Como estabelecer comparações em redação

Escrito por: eHow Contributor

Escrito em: November 20, 2021

Poucos estudantes universitários conseguem escapar do infame artigo com uma análise comparativa, também chamado de "ensaio de comparação e contraste". Este coadjuvante acadêmico requer que você faça uma comparação de dois assuntos – quer seja analisando duas políticas governamentais diferentes, ou dois sonetos de Shakespeare diferentes. A chave para escrever uma análise comparativa de sucesso é estabelecer uma boa tese e um esquema de organização, antes de começar a escrevê-la. Neste artigo você encontrará mais informações sobre a elaboração de uma análise comparativa.

Comece com uma estrutura de referência, uma base de comparação. Às vezes, esta base é fornecida, quando lhe é pedido que você compare especificamente o uso de propaganda em dois governos diferentes, ao invés de apenas comparar os dois governos, ou quando você precisa comparar a forma como um escritor usa as descrições físicas para caracterizar dois de seus protagonistas, em vez de apenas comparar esses personagens. Se o seu professor não fornecer um meio específico de comparação, você vai precisar estabelecer sua própria base.

Step 2

Faça uma lista das semelhanças e diferenças entre as duas coisas que você está comparando. Durante este processo, lembre-se de que, a partir deste exercício, seu objetivo será o de elaborar uma tese, uma discussão sobre como as duas coisas são semelhantes e/ou diferentes.

Escreva sua tese. Antes de apresentar uma tese, você pode fazer um brainstorming (uma metodologia de exploração de ideias, para obter as melhores soluções de um grupo de pessoas) ou usar outra técnica de pré escrita como o clustering (técnica para fazer agrupamentos automáticos de dados segundo seu grau de semelhança). Outra boa maneira de encontrar uma tese forte é discutir o tema com outro colega, e trocar ideias com ele.

Step 4

Elabore o esboço do restante do seu artigo, utilizando uma das seguintes formas eficazes para organizar uma análise comparativa. Uma delas é escrever vários parágrafos sobre o primeiro assunto, e depois alguns parágrafos sobre o segundo que você está comparando com o primeiro, mencionando as semelhanças e as diferenças. A outra forma é escrever um parágrafo sobre o primeiro assunto, e depois um sobre o segundo, mencionando como o segundo difere ou é semelhante ao primeiro. Você repete este processo de alternância de um assunto para o outro, até que você tenha abordado todas as semelhanças e diferenças que deseja comparar e contrastar.

Step 5

Escreva uma conclusão que analise o sentido daquilo que você discutiu nos parágrafos anteriores e que reforce a sua tese.

Step 6

Revise cuidadosamente seu trabalho, antes de enviá-lo. Também certifique-se de ter citado todas as fontes corretamente, usando o estilo APA (American Psychological Association) ou MLA (Modern Language Association), ou qualquer guia de estilo solicitado por seu professor.

Imagine que você está prestando o vestibular da faculdade que tanto almeja e quando recebe a proposta de redação, percebe que domina muito o tema. Várias ideias de encaminhamento do texto surgem e você decide fazer algo diferente: explorar uma figura de linguagem, um recurso muito utilizado para tornar as mensagens mais expressivas. Algumas das figuras mais famosas são a metáfora, a metonímia, a ironia, o eufemismo e a personificação. 

Mas, afinal, será que vale a pena se aventurar por esse universo?

Na hora da prova

Segundo Maria Cataria Bózio, coordenadora do Colégio Poliedro, dependendo do estilo do vestibular, o uso de figuras de linguagem pode ser uma boa estratégia para demonstrar autoria no uso da língua. 

“Em provas de redação como a da Fuvest, o uso desse tipo de recurso para criar imagens, comparações e uma leitura mais abrangente pode ser bastante positivo, já que os recortes temáticos suscitam maior liberdade reflexiva, argumentativa e estrutural”, diz.

Mas é preciso tomar alguns cuidados. Thiago Braga, autor do Sistema de Ensino pH, explica que usar uma figura de linguagem é arriscado se o estudante não tiver a certeza de que está sendo absolutamente claro na construção da frase. “Não adianta ele entender o que quis dizer e a figura não ser clara para o leitor. Então, para se certificar de que uma figura está adequada, ela deve fazer sentido para todos, sendo um recurso mais sofisticado por exigir essa compreensão”, afirma.

A prova do Enem e, muitas vezes, a da Vunesp, por exemplo, comportam esse tipo de estratégia apenas para detalhes mais técnicos, como evitar repetições, destrinchar uma ideia ou aprimorar a linha argumentativa, por trabalharem com temas mais objetivos. 

Quais usar?

Algumas figuras recomendadas pelos especialistas são: 

  • antítese: consiste na aproximação de termos contrários, de palavras que se opõem pelo sentido
  • perífrases: consiste em substituir um nome por uma expressão que o identifique com facilidade

A metonímia, segundo os especialistas, também pode funcionar bem no texto se for utilizada, por exemplo, para a exemplificação de um conceito abstrato ou mesmo para driblar uma repetição. Ou seja, ela passa a funcionar até mesmo como um possível recurso coesivo. Além disso, é possível usar essa figura de linguagem para criar conexões ilustrativas.

O alerta aqui é que a metonímia, segundo Braga, geralmente é usada para particularizar ou generalizar em texto dissertativo. E isso pode gerar uma restrição ou uma generalização do raciocínio, prejudicando a compreensão do texto.

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Para o autor, a melhor figura é a metáfora. “Uma vez, um aluno fez uma redação sobre a Lei Seca e comparou o consumo do combustível do carro ao consumo do álcool pelas pessoas, ressaltando como automóvel e o corpo reagem de formas diferentes. Sua nota foi 960.”

Já fizemos um texto sobre metáforas na redação no Enem. Confira aqui.

Ironia no texto

A ironia é talvez a figura mais conhecida, mas exige alguns cuidados. 

O principal risco é ela não ser entendida. Se o leitor não captar essa ironia, será como um trecho contraditório, que não faz sentido dentro do contexto crítico da redação.

Bózio explica que quando essa figura de linguagem é usada no contexto oral, contamos com recursos, como a entonação para que ela possa ser percebida mais facilmente. No âmbito textual, é preciso cuidado por causa do gênero solicitado na maior parte dos vestibulares. A ironia é muito bem-vinda em artigos de opinião, por exemplo, mas não é tão comum em textos dissertativo-argumentativos.

“Além disso, como a ironia carrega uma dose de sarcasmo, também há chance de ela soar desrespeitosa ou jocosa, sendo que o aluno precisa garantir que ela não seja exagerada ou ofensiva a alguém ou algum grupo”, completa Braga. 

Na dúvida: arriscar ou deixar de lado? 

Caso você tenha treinado e feito algumas redações ao longo do ano utilizando algumas figuras de linguagem, segundo os especialistas, vale apostar. Mas, se essa estratégia não estiver enraizada no seu repertório, não fizer sentido, não ficar clara para o corretor ou não contribuir para o sentido global do texto é melhor não arriscar.

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mparar e contrastar os tópicos de ensaio, vamos nos familiarizar com o verdadeiro significado de uma comparação e um ensaio de contraste. Esse é um dos tipos mais populares de redação em aulas de inglês. Francamente falando, muitas vezes contrastamos e comparamos quando escrevemos, embora geralmente façamos isso sem um propósito definido. Quanto a um ensaio de comparação e contraste, nosso objetivo número um é informar, explicar e até persuadir.

Embora o propósito número um de um contraste típico e a comparação de ensaios seja informar, explicar e convencer, as razões reais pelas quais alguém pode querer escrever essas coisas variam muito:

  • para explicar algo desconhecido simplesmente comparando-o com algo já conhecido
  • para mostrar a superioridade de um item sobre outro
  • para provar que duas coisas dissimilares são realmente semelhantes e vice-versa
  • para demonstrar como algo mudou radicalmente ao longo do tempo

Se você tiver interesse em escrever uma redação de alta qualidade, invista algum tempo na pré-escrita. O processo de pré-escrita é necessário para ajudar um autor a coletar boas ideias antes de organizá-las de forma lógica.

Você pode usar com sucesso um diagrama de Venn para o propósito de pré-escrever. Para fazer este diagrama, você precisa desenhar dois círculos. Esses círculos devem compartilhar o mesmo tamanho e devem se sobrepor. Cada círculo representará um item, que precisa ser comparado no ensaio. Você deve rotular cada círculo para um ou vários itens e, em seguida, escrever ideias sobre um item em cada círculo. Nesse lugar onde os círculos se sobrepõem, você precisa escrever ideias, que são verdadeiras para ambos os itens. Essa é uma boa abordagem de pré-escrita, pois mostra claramente diferenças e semelhanças. Como você já deve ter adivinhado, nas partes em que você não vê nenhuma sobreposição, só é possível encontrar diferenças.

É hora de mudar para a organização. Na verdade, existem duas maneiras de organizar eficientemente um ensaio de comparação e contraste.

O primeiro é a organização em bloco. Aqui você terá quatro parágrafos. O primeiro parágrafo servirá como uma introdução. o segundo parágrafo tratará de todos os pontos do item. Por exemplo, você pode fornecer informações reais sobre maçãs, sua popularidade, disponibilidade e conteúdo nutricional. O terceiro parágrafo deve discutir os pontos do segundo item. Neste caso, você pode discutir laranjas. Como no parágrafo anterior, ilustre sua disponibilidade, conteúdo nutricional e popularidade. Talvez você já tenha adivinhado o parágrafo final. Claro, isso é uma conclusão. Em geral, podemos dizer que a organização em bloco é ideal para ensaios relativamente curtos.

O segundo método de organização de ensaios é ponto-a-ponto. A estrutura dada sugere escrever até 5-6 parágrafos, dependendo do número de pontos de comparação que você vai discutir. Como na estrutura anterior, o primeiro parágrafo aqui também é uma introdução. O segundo parágrafo ilustra um ponto e conta como se relaciona com os dois itens. Por exemplo, um parágrafo pode revelar o conteúdo nutricional de duas frutas - uma maçã e uma laranja. O terceiro parágrafo dará atenção a outro ponto referente a ambos os itens. Aqui, você é bem-vindo para avaliar a popularidade geral de ambas as frutas. Espera-se que o quarto parágrafo faça o mesmo que no terceiro ponto. A conclusão é o quinto parágrafo final aqui. A principal vantagem desse tipo de organização de ensaios é que, nesse caso, os dois itens são avaliados ao mesmo tempo, de modo que o público recebe um claro juízo de valor para cada ponto. No entanto, essa estrutura tem uma desvantagem óbvia. Se você não elaborar adequadamente, você provavelmente terminará com parágrafos muito curtos. Portanto, verifique se você escreveu pelo menos quatro frases em cada parágrafo. Caso contrário, o seu tutor ficará muito insatisfeito com o seu trabalho de escrita.

Não há dúvidas de que a importância de um tópico para essa tarefa de redação não deve ser subestimada. Cabe a você apresentar uma comparação e um tópico de ensaio de contraste de uma forma que possa engajar seu público e explicar totalmente todo o escopo do trabalho. Você precisa cavar fundo no assunto antes de pegar um tópico para sua redação. Evite aderir a um tópico para o qual você não tem dados suficientes para provar seu ponto de vista. Aproveite ao máximo o brainstorming para gerar idéias valiosas para sua comparação e ensaio de contraste.

A lista de tópicos promissores de contraste e comparação de ensaios

  • Fumar é mais perigoso do que beber.
  • Ateísmo versus religião.
  • Música pop versus rock-n-roll.
  • Viver no lado do país é pior do que morar em uma cidade.
  • A evolução não é uma explicação lógica para a existência, ao contrário da criação.
  • Tecnologia da computação: prós e contras.
  • Religião e ciência.
  • Composição e poesia.
  • Pintura e música.
  • Idade adulta e adolescente.
  • As diferenças e semelhanças entre Steve Jobs e Bill Gates.
  • Apple e Microsoft.
  • Blackberry e iPhone.
  • Laptop e desktop.
  • Filmes e livros.

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