Show Quantas horas após tomar a pílula do dia seguinte faz efeito?
Olá. Nunca inicie uma medicação hormonal como a pilula do dia seguinte sem a ajuda do seu médico. Nem todas as mulheres podem usar a pilula do dia seguinte. A pilula do dia seguinte é uma contracepção de emergência que tem o motivo de retardar ou evitar a ovulação. Se você já ovulou, ela não terá qualquer efeito. A pilula do dia seguinte tem eficácia em evitar a gravidez próximo a 80%. Se você usa uma pílula anticoncepcional corretamente, a eficácia é maior que 99%. Isto é, a eficácia da contracepção de emergência é muito inferior a qualquer outro método anticoncepcional. A contracepção de emergência deve ser usada quando não há mais nada a se fazer para evitar uma gravidez mas está longe de ser o melhor método para você. Não corra o risco de uma gravidez indesejada. Discuta com o seu médico um método anticoncepcional eficaz. Converse com o seu médico. Esclareça suas dúvidas. Faça os seus exames periódicos e de rotina. O início e uso errado do anticoncepcional não irá lhe proteger contra uma gravidez indesejada. Use preservativos e proteja-se das infecções sexualmente transmissíveis.
Todos os conteúdos publicados no doctoralia.com.br, principalmente perguntas e respostas na área da medicina, têm caráter meramente informativo e não devem ser, em nenhuma circunstância, considerados como substitutos de aconselhamento médico.
Conforme explicamos no artigo: 20 métodos anticoncepcionais mais comuns existem dezenas de métodos anticoncepcionais disponíveis no mercado. Porém, por motivos diversos, todos os dias, milhares de mulheres têm relações sexuais sem a devida proteção de um método de controle de natalidade, passando a estar sob elevado risco de desenvolver uma gravidez. Nesses casos, felizmente, ainda há uma alternativa: a contracepção de emergência, mais conhecida como pílula do dia seguinte (PDS). Ao contrário do que ocorre com os métodos contraceptivos clássicos, tais como os anticoncepcionais hormonais, diafragma e a camisinha, que são habitualmente utilizados antes ou durante a relação sexual, a contracepção de emergência é uma forma de contracepção que pode ser utilizada após o fim da relação não protegida. Quando tudo mais falha, a PDS é a solução. Portanto, a pílula do dia seguinte é um método contraceptivo de emergência, em formato de comprimidos, que pode ser usado após a relação sexual, sendo capaz de inibir uma gravidez quando a mulher imagina ter tido relações sem as devidas precauções. É importante frisar que a contracepção de emergência, como o próprio nome diz, é um método de controle de natalidade para ser usado apenas em situações de emergência. De forma alguma a pílula do dia seguinte deve ser usada habitualmente, como substituta dos métodos tradicionais de controle de natalidade, pois é menos eficaz e não há estudos sobre a sua segurança nessa forma de uso. Quais são os métodos contraceptivos de emergência?A contracepção de emergência, também chamada de contracepção pós-coito, é uma medida de controle de natalidade que deve ser utilizada pelas mulheres que não desejam engravidar, mas, por descuido ou fatalidade, tiveram relações sexuais sem a devida proteção. Existem duas formas de contracepção de emergência:
O DIU é efetivo mesmo se implantado depois da relação sexual já ter ocorrido. Neste artigo, vamos enfatizar a pílula do dia seguinte. Falamos especificamente do DIU em um artigo à parte, que pode ser acessado através do seguinte link: DIU – Anticoncepcional intra-uterino. Nomes comerciais e preço médioLevonorgestrel 0,75 ou 1,5 mg
Atualmente, a pílula do dia seguinte é um medicamento barato. A maior parte das marcas pode ser encontrada com preços entre 3 e 10 reais a caixa com 2 comprimidos. Pesquise antes de comprar. Não há nenhum estudo comprovando maior eficácia de uma marca em comparação as outras. Ulipristal 30 mg
Como tomarApós uma relação sexual desprotegida, a pílula do dia seguinte deve ser tomada o mais rápido possível, pois a sua eficácia reduz-se com o passar do tempo. Apesar da já tradicional recomendação de 72 horas (3 dias), até o limite de 120 horas (5 dias) a contracepção de emergência ainda pode ser eficaz. É importante notar, entretanto, que a cada dia que passa, a eficácia contraceptiva do esquema se reduz, principalmente após as primeiras 72 horas. Recentemente chegado ao Brasil, o acetato de ulipristal é um tipo de pílula contraceptiva de emergência cuja eficácia permanece elevada (acima de 98%) até 120 horas (5 dias). Portanto, se por algum motivo você só conseguir tomar a PDS tardiamente, o ulipristal é a melhor escolha (caso esteja disponível nas farmácias da sua cidade). Em razão de a pílula do dia seguinte ser mais efetiva nas primeiras horas, recomenda-se a todas mulheres de vida sexual ativa que não planejam ter filhos a curto prazo ter pelos menos uma caixa do medicamento à mão para uso rápido em caso de emergência. Nas mulheres que já usam anticoncepcional regularmente, mas precisam da pílula do dia seguinte por terem esquecido de tomá-lo corretamente, a pílula convencional pode ser reiniciada no mesmo dia. Nesse caso, porém, como é um retorno à pílula, nos primeiros 7 dias, a mulher não estará totalmente protegida, devendo neste intervalo fazer uso adicional de algum outro tipo de contracepção, como a camisinha. LevonorgestrelO levonorgestrel é habitualmente vendido em caixa com 2 comprimidos de 0,75 mg, que podem ser tomados juntos ou separados por 12 horas de intervalo. Já há no mercado a versão em dose única (caixa com 1 comprimido de 1,5 mg), o que facilita a toma única do medicamento. Se você tomou o levonorgestrel como pílula do dia seguinte e teve nova relação sexual desprotegida após 24 horas, é possível tomar uma segunda dose. UlipristalO ulipristal é vendido em caixa com 1 comprimido de 30 mg, e deve ser tomado em dose única. Ao contrário do levonorgestrel, o ulipristal não pode ser usado mais de uma vez por ciclo menstrual. Portanto, se você teve nova relação sexual desprotegida, a repetição do medicamento não está indicada. Quando usar a contracepção de emergênciaA pílula contraceptiva de emergência não é método anticoncepcional de uso frequente. Geralmente, indicamos seu uso em duas situações: 1. Se você teve relação sexual vaginal sem a proteção de nenhum método anticoncepcional (camisinha, DIU, pílula, implante, diafragma, etc.). 2. Se você teve relações sexuais e usou um método anticoncepcional de forma incorreta ou se este apresentou falhas. Isto inclui as seguintes situações:
Como funcionaNo Brasil, a pílula do dia seguinte mais usada é composta por levonorgestrel 0,75 mg (marcas mais comuns: Postinor-2, Pilem, Previdez 2, Pozato, Diad, Minipil2-Post e Poslov). O levonorgestrel é uma progesterona sintética, que atua como método contraceptivo de emergência por dois mecanismos:
Dentre os dois mecanismos acima, a inibição da ovulação é o mais importante; daí a necessidade de tomar a pílula o mais rápido possível. Basicamente, o que a pílula do dia seguinte faz é alterar o ciclo menstrual (leia: Período fértil – Quando ocorre a ovulação?). A maioria das mulheres acaba tendo a menstruação até uma semana após a data anteriormente prevista. No entanto, dependendo da fase do ciclo na qual a pílula do dia seguinte foi tomada, a menstruação pode vir até 1 semana antes do previsto. Em geral, as características típicas da menstruação – tais como número de dias, aparência e volume de sangue – permanecem inalteradas. Se você notar diferenças relevantes, isso pode ser sinal de gravidez. O recomendado é fazer um teste para confirmar. A pílula do dia seguinte provoca aborto?Não, a pílula do dia seguinte não é abortiva! O aborto é proibido por lei no Brasil. Se a pílula contraceptiva de emergência fosse abortiva, ela não teria autorização para ser comercializada. Tecnicamente, uma medicação abortiva é aquela que age após o óvulo ter sido fecundado. O aborto é a perda de um embrião que estava se desenvolvendo em um útero. Como explicado, a ação do levonorgestrel é anterior à implantação do óvulo fecundado no útero, não sendo, portanto, uma droga abortiva. Se o levonorgestrel for tomado após o óvulo já ter sido implantado no útero, ele não terá efeito algum sobre a evolução da gravidez. Além de não provocar o aborto, não há estudos que indiquem perigo de má-formação fetal, caso o medicamento seja acidentalmente usado em mulheres já grávidas. O ulipristal, por sua vez, pode ter efeitos nocivos para o feto e não deve ser tomado se a mulher suspeita já estar grávida. EficáciaSe tomado corretamente e dentro do prazo de 5 dias, o ulipristal apresenta eficácia de 98,5%. Já o levonorgestrel, apresenta as seguintes taxas de sucesso:
Alguns estudos demonstraram uma redução da eficácia da pílula de levonorgestrel em mulheres com mais de 75-80 kg de peso (ou IMC maior que 30). Apesar disso, a Agência Europeia do Medicamento e o FDA consideram insuficientes as informações disponíveis atualmente para concluir que a eficácia da contracepção de emergência se reduz com aumento do peso corporal. É importante salientar que o efeito da pílula é garantido apenas para aquela relação sexual que motivou o seu uso. Se uma mulher voltar a ter relações desprotegidas após ter tomado a pílula, não há como garantir seu efeito anticoncepcional. Efeitos colateraisA PDS é um tratamento extremamente seguro, se tomada de forma correta. Não há relatos de efeitos colaterais graves. A maioria dos efeitos colaterais são leves e transitórios. Entre os efeitos adversos mais comuns da pílula do dia seguinte, podemos citar:
Se houver quadro de vômitos nas primeiras duas horas após ingestão da pílula, sugerimos a repetição do esquema. ContraindicaçõesNão existem contraindicações absolutas. Mesmo as mulheres que apresentam contraindicações à pílula anticoncepcional de uso diário, como aquelas com doença cardiovascular, doença hepática, enxaqueca ou risco aumentado de trombose, podem utilizar a PDS. Mulheres que estão amamentando podem tomar a pílula do dia seguinte, mas devem atentar para o risco de parte dos hormônios passarem para o bebê. O seu uso, portanto, deve ser ocasional (leia: Melhores Métodos Anticoncepcionais Durante a Amamentação). Caso a mãe opte pelo ulipristal, ele deve ser tomado imediatamente após a mamada, e o aleitamento deve ser interrompido por 36 horas. Neste intervalo, a mãe deve manter a extração do leite de forma artificial para manter o estímulo à produção do leite. Dúvidas comuns
A pílula do dia seguinte funciona no período fértil? Sim, o objetivo da PDS é evitar que as mulheres engravidem. Se a PDS não funcionasse exatamente no momento em que a mulher está sob risco de engravidar, ela não teria utilidade alguma.
A pílula do dia seguinte atrasa a menstruação? Sim, pode haver interferência no ciclo menstrual, tanto para mais como para menos. Em geral, a descida da menstruação dentro do prazo de uma semana confirma a eficácia da pílula do dia seguinte. No entanto, dependendo do momento do ciclo menstrual em que a PDS tenha sido tomada, a menstruação pode até demorar um pouco mais para descer. Poucos dias de atraso não devem ser motivo para pânico. Se a menstruação não tiver vindo 3 semanas após o uso da pílula do dia seguinte, a paciente deve fazer um teste de gravidez, pois, nesses casos, deve-se considerar a hipótese de falha da pílula (leia: Teste de gravidez – como e quando fazer).
Quantas vezes posso tomar a pílula do dia seguinte? Não existe um limite estabelecido. Apesar de não ser recomendado, a PDS pode ser tomada mais de uma vez por mês. Se você teve uma relação sexual desprotegida, tomou a PDS e voltou a ter relações 3 a 5 dias depois, a pílula do dia seguinte pode ser tomada novamente. Entretanto, é importante destacar que não é recomendado utilizar a PDS como forma habitual de contracepção. O uso repetido da anticoncepção hormonal de emergência como método contraceptivo primário apresenta as seguintes desvantagens: Menor eficácia.Mais cara.Maior incidência de irregularidades menstruais. Maior risco de efeitos colaterais a curto e longo prazo, devido à maior ingestão de hormônios. |