O que fazer quando o soluço não passa

O que fazer quando o soluço não passa

Por Brenda Bittencourt

O que fazer quando o soluço não passa

Quem nunca teve uma crise de soluços, não é mesmo? A ação irrita e pode fazer perder a paciência, inclusive de quem está perto. Mas o que fazer nesses casos? Existe alguma forma de conter, previnir ou fazer parar? 

Na verdade existem algumas coisas que podem ser feitas para tentar fazer parar uma crise de soluço, mas pode ser que ela não seja efetiva para o seu caso, pois pode mudar e pode ser diferente de pessoa para pessoa. O Presidente Jair Bolsonaro foi internado nesta quarta-feira (14) após ter crise de soluços que não paravam.

Além disso, uma crise de soluço pode ser decorrente de diferentes fatores como por exemplo, o consumo excessivo de bebidas gaseficadas ou doenças intestinais.

O que é o soluço

A ação de soluçar significa que está ocorrendo um espasmo do diafragma e músculos do tórax, porém quando se torna constante pode indicar algum tipo de irritação dos nervos frênico e vago, que inervam o diafragma, devido a situações como refluxo, consumo de bebidas alcoólicas ou gasosas, assim como uma respiração acelerada por exemplo.

Quando o soluço se torna frequente é importante investigar qual é o agenda causador, pois pode haver alguma alteração importante a nível neurológico, comprometimento do trato gastrointestinal ou respiratório, sendo necessária a avaliação médica para determinar a causa exata do problema e indicar o tratamento mais adequado.

 3 jeitos de parar o soluço

Existem inúmeras formas e supersitções que podem fazer parar uma crise de soluços, no entanto, em alguns casos, essas tentativas podem não dar certo, e caso a ação persista é necessário procurar ajuda médica.

Beber água rapidamente

Engolir água interrompe o ciclo de soluços, o que pode aquietar os nervos. Fazer gargarejos com água também pode ter o mesmo efeito.

Prender a respiração

Segure o nariz e feche a boca - como se você fosse pular em uma piscina – continue assim o máximo que conseguir ou até que sentir que os soluços pararam

Receba cócegas

Essa talvez seja a superstição mais diferente para fazer com que uma crise de soluços pare. Fazer cócegas no palato mole do céu da boca com um cotonete pode resolver o problema. Ou, se você for do tipo que gosta de sentir cócegas, faça com que alguém encontre seus pontos sensíveis a cócegas.

O que pode causar crise de soluços

Como já dito anteriormente, uma crise de soluços pode ser causada por diferentes fatores, entre eles estão alterações eletrolíticas, doenças neurológicas, alterações no sistema respiratório entre outras. 

Se os soluços se tornarem recorrentes, é necessário procura ajuda médica para que ele possa investigar a fundo o problema e encontrar a melhor forma de tratamento.

Confira a lista dos causadores de soluços recorrentes

Alterações eletrolíticas: mudança na concentração de cálcio, potássio e sódio no organismo;

Doenças neurológicas: elas podem alterar o controle dos músculos respiratórios, como tumor cerebral e a esclerose múltipla;

Alterações no sistema respiratório: por doenças como pneumonia, o aumento da frequência respiratória após um exercício físico extenuante, por exemplo, diminuindo a concentração de CO2 na corrente sanguínea;

Consumo excessivo de bebidas com gases: como refrigerantes e bebidas alcoólicas;

Doenças gastrointestinais: como por exemplo esofagite, gastroenterite e refluxo, principalmente, que dizem respeito à volta do conteúdo do estômago para o estômago e em direção à boca, causando dor, inflamação e provocando soluços. 

Consumo de alimentos que aumentam a produção de gases: isso porque eles dilatam o estômago, como repolho, brócolis, ervilha e arroz integral.

Entrevista com Jair Bolsonaro

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Por Marjourie Corrêa16 AGO 2021 às 07h30

O que fazer quando o soluço não passa

Beber água gelada é uma das soluções caseiras que ajudam a controlar o soluço - Arthur de Souza/Folha de Pernambuco

Espasmo involuntário, quase sempre inesperado e contra a nossa vontade, o soluço é uma contração um pouco brusca do diafragma, músculo fundamental para a nossa respiração, seguida pelo fechamento da glote. Evento comum e que pode acontecer com todo mundo, essa força que o abdômen faz junto à garganta passa a incomodar quando se torna repetitivo.

De acordo com o gastrohepatologista do Hospital Jayme da Fonte, Tibério Medeiros, os soluços costumam ser inofensivos. Nesse caso, são chamados de "episódicos" e podem ser controlados em questão de poucos minutos, às vezes sem nenhuma intervenção. "Geralmente, eles estão associados a alimentações copiosas, em grandes quantidades, ricas em gordura e refrigerantes", citou.

Mas se um paciente apresenta um quadro de um soluço persistente, em que o espasmo dura mais de 48 horas, é importante que ele fique atento a isso. "Além de desconfortável e de poder dificultar a qualidade do sono, da alimentação e até mesmo de uma conversa, ele pode estar associado a doenças digestivas, respiratórias, neurológicas ou psicológicas", explicou.

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A estudante de Psicologia Larissa Torres, 22, relatou que o soluço sempre aparece depois que ela ingere refrigerante ou bebidas gaseificadas em geral. "Não tem erro, é beber um refrigerante e em pouco tempo começo a soluçar bastante, passando somente depois de algum tempo."

Já a comerciante Flaviana Alves, 46, apresenta espasmos quando está com dificuldade para respirar. "Eu tenho asma, então quando começo a fazer mais esforço para puxar o ar, o soluço costuma aparecer", disse.

O gastroenterologista Severino Santos pontua que o soluço não é uma doença, mas sim o resultado de uma doença. "Não é normal passar uma semana soluçando. Nesses casos, o paciente apresenta outros sintomas associados ao soluço, e são esses sintomas paralelos que vão guiar na definição do diagnóstico", esclarece.

Para os casos mais simples, as crendices populares estão valendo. Beber água gelada, prender por um curto período de tempo a respiração, tomar um susto, entre outras coisas podem levar a melhora dos soluços mais inofensivos. "A água gelada, por exemplo, funciona porque estimula o nervo vago, prender a respiração aumenta o gás carbônico e o susto libera adrenalina", finaliza Tibério Medeiros.

O que fazer quando o soluço não passa

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