Apesar das diferenças entre suas obras, o que eles apresentavam de comum

Tipos diferentes de texto, esquema e resumo apresentam diferenças significativas quanto à forma e ao conteúdo.

Você sabe quais são as diferenças entre esquema e resumo? Pensou que esquema e resumo fossem a mesma coisa? Pois bem, você vai aprender agora que eles são tipos distintos de texto-, pois cada um cumpre uma função diferente no contexto comunicacional.

Basicamente, o resumo tem como principal característica apresentar com fidelidade as ideias reproduzidas em um texto, primando por elementos inerentes à construção textual. Já o esquema tem como objetivo destacar apenas aquilo que é essencial para um texto, como se fosse um esqueleto formado por tópicos. Para facilitar seus estudos, observe o quadro que destaca as especificidades de cada um desses textos:

Diferenças entre esquema e resumo:

Apesar das diferenças, ambos apresentam um ponto em comum: são resultados de uma boa leitura, pois, sem ela, elaborar um esquema ou um resumo pode ser uma tarefa árdua. Leia e, após uma visão do conjunto do tema, opte entre os dois tipos de texto. Bom trabalho!  

Aproveite para conferir as nossas videoaulas relacionadas ao assunto:

É correta a alternativa B.

Os pré-socráticos foram filósofos da natureza, tendo como principal objeto de investigação não os fenômenos humanos (como a arte, a cultura e a política), mas o próprio funcionamento do mundo natural, que buscavam explicar através de princípios racionais, se afastando do modelo tradicional dos mitos.

Para isto propunham diferentes cosmologias (sistemas que buscam explicar as leis que regem o universo e tudo o que nele acontece), tendo diferentes pensadores proposto diferentes origens e formas de sustentação do real.


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Christinabatis January 2020 | 0 Respostas

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Os filósofos pré-socráticos foram os primeiros filósofos do Ocidente. Tales de Mileto, considerado o primeiro filósofo, não se conteve com as explicações cosmogônicas fornecidas pela mitologia grega para explicar a origem de tudo, e parte para uma observação natural em busca de um princípio racional de tudo que fizesse sentido. Sua atitude dá início à Filosofia há, aproximadamente, 2600 anos.

Os primeiros filósofos foram chamados de pré-socráticos por se situarem, cronologicamente, antes de Sócrates, o qual modificou os rumos da Filosofia grega. O período Pré-Socrático também é chamado de Cosmológico, pois os filósofos estavam buscando uma origem racional para o Universo, que, no vocabulário grego antigo, pode ser traduzido pela palavra cosmos.

Leia também: Afinal, o que é Filosofia?

Objetivos dos pré-socráticos

Tales de Mileto, um comerciante da região da Jônia que gostava de buscar novos conhecimentos, foi considerado o primeiro filósofo. Como matemático e astrônomo, contam os historiadores que Tales teria previsto um eclipse total do Sol, no ano de 585 a.C., utilizando cálculos e conhecimentos de Astronomia. Esse momento seria, segundo os historiadores da Filosofia antiga, o ápice do amadurecimento intelectual de Tales, o que nos faz supor que a Filosofia tenha surgido, mais precisamente, em uma data próxima à da previsão do eclipse.

Tales observou a natureza e supôs que o princípio de tudo estaria contido nela própria. A sua análise foi motivada pela falta de coerência das mitologias, ao tentarem explicar o surgimento de tudo, com histórias fantasiosas que envolviam deuses e titãs. As observações de Tales o fizeram supor que o princípio de tudo seria a água, pois notou que essa substância está presente em todas as formas de vida.

A atitude de Tales o colocou no posto de primeiro filósofo e também fez florescer um proceder filosófico que impulsionou os estudos de vários outros pré-socráticos, os quais, assim como Tales, queriam descobrir a verdadeira origem do Universo. Todos eles buscaram essa origem na própria natureza, com base na observação empírica do meio em que viviam. Essa atitude fez com que o ser humano fosse parando aos poucos de creditar os fenômenos naturais pouco conhecidos a intervenções divinas e forças sobrenaturais.

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Filósofos pré-socráticos: principais ideias

Os filósofos pré-socráticos nutriam esse mesmo objetivo: encontrar o princípio gerador ou a matéria primordial de todo o Universo. Por isso, as suas ideias são bem parecidas. Os estudiosos sempre se esbarram nas dificuldades que o tempo e o modo de escrita dos pré-socráticos colocaram. Não há como fazer um estudo aprofundado de um filósofo pré-socrático, pois as obras são escassas e fragmentadas. No entanto, é notório que eles buscavam fundamentar o que chamavam de arché (princípio originário), por meio da observação da physis (natureza).

Para facilitar o estudo, os historiadores da Filosofia reuniram os pré-socráticos em “escolas filosóficas”, de acordo com sua proximidade geográfica que também coincide com a proximidade de ideias. As escolas pré-socráticas são:

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Tales de Mileto é considerado o primeiro filósofo. [1]

Teve início com Tales de Mileto, na região da Jônia, que atualmente é parte da Turquia. Tales estabeleceu a água como princípio gerador de tudo. Anaximandro, que teve contato com as ideias de Tales, passou pelo mesmo processo de observação empírica da natureza e constatou que a origem de tudo estava contida num elemento infinito e indeterminável, designado pela palavra ápeiron. Seu discípulo, Anaxímenes, concordou que o elemento era infinito, mas afirmou ser possível determiná-lo, pois era o ar. O ar estaria presente em tudo, sendo, portanto, a causa material primeira.

Pitágoras foi um dos mais importantes matemáticos de todos os tempos. Sua percepção matemática, envolta por rituais místicos, levou-o a estabelecer que a origem de todo o Universo estaria em relações matemáticas, mais especificamente naquilo que dá origem a tudo na Geometria — o ponto — junto à ideia de unidade proposta pelo algarismo 1, que é o início por excelência. Seus seguidores continuaram a mística pitagórica, que envolvia Música, Matemática e Cosmologia.

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Parmênides é considerado pelos historiadores da Filosofia como o pensador do imobilismo universal.

Parmênides e seu discípulo, Zenão, são os principais filósofos eleatas. Para eles, a origem de tudo não estaria no estabelecimento de uma causa material primordial, mas no entendimento de que não houve início, pois não houve mudança. Eles eram imobilistas e acreditavam que a natureza era eterna e imutável, e que as mudanças que apreendemos são frutos de nossa percepção enganosa.

Não elegeram apenas um elemento primordial, mas vários elementos que se juntaram para formar todo o Universo, de acordo com as suas teorias. Para Empédocles, a origem do Universo estaria no que ele chamou de quatro elementos básicos — terra, fogo, água e ar. Anaxágoras estabeleceu que a origem deu-se por meio da junção de sementes.

Essa junção acontecia quando havia afinidade entre diferentes sementes, mediante a relação que ele classificou como amor. Do mesmo modo, sementes que não tinham afinidade entre si separavam-se pela relação que ele chamou de ódio. Demócrito e Leucipo, talvez os mais conhecidos dentre os pluralistas, formularam a teoria atomi sta, que creditava a origem de tudo à junção de partículas invisíveis e indivisíveis, os átomos.

Importância dos pré-socráticos

Hoje, a ciência e a tecnologia estão muito desenvolvidas, e as ideias pré-socráticas parecem obsoletas e inúteis para entender a constituição natural de tudo. Porém, a importância dos pré-socráticos reside no fato de que o conhecimento racional e a atitude filosófica, que daria origem a uma atitude científica, iniciaram-se com a Cosmologia dos gregos.

A nossa ciência somente pode considerar as afirmações dos antigos filósofos obsoletas, porque eles a formularam e possibilitaram o desenvolvimento de toda a inteligência racional que temos hoje. Também devemos pensar numa importância histórica, pois, para entender o desenrolar da Filosofia e da tradição racional ocidental, é preciso olhar para a origem de tudo, de modo a perceber como chegamos aonde chegamos.

Bibliografia dos pré-socráticos

Não se tem muitos escritos dos filósofos pré-socráticos hoje. O que se tem são fragmentos escassos e, muitas vezes, desconexos. Os historiadores da Filosofia reuniram os pré-socráticos em escolas para facilitar o entendimento de seus escritos. Essa escassez deve-se, principalmente, à ação do tempo e da humanidade que — por meio de enchentes, furações, tempestades, incêndios acidentais e incêndios provocados — destruiu muitos documentos históricos da Grécia Antiga. Estima-se que muitos escritos tenham sido perdidos, por exemplo, no incêndio na Biblioteca de Alexandria.

Outro fator que dificulta o entendimento e a reunião da bibliografia dos pré-socráticos é o fato de que eles não escreviam tendo em vista a publicação como fazemos hoje. A grande maioria dos escritos do período não possui título, sendo esses diletantes sobre assuntos relacionados à Cosmologia, à Matemática, à Música, à Astronomia ou sobre qualquer outra ciência que já fosse cultivada naquele período.

Crédito de imagem

[1]  Naci Yavuz / Shutterstock