O que caracteriza a agricultura dos estados unidos?

As grandes potências agrícolas mundiais, atualmente, são os Estados Unidos e a União Europeia. Cada uma dessas potências apresenta modelos diferentes de políticas para a agricultura, variando de acordo com os contextos históricos, geográficos e geológicos de cada localidade. O que ambas têm em comum é o elevado grau de protecionismo implementado pelo governo aos agricultores nacionais, bem como a elevada mecanização do processo produtivo em todas as suas etapas.

Produção Agrícola dos EUA

Os EUA conheceram a implantação da agricultura a partir do processo de colonização de seu território, quando os imigrantes europeus formaram a classe dos farmers, que se dedicaram à produção agrícola em pequena e média escala.

Como característica inicial, a agricultura estadunidense era marcada, sobretudo, pela distribuição das terras em pequenas e médias propriedades para uma quantidade significativa de produtores. Contudo, com a Grande Depressão de 1929, muitos proprietários e fazendeiros tiveram que hipotecar as suas terras, que foram transferidas para a posse de bancos e grandes companhias. O resultado foi a concentração fundiária atual.

Com os avanços tecnológicos e a intensificação do êxodo rural (migração em massa de pessoas do campo para a cidade), estima-se que menos de 3% da população norte-americana seja empregada no campo. Mesmo assim, os EUA são os maiores produtores agrícolas de todo o mundo.

Atualmente, o cultivo agrícola norte-americano é caracterizado pelo zoneamento da produção, o que é assinalado pela formação dos belts, ou cinturões agrícolas.  Existem o Dairy Belt (cinturão do leite), o Corn Belt (cinturão do milho), o Wheat Belt (cinturão do trigo) e Cotton Belt (cinturão do algodão).

É bom lembrar que a prática agrícola em cinturões não remete necessariamente à produção monocultora (um só produto agrícola em uma região). Existe uma alternância entre os produtos, os nomes dos cinturões são escolhidos a partir daqueles produtos cuja atividade se faz predominante na região.

Produção agrícola na União Europeia

Na União Europeia, a produção agrícola é significativamente menor que a dos Estados Unidos, em virtude do tamanho de sua área, da densidade demográfica da região, bem como da concentração da economia nas atividades industriais. Mesmo assim, a sua produção agrícola é considerada uma das maiores do mundo.

A agricultura na União Europeia é caracterizada pela PAC (Política Agrícola Comum), que consiste no protecionismo aos agricultores da região através da imposição de taxas de elevação de tributos a produtos agrícolas importados.

Assim, a PAC se caracteriza pela unificação do mercado europeu, com a fixação de preços mínimos para cada produto, a preferência na compra de produtos do bloco econômico e implantação de tarifas para importações.

A PAC foi muito importante para garantir a manutenção da produção agrícola, sobretudo, dos pequenos produtores. Entretanto, sua prática foi bastante questionada no âmbito da OMC (Organização Mundial do Comércio), principalmente pelos países subdesenvolvidos, cujas economias são muito dependentes da exportação de produtos agrícolas e matérias-primas.

Com isso, a partir de 2003, a União Europeia praticou uma reforma na PAC, que mudou a ênfase da produção para a melhoria da qualidade da produção e conservação do meio ambiente. Antes disso, a UE estabelecia metas para os produtores em termos quantitativos, a fim de garantir o abastecimento dos países-membros do bloco somente com produtos internos.

Os grandes objetivos da política agrícola da União Europeia giram em torno da manutenção familiar e da contenção do êxodo rural, o que evita o aumento das densidades demográficas nos grandes centros urbanos e, assim, previne ou diminui a ocorrência de problemas urbanos, como favelização e segregação urbana.

Brasil pode se tornar a maior potência agrícola mundial

O Brasil também é destaque na produção agrícola mundial. Porém, por enquanto, o país ainda se encontra muito abaixo da União Europeia e, principalmente, dos EUA. Porém, ao contrário dos líderes agrícolas mundiais, o país tem grandes possibilidades de expansão nos próximos anos.

A estimativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento é que o Brasil alcance a liderança mundial na safra de 2020/2021. Tal expansão deverá ser ocasionada, sobretudo, pela modernização do campo, pela melhoria nas condições da propriedade familiar e pelo aumento do volume de exportações. Os produtos que mais devem ter sua produção aumentada são a soja, o etanol, o algodão, o milho e o café.

Por Rodolfo Alves Pena

Graduado em Geografia

A agricultura dos Estados Unidos, uma das mais modernas e produtivas do mundo tanto em área quanto em volume de produção, organiza-se em grandes faixas, zonas ou cinturões agrícolas denominados belts, formados conforme as particularidades históricas de povoamento, as condições climáticas e os tipos de solos.

Os belts são especializados no cultivo de determinados produtos, como trigo, milho, algodão, frutas, culturas tropicais. Merecem ainda destaque as produções de soja, tabaco, laranja e gado bovino.

É importante ressaltar que esses cinturões não constituem áreas monocultoras, pois, além do cultivo principal, existem também cultivos secundários.

De modo geral, podemos apontar três grandes zoneamentos agrícolas: os Green belts do Nordeste, o Central belt e o Oeste.

Os Green belts do Nordeste

A região abriga uma grande população, calculada em mais de 100 milhões de pessoas. Para atender a toda essa população, a agricultura é responsável por produzir hortifrutigranjeiros (hortas, granjas e pomares) nos Green belts ("cinturões verdes"), compostos de pequenas propriedades localizadas no entorno das áreas urbanas.

Saliente-se que os Green belts não se limitam à região Nordeste, mas também são encontrados no entorno de outras grandes cidades norte-americanas, principalmente as localizadas na costa oeste, como São Francisco e Los Angeles.

Na região Nordeste, também se destaca um espaço agrícola regional que recebe o nome de Dairy belt ("cinturão de leiterias"), onde ocorre a criação intensiva de gado leiteiro, sendo considerada a maior indústria de laticínios do mundo.

Central belt

Corresponde à Planície Central, localizada entre os Apalaches e as Montanhas Rochosas.

Essa região é ocupada por enormes propriedades monocultoras, que se agrupam em três principais cinturões:

1. Wheat belt, especializado no cultivo do trigo, que ocorre ao norte, plantando-se na primavera e colhendo-se antes das nevascas, e mais ao sul, onde é plantado no inverno;

2. Corn belt, especializado no cultivo do milho; e

3. Cotton belt, especializado no cultivo do algodão, ocorrendo tradicionalmente no sul, por ser uma região mais quente; mas, nos últimos anos, sua produção tem-se elevado muito na Califórnia.

Vale ressaltar que mais da metade da produção de cada um desses produtos (trigo, milho e algodão) se concentra em apenas cinco estados.

A produção desses belts é intensiva, comandada pela agroindústria. Assim, comumente são utilizados, em grandes proporções, insumos agrícolas industrializados, como rações, sementes geneticamente modificadas, fertilizantes, inseticidas, entre outros.

Uma grande parcela da produção é direcionada para as múltiplas e diferentes indústrias que beneficiam e transformam os produtos agropecuários em mercadorias a serem utilizadas pelos consumidores.

Esse comando do setor industrial sobre o setor agropecuário, característico da agroindústria, alcançou nessa ampla região um alto nível de desenvolvimento, o que assegura aos Estados Unidos alguns dos maiores índices de produtividade agrícola do mundo.

Nas últimas décadas, os belts têm apresentado uma diversificação de sua produção agrícola. No Cotton belt, atualmente há, ao lado da cultura do algodão, a pecuária, a avicultura e cereais diversos. No Corn belt, o milho está cada vez mais associado à beterraba e também à soja. Já no Wheat belt, região em que somente se plantava o trigo de inverno, foram introduzidas culturas de milho e sorgo.

Oeste

Nessa região há dois sistemas muito distintos:

1. Ranching belt - Nesse cinturão estão as maiores propriedades rurais do país, dedicadas principalmente à pecuária bovina de corte e ovina (ovelhas, carneiros, cordeiros). Localizam-se nos planaltos de Colúmbia e Colorado, áreas de clima predominantemente árido e semi-árido (com invernos frios e verões amenos).

A produção nas propriedades é, em geral, extensiva e de baixa produtividade. Porém, já são comuns propriedades com produções intensivas de gado de corte. Vale ressaltar que os Estados Unidos possuem o quarto maior rebanho bovino do mundo, com cerca de 100 milhões de animais, superado apenas por Índia, Brasil e China.

2. Dry-farming - São fazendas típicas do sul da Califórnia, área bastante árida, onde se desenvolve uma fruticultura de excepcional qualidade, devido a uma técnica de arar criada no século 19 e empregada até hoje: grandes e poderosos tratores, que revolvem a terra profundamente, trazem para a superfície os solos mais úmidos e férteis.

Esse sistema possibilita a produção de laranjas, uvas vinícolas (especialmente no Vale da Califórnia) e morangos. São produzidos ainda legumes e verduras; e cria-se gado leiteiro.

14/09/17 |   Agricultura familiar

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O que caracteriza a agricultura dos estados unidos?
Imprimir Agricultura Familiar: nos Estados Unidos é quase todo mundo

Os Estados Unidos, a maior e mais rica agricultura do mundo, também têm agricultura familiar. A rigor, quase só têm agricultura familiar: em 2015, 98,7% das propriedades estadunidenses se enquadravam nesta classificação e respondiam por 89% da produção agrícola daquele país, segundo o relatório “As diversas propriedades familiares da América”, do Departamento de Agricultura (USDA). A razão para isso é a definição do que seja agricultura familiar: nos Estados Unidos inclue-se nessa categoria toda e qualquer propriedade rural em que a pessoa ou família que toca a produção seja proprietária de mais que 50% do negócio, não importa o tamanho da propriedade, nem a renda bruta e patrimônio, nem o número de empregados e de sócios. O critério essencial é a administração majoritária do negócio. No Brasil, a definição é mais restrita: só é agricultor familiar quem tenha área de terra até quatro módulos fiscais (varia de região para região), use predominantemente mão-de-obra da própria família, tenha maior parte da renda gerada na produção da fazenda, e a fazenda seja dirigida pela família. É basicamente um critério definido pelo tamanho da renda e do patrimônio do produtor. Por isso, a agricultura familiar no Brasil, apesar de reunir grande número de propriedades, responde por pouco mais de 30% do valor da produção agrícola, segundo mostra o trabalho do professor Rodolfo Hoffmann, um dos maiores estatísticos agrícolas do País. Nos EUA, já que critério se apoia apenas na “administração”, como agricultura não-familiar restam apenas 1,3% das propriedades agrícolas, as das grandes companhias, administradas por gerentes não proprietários e, no outro extremo, as dos de pequenos produtores associados, em que a família que toca a produção não tem a maior parte do negócio. Propriedades Familiares Pela classificação estabelecida pelo Serviço de Pesquisa Econômica dos EUA, há três grandes agrupamentos de agricultores familiares – a Pequena Agricultura Familiar, a Agricultura Familiar de Porte Médio e a Agricultura Familiar de Grande Escala –, os quais, por sua vez, se subdividem em oito tipos de propriedades, diferentes segundo seu uso e renda. O relatório registra um total de 2.259.274 propriedades rurais nos Estados Unidos, assim consideradas quaisquer propriedades que tenham produzido e vendido, no ano, pelo menos mil dólares em produtos agropecuários ou que, em função da área cultivada ou do tamanho do rebanho, poderiam tê-lo feito. Baseado numa amostragem de quase 20 mil fazendeiros, eles estimam que quase 90% (1.846.955) dessas propriedades se enquadram dentro da Pequena Agricultura Familiar. Esse grupo se subdivide em três tipos: “Fazenda de Ocupação Agrícola”, “Fazenda Aposentadoria” e ”Fazenda de Ocupação Não-Agrícola”. Os tipos "Aposentadoria" e "de Ocupação Não-Agrícola" reúnem 59% das propriedades rurais do EUA, as quais são consideradas ”fazendas” apesar de sua principal renda não vir da produção agropecuária. O maior desses subgrupos é o de "Ocupação Não-Agrícola" (42,2% das propriedades), que reúne 868.523 fazendas e sua principal ocupação e fonte de renda são atividades tais como colônias de férias, pesque-pague, arvorismo e pistas de rali. As fazendas do tipo “Aposentadoria” (346.489) somam 16,8% das propriedades rurais estadunidenses e, como o nome sugere, seus proprietários obtêm a maior parte de sua renda de suas aposentadorias. O subgrupo ”Fazenda de Ocupação Agrícola” se subdivide entre aquelas de “Vendas Baixas” (menos que 150 mil dólares por ano), que somam 521.350 propriedades (25,3%), e aquelas de “Vendas Moderadas”, 110.593 propriedades (5,4%) que faturam de 150 mil a menos de 350 mil dólares/ano. A contribuição de cada um Em conjunto, as propriedades da Pequena Agricultura Familiar ocupam 48% das terras cultivadas e respondem por 24,2% do valor da produção agrícola. Na Agricultura Familiar de Porte Médio há 126.331 propriedades que cultivam 22,6% das terras, faturam de 350 mil a menos de um milhão de dólares e amealham 22,8% do valor de produção. A Agricultura Familiar de Grande Escala reúne 53.268 propriedades, do tipo “Fazenda Familiar Grande”, que faturam entre um milhão e menos que cinco milhões de dólares por ano, e 5.747 propriedades, do tipo “Fazenda Familiar Muito Grande“, que faturam pelo menos cinco milhões de dólares por ano. Juntas, elas ocupam 23% das terras cultivadas, e respondem por 42,4% do valor de produção agrícola. Por esses números já se percebe que a Agricultura Familiar de Grande Escala e a de Porte Médio dominam a produção agrícola nos Estados Unidos. Juntas, respondem por 86,5% do valor de produção de leite e derivados, 70% do valor de frutas, castanhas e produtos de viveiros e estufas, 80,7% do algodão, 76% do valor da soja e dos cash grains (grãos em geral, exceto arroz, trigo, milho e soja), 55% do valor da carne bovina, 66% da carne suína e 45,5% do valor das carnes de aves. Ainda assim, o peso da Pequena Agricultura Familiar é relevante. Ela é responsável por 57,9% do valor de produção de feno, por 51,9% do valor das carnes de aves, 26% da carne suína, 23% da carne bovina, 20,9% do valor da soja e de cash grains, 11,7% do algodão, 9,1% do valor de frutas, castanhas e produtos de viveiros e estufas e 7,4% do valor da produção de leite e derivados. A agricultura não-familiar soma 26,9 mil propriedades (1,3% do total), ocupa 6,1% das terras e responde por 10,6% do valor da produção. Ela tem alguma relevância na produção de carne suína (8,1%), feno (9,2%), carne bovina (21,6%) e de frutas, castanhas, e produtos de viveiros e estufas (20,7%). Veja o relatório completo em https://www.ers.usda.gov/publications/pub-details/?pubid=81401.

Os Estados Unidos, a maior e mais rica agricultura do mundo, também têm agricultura familiar. A rigor, quase só têm agricultura familiar: em 2015, 98,7% das propriedades estadunidenses se enquadravam nesta classificação e respondiam por 89% da produção agrícola daquele país, segundo o relatório “As diversas propriedades familiares da América”, do Departamento de Agricultura (USDA).

A razão para isso é a definição do que seja agricultura familiar: nos Estados Unidos inclue-se nessa categoria toda e qualquer propriedade rural em que a pessoa ou família que toca a produção seja proprietária de mais que 50% do negócio, não importa o tamanho da propriedade, nem a renda bruta e patrimônio, nem o número de empregados e de sócios. O critério essencial é a administração majoritária do negócio.

No Brasil, a definição é mais restrita: só é agricultor familiar quem tenha área de terra até quatro módulos fiscais (varia de região para região), use predominantemente mão-de-obra da própria família, tenha maior parte da renda gerada na produção da fazenda, e a fazenda seja dirigida pela família. É basicamente um critério definido pelo tamanho da renda e do patrimônio do produtor.

Por isso, a agricultura familiar no Brasil, apesar de reunir grande número de propriedades, responde por pouco mais de 30% do valor da produção agrícola, segundo mostra o trabalho do professor Rodolfo Hoffmann, um dos maiores estatísticos agrícolas do País.

Nos EUA, já que critério se apoia apenas na “administração”, como agricultura não-familiar restam apenas 1,3% das propriedades agrícolas, as das grandes companhias, administradas por gerentes não proprietários e, no outro extremo, as dos de pequenos produtores associados, em que a família que toca a produção não tem a maior parte do negócio.

Propriedades Familiares

Pela classificação estabelecida pelo Serviço de Pesquisa Econômica dos EUA, há três grandes agrupamentos de agricultores familiares – a Pequena Agricultura Familiar, a Agricultura Familiar de Porte Médio e a Agricultura Familiar de Grande Escala –, os quais, por sua vez, se subdividem em oito tipos de propriedades, diferentes segundo seu uso e renda.

O relatório registra um total de 2.259.274 propriedades rurais nos Estados Unidos, assim consideradas quaisquer

O que caracteriza a agricultura dos estados unidos?
propriedades que tenham produzido e vendido, no ano, pelo menos mil dólares em produtos agropecuários ou que, em função da área cultivada ou do tamanho do rebanho, poderiam tê-lo feito. Baseado numa amostragem de quase 20 mil fazendeiros, eles estimam que quase 90% (1.846.955) dessas propriedades se enquadram dentro da Pequena Agricultura Familiar.

Esse grupo se subdivide em três tipos: “Fazenda de Ocupação Agrícola”, “Fazenda Aposentadoria” e ”Fazenda de Ocupação Não-Agrícola”. Os tipos "Aposentadoria" e "de Ocupação Não-Agrícola" reúnem 59% das propriedades rurais do EUA, as quais são consideradas ”fazendas” apesar de sua principal renda não vir da produção agropecuária.

O maior desses subgrupos é o de "Ocupação Não-Agrícola" (42,2% das propriedades), que reúne 868.523 fazendas e sua principal ocupação e fonte de renda são atividades tais como colônias de férias, pesque-pague, arvorismo e pistas de rali. As fazendas do tipo “Aposentadoria” (346.489) somam 16,8% das propriedades rurais estadunidenses e, como o nome sugere, seus proprietários obtêm a maior parte de sua renda de suas aposentadorias.

O subgrupo ”Fazenda de Ocupação Agrícola” se subdivide entre aquelas de “Vendas Baixas” (menos que 150 mil dólares por ano), que somam 521.350 propriedades (25,3%), e aquelas de “Vendas Moderadas”, 110.593 propriedades (5,4%) que faturam de 150 mil a menos de 350 mil dólares/ano.

A contribuição de cada um

Em conjunto, as propriedades da Pequena Agricultura Familiar ocupam 48% das terras cultivadas e respondem por 24,2% do valor da produção agrícola. Na Agricultura Familiar de Porte Médio há 126.331 propriedades que cultivam 22,6% das terras, faturam de 350 mil a menos de um milhão de dólares e amealham 22,8% do valor de produção.

A Agricultura Familiar de Grande Escala reúne 53.268 propriedades, do tipo “Fazenda Familiar Grande”, que faturam entre um milhão e menos que cinco milhões de dólares por ano, e 5.747 propriedades, do tipo “Fazenda Familiar Muito Grande“, que faturam pelo menos cinco milhões de dólares por ano. Juntas, elas ocupam 23% das terras cultivadas, e respondem por 42,4% do valor de produção agrícola.

Por esses números já se percebe que a Agricultura Familiar de Grande Escala e a de Porte Médio dominam a produção agrícola nos Estados Unidos. Juntas, respondem por 86,5% do valor de produção de leite e derivados, 70% do valor de frutas, castanhas e produtos de viveiros e estufas, 80,7% do algodão, 76% do valor da soja e dos cash grains (grãos em geral, exceto arroz, trigo, milho e soja), 55% do valor da carne bovina, 66% da carne suína e 45,5% do valor das carnes de aves.

Ainda assim, o peso da Pequena Agricultura Familiar é relevante. Ela é responsável por 57,9% do valor de produção de feno, por 51,9% do valor das carnes de aves, 26% da carne suína, 23% da carne bovina, 20,9% do valor da soja e de cash grains, 11,7% do algodão, 9,1% do valor de frutas, castanhas e produtos de viveiros e estufas e 7,4% do valor da produção de leite e derivados.

A agricultura não-familiar soma 26,9 mil propriedades (1,3% do total), ocupa 6,1% das terras e responde por 10,6% do valor da produção. Ela tem alguma relevância na produção de carne suína (8,1%), feno (9,2%), carne bovina (21,6%) e de frutas, castanhas, e produtos de viveiros e estufas (20,7%). Veja o relatório completo em https://www.ers.usda.gov/publications/pub-details/?pubid=81401.

Renato Cruz Silva (MTb 610/04/97v/DF)
Secretaria de Inteligência e Macroestratégia

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