.