A qual tipo de vegetação foi degradado b de que modo ocorreu esse processo

A qual tipo de vegetação foi degradado b de que modo ocorreu esse processo

O processo de degradação do solo, bem como suas causas e consequências, ocorre por variados motivos e resulta na perda da produtividade, além de causar impactos socioambientais. Esse problema geralmente é causado pelo mau uso e má conservação, consequências de processos naturais ou das atividades humanas.

A ocorrência dessa situação pode estar ligada à ocupação não planejada e pouco sustentável. Com isso, o solo manifesta desequilíbrio nutricional, queda da atividade biológica, compactação e pulverização, perda da estrutura, acidificação, salinização, diminuição dos níveis de matéria orgânica e da permeabilidade, entre outros.

Dessa maneira, o terreno torna-se empobrecido e as plantas têm dificuldades para se desenvolver, afetando diretamente a capacidade de produção da região.

Pensando nisso, preparamos este artigo para você entender mais sobre a degradação do solo, suas causas e consequências. Boa leitura!

Fatores que podem causar a degradação do solo

Existem muitos fenômenos e atitudes que podem causar a degradação do solo. Esses processos podem ocorrer de forma natural ou não. Conheça alguns deles abaixo!

Erosão

A erosão é um processo natural, porém pode ser intensificado pela atividade humana. Ela ocorre pela transformação e pelo desgaste do terreno devido à ação de agentes externos, como chuva, vento e sol. A destruição da vegetação natural remove a proteção do solo e resulta em um maior desgaste da superfície.

Esse fenômeno também provoca uma série de outros problemas ambientais, iniciando com a intensificação da lixiviação e podendo resultar em voçorocas e assoreamento. Deslizamentos das encostas e morros podem aumentar e a desertificação, o que torna o solo ainda mais infértil.

Salinização

A salinização também ocorre naturalmente e é intensificada especialmente pela aplicação de métodos incorretos de agricultura, como uma má irrigação. O fenômeno é caracterizado pelo acúmulo de sais minerais no solo.

Esse problema acontece quando a taxa de evaporação da água é muito alta, o que ocorre com mais frequência em regiões de clima árido ou semiárido. Além disso, a pouca intensidade das chuvas prejudica a dessalinização da superfície.

Desertificação

A desertificação causa grande mudança na paisagem e é o processo de degradação e esgotamento do solo, que também ocorre em regiões de clima árido e semiárido. Nesses locais, a baixa taxa de pluviosidade faz com que a evaporação seja maior que a infiltração.

Embora tenha causas naturais, os principais determinantes da desertificação estão associados com práticas antrópicas, como as queimadas, o desmatamento, a mineração, a irrigação incorreta e o uso intensivo do solo pela agropecuária.

Compactação

A compactação é caracterizada pelo aumento da densidade do solo. Consequentemente, ocorre a redução da sua porosidade e da permeabilidade, causada pelo grande atrito da superfície ou pela pressão contínua que ela recebe. Os principais motivos para isso são o pisoteio do gado, o tráfego de máquinas agrícolas e o manejo do solo em condições inadequadas de umidade.

Esse processo faz com que as características físicas e químicas do terreno sejam alteradas, influenciando negativamente no crescimento e desenvolvimento de plantas, por exemplo. Ele também reduz a movimentação da água na subsuperfície, o que resulta em menos trocas gasosas, pouco deslocamento de nutrientes e baixa taxa de infiltração.

A qual tipo de vegetação foi degradado b de que modo ocorreu esse processo

Degradação química

Esse é um dos principais problemas ambientais da atualidade. As principais consequências desse processo são a improdutividade e infertilidade do solo e a provável perda da fauna local. O uso indiscriminado de defensivos agrícolas, o descarte incorreto de resíduos industriais, os lixões não fiscalizados e os desmatamentos são as principais causas da contaminação química.

Além dos problemas já citados, esse tipo de degradação pode afetar o lençol freático e a vegetação local, prejudicando o funcionamento e as interações de todo o ecossistema.

Maneiras de evitar a degradação do solo

Diante de tantas consequências causadas pela degradação do solo, é importante conhecer maneiras de evitar o problema e ter um campo produtivo e de qualidade para realizar suas atividades.

Plantio correto

Usar insumos de qualidade, escolher boas sementes, distribuí-las com o menor espaço de distância possível e de maneira uniforme, plantar na época correta e ter um bom sistema de irrigação é importante para a formação do pasto.

Uma pastagem bem formada cobre o terreno e protege o solo, ajudando na infiltração da água e evitando a perda de nutrientes. Além disso, é fundamental manter as máquinas e equipamentos para semeação bem regulados.

Reflorestamento da área

O reflorestamento consiste em plantar árvores e plantas em locais que sofreram desmatamento. Além disso, é possível investir na adubação verde, que representa o cultivo de plantas que, mais tarde, serão incorporadas ao solo por meio da decomposição.

Esses processos trazem diversos benefícios, pois protegem a beira dos rios, filtram os sedimentos, aumentam a porosidade do solo, elevam a taxa de nutrientes disponíveis, reduzem o escoamento superficial, permitem o refúgio da fauna, entre outros.

Manejo adequado

O manejo adequado do solo é uma das ações mais baratas disponíveis ao produtor. Quando o processo é feito de forma incorreta, em qualquer uma das suas etapas, pode causar a degradação da pastagem.

Algumas ações de manejo são a adubação, a manutenção da matéria orgânica, o sombreamento e o planejamento adequado da pastagem. A adubação do pasto, por exemplo, deve ser feita anualmente para repor os nutrientes e evitar a queda na produtividade da lavoura.

Rotação de cultura

Um bom sistema de rotação de culturas é importante para alterar anualmente as espécies vegetais distribuídas em uma mesma região agrícola. É importante escolher plantas com raízes e necessidades nutricionais diferentes.

Além de evitar as consequências negativas da degradação do solo, essa prática melhora as características químicas, físicas e biológicas da superfície, ajuda no controle de doenças e pragas, diversifica a produção, repõe a matéria orgânica, protege o terreno da ação do intemperismo, entre outros benefícios.

Entender sobre o processo de degradação do solo, suas causas e consequências é fundamental para que o processo não ocorra. Além do planejamento ocupacional, é importante tomar algumas medidas preventivas para que o seu uso seja sempre racional e sustentável. Essas atitudes devem ser adaptadas a cada tipo de solo, vegetação e clima local, de forma a reduzir os impactos das atividades neles desenvolvidas.

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A qual tipo de vegetação foi degradado b de que modo ocorreu esse processo

A qual tipo de vegetação foi degradado b de que modo ocorreu esse processo

Originalmente, a Mata Atlântica se estendia por toda a costa brasileira, acompanhando planaltos e serras desde o Rio Grande do Norte (6º S) até o Rio Grande do Sul (30º S), adentrando o interior do território brasileiro na região dos estados da Bahia, Minas Gerais e São Paulo.

Ao todo, a Mata Atlântica já cobriu 1.300.000 km2, ou cerca de 15% do território brasileiro, englobando 17 estados, atingindo até o Paraguai e a Argentina. 

Devido à forte devastação, essa formação vegetal foi fragmentada, estando hoje reduzida a pequenos vestígios de sua área original de ocorrência. São 456 manchas verdes distribuídas entre o município de Osório, no Rio Grande do Sul, e a Serra da Ibiapaba, na divisa do Piauí com o Ceará. Atualmente, os remanescentes têm sua maior extensão contínua na região das serras do Mar e da Mantiqueira (Sudeste do Brasil), obstáculos à ocupação humana e à exploração florestal.

Devastação

A longa história da devastação da Mata Atlântica começou com a chegada dos colonizadores portugueses no século 16. Estima-se que o comércio de pau-brasil tenha provocado o abatimento de, aproximadamente, 2 milhões de árvores dessa espécie. Anos mais tarde, com o início efetivo da colonização, grandes extensões da Mata Atlântica foram substituídas pela agricultura da cana-de-açúcar, no Nordeste.

No final do século 19 e início do século 20, foi a vez do avanço da cultura cafeeira no Sudeste-Sul expulsar a floresta dessas regiões. A floresta foi sendo devastada também pela expansão da indústria, da agricultura, do turismo e da urbanização, que exigiram a extração de madeiras de vastas áreas.

Características

Esse bioma corresponde aos climas tropical litorâneo úmido (na faixa litorânea nordestina), tropical de altitude (no Sudeste) e subtropical úmido (no Sul). Enquadrada na categoria das florestas tropicais, apresenta-se como uma formação vegetal latifoliada (cujas folhas são muito largas), perene ('sempre verde' - os vegetais se recobrem constantemente de folhas), heterogênea (rica em espécies), densa (muitas árvores por unidade de área), higrófila (espécies vegetais que se desenvolvem em áreas muito úmidas) e predomina sobre terra firme.

Junto a outras formações do mesmo gênero, que estão presentes em outros países, a Mata Atlântica compõe o bioma terrestre de maior biodiversidade do planeta. Pesquisas realizadas com imagens de satélite, combinadas com levantamentos feitos em terra, confirmaram a sua luxuriante riqueza: recorde de plantas lenhosas (angiospermas) por hectare (450 espécies no sul da Bahia), cerca de 20 mil espécies vegetais, sendo 8 mil delas endêmicas (exclusivas do bioma), além de recordes de quantidade de espécies e endemismo de vários outros grupos de plantas. Para se ter uma idéia do que isso representa, em toda a América do Norte são estimadas 17.000 espécies existentes, na Europa cerca de 12.500 e, na África, entre 40.000 e 45.000.

Em relação à fauna e a quantidade de espécies conhecidas até hoje no bioma, são, por exemplo, 261 espécies de mamíferos, 1.020 de pássaros, 197 de répteis, 340 de anfíbios e 350 de peixes. Outro número impressionante da fauna da Mata Atlântica se refere ao endemismo. Das 1.711 espécies de vertebrados que vivem ali, 700 são endêmicas, sendo 55 espécies de mamíferos, 188 de aves, 60 de répteis, 90 de anfíbios e 133 de peixes.

Agressões

De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), a Mata Atlântica abrigava em 2008, 383 dos 683 animais ameaçados de extinção no Brasil. Com exceção da Ilha de Madagascar, na costa oriental do continente africano, é a floresta mais agredida do mundo.

Só no Estado do Espírito Santo foram postos abaixo 3 bilhões de árvores nas últimas quatro décadas - o que dá a incrível marca de 8.500 árvores por hora. Segundo dois levantamentos publicados em 2001 pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e pela Organização S.O.S Mata Atlântica, referentes aos estados do Paraná e do Rio de Janeiro, no fim da década de 1990 o Paraná superou o Rio de Janeiro em termos de devastação: mais de 60 mil hectares da Mata Atlântica original em território paranaense desapareceram no período, enquanto 3,7 mil hectares foram desmatados no Rio.

Hidrografia

É importante destacar ainda a existência de sete das nove maiores bacias hidrográficas brasileiras nesse bioma. Nele estão os mananciais que abastecem de água 70% da população brasileira.

Assim, proteger a Mata Atlântica também é proteger os processos hidrológicos responsáveis pela quantidade e qualidade da água potável para mais de 110 milhões de pessoas em cerca de 3,4 mil municípios inseridos no bioma.

Os rios e lagos que compõem essas bacias estão em grande parte ameaçados pelo desmatamento das matas ciliares ou de galeria (estreitas faixas de árvores que margeiam os rios) e conseqüente assoreamento dos mananciais, pela poluição da água e pela construção de represas sem os devidos cuidados no meio ambiente.

Essa emaranhada rede de bacias é formada por rios de grande importância, como: Paraíba, Paraíba do Sul, Doce, Jequitinhonha, São Francisco, Paraná, Tietê e Ribeira do Iguape.

Preservação

Para a preservação das riquezas faunísticas e florísticas da Mata Atlântica é necessário a tomada de múltiplas medidas que dependem da vontade política dos governantes, da conscientização, mobilização e participação dos cidadãos e da incorporação do conceito de sustentabilidade nas atividades econômicas.

Em conjunto, outras medidas importantes são a fiscalização da caça, da posse de animais em cativeiro e do comércio ilegal de espécies silvestres, além de uma efetiva fiscalização da atividade pesqueira e da realização de programas de educação ambiental junto à população.