O que é bom para cistite

Chás, como o de cavalinha e o de camomila, podem aliviar sintomas de infecções na bexiga, pois possuem ação diurética e antimicrobiana

Com propriedades diuréticas, cicatrizantes e antimicrobianas, os chás podem aliviar sintomas da cistite, infecção na bexiga causada por bactérias. Além disso, as bebidas também conseguem ajudar no tratamento de outras inflamações nessa área do corpo.

Entretanto, o simples consumo desses chás não consegue substituir os tratamentos médicos indicados por um profissional. As bebidas devem ser usadas apenas para complementar a ação dos antibióticos, recomendados pelo urologista ou clínico geral de confiança do paciente.

Mais sobre o assunto

O chá de cavalinha é um ótimo remédio caseiro para cistite. Ele funciona como um diurético natural, aumentando o volume da urina e acelerando a eliminação dos microrganismos que causam a infecção. Além disso, o chá tem propriedades cicatrizantes, que ajudam na recuperação dos tecidos acometidos pela doença.

Ingredientes

  • 1 colher (sopa) de folhas secas de cavalinha;
  • 180 ml de água fervente.

Modo de preparo

Adicionar as folhas picadas de cavalinha a uma xícara de água fervente, tapar e deixar repousar por cerca de 5 minutos. Coar e tomar a seguir. Recomenda-se tomar o chá de cavalinha a cada 2 horas em caso de cistite aguda, enquanto a doença durar ou tomar de 3 a 4 vezes por dia, em caso de cistite crônica.

Chá de uva-ursina

O chá de uva-ursina também ajuda no tratamento da cistite. A planta medicinal pode diminuir a proliferação de microrganismo na região genital, ajudando a combater a infecção.

Ingredientes

  • 50 gramas de folhas de uva-ursina;
  • 1 litro de água.

Modo de preparo

Ferver os ingredientes por alguns minutos e deixar descansar devidamente tapado por 5 minutos. Depois de morno, coar e tomar o chá, várias vezes ao dia.

Chá de camomila

O chá de camomila pode ser utilizado para banhos de assento porque a planta possui propriedades que acalmam a mucosa vaginal. Além disso, o consumo da bebida também ajuda no tratamento da cistite e outras inflamações na bexiga.

Ingredientes

  •  6 colheres (sopa) de camomila;
  • 1 litro de água.

Modo de preparo

Ferver os ingredientes por alguns minutos e deixar descansar devidamente tapado por 5 minutos. Depois de morno, coar e colocar o chá numa bacia, e sentar-se nela por cerca de 20 minutos, 2 vezes ao dia.

Outra excelente solução natural para cistite, é fazer um chá que mistura 3 ervas com propriedades diuréticas e cicatrizantes, como uva-ursina, alcaçuz e bétula.

Ingredientes

  • 25 g de folhas de bétula;
  • 30 g de raiz de alcaçuz;
  • 45 g de uva-ursina.

Modo de preparo

Colocar todas as ervas em um recipiente grande e misturá-las bem, depois retirar parte da mistura com uma colher de café e adicionar em uma xícara de água fervente. Deixe descansar por 5 minutos e está pronto para uso. (Com informações do portal Tua Saúde)

As infecções urinárias são muito frequentes — elas, por exemplo, foram responsáveis pela internação da atriz Rogéria, que acabou morrendo posteriormente. Entre as variações desse problema, destaca-se a cistite, que é deflagrada por bactérias e causa dor e ardência ao urinar.

Na maioria dos casos, os micro-organismos responsáveis pelo problema são do grupo dos coliformes fecais que habitam o intestino, sobretudo a bactéria Escherichia coli. Um descuido na higiene é suficiente para promover a migração desses germes para os órgãos genitais e, de lá, para a uretra e a bexiga. Uma vez ali, encontram um ambiente perfeito para se multiplicar, desencadeando a infecção.

Além da limpeza inadequada após a evacuação, a contaminação pode ocorrer durante o sexo, quando os micróbios presentes na área perianal conseguem chegar até a uretra. O desconforto aparece também quando a mulher segura a urina por muito tempo: a bexiga cheia se torna um lugar propício para as bactérias se propagarem.

Entre os homens, a cistite é bastante incomum. Em geral, só aparece na maturidade, quando um eventual aumento da próstata dificulta o esvaziamento da bexiga, gerando acúmulo de urina.

Propensão genética, baixa imunidade ou bactérias mais agressivas podem fazer com que a infecção se estenda até a pelve do rim. Um quadro assim é capaz de desencadear uma insuficiência renal ou até uma septicemia, complicação em que o processo infeccioso se espalha pelo corpo, levando a vítima ao risco de morte.

Sinais e sintomas

– Dor e ardor ao urinar

– Dor no baixo ventre

– Sensação persistente de bexiga cheia, mesmo depois de esvaziá-la

– Presença de sangue no xixi

– Febre

– Dor nas costas

Fatores de risco

– Sexo feminino

– Idade avançada

– Segurar o xixi

– Higiene malfeita

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– Diabetes

– Prisão de ventre

– Pedra nos rins

– Uso de espermicidas quando se usa o diafragma para evitar gravidez

A prevenção

Tomar muita água é um hábito que ajuda tanto na prevenção quanto na eliminação das bactérias quando elas já se instalaram na bexiga. Como na maioria das vezes a contaminação acontece quando micro-organismos que saem pelas fezes entram no trato urinário pela uretra, canal por onde sai a urina, a higiene íntima precisa ser caprichada – e sempre utilizando o papel higiênico no sentido da frente para trás.

Outra recomendação às mulheres é urinar após as relações sexuais, já que a ação mecânica da penetração facilita a invasão das bactérias. Aliás, segurar o xixi é uma ameaça a ser evitada. Quanto mais tempo os micróbios permanecem na bexiga, maior a probabilidade de se alojarem por ali.

O diagnóstico

O relato dos sintomas em geral é suficiente para distinguir a cistite de outras doenças do trato urinário. O urologista (ou ginecologista) em geral também solicita um exame de urocultura – uma amostra do xixi é analisada em laboratório para detectar a presença do micróbio e descobrir o tipo responsável pela infecção.

A urina coletada servirá para a realização de outro teste, chamado antibiograma. Ele mostra como as bactérias reagem a diversos tipos de antibiótico, o que vai determinar a prescrição do medicamento mais eficaz para debelar a infecção.

O resultado desses exames ajuda a descartar outro tipo de cistite, a intersticial, de origem desconhecida. A principal teoria é de que essa forma da doença ocorra em razão de falhas na mucosa que protege a bexiga, propiciando a entrada de substâncias capazes de irritar a parede do órgão. Em casos assim, tomar antibiótico é ineficaz e ainda colabora para aumentar a resistência das bactérias.

O tratamento

Antes de tudo: beba bastante água. O tratamento da cistite em geral também prevê o uso antibiótico por pelo menos três dias, podendo se estender em casos de infecções mais severas e persistentes.

Se nas primeiras 48 horas não há melhora do quadro, o médico poderá indicar a substituição do remédio. Ah! E analgésicos entram em cena para atenuar a dor típica da cistite.

Vale lembrar que a automedicação, sempre desaconselhada, é ainda mais perigosa quando se trata de debelar bactérias. O uso de fármacos inadequados leva a uma resistência desses micro-organismos, tornando cada vez mais difícil seu controle.

Pelo mesmo motivo, a medicação nunca deve ser interrompida antes do tempo determinado pelo especialista. Isso porque, ainda que os sintomas tenham desaparecido logo depois de tomar as primeiras doses, a bactéria continua viva e agindo na bexiga. Suspender o remédio antes da hora aumenta o risco de tornar a infecção ainda mais séria e resistente.

Para mulheres que sofrem com repetidos episódios de cistite, o médico pode usar a estratégia de receitar o antibiótico de forma preventiva, ou seja, em doses menores e por um período prolongado. Se a doença insistir em voltar ao término do tratamento, a saída pode ser o uso de uma vacina via oral que fortalece o sistema imunológico contra a bactéria Escherichia coli.

Cistite é uma inflamação ou infecção causada por bactérias que atingem a bexiga. Mulheres são mais atingidas que os homens; veja como prevenir.

Cistite é uma infecção e/ou inflamação da bexiga. Em geral, é causada pela bactéria Escherichia coli, presente naturalmente no intestino e importante para a digestão, mas outros micro-organismos também podem provocar cistite.

Homens, mulheres e crianças estão sujeitos à doença. No entanto, ela é mais prevalente nas mulheres porque as características anatômicas femininas favorecem sua incidência. A uretra da mulher, além de muito mais curta do que a do homem, está mais próxima do ânus, o que favorece a passagem dos micro-organismos.

Veja também: Leia entrevista completa sobre cistite

Pessoas com diabetes descontrolado também têm risco aumentado, visto que a doença compromete a imunidade. Nos homens, depois dos 50 anos, o crescimento da próstata e consequente retenção de urina na bexiga podem causar o problema.

Sintomas da cistite

  • Necessidade urgente de urinar com frequência;
  • Escassa eliminação de urina em cada micção;
  • Ardor ao urinar;
  • Dores na bexiga, nas costas e no baixo ventre;
  • Febre;
  • Sangue na urina nos casos mais graves.

Diagnóstico de cistite

  • Levantamento da história clínica do paciente e de seus sintomas;
  • Exame de urina tipo I;
  • Urocultura com antibiograma (para identificar o agente infeccioso e orientar o tratamento).

Tratamento da cistite

Às vezes, o próprio organismo dá conta de eliminar as bactérias. Caso haja persistência de sintomas, o tratamento das cistites infecciosas requer o uso de antibióticos ou quimioterápicos que serão escolhidos de acordo com o tipo de bactéria encontrada no exame laboratorial de urina.

Especialmente nas mulheres, as recidivas podem ser frequentes e mais graves, mas, se o tratamento for seguido à risca, a probabilidade de cura é grande. Por isso, é preciso tomar os medicamentos respeitando o tempo recomendado pelo médico mesmo que os sintomas tenham desaparecido com as primeiras doses.

Veja também: Ouça o comentário do dr. Drauzio no podcast sobre cistite

Recomendações para evitar a cistite

  • Beba muita água. O líquido ajuda a expelir as bactérias da bexiga;
  • Urine com frequência. Reter a urina na bexiga por longos períodos é uma contraindicação importante.
  • Urinar depois das relações sexuais favorece a eliminação das bactérias que se encontram no trato urinário;
  • Redobre os cuidados com a higiene pessoal. Mantenha limpas a região da vagina e do ânus. Depois de evacuar, passe o papel higiênico de frente para trás e, sempre que possível, lave-se com água e sabão;
  • Evite roupas íntimas muito justas ou que retenham calor e umidade, porque facilitam a proliferação das bactérias;
  • Suspenda o consumo de fumo, álcool, temperos fortes e cafeína. Essas substâncias irritam o trato urinário;
  • Troque os absorventes higiênicos com frequência para evitar o proliferação bacteriana.

Perguntas frequentes sobre cistite

Cistite é o mesmo que infecção urinária?

Não. Infecção urinária é um termo genérico para infecções que atacam o trato urinário. Além da bexiga, existem outras regiões que podem ser atingidas, como a uretra e os rins. Todas elas recebem a designação de infecção urinária.

Suco de cranberry previne cistite?

Estudos indicam que o cranberry pode diminuir a adesividade bacteriana, ou seja, sua tendência a proliferar no trato urinário. Ainda assim, embora a ingestão de muito líquido seja recomendada, prefira sempre água ou água de coco, pois sucos contêm açúcar.

O que fazer quando a doença não apresenta sintomas?

Na maioria dos casos, é fácil diagnosticar a cistite porque ela causa dor e dificuldade de micção. Mas podem existir casos em que não há sintomas e a mulher é surpreendida com um resultado positivo em exames de urina. Exceto em ocasiões muito específicas que serão indicadas pelo médico, nesses casos não há necessidade de tratamento. Incluir antibióticos desnecessariamente contribui para o problema da resistência bacteriana. Pacientes sem sintomas apenas devem ser monitorados e orientados.

A cistite é uma infecção sexualmente transmissível (IST)?

Não. Diferente de muitas uretrites, como a gonorreia e a clamídia, a cistite não pode ser transmitida durante o ato sexual. Ainda assim, recomenda-se sempre urinar após a relação para eliminar bactérias do trato urinário.

Cistite tem causa emocional?

Não há evidências que apontem para causas emocionais. Contudo existe um tipo da doença, chamada síndrome da bexiga dolorosa ou cistite intersticial crônica, que é mais difícil de ser diagnosticada porque a inflamação da bexiga não é causada por bactérias. Ainda assim, as hipóteses mais aceitas para sua causa são sensibilidade da bexiga a substâncias da urina, problemas autoimunes ou de permeabilidade da parede do órgão.

Cistites podem evoluir para pielonefrites?

Sim. Uma infeção da bexiga tratada inadequadamente pode “subir” e afetar os rins.

Tenho cistite toda hora. Pode ser crônico?

Sim. A cistite intersticial crônica é uma das formas da doença que pode durar anos ou a vida inteira. Como não se trata de uma infecção, antibióticos são inúteis. O tratamento é complexo e pode incluir inclusive fisioterapia como forma de entender e exercitar a musculatura da região pélvica para aliviar sintomas de dor.

A cistite é muito frequente?

Uma em cada quatro mulheres provavelmente terá cistite ao longo da vida. Isso acontece porque a uretra da mulher é mais curta que a do homem, além de estar mais perto das regiões vaginal e anal, favorecendo a entrada de bactérias e o surgimento da infecção.

Mulheres grávidas também podem ter cistite?

Sim. Na verdade, as gestantes têm maior predisposição para contraírem infecções urinárias em geral. É importante que o acompanhamento pré-natal inclua exame de cultura de urina. Quanto mais cedo iniciado o tratamento, melhor.