Ao longo das décadas de 1760 e 1770, as relações políticas entre a Inglaterra e as Treze Colônias se tornavam cada vez mais complicadas. Por um lado, a Inglaterra desejava impor tributos e exigências que nunca antes impôs aos colonos norte-americanos. Em contrapartida, os moradores das Treze Colônias, acostumados com a autonomia, não pretendiam se submeter a essa nova política da metrópole britânica. Insatisfeitos com tal situação, os mais proeminentes representantes das colônias decidiram se reunir no Primeiro Congresso Continental da Filadélfia, organizado em 1774. Nesse evento, seus participantes lavraram um documento em que exigiam o fim dos impostos estabelecidos pelas autoridades britânicas. Sem contar com pretensões separatistas, essa primeira ação política dos colonos pretendia reverter pacificamente o tom intervencionista adotado pelos britânicos. Sem obter o efeito esperado, outros colonos criam que o conflito militar pudesse dar fim às pretensões colonialistas do governo inglês. Em 1775, alguns colonos já se organizaram militarmente para a realização de um confronto contra a Inglaterra. Nesse mesmo ano, durante o Segundo Congresso Continental da Filadélfia, um contingente maior de partidários defendeu a separação definitiva por meio da organização do confronto direto. Mapa Mental: Revolução Americana*Para baixar o mapa mental em PDF, clique aqui! No mês de junho de 1776, a Virgína declarou a sua independência, após publicar a Declaração dos Direitos Humanos. No mês seguinte, inspirados pela ação da primeira colônia, os demais partidários norte-americanos promulgaram a Declaração de Independência, redigida pela ação dos líderes Samuel Adams, Benjamin Franklin e Thomas Jefferson. Antes disso, as tropas norte-americanas tomaram a cidade de Boston, ação que demarcou os primeiros confrontos contra as forças britânicas. Inicialmente, sem contar com uma organização militar coesa, os colonos sofreram derrotas para as já experientes e bem munidas tropas inglesas. Em muitos casos, os colonos dividiam-se entre a manutenção de suas colheitas e a participação nos campos de guerra. Mesmo obtendo êxito na Batalha de Saratoga (1777), os líderes norte-americanos bem sabiam que não poderiam vencer esse confronto sem o vindouro apoio de alguma potência europeia. Por isso, Benjamin Franklin foi enviado para negociar o apoio militar da França, que desejava uma revanche após a derrota imposta pela Inglaterra na Guerra dos Sete Anos (1756 - 1763). Pela ação do marquês de La Fayette, o governo francês enviou um destacamento de 7500 homens a serem liderados pelo general Rochambeau. Logo em seguida, os próprios franceses convenceram a Espanha a também lutarem contra os ingleses. Graças ao apoio militar recebido, os colonos conseguiram finalmente derrotar as forças metropolitanas inglesas na batalha de Yorktown, em 1781. Dois anos mais tarde, as autoridades políticas da Inglaterra reconheceram a independência das Treze Colônias com a assinatura do Tratado de Paris. Na França, o conhecimento da tonalidade ideológica liberal tomada nas guerras de independência inspirou o desenvolvimento da Revolução Francesa, em 1789. Por Rainer Sousa Graduado em História *Mapa Mental por Daniel Neves
Causas Ao mesmo tempo, o Império Russo buscava expansão territorial e comercial e por isso rivalizava com dois grandes impérios da época, ambos aliados dos alemães: o Império Turco e o Império Austro-Húngaro. Esta situação acirrou as disputas nacionalistas, o que levou a uma corrida armamentista (a chamada “Paz Armada”) e a formação de 2 blocos de países inimigos, que prometiam se ajudar em caso de uma guerra (Política de Alianças):
• Império Russo Tríplice Aliança• Império Alemão• Império Turco • Império Austro-Húngaro Continua após a publicidade Estopim da guerra: a questão balcânicaNo inicio do século XX, a península Balcânica estava dividida entre o Império Turco e o Império Austro-Húngaro. Porém com a decadência do Império Turco, surgiram países independentes. O Império Russo logo se aliou a esses novos países e, dentre eles, estava a Sérvia, que tinha projetos expansionistas. Em nome do nacionalismo eslavo, os sérvios pretendiam anexar a Bósnia-Herzegovina, uma região que pertencia ao Império Austro-Húngaro.Em junho de 1914, num cenário de agitações políticas, o arquiduque austríaco, Francisco Ferdinando, foi assassinado em Sarajevo (capital da Bósnia), por um grupo terrorista nacionalista sérvio. Por esse episódio, a Áustria declarou guerra à Sérvia. Os russos declararam seu apoio aos sérvios e começaram a deslocar suas tropas. O Império Alemão, que desejava uma grande guerra a fim enfraquecer as potências industriais aliadas dos russos, declarou seu apoio a Áustria. Assim a Política de Alianças foi posta em ação e se iniciou a Primeira Guerra. Continua após a publicidade GuerraDepois de algumas semanas sem nenhum combate, os alemães iniciaram seus ataques à Bélgica, e chegaram a ocupar o norte da França (final de 1914). Devido a igualdade de forças (humanas, tecnológicas e bélicas) as batalhas na frente ocidental se intensificaram, sem que nenhum dos dois lados obtivesse vitórias significativas (Guerra de Trincheira). Enquanto isso, na frente oriental a Tríplice Aliança marchava em direção à Rússia, aniquilando seus inimigos. Os europeus imaginaram que a guerra duraria pouco tempo e investiram tudo que puderam para obter a vitória rapidamente. Entretanto, a guerra se prolongava, castigando não só os soldados, mas também as populações civis, que necessitavam produzir mais e cortar gastos, vivendo em estado de penúria (Guerra Total). Em 1917, motins e greves estouraram por várias regiões da Europa. A situação foi particularmente difícil na Rússia, que acabou por sair da guerra (ver Revolução Russa).Também em 1917, os EUA entraram na guerra do lado da Tríplice Entente, piorando a situação dos alemães. Apesar do Império Alemão ainda não ter sofrido uma derrota significativa, seus recursos estavam se esgotando. Em novembro de 1918, um golpe militar proclamou a República Alemã (República de Weimar), e o novo governo assinou um armistício, pondo fim aos combates. Continua após a publicidade Tratados de Paz Tratado de Versalhes Tratado de Saint-Germand Continua após a publicidade Consequências da guerra (PUC-RJ 2007) “Até aqui, era um fato elementar (…) que a Europa dominava o mundo com toda a superioridade de sua grande e antiga civilização. Sua influência e seu prestígio irradiavam, desde séculos, até as extremidades da terra (…) Quando se pensa nas conseqüências da Grande Guerra (1914 – 1918), que agora finda, pode-se perguntar se a estrela da Europa não perdeu seu brilho, e se o conflito do qual ela tanto padeceu não iniciou para ela uma crise vital que anunciava a decadência.” (Texto adaptado de A. Demangeon. “O declínio da Europa”, pp. 13-14) Para os que viveram a Primeira Grande Guerra (1914 – 1918), tal conflito veio a representar o fim de uma época. Para alguns, iniciavam-se tempos sombrios e de decadência; para outros, era o alvorecer de mudanças há muito projetadas. Os países beligerantes sofreram uma profunda crise econômica e financeira nos anos posteriores à Grande Guerra, levando ao desmoronamento de toda influência que tinham sobre o mundo. Continua após a publicidade Continua após a publicidade (FGV 2007) O contexto europeu do final do século XIX e início do XX relaciona-se à eclosão da Primeira Guerra Mundial porque: a) a Primeira Revolução Industrial desencadeou uma disputa, entre os países europeus, por fontes de carvão e ferro e por consumidores dos excedentes europeus.b) a unificação da Itália rompeu o equilíbrio europeu, pois fez emergir uma nova potência industrial, rival da Grã-Bretanha e do Império Austríaco.c) o revanchismo alemão, devido à derrota na Guerra Franco-Prussiana, fez a Alemanha desenvolver uma política militarista e expansionistad) a difusão do socialismo, principalmente nos Bálcãs, acirrou os movimentos emancipacionistas na área, então sob domínio do Império Turco. e) a corrida imperialista, com o estabelecimento de colônias e áreas de influência na África e na Ásia, aumentou as rivalidades entre os países europeus. As alternativas erradas contradizem as principais causas da I Guerra, que foram: a Segunda Revolução Industrial, a formação do Império Alemão, a vitória dos alemães na Guerra Franco-Prussiana e o nacionalismo eslavo defendido pelos sérvios com apoio dos russos. Continua após a publicidade Continua após a publicidade Continua após a publicidade Continua após a publicidade |