Apesar da riqueza do texto no que tange à profissão de educador físico pode se considerar que

A prática regular de exercício físico é capaz de prevenir doenças, principalmente as que envolvem desdobramentos cardiometabólicos. Adicionalmente, ela é muito utilizada também como forma de tratamento de patologias que envolvam não somente componentes cardiovasculares e metabólicos, mas também osteomioarticulares.

Em relação ao trabalho do profissional de educação física enquanto pertencente à área da Saúde, é importante destacar o grande papel de sua intervenção em centros de saúde pública primária, secundária e terciária.

Estamos falando das unidades básicas de saúde, núcleos de saúde integrada, hospitais e centros de reabilitação física e cardiopulmonar.

Embora existam centros de saúde privados, o SUS garante atendimento gratuito à população como um todo. Nesses ambientes, uma das pessoas que compõem o quadro de profissionais da equipe interdisciplinar é o profissional de educação física.

Em um primeiro momento, pode-se pensar  que os centros de saúde pública e hospitais lidam com doenças, certo? Pois bem, antes de sabermos como o profissional de educação física intervém nesses locais é necessário compreender que saúde não pode ser definida como ausência da doença, ela transcende essa concepção e  envolve um significado muito maior: sua definição é plural e multifatorial.

Apesar da riqueza do texto no que tange à profissão de educador físico pode se considerar que
Em síntese, podemos dizer que a palavra “saúde” está relacionada ao estado de bem-estar físico, psicológico, social e emocional, cujos componentes estão interligados através do bom funcionamento do corpo. A garantia de um estado de saúde que seja capaz de proporcionar todos esses componentes ou a maior parte deles permite que o indivíduo possa usufruir e desfrutar de uma vida com qualidade.

A prática regular de exercícios atua preventivamente contra o desenvolvimento de doenças, mas também melhora todos os componentes de saúde, desde o biológico até o mental e social. Embora a aderência a qualquer tipo de prática dependa prioritariamente daquele que a executa, cabe ao profissional de educação física instruir, orientar e assegurar a integridade física do praticamente. Estou me referindo à prescrição segura e individualizada do exercício físico e que muitas vezes necessita de adaptações para que possa ser realizada e mantida.

Os centros de saúde pública dependem também de outros fatores que indiretamente fazem parte dos facilitadores da prática, tais quais infraestrutura e topografia de lugares e/ou parques públicos, assim como transporte, violência urbana e status financeiro.  Mas a presença do  profissional de educação física é essencial  para elaborar condutas e maneiras alternativas que possam ser introduzidas no cotidiano diário do indivíduo. Assim, permite que os benefícios da prática em si sejam alcançados mesmo em condições não favoráveis ao exercício físico regular.

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Como exemplo prático temos aquele sujeito com uma circunferência abdominal avantajada que alega não possuir tempo hábil para se exercitar devido ao trabalho incessante. Devemos lembrar que a obesidade é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiometabólicas e, por isso, é ainda mais necessário promover uma vida saudável. O problema é que esse perfil representa bem a justificativa dos quase 40% de sedentários que habitam nosso planeta.

A alegação de que acorda-se muito cedo e gasta-se muito tempo para ir e retornar do trabalho é uma das principais explicações que compõem o “hall” de desculpas para a não prática de exercícios. Mas o profissional de educação física é capaz de auxiliar na elaboração de estratégias alternativas para que o movimento contínuo corporal seja realizado. Por exemplo: uma das alternativas é descer do ônibus em pontos próximos ao trabalho na ida ou perto da residência ao voltar. Assim, uma parte do percurso será feita a pé. E essa distância sem transporte pode ser aumentada conforme a pessoa for melhorando a aptidão cardiorrespiratória, ou seja, o fôlego durante a caminhada.

No que diz respeito ao tratamento de doenças, o profissional de educação física irá avaliar quais são as limitações físicas e que adaptações devem ser desenvolvidas para garantir uma prática segura, sustentada e capaz de ser realizada, seja ela ao ar livre, na academia de ginástica ou dentro de casa.

Como aspectos a serem avaliados temos, por exemplo, os valores da pressão arterial de hipertensos, a glicemia de diabéticos do tipo 2, a capacidade funcional e fragilidade de idosos, entre outros. É muito importante identificar quais aspectos inviabilizam a prática de exercícios físicos ou fazem com que ela não seja indicada. E é esse conhecimento que qualifica o profissional de educação física como sendo o protagonista da prescrição dos tipos e da estratificação de intensidade, volume, duração, descanso e execução dos exercícios. A partir desse gerenciamento e das adaptações geradas pelos movimentos corporais do exercício, o indivíduo é capaz de beneficiar as vias metabólicas e os sistemas fisiológicos como um todo. Isso desencadeia a melhora ou redução da patologia e também a diminuição do acometimento osteomioarticular, o que progressivamente garante qualidade de vida e bem-estar biopsicossocial ao paciente.

Apesar da riqueza do texto no que tange à profissão de educador físico pode se considerar que
Quanto à reabilitação física ou cardiopulmonar, cabe ao profissional de educação física elaborar atividades físicas que possam restaurar ou melhorar a aptidão cardiorrespiratóra de indivíduos que sofreram eventos cardiovasculares, traumatológicos, neurológicos ou que possuem problemas que adquiriram congenitamente. Embora a reabilitação possa ser realizada em domicílio, na maioria das vezes ela necessita de ambulatórios especializados para o desenvolvimento e segurança da prática ou para evitar eventuais intercorrências de saúde.

Mais uma vez, é necessário que o profissional detenha conhecimento teórico e técnico (através de especializações em Educação Física, por exemplo) que lhe permita tanto elaborar um plano de ação através do exercício como também conectar as informações passadas pela equipe médica sobre o eventual estado de saúde, limitações ou anseios do paciente.

Portanto, é necessário primeiramente que o profissional de educação física entenda qual é o seu papel em centros de saúde, ou seja, como ele poderá ser útil dentro da equipe interdisciplinar independentemente do setor de atenção a saúde, seja ele primário, secundário ou terciário. E diante da necessidade de garantir a excelência do serviço de prevenção, tratamento e reabilitação de distúrbios cardiometabólicos, psicofísicos ou funcionais, a melhor alternativa para profissional de educação física é a capacitação profissional.

Referência:

Joy EL, Blair SN, McBride P, Sallis R. Physical activity counselling in sports medicine: a call to action. Br J Sports Med. 2013 Jan;47(1):49-53.

Apesar da riqueza do texto no que tange à profissão de educador físico pode se considerar que

Graduado em educação física – UFJF | Mestre em educação física – UFJF/UFV | Pós graduado em atividade física na saúde e Reabilitação cardíaca- UFJF | Pós graduado em ciências do treinamento Desportivo – UFJF | Atuação como educador físico no Instituto Mineiro de estudos e pesquisas em nefrologia da UFJF e no centro hiperdia de atenção secundária a saúde | Atuação como professor de educação física na rede Sarah de hospitais de reabilitação unidade Salvador- Bahia | Revisor da revista Paulista de Pediatria e da Internacional Journal of Endocrinology and Metabolic Disorders | Mais de 20 artigos científicos publicados em revistas nacionais e internacionais.

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