Bens correspondem a toda coisa não útil à satisfação das necessidades humanas

Exploração Económica e Governo dos Novos Territórios

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Bens correspondem a toda coisa não útil à satisfação das necessidades humanas

Nesta webaula estudaremos conceitos relativos ao problema econômico fundamental, tais como a escolha em um ambiente de escassez; o custo de oportunidade e análise marginal.

Para começar esta webaula, devemos considerar a existência de duas verdades que valem para qualquer pessoa: a primeira é que os desejos humanos são ilimitados, o que quer dizer que as pessoas querem sempre mais. A segunda é que, em oposição aos desejos ilimitados, os recursos necessários para produzir ou comprar aqueles objetos de desejo são finitos ou escassos. Isso não se aplica apenas às pessoas, pois as empresas também estão sujeitas à escassez de recursos, já que não conseguem produzir qualquer quantidade que queiram.

E qual a consequência dos agentes econômicos (pessoas, empresas) terem recursos limitados e desejos infinitos? Eles precisam tomar decisões. É dessa constatação que surgiu a ciência econômica .

Para aplicarmos a economia ao nosso dia a dia, necessitamos entender alguns conceitos fundamentais. Neste sentido é necessário entender a diferença entre bens e serviços:

Bem: é um resultado de um processo produtivo; é físico, palpável. Como consequência, um bem possui um dono; alguém que possui direitos sobre ele e, por causa disso, a posse dos bens pode ser transferida e eles podem ser transportados.

Serviços: constituem a realização de uma ou mais atividades para atender demandas da sociedade, e têm origem na ideia de servir, atender à necessidade de outra pessoa executando uma tarefa ou ação pontual. Como não são palpáveis, são consumidos ao serem prestados, e não podem ser armazenados (Krumheuer, 2016).

Agora que sabemos a diferença entre bens e serviços, é importante conhecer uma classificação muito importante: a diferença entre bens de capital e bens de consumo:

Bens de consumo: são aqueles utilizados pelas pessoas para satisfazer suas necessidades: a comida, as roupas, etc. Para facilitar as medições econômicas, os bens de consumo foram divididos em três categorias: os bens de consumo não duráveis; os bens de consumo semiduráveis e os bens de consumo duráveis.

Bens de capital: são aqueles utilizados para produzir outros bens, isto é, irão atender as necessidades humanas de forma indireta. Podem ser exemplificados pelas máquinas de uma fábrica.

Ainda dentro do processo de produção, precisamos entender as três categorias nas quais são classificados os fatores (ou insumos) que são utilizados em qualquer processo produtivo: terra, trabalho e capital:

Abrange todos os recursos naturais, que são aqueles que podem ser diretamente extraídos da natureza, como os minerais e atividades extrativistas como a pesca. O espaço físico ocupado para a produção de um bem/serviço também é registrado como terra.

Corresponde a todo o esforço humano empregado no processo produtivo, seja ele físico ou intelectual.

São as máquinas, equipamentos, instalações, definindo o conjunto de estruturas que a sociedade dispõe para a produção de bens e serviços. É importante que você entenda que, na abordagem econômica, o dinheiro só será considerado capital quando estiver destinado ao processo produtivo. Contudo, ter acesso aos recursos produtivos não garante a sobrevivência de nenhuma empresa.

Dentro deste cenário, é muito importante entender que a economia apresenta quatro perguntas fundamentais que precisam ser respondidas em qualquer processo produtivo:

Para responder adequadamente a essa pergunta, é preciso entender que a melhor resposta final é dos consumidores, que devem ter a liberdade de decidir quais produtos atendem melhor às suas necessidades.

É preciso saber se o produto a ser oferecido pela empresa encontrará consumidores que desejam e tenham condições de comprá-lo.

É preciso conhecer a estrutura de custos, a intensidade da concorrência, as regras estabelecidas pelo governo (que inclui questões ambientais, por exemplo, que são muito importantes para a produção agrícola), etc.

É preciso saber qual a quantidade que o mercado pode absorver daquele produto que será produzido.

Custo de oportunidade e análise marginal aplicados ao setor rural

As empresas atuam em um ambiente de escassez de recursos (fatores de produção). E como consequência prática, pelo menos um dos recursos produtivos utilizados (terra, trabalho e capital), apresentará uma quantidade que não poderá ser alterada, pelo menos no curto prazo. Pode ser o número de trabalhadores, a quantidade de máquinas ou mesmo o espaço físico (principalmente em relação à produção

agrícola). Quando uma empresa escolhe o que irá produzir, deixa de ganhar com o que não foi produzido, ou seja, estamos sempre “abandonando” alguma coisa em detrimento de outra, o que significa que todo agente “perde” alguma coisa ao efetuar uma escolha. Esse custo, que é o custo daquilo que se abriu mão ao realizar uma escolha, é o custo de oportunidade .

O custo de oportunidade pode nos ajudar tanto no consumo quanto na administração de um negócio: ao escolher como eu vou comprar o conjunto de bens e serviços que irei consumir, se eu tenho a noção dos benefícios que eu perderei, a tendência é que eu faça escolhas melhores. Por outro lado, quando uma empresa entende os custos e benefícios das diferentes escolhas produtivas que dispõe, poderá fazer escolhas melhores.

Junto com o conceito de custo de oportunidade, foi desenvolvida uma abordagem que representou um avanço tão intenso na ciência econômica que designou uma escola: a análise marginalista.

Vamos utilizar como exemplo uma característica humana que vai lhe ajudar a entender totalmente esse conceito, a utilidade marginal. A utilidade é a capacidade de um bem ou serviço satisfazer uma necessidade humana. O ganho analítico vem da percepção que, para a maioria dos produtos, essa satisfação é decrescente. Isso quer dizer que cada unidade adicional consumida, sua satisfação irá aumentar, contudo a satisfação adicional será cada vez menor.

Veja um exemplo

Esse entendimento é fundamental em economia, pois leva a duas constatações:

  • A primeira é que estamos dispostos a pagar pelos bens e serviços que satisfazem nossas necessidades. Para que um produto tenha um preço, ele tem de ser escasso, além de ser útil.
  • A segunda é que a maioria das escolhas econômicas ocorrem entre quantidades pequenas, na margem. Isso quer dizer que você não irá escolher entre comprar 10 kg de carne ou não comprar nada, mas sim que se fará a seguinte pergunta: "com base nesses preços, será que vale a pena comprar um pouco mais de carne e um pouco menos de queijo?".

Além de explicar o comportamento do consumidor, a análise marginal também é fundamental para entender o processo produtivo das empresas, e, para isso, ela utiliza o conceito dos rendimentos marginais decrescentes. E qual o efeito desse processo sobre as empresas? É que, a partir de determinado ponto, a expansão da produção enfrentará custos marginais cada vez maiores. Contudo, essa análise é pertinente a situações no curto prazo, isto é, existe pelo menos um fator de produção que não pode ser ampliada.

Bens correspondem a toda coisa não útil à satisfação das necessidades humanas

A análise marginal também ajuda a responder uma questão fundamental para as empresas: Qual a quantidade ideal de fatores de produção (trabalho, capital e terra) a ser utilizada?

Tipo do Produto:

WA_KLS_19-1_U1_S1

Nome do Produto:

Webaula KLS2.0

Nome da Disciplina

Economia e Administração Rural

Semestre de Produção

2019.1

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