Identifique qual e a alternativa que mais se aproxima do pensamento empirista

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Identifique qual e a alternativa que mais se aproxima do pensamento empirista

(10/Dez) Prova e Gabarito - Professor de Filosofia - Secretaria de Estado da Educação - SP - Vunesp - 2011
 

FORMAÇÃO ESPECÍFICA 21. Sob o ponto de vista aristotélico, a metafísica apresenta, quando comparada com as outras ciências, uma prioridade lógica em virtude de seu objeto específico. Essa prioridade lógica decorre da prioridade ontológica de seu objeto específico, em virtude de "todas as outras ciências pressuporem a metafísica do mesmo modo como todas as determinações da substância pressupõem a substância". (Dicionário Abbagnano, p. 663) De acordo com o texto, isso significa que (A) o conhecimento de natureza metafísica é contingente e, portanto, sujeito às variações de natureza empírica. (B) por "prioridade ontológica" pode-se entender o estudo das propriedades acidentais do ser. (C) a metafísica está diretamente relacionada com a universalidade. (D) o conhecimento metafísico está subordinado aos vários tipos de conhecimento científico. (E) do conhecimento metafísico não se pode derivar a existência de gêneros e espécies. 22. Em um de seus aspectos, o Iluminismo apresenta como efeito "o compromisso de estender a crítica racional a qualquer campo". Disso decorre que "não existem campos privilegiados, dos quais a crítica racional deva ser excluída". (Dicionário Abbagnano, p. 535) Assinale a alternativa que traduz corretamente as implicações dessa definição. (A) O Iluminismo expressa o estado de minoridade da razão. (B) O Iluminismo restringiu o alcance da razão a domínios factuais, privados de alcance universalista. (C) Para o Iluminismo, os campos da política e da religião devem permanecer excluídos de seu alcance crítico racional. (D) O filósofo Immanuel Kant consagrou-se como crítico radical das doutrinas iluministas. (E) A definição apresentada não exclui a possibilidade de que a razão se proponha à tarefa de examinar seus próprios limites cognoscitivos. 23. O empirismo é a "corrente filosófica para a qual a experiência é critério ou norma da verdade", caracterizando-se pela "negação do caráter absoluto da verdade" e pelo "reconhecimento de que toda verdade pode e deve ser posta à prova, logo, eventualmente modificada, corrigida ou abandonada". (Dicionário Abbagnano, p. 326) Além disso, o empirismo foi o resultado de importantes transformações ocorridas na relação entre homem e natureza durante os séculos anteriores. Assinale a alternativa que traduz mais corretamente as implicações dessa definição. (A) Em termos históricos, o empirismo consagrou no campo filosófico uma tendência já presente ao longo da Revolução Científica. (B) Não há contradição lógica entre empirismo e metafísica. (C) Uma das correntes mais criticadas pelos filósofos empiristas foi o ceticismo. (D) Um dos fundamentos do empirismo é a existência de ideias inatas. (E) A verificação da verdade sob o ponto de vista do empirismo dispensa a confrontação com dados e fatos. 24. Acerca da dialética, pode-se afirmar que (A) na história da filosofia, esse é um dos termos ao qual se associou um significado consensual e unívoco. (B) no pensamento platônico, à dialética foi atribuído um papel secundário, devido à sua incapacidade de se constituir como método capaz de conduzir à verdade. (C) na tradição hegeliano-marxista, o termo é fortemente associado à negatividade e à contradição. (D) em Hegel, a dialética é fortemente criticada em sua pretensão de constituir-se como lei do pensamento e da realidade. (E) o significado de "dialética" no pensamento de Marx e Engels coincide com o sentido idealista atribuído por Hegel a esse termo. 25. O termo "coisa em si" expressa "o que a coisa é, independentemente da sua relação com o homem, para o qual é um objeto de conhecimento". (Dicionário Abbagnano, pp. 151-152) Sobre esse significado, pode-se dizer que (A) seu aparecimento na história da filosofia designa a confiança nas propriedades ilimitadas da razão para conhecer o mundo. (B) o termo adquiriu grande importância na filosofia cartesiana, designando o princípio que possibilita a produção de ideias claras e distintas pela razão. (C) o termo significa a limitação dos poderes cognoscitivos humanos para superar os limites empíricos ou fenomênicos. (D) na filosofia kantiana, essa expressão designa a capacidade humana de conhecer as coisas como são em si mesmas. (E) coisa em si é sinônimo de ideia inata. 26. Para Santo Agostinho, a mente humana, possuindo interioridade, "é dotada da capacidade de entender a verdade pela iluminação divina. A mente humana possui uma centelha do intelecto divino, já que o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus. A teoria da iluminação vem, assim, substituir a teoria platônica da reminiscência, explicando o ponto de partida do conhecimento e abrindo o caminho para a fé". (Danilo Marcondes, Iniciação à história da filosofia, p. 112) Sobre essa concepção agostiniana, assinale a alternativa correta. (A) Trata-se de um pensamento fortemente contestado por Descartes em sua formulação de um cogito dotado da ideia inata da existência de Deus. (B) Ela influenciou decisivamente o materialismo histórico em sua versão marxista. (C) Trata-se de uma noção fortemente valorizada por Kant em sua Crítica da razão pura. (D) Com sua noção de verdade intrinsecamente ligada à interioridade, Agostinho prenuncia o conceito de subjetividade que marcou o pensamento moderno. (E) Ela expressa a crítica incisiva dirigida por Agostinho ao platonismo cristão. 27. Quando se conquista um país acostumado a viver segundo suas próprias leis e em liberdade, três maneiras há de proceder para conservá-lo: ou destruí-lo; ou ir nele morar; ou deixá-lo viver com suas leis, exigindo-lhe um tributo e estabelecendo nele um governo de poucas pessoas que o mantenham fiel ao conquistador. (Nicolau Maquiavel, citado em Francisco Weffort. Os clássicos da política, p. 29) Sobre esse texto, pode-se afirmar que o filósofo Maquiavel (A) foi um representante do pensamento socialista. (B) estabeleceu critérios que legitimaram as monarquias de direito divino. (C) formulou uma concepção de política orientada por critérios éticos e universalistas. (D) antecipou os elementos básicos do imperativo categórico kantiano. (E) refletiu acerca da política a partir de uma ótica pragmática e instrumental. 28. Segundo Renato Janine Ribeiro, Thomas Hobbes era um pensador considerado maldito. "Não é só porque apresenta o Estado como monstruoso, e o homem como belicoso, rompendo com a confortadora imagem aristotélica do bom governante (comparado a um pai) e do indivíduo de boa natureza. Não é só porque subordina a religião ao poder político. Mas é, também, porque nega um direito natural ou sagrado do indivíduo à sua propriedade. No seu tempo, e ainda hoje, a burguesia vai procurar fundar a propriedade privada num direito anterior e superior ao Estado; por isso ela endossará Locke, dizendo que a finalidade do poder público consiste em proteger a propriedade". (Renato Janine Ribeiro. In: Francisco Weffort. Os clássicos da política) Pode-se afirmar que Thomas Hobbes, de acordo com esse comentário, (A) foi um pensador cuja teoria contratualista apresentou grandes semelhanças com o pensamento de Rousseau. (B) formulou um pensamento fortemente crítico em relação a concepções políticas subordinadas à teologia. (C) apresentou importantes elementos para a legitimação ideológica das bases da sociedade burguesa. (D) baseou seu pensamento em uma concepção pacífica de natureza humana. (E) foi um pensador socialista. 29. Enquanto os homens se contentaram com suas cabanas rústicas, (...) enquanto se dedicaram apenas às obras que um único homem podia criar, e às artes que não necessitavam do concurso de várias mãos, eles viveram livres, sãos, bons e felizes (...), mas desde o momento em que um homem teve necessidade do auxílio de um outro, desde que se apercebeu que seria útil a um só indivíduo contar com provisões para dois, desapareceu a igualdade, a propriedade se introduziu, o trabalho se tornou necessário (...), viu-se logo a escravidão e a miséria germinarem e crescerem. (Rousseau, citado em: Francisco Weffort. Os clássicos da política, p. 207) Baseando-se nesse texto, assinale a alternativa correta sobre o pensamento de Rousseau. (A) Antecipa temas fundamentais do pensamento socialista do século XIX. (B) Antecipa a concepção de Sigmund Freud sobre a natureza humana, quando este formula sua hipótese acerca da existência de uma destrutividade inata ao homem. (C) Corrobora as hipóteses contratualistas defendidas por Thomas Hobbes. (D) Critica a concepção sobre a existência do "bom selvagem". (E) Atribui ao estado de natureza a fonte das desigualdades sociais. 30. Segundo John Locke, "todas as nossas representações do real são derivadas de percepções sensíveis, não havendo outra fonte para o conhecimento". (Danilo Marcondes. Iniciação à história da filosofia, p. 180) Assinale a alternativa que contempla adequadamente as implicações dessa formulação de Locke. (A) Toda ideia somente se torna verdadeira se antecedida pela experiência. (B) Locke era um pensador metafísico. (C) Locke contesta a tese segundo a qual a mente humana é uma "tábula rasa". (D) As ideias são geradas na mente segundo as mesmas coordenadas definidas por Platão em sua teoria da reminiscência. (E) Essa tese foi fortemente contestada pelo filósofo David Hume. 31. Para Berkeley, "a mais simples percepção de uma coisa na realidade é a percepção de uma ação de Deus sobre nós e implica a existência de Deus, ao passo que, a admitir-se a matéria, deve-se atribuir a ela a causalidade das próprias ideias e pode-se dispensar Deus. O materialismo é, por isso, o fundamento do ateísmo e da irreligião, assim como o imaterialismo é o fundamento da religião". (Dicionário Abbagnano, p. 541) Ao formular sua doutrina imaterialista, o objetivo de Berkeley foi (A) criticar de forma radical o materialismo dialético. (B) criticar a teologia. (C) refutar o mecanicismo newtoniano. (D) criticar o platonismo cristão, em virtude de sua mobilização ideológica pela Igreja Católica. (E) resgatar a importância da doutrina metafísica aristotélica. 32. Hume questiona o modelo cartesiano de mente como substância pensante, a res cogitans, de Descartes, sustentando que não podemos ter nenhuma representação de nossa mente independentemente de nossa experiência, ou seja, de nossas impressões sensíveis e da maneira como as elaboramos. Não há como representarmos o pensamento puro, independente de qualquer conteúdo. Para Hume, jamais posso apreender a mim mesmo sem algum tipo de percepção. (Danilo Marcondes, Iniciação à história da filosofia, p. 183) Sobre a crítica de Hume à existência da identidade pessoal, pode-se afirmar que (A) assim como Fitche, Hume postula o eu como entidade absoluta e incondicionada. (B) essa formulação de Hume está embasada em sua crítica antimetafísica à noção de substância. (C) a crítica esboçada por Hume foi endereçada ao ceticismo dos filósofos empiristas. (D) o pensamento de Hume procurou fundamentar em bases universalistas uma crítica radical à razão. (E) para Hume, o eu é uma ideia inata. 33. Assinale a alternativa correta sobre a revolução copernicana de Kant. (A) Ela forneceu as bases para a filosofia empirista. (B) Seu teor é de natureza ética e moral, constituindo o núcleo da obra Crítica da razão prática. (C) Trata-se de uma formulação filosófica que revalorizou a tese cartesiana da existência de ideias inatas. (D) Ela consistiu em uma inversão da relação até então consagrada pela filosofia entre sujeito cognoscente e objeto do conhecimento. (E) Trata-se da utilização, por Kant, do método matemático copernicano para a resolução de problemas de natureza lógica. 34. É no domínio da razão prática, na visão de Kant, que somos livres, isto é, que se põe a questão da liberdade e da moralidade, enquanto no domínio da razão teórica, do conhecimento, somos limitados por nossa própria estrutura cognitiva. Segundo essa concepção, a ética é, no entanto, estritamente racional, bem como universal, no sentido de que não está restrita a preceitos de caráter pessoal ou subjetivo, nem a hábitos e práticas culturais ou sociais. (Danilo Marcondes. Iniciação à história da filosofia, p. 213) De acordo com essa definição, pode-se afirmar que (A) a visão kantiana serviu como fundamento para concepções relativistas acerca da ética e da moralidade. (B) os princípios éticos são derivados da racionalidade humana. (C) a ética e a moralidade tornam-se racionais quando se submetem às contingências históricas. (D) os princípios éticos e morais derivam seu conteúdo da ordem da natureza. (E) não existem princípios incondicionados que possam reger a ética. 35. Podemos entender a crítica de Hegel a Kant dentro da mesma linha de desenvolvimento do racionalismo moderno, inaugurado pela tentativa de Descartes de encontrar um ponto de partida radical e de fundamentar a possibilidade do conhecimento na consciência, no sujeito pensante. Kant critica o sujeito cartesiano, o caráter psicológico da experiência desse sujeito e os pressupostos metafísicos de uma consciência entendida como uma substância pensante. Hegel, por sua vez, critica a concepção kantiana de um sujeito transcendental como excessivamente formal, a consciência considerada como dada, como originária, sem que Kant jamais se pergunte pela sua origem, pelo processo de formação da subjetividade. (Danilo Marcondes. Iniciação à história da filosofia, p. 217) De acordo com esse comentário sobre Kant e Hegel, pode-se afirmar que (A) ambos os filósofos expressaram um pensamento contrário ao Iluminismo. (B) para Hegel, o eu é originário, incondicionado e absoluto. (C) para opor-se a Kant, Hegel resgatou o cogito cartesiano, tornando-o um dos conceitos fundamentais de sua filosofia. (D) quando comparado a Descartes e a Kant, Hegel apresenta uma filosofia que rompe com o objetivo de investigar as faculdades cognitivas humanas. (E) no interior do desenvolvimento do racionalismo moderno, Hegel foi o filósofo que formulou as leis da dialética materialista. 36. A ideologia é, portanto, uma forma de dominação, gerando uma falsa consciência, que se produz através de mecanismos pelos quais se objetificam certas representações (as da classe dominante) como sendo a verdadeira realidade, tudo isso produzindo uma aparente legitimação das condições existentes numa determinada sociedade em um período histórico determinado. (Danilo Marcondes. Iniciação à história da filosofia, p. 231) Sobre esse conceito de ideologia, é correto afirmar que (A) se originou da crítica dialética materialista empreendida por Marx e Engels. (B) apresenta teor idealista nos moldes do idealismo absoluto de Hegel. (C) apresenta teor idealista nos moldes do idealismo transcendental de Kant. (D) se originou da divisão platônica entre mundo sensível e mundo inteligível. (E) é um dos princípios básicos das teorias contratualistas. 37. O surgimento da filosofia representa o predomínio do que Nietszche chama o "espírito apolíneo", derivado de Apolo, o severo deus da racionalidade, da medida, da ordem e do equilíbrio. No período que antecede a filosofia, o "espírito apolíneo" e o "espírito dionisíaco" se contrabalançavam, completando-se mútua e dialeticamente. Com o desenvolvimento da razão filosófica e científica, o espírito apolíneo irá prevalecer, e o espírito dionisíaco, o desejo, a "afirmação da vida", será progressivamente reprimido. (Danilo Marcondes. Iniciação à história da filosofia. p. 243) Sobre essa concepção nietszchiana, pode-se afirmar que (A) ela expressa a simpatia de Nietszche em relação ao cristianismo. (B) a tradição cultural do ocidente testemunha o declínio do espírito dionisíaco. (C) essa concepção do filósofo em questão ilustra de maneira exemplar sua crítica ao espírito apolíneo. (D) segundo Nietszche, o espírito dionisíaco seria epresentado pela figura do filósofo Sócrates. (E) Nietszche foi um filósofo metafísico. 38. Sobre o pensamento de Michel Foucault, pode-se afirmar que (A) esse autor formulou uma concepção de "poder" inteiramente identificada com a centralização do poder estatal nas sociedades ocidentais. (B) seu pensamento insere-se na tradição metafísica. (C) seu pensamento problematizou importantes aspectos epistemológicos das ciências e da filosofia. (D) o método genealógico proposto por Foucault configurou- se como forte contestação ao pensamento de Nietszche. (E) seu pensamento buscou revalorizar os ideais metafísicos de verdade e de conhecimento. 39. O movimento filosófico nomeado como teoria crítica ou Escola de Frankfurt caracterizou-se, em linhas gerais, por (A) empreender uma articulação entre teoria e prática que permitisse subsidiar os partidos comunistas europeus em sua luta contra o capitalismo. (B) realizar pesquisas de sondagem da opinião pública para o fornecimento de produtos adequados às necessidades dos consumidores. (C) produzir um método terapêutico alternativo à psicanálise freudiana, então considerada anacrônica. (D) produzir uma filosofia com fortes conteúdos nacionalistas que possibilitassem o resgate das tradições alemãs. (E) articular temas comuns à psicanálise e ao marxismo e a diversos filósofos ocidentais, dentre os quais podemos destacar Kant, Hegel e Nietszche. 40. A crítica endereçada pelo filósofo alemão Theodor Adorno à indústria cultural caracterizou-se por (A) enfatizar o caráter positivo da reprodução técnica de bens culturais. (B) elogiar a instrumentalização do tempo livre. (C) identificar, na possibilidade de massificação da cultura, um dos aspectos mais promissores das democracias ocidentais. (D) criticar a transformação dos bens culturais em meios de entrenimento e não de formação. (E) exaltar os potenciais emancipadores de novos ritmos musicais como o jazz. Leia o texto para responder às questões de números 41 e 42. Dizia Pitágoras que três tipos de pessoas compareciam aos jogos olímpicos (a festa mais importante da Grécia): as que iam para comerciar durante os jogos, ali estando apenas para servir aos seus próprios interesses e sem preocupação com as disputas e os torneios; as que iam para competir, isto é, os atletas e artistas (pois, durante os jogos também havia competições artísticas: dança, poesia, música, teatro); e as que iam para contemplar os jogos e torneios, para avaliar o desempenho e julgar o valor dos que ali se apresentavam. Esse terceiro tipo de pessoa, dizia Pitágoras, é como o filósofo. Com isso, Pitágoras queria dizer que o filósofo não é movido por interesses comerciais ? não coloca o saber como propriedade sua, como uma coisa para ser comprada e vendida no mercado; também não é movido pelo desejo de competir - não faz das ideias e dos conhecimentos uma habilidade para vencer competidores ou "atletas intelectuais"; mas é movido pelo desejo de observar, contemplar, julgar e avaliar as coisas, as ações, a vida: em resumo, pelo desejo de saber. A verdade não pertence a ninguém, ela é o que buscamos e que está diante de nós para ser contemplada e vista, se tivermos olhos (do espírito) para vê-la. (Chauí, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2001) 41. Do texto pode-se depreender que (A) o filósofo é um cidadão grego. (B) o trabalho do filósofo consiste em comparecer aos jogos olímpicos. (C) apenas a alma pode contemplar a verdade. (D) a contemplação só é possível diante de competições. (E) a busca pela verdade se dá em competições esportivas e artísticas. 42. Pitágoras, filósofo antigo, pertenceu ao período da Filosofia grega denominado período (A) pré-socrático ou antropológico. (B) helenístico ou greco-romano. (C) socrático ou antropológico. (D) sistemático. (E) pré-socrático ou cosmológico. 43. Leia o texto para responder à questão. Juízo de fato e de valor Se dissermos: "Está chovendo", estaremos enunciando um acontecimento constatado por nós e o juízo proferido é um juízo de fato. Se, porém, falarmos: "A chuva é boa para as plantas" ou "A chuva é bela", estaremos interpretando e avaliando o acontecimento. Nesse caso, proferimos um juízo de valor. Juízos de fato são aqueles que dizem o que as coisas são, como são e por que são. Em nossa vida cotidiana, mas também na metafísica e nas ciências, os juízos de fato estão presentes. Diferentemente deles, os juízos de valor, avaliações sobre coisas, pessoas, situações são proferidos na moral, nas artes, na política, na religião. Juízos de valor avaliam coisas, pessoas, ações, experiências, acontecimentos, sentimentos, estados de espírito, intenções e decisões como bons ou maus, desejáveis ou indesejáveis. (Chauí, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2001) A origem da diferença entre os dois tipos de juízo está na diferença entre (A) Natureza e Cultura. (B) Bem e Mal. (C) Corpo e Alma. (D) Geral e Particular. (E) Indivíduo e Sociedade. 44. Todos os x são y ; A é y; portanto, A é x. Costuma-se representar por essa fórmula a (A) Indução. (B) Dedução. (C) Abdução. (D) Intuição. (E) Cognição. 45. Leia o texto a seguir. O filósofo X afirmava que somente o devir ou a mudança é real. O dia se torna noite, o inverno se torna primavera, esta se torna verão, o úmido seca, o seco umedece, o frio esquenta, o quente esfria, o grande diminui, o pequeno cresce, o doente ganha saúde, a treva se faz luz, esta se transforma naquela, a vida cede lugar à morte, esta dá origem àquela. O mundo, dizia o filósofo X, é um fluxo perpétuo onde nada permanece idêntico a si mesmo, mas tudo se transforma no seu contrário. A luta é a harmonia dos contrários, responsável pela ordem racional do universo. Nossa experiência sensorial percebe o mundo como se tudo fosse estável e permanente, mas o pensamento sabe que nada permanece, tudo se torna contrário de si mesmo. O logos é a mudança e a contradição. (Chauí, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2001) O pensador X de que trata o texto é (A) Platão. (B) Aristóteles. (C) Parmênides. (D) Heráclito. (E) Sócrates. 46. O filósofo Descartes, na tentativa de encontrar fundamentos seguros para o saber, criou um procedimento, a dúvida metódica, que, quando utilizada pelo sujeito, analisa os conhecimentos adquiridos, evitando tudo que seja duvidoso para o pensamento, pois ele acredita que o conhecimento (A) verdadeiro é puramente intelectual. (B) verdadeiro é puramente sensível. (C) sensível não deve ser analisado pelo procedimento da dúvida metódica. (D) verdadeiro é relativo. (E) verdadeiro não pode ser alcançado pela razão humana. 47. O Filósofo Descartes pertence à corrente filosófica denominada (A) Empirismo. (B) Liberalismo. (C) Racionalismo. (D) Existencialismo. (E) Estruturalismo. 48. Considerando o pensamento de Descartes, assinale a alternativa correta. (A) A fonte do conhecimento verdadeiro é a sensação. (B) Descartes afasta a experiência intelectual do conhecimento verdadeiro. (C) Descartes evidencia a experiência sensível para alcançar o conhecimento verdadeiro. (D) A fonte do conhecimento verdadeiro é a iluminação divina. (E) A fonte do conhecimento verdadeiro é a razão. 49. Observe os quadros I e II. Quadro I - Pensadores 1 Pré-Socráticos 2 Sócrates 3 Sofistas Quadro II - Contexto Históric o 1 Atenas, século V a.C.; período clássico; democracia ateniense; "Século de Péricles"; Guerra do Peloponeso. 2 Colônias gregas da Ásia Menor e da Magna Grécia; século VI a. C.; período arcaico. 3 Contemporâneos de Sócrates. Leia os pensamentos a seguir: I. Ensinam por discursos eloquentes e não por diálogo; cobram por seus ensinamentos; desacreditam na possibilidade de se conhecer a verdade universal ? relativistas; preocupação em persuadir e não com a busca da verdade; praticantes da retórica; apresentam-se como sábios; amantes da opinião (philodoxos). II. Preocupação em investigar o princípio que dá origem a todas as coisas (phisys); constroem explicações racionais (não míticas) para essa indagação. III. Preocupação com a política, a ética e o conhecimento; não se apresenta como sábio: "Sei que nada sei"; "Conhece-te a ti mesmo"; filosofa por meio do diálogo - método dialético e nada cobra por isso; busca da verdade (epistéme); amigo do saber (philosopho). Assinale a alternativa que apresenta a relação correta entre pensador, o contexto histórico e os pensamentos reproduzidos. (A) Pensador I, contexto I, pensamento I. (B) Pensador I, contexto III, pensamento II. (C) Pensador II, contexto I, pensamento I. (D) Pensador I, contexto II, pensamento II. (E) Pensador III, contexto III, pensamento III. 50. Leia os excertos a seguir. I. Decidir para qual jogador passar a bola. Escolher a hora de driblar o zagueiro. Escolher com quem você quer jogar. II. Sentir se a pessoa em quem você está interessado tem ou não interesse por outra pessoa. Perceber se, neste momento, a pessoa está preparada para o que você tem a dizer. Sentir se ficar com essa pessoa realmente vai ser legal. III. Deduzir o que realmente o entrevistador deseja. Não se mostrar confuso na hora de responder às perguntas. Mostrar que sabe articular ideias e, assim, convencer o entrevistador a respeito de sua inteligência, merecendo, portanto, o emprego. Os excertos apresentados ilustram, respectivamente, as seguintes faculdades do intelecto: (A) juízo, razão e percepção. (B) juízo, percepção e imaginação. (C) juízo, percepção e razão. (D) razão, percepção e emoção. (E) razão, juízo e percepção. 51. Uma situação de aprendizagem do Ensino Médio pretende desenvolver no aluno as competências e habilidades relacionadas à reflexão e à práxis da alteridade. Entende-se que, ao compreender o aspecto simbólico do homem, o aluno terá a oportunidade de reforçar seu compromisso de cidadania e respeito à diferença. Assinale a alternativa que corresponde ao pensador, autor do livro A filosofia das formas simbólicas, cuja abordagem é adequada ao desenvolvimento dessas competências e habilidades, em conformidade com a Proposta Curricular. (A) Aristóteles. (B) David Hume. (C) Platão. (D) Descartes. (E) Ernest Cassirer. 52. É preciso assumir uma postura de distanciamento ou afastamento diante de seu modo de pensar, agir e sentir. Ela está ligada ao estranhamento. É tentar se colocar no lugar do outro e compreender como ele pensa. Ter essa atitude não significa deixar de ser quem é, mas aceitar o outro na sua diferença. O texto apresenta a caracterização de (A) Relativismo Cultural. (B) Etnocentrismo. (C) Massificação. (D) Determinismo. (E) Dominação. 53. Leia os excertos a seguir. I. Concepção segundo a qual tudo no mundo, inclusive a vontade humana, está submetido a leis necessárias e imutáveis. Isso significa que o comportamento humano é determinado pela natureza. II. Ideia que legitima a possibilidade do indivíduo de decidir e agir conforme sua própria vontade, é o mesmo que agir voluntariamente, sendo esta vontade determinada exclusivamente pelo próprio agente. III. Cada membro da sociedade decide voluntariamente alienar-se de seus direitos particulares em favor da comunidade. Como essa alienação é praticada por todos, e como as leis às quais cada um deve obedecer são fruto da vontade geral, na prática, cada cidadão obedece às leis que prescreveu para si mesmo. Assinale a alternativa correta. (A) O excerto I representa a concepção de Liberdade Moral. (B) O excerto II representa a concepção de Libertarismo. (C) O excerto I representa a ideia de Libertarismo. (D) O excerto II representa a ideia de Determinismo. (E) O excerto III representa o conceito de Determinismo. 54. Leia as afirmações a seguir. I. Tudo tem uma causa. Tudo que foi causado pode causar outras coisas. Deve haver algo que causa as coisas, mas não foi causado por ninguém. Deus é a causa não causada. II. Cada ser precisa de algum outro pra existir; este ser é chamado de possível. Mas há um ser que não precisa de ninguém para existir; a ele damos o nome de ser necessário. Esse ser necessário é Deus. III. Deus é o ser que nós não conseguimos pensar nada maior; por isso ele não pode ser apenas uma ideia; ele é uma realidade. As afirmações, na tentativa de provar racionalmente a existência de Deus, pertencem, respectivamente, aos filósofos (A) Platão, Aristóteles e Plotino. (B) Aristóteles, Sócrates e São Tomás de Aquino. (C) Plotino, Aristóteles e Sócrates. (D) Aristóteles, São Tomás de Aquino e Santo Anselmo. (E) Santo Anselmo, Aristóteles e São Tomás de Aquino. 55. Leia o texto para responder à questão. Em primeiro lugar, o retorno da Filosofia ao Ensino Médio deve ser entendido como o reconhecimento da importância dessa disciplina para ampliar o significado e os objetivos sociais e culturais da Educação. Para tanto, é imprescindível a presença, nos programas escolares, de disciplinas que - como a Filosofia - propõem reflexões que permitem compreender melhor as relações histórico-sociais e, ao mesmo tempo, inserir o educando no universo subjetivo das representações simbólicas, elevando a Educação a um nível político-existencial capaz de superar a mera transmissão e aquisição de conteúdos, feitas de modo mecânico e inconsciente. Assinale a alternativa correta. (A) O retorno da Filosofia ao Ensino Médio está relacionado ao significado e aos objetivos sociais e culturais da educação, que percebem a formação como transmissão e aquisição de conteúdos de modo mecânico e inconsciente. (B) A Filosofia no Ensino Médio, quando ultrapassa o nível de transmissão e aquisição de conteúdos, busca entender a educação tendo em vista suas características políticas e existenciais. (C) A Filosofia no Ensino Médio reflete, inconscientemente, sobre as representações simbólicas, viabilizando as relações histórico-sociais. (D) O Ensino de Filosofia tem como preocupação privilegiada preparar os alunos para o vestibular, já que a disciplina começa a ter mais espaço ao ser uma disciplina exigida nas provas de vestibular. (E) O Ensino de Filosofia tem como intenção privilegiada aumentar a autoestima dos alunos, resolvendo conflitos pessoais em sala de aula. 56. Leia o texto. A Filosofia deve compor, com as demais disciplinas do ensino médio, o papel proposto para essa fase da formação. Nesse sentido, além da tarefa geral de "pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho" (Artigo 2.º da Lei n.º 9.394/96), destaca-se a proposição de um tipo de formação que não é uma mera oferta de conhecimentos a serem assimilados pelo estudante, mas sim o aprendizado de uma relação com o conhecimento que lhe permita adaptarse "com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores" (Artigo 36, Inciso II). (Secretaria de Educação Média e Tecnológica. PCN + Ensino Médio - Ciências Humanas e suas tecnologias) A partir da leitura do texto, é correto afirmar que (A) conhecer é ter acesso aos diversos conhecimentos de forma significativa. (B) o conhecimento útil corresponde a um saber prático e restrito, à habilidade para desenvolver certas tarefas. (C) filosofia é um conjunto sem sentido de opiniões, um sem-número de sistemas desconexos a serem guardados na cabeça do aluno que acabe por desencorajá-lo de ter ideias próprias. (D) o objetivo da disciplina Filosofia é o de apenas propiciar ao aluno um enriquecimento intelectual. (E) a formação corresponde à oferta e assimilação de certos conhecimentos. 57. De acordo com as Orientações Curriculares para o Ensino Médio, no que tange à caracterização das competências e habilidades da Filosofia, a pergunta que se faz, portanto, é: de que capacidades se está falando quando se trata de ensinar Filosofia no Ensino Médio? (A) Capacidade de resolução dos problemas práticos. (B) Capacidade que envolva a compreensão parcial e fragmentada dos fenômenos. (C) Capacidade de desenvolver a espiritualidade e o trabalho individual. (D) Criatividade, curiosidade e capacidade de pensar múltiplas alternativas para a solução de um problema. (E) Disposição para fazer e não aceitar críticas. Leia o texto e responda às questões de números 59 e 60. Assim, quando Deus castiga o pecador, o que te parece que ele diz senão estas palavras: "Eu te castigo porque não usaste de tua vontade livre para aquilo a que eu a concedi a ti?" Isto é, para agires com retidão. Por outro lado, se o homem carecesse do livre-arbítrio da vontade, como poderia existir esse bem, que consiste em manifestar a justiça, condenando os pecados e premiando as boas ações? Visto que a conduta desse homem não seria pecado nem boa ação, caso não fosse voluntária. Igualmente o castigo, como a recompensa, seria injusto, se homem não fosse dotado de vontade livre. Ora, era preciso que a justiça estivesse presente no castigo e na recompensa, porque aí está um dos bens cuja a fonte é Deus. (fragmento que está presente em uma das Situações de Aprendizagem desenvolvida em Filosofia, no Ensino Médio, na proposta estabelecida pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo) 59. O fragmento é utilizado na Situação de Aprendizagem denominada (A) Teoria do Indivíduo. (B) O Libertarismo. (C) Filosofia e Educação. (D) Alienação Moral. (E) Introdução à Filosofia da Cultura. 60. Um dos filósofos que se ocuparam com esse pensamento e que foi utilizado para reflexão, na 2.ª série do Ensino Médio, foi (A) Foucault. (B) Santo Agostinho. (C) Platão. (D) Descartes. (E) David Hume. 61. Assinale a alternativa correta sobre o racionalismo cartesiano. (A) Foi uma posição filosófica que enfatizou a centralidade da razão no processo de conhecimento. (B) Rejeitou inteiramente a tese da existência de ideias inatas. (C) Estabeleceu uma crítica frente às tendências mecanicistas vigentes no contexto da revolução científica. (D) Considerou os modelos matemáticos e geométricos como inapropriados para representar a realidade. (E) Foi uma das correntes filosóficas mais importantes para a propagação da dialética. 62. Como elementos básicos da revolução científica, pode-se elencar (A) a tese heliocêntrica de Copérnico e a física de Newton. (B) a valorização de uma concepção contemplativa de ciência. (C) a valorização do mundo natural como espaço sagrado. (D) a desvalorização da concepção empirista de conhecimento. (E) a valorização das teses platônicas como paradigma mais adequado para o conhecimento da realidade. 63. Sobre o papel da existência de Deus no interior da metafísica cartesiana, assinale a alternativa correta. (A) Estabeleceu os princípios fundamentais da filosofia empirista, pois é a partir da existência de Deus que se pode afirmar que as ideias somente podem ser consideradas válidas se precedidas por uma percepção sensível. (B) Deus, para Descartes, equivale unicamente à figura do gênio maligno ou enganador. (C) A concepção cartesiana de Deus estabeleceu os princípios básicos posteriormente empregados por Kant em sua análise da razão pura. (D) Essa noção cartesiana apresentou elementos de ruptura com certa tradição metafísica que limitava, em nome de Deus, a possibilidade de os homens conhecerem plenamente a realidade. (E) Resgatou elementos importantes para deslegitimar a possibilidade de conhecer o mundo mediante ideias claras e distintas. 64. Acerca dos elementos fundamentais do pensamento iluminista, pode-se afirmar que (A) são incompatíveis com a noção de progresso racional da humanidade. (B) enfatizaram a importância da iluminação divina ou supranatural na mente dos homens para que estes possam conhecer a realidade. (C) procurou remover os obstáculos que bloqueavam o progresso da razão. (D) foi um movimento filosófico de reação à reforma protestante, resgatando, para isso, os princípios estabelecidos pela contrarreforma. (E) foi um movimento filosófico de reação à revolução científica. 65. Se tentarmos formular três princípios básicos para o iluminismo filosófico, chegaremos ao seguinte resultado: (A) teocentrismo, absolutismo e racionalismo. (B) liberdade, individualidade e igualdade jurídica. (C) heteronomia, liberdade e individualidade. (D) autonomia, irracionalismo e liberdade. (E) individualidade, liberdade e despotismo. 66. Uma das mais famosas passagens da filosofia ocidental encontra-se em Kant: Duas coisas enchem-me o espírito de admiração e reverência sempre novas e crescentes, quanto mais frequente e longamente o pensamento nelas se detém: o céu estrelado acima de mim e a lei moral em mim. Sobre essa afirmação, assinale a alternativa correta. (A) Trata-se de um elogio às tendências dogmáticas do pensamento moderno. (B) Kant está celebrando a importância do empirismo filosófico e sua concepção da mente humana como tábula rasa. (C) Kant está apontando a possibilidade do homem de conhecer "coisas-em-si". (D) O pensamento de Kant revela por essa afirmação sua dívida à concepção platônica da existência de um mundo inteligível de formas perfeitas. (E) A afirmação articula duas dimensões distintas da realidade humana abordadas nas obras Crítica da razão pura e Crítica da razão prática. 67. Sobre a relação entre ser e consciência, de acordo com a concepção dialética de Marx e Engels, pode-se entender que (A) a consciência humana é plenamente capaz de conhecer a realidade, sem sofrer interferência das relações materiais. (B) a consciência determina o ser. (C) a consciência corresponde à infraestrutura material da sociedade e determina os conteúdos da superestrutura. (D) as relações materiais determinam os conteúdos da consciência. (E) para compreender adequadamente a realidade, a consciência necessita da iluminação religiosa. 68. Em relação ao romantismo filosófico, é correto afirmar que (A) apresentou forte influência da lógica argumentativa aristotélica. (B) forneceu os elementos básicos do materialismo dialético. (C) teve em Kant um de seus mais importantes pensadores. (D) estabeleceu elementos de ruptura em relação ao mecanicismo. (E) rejeitou as tendências estéticas de expressão de valorização das emoções e sentimentos. 69. Se tentarmos estabelecer uma ligação entre a teoria heliocêntrica de Copérnico, a teoria da evolução das espécies de Darwin e a psicanálise de Freud, poderemos afirmar que (A) nos três casos houve uma significativa contestação do modelo antropocêntrico de conhecimento. (B) as três correntes de pensamento basearam-se em princípios teológicos de recuperação da importância da metafísica. (C) há uma correspondência direta entre o geocentrismo copernicano, o criacionismo darwinista e a refutação da hipótese de existência do inconsciente em Freud. (D) esses três sistemas basearam-se na recuperação de concepções escolásticas sobre a cosmologia, a evolução das espécies e a mente humana. (E) os três sistemas de pensamento originaram-se como reação à revolução científica. 70. Segundo Michel Foucault, "o homem é uma invenção recente na história de nosso pensamento, e talvez seu fim esteja próximo". (citado em Danilo Marcondes, Iniciação à história da filosofia, p. 254) Pode-se interpretar essa afirmação sob os seguintes termos: (A) a formulação realça a importância da concepção de sujeito iluminista, dotado de autonomia e liberdade. (B) trata-se de um pensamento fortemente marcado por concepções escatológicas e míticas associadas ao final dos tempos. (C) a frase problematiza os alicerces do humanismo antropocêntrico. (D) trata-se de uma concepção que enfatiza a importância do humanismo antropocêntrico na filosofia. (E) essa afirmação problematiza a existência de Deus. 71. Como todo pensamento e todo juízo, a proposição está submetida aos três princípios lógicos fundamentais, condições de toda verdade, e podem ser assim representados: I. A é A; II. É impossível A é A e não-A; III. A é x ou não-x, não havendo terceira possibilidade. O trecho apresentado refere-se, respectivamente, aos seguintes princípios: (A) princípio da identidade, princípio da equivalência e princípio do terceiro-excluído. (B) princípio da contradição, princípio da identidade e princípio da generalização. (C) princípio da identidade, princípio da não-contradição e princípio do terceiro-excluído. (D) princípio da Universalidade, princípio da equivalência e princípio da identidade. (E) princípio da Universalidade, princípio da não-contradição e princípio do terceiro-excluído. 72. Contrariamente aos defensores do inatismo, os defensores do empirismo afirmam que a razão, a verdade e as ideias racionais (A) são adquiridas por nós por meio da experiência. (B) são adquiridas por nós por meio da nossa capacidade de argumentar. (C) são adquiridas por nós por meio das nossas categorias cognitivas. (D) não podem ser adquiridas por nós. (E) são adquiridas por nós por meio da imaginação. 73. Na abertura de sua obra Política, Aristóteles afirma que somente o homem é um "animal político", isto é, social e cívico, porque somente ele é dotado de linguagem. Tendo em vista a afirmação apresentada, assinale a alternativa correta. (A) Os homens, semelhantes aos outros animais, possuem voz (phone) e exprimem o bom e o mau, o justo e o injusto. (B) A voz (phone) dos animais exprime o bom e o mau, o justo e o injusto. (C) O homem possui a voz (phone) e com ela exprime o bom e o mau, o justo e o injusto. (D) A palavra (logos) exprime para os homens o que a voz (phone) exprime para os animais: as dores e os prazeres. (E) A expressão dos valores a partir da palavra (logos) dos homens é o que torna possível a vida social e política. 74. Bacon elaborou uma teoria conhecida como a crítica dos ídolos. De acordo com o filósofo, existem quatro tipos de ídolos ou de imagens que formam opiniões cristalizadas e preconceitos, que impedem o conhecimento da verdade. São eles: (A) ídolos da caverna, ídolos da novela, ídolos do teatro e ídolos da tribo. (B) ídolos da caverna, ídolos do fórum, ídolos do teatro e ídolos da tribo. (C) ídolos urbanos, ídolos do fórum, ídolos do teatro e ídolos da tribo. (D) ídolos urbanos, ídolos rurais, ídolos da tribo e ídolos da caverna. (E) ídolos da novela, ídolos do teatro, ídolos urbanos e ídolos da caverna. 75. O devir, o fluxo dos contrários, é uma aparência, mera opinião que formamos porque confundimos a realidade com as nossas sensações, percepções e lembranças. O devir dos contrários é uma linguagem ilusória, não existe, é irreal, não é. É o não-ser, o nada, impensável e indizível. O que existe real e verdadeiramente é o que não muda nunca, o que não se torna oposto a si mesmo, sem contrariedades internas. É o Ser. (Chauí, Marilena. Convite à Filosofia. Editora Ática, 2001) O trecho refere-se ao pensamento de (A) Heráclito. (B) Rousseau. (C) Marx. (D) Parmênides. (E) Sócrates. 76. A lógica ocupa-se com a linguagem formal ou com a linguagem simbólico-científica. Por ser um discurso ou uma linguagem que fala de outro discurso ou de outra linguagem, se diz que ela é uma (A) pseudo-linguagem. (B) metalinguagem. (C) linguagem biunívoca. (D) linguagem unívoca. (E) linguagem informal. 77. Um conhecimento é verdadeiro não só quando explica alguma coisa ou algum fato, mas principalmente quando possibilita retirar consequências práticas e aplicáveis. Por considerarem como critério de verdade a eficácia e a utilidade, essa concepção é chamada de (A) Pragmatismo. (B) Existencialismo. (C) Estruturalismo. (D) Racionalismo. (E) Empirismo. 78. Ao se considerar a frase de Pascal, filósofo francês do século XVII, "O coração tem razões que a própria razão desconhece", pode-se afirmar que (A) a palavra razão, utilizada no trecho, denomina nossa consciência intelectual. (B) nossas emoções podem ser plenamente conhecidas pela nossa consciência. (C) as palavras razão e razões, apresentadas no trecho, possuem significados iguais. (D) a palavra razão, utilizada no trecho, é o nome que damos às nossas experiências sensíveis. (E) a palavra razão, utilizada no trecho, é o nome que usamos para caracterizar nossas paixões. 79. O Falsificacionismo é uma corrente de pensamento representada por (A) Thomas Khun. (B) Karl Popper. (C) Foucault. (D) Descartes. (E) David Hume. 80. Em estado de natureza, os indivíduos vivem isolados e em luta permanente, vigorando a guerra de todos contra todos ou "o homem lobo do homem". Nesse estado, reina o medo e, principalmente, o grande medo: o da morte violenta. Para se protegerem uns dos outros, os humanos inventaram as armas e cercaram as terras que ocupavam. Essas duas atitudes são inúteis, pois sempre haverá alguém mais forte que vencerá o mais fraco e ocupará as terras cercadas. A vida não tem garantias; a posse não tem reconhecimento e, portanto, não existe; a única lei é a força do mais forte, que pode tudo quanto tenha força para conquistar e conservar. (Chauí, Marilena. Convite à Filosofia. Editora Ática, 2001) O trecho representa o pensamento do filósofo (A) Rousseau. (B) Hobbes. (C) Hegel. (D) Locke. (E) Marx. GABARITO: 21-C 22-E 23-A 24-C 25-C 26-D 27-E 28-B 29-A 30-A 31-C 32-B 33-D 34-B 35-D 36-A 37-B 38-C 39-E 40-D 41-C 42-E 43-A 44-B 45-D 46-A 47-C 48-E 49-D 50-C 51-E 52-A 53-B 54-D 55-B 56-A 57-D ---- 59-B 60-B 61-A 62-A 63-D 64-C 65-B 66-E 67-D 68-D 69-A 70-C

71-C 72-A 73-E 74-B 75-D 76-B 77-A 78-A 79-B 80-B

     

 

Identifique qual e a alternativa que mais se aproxima do pensamento empirista

 

Como referenciar: "Provas - Prova e Gabarito - Professor de Filosofia - Secretaria de Estado da Educação - SP - Vunesp - 2011" em Só Filosofia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2022. Consultado em 22/07/2022 às 18:52. Disponível na Internet em http://www.filosofia.com.br/vi_prova.php?id=108