O que e break dance

O que e break dance

© Kien Quan / Red Bull Content Pool

Nascido nos anos 70 no Bronx, em Nova York, o breaking – também conhecido como breakdance ou b-boying – foi criado pelas comunidades negra e latina com o objetivo de pacificar disputas territoriais na região. Os jovens logo começaram a se distanciar das gangues de rua e a violência deu lugar às batalhas entre as crews, grupos de dançarinos que juntavam suas habilidades em disputas para definir quem apresentava os movimentos mais espetaculares.

O estilo era dançado em eventos que dariam origem à cultura hip-hop. DJs como Kool Herc, Grandmaster Flash e outros organizavam festas de rua em seus bairros e tocavam duas cópias do mesmo disco, mixando para prolongar a parte de breakdown das faixas. Nessas horas, as pessoas que corriam para a pista dançavam de uma maneira tão particular que ganharam termos próprios, break-boys e break-girls, mais tarde encurtados para B-Boys e B-Girls.

Não demorou para a cultura hip-hop se espalhar pelo mundo todo, tornando-se uma potência da música, dança, arte e moda. No Brasil, no início da década de 80, as turmas de dançarinos começaram a se reunir em frente à estação São Bento do Metrô de São Paulo para treinar passos de breaking e batalhar.

O breaking é tipicamente acompanhado por músicas contendo batidas de bateria, especialmente hip-hop, funk, soul e breakbeat, embora as tendências modernas permitam variedades muito mais amplas de estilos musicais. Hoje, mais que uma dança, o breaking é um esporte mundialmente consagrado, com dançarinos profissionais disputando torneios por todo o planeta, além de uma forma popular de entretenimento entre praticantes amadores.

10 min

E-Man encontra o lendário B-Boy Alien Ness para conversar sobre a história do ritmo que saiu das ruas do Bronx.

Como parte da ascensão da cultura hip-hop no mundo, surgiu em 2004, na Suíça, o Red Bull BC One, com proposta diferente dos campeonatos de breaking já realizados até aquele momento: as batalhas passaram a ser individuais. Assim, o evento tornou-se a primeira competição do mundo com batalhas 1x1. No episódio abaixo, da série ABC do..., você conhece mais sobre a história do campeonato e também do breaking. É só clicar no player e assistir.

26 min

Desde suas origens até as atuais batalhas carregadas de energia, conheça a história do evento sem precedentes que é um marco na história da dança.

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Episódio 8 de 14 Duração: 30 min

O Breakdance ou B-boying nasceu no Bronx nos Anos 70, como parte integrante da cultura Hip Hop. Tal como j� referimos, e porque a historia do Break � tamb�m a historia do Hip Hop, sabemos j� que esta forma de express�o artistica surge da necessidade de substituir as guerras, a viol�ncia entre gangs,por algo mais positivo. Criada por Afro-Americanos e Latinos, � uma dan�a que pode ser dan�ada ao som de v�rios estilos musicais, mas o mais comum � ser dan�ada ao som do Hip Hop ou Funk.O objectivo de substituir a viol�ncia por outras formas de discuss�o de territ�rio foi bem sucedido, e em pouco tempo nasceram v�rias Crews de B-boys, uma esp�cie de equipa de dan�arinos, que vieram de certa forma substituir alguns Gangs.Nas ruas faziam-se batalhas entre Crews, sendo considerados vencedores aqueles que conseguiam fazer os movimentos mais espectaculares. O Breakdance tem a sua t�cnica, mas o mais importante � encontrar um estilo pr�prio e desenvolver movimentos com novas personalidades.Alguns dos nomes de Crews mais conhecidas s�o os de Rock Steady Crew, Last For One, Super Cr3w, Gamblerz, Mortal Combat, Flying Steps ou Massive Monkeys.O termo Breakdance � um termo generalista para uma dan�a que tem origem num conjunto de t�cnicas, e pode dividir-se em v�rios subg�neros. Conta a hist�ria que o B-boying nasce da mistura entre o Toprock, parte da dan�a em que o bailarino est� ainda de p� a aquecer, o Downrock, o trabalho de p�s no ch�o e os movimentos mais contorcidos da parte de baixo do corpo, os Power Moves, momentos mais acrob�ticos desta dan�a,e os Freezes, os congelamentos de posi��es que acontecem regra geral para marcar o final de um conjunto de movimentos.

Por Camila Bertolazzi

Muitos ituanos ainda não sabem o que é Break dance, B. boy ou Hip hop, mas estão cada vez mais apaixonados por um ritmo que conquista o mundo desde a década de 70, a famosa dança de rua.

Existe também, o Street Dance, que no Brasil é muito confundido com o B. boy. Esse estilo surgiu na década de 80 e é praticado nas academias. São aproximadamente 15 a 20 pessoas fazendo os mesmos passos juntos.

Segundo o professor de dança Flávio Damacena, o Street Dance não é uma dança de rua. “A verdadeira dança de rua nasce na rua, e você apresenta em outros lugares. No Brasil surgiu como um negócio de academia, tudo muito certinho, o verdadeiro B. boy sabe improvisar”.

Break Dance

O Break Dance surgiu em Porto Rico, na década de 70, em protesto aos aviões que caíam no período da Guerra do Vietnã. As pessoas começaram a girar de ponta cabeça, como um moinho de vento, imitando helicópteros caindo.

Rapidamente o novo estilo musical chegou à América do Norte, que surgiu como grande influência para diminuir a criminalidade entre as famosas gangues. Os grupos rivais continuaram competindo entre si, mas desta vez sem morte, apenas através da dança.

Existem quatro elementos que compõem o Break dance:

  • B. boy: dançarino;
  • Dj: pessoa que cria e escolhe músicas para serem dançadas. O break beat é feito originalmente com o disco de vinil;
  • Mc: conhecido também como mestre de cerimônia, ou apresentador do evento. O Mc tem como função animar as disputas através de raps, mas nunca com o objetivo de ofender ninguém, apenas animar;
  • Grafitte: grafitte é arte. Na época das gangues, pichavam-se muros para marcar o território. Hoje são feitos desenhos com qualidade, e para isso, pedem autorização.  

Além das disputas entre os B. boys, existe também a competição entre Mcs e Grafitteiros, que usam da rima e da arte para ganhar dinheiro e se divertir.

Campeonatos

Os campeonatos são divididos em categorias: Kids, sênior e avançado ou iniciante, intermediário e profissional, de acordo com a escolha dos organizadores. Antes das competições, acontece uma seletiva, onde especialistas no assunto classificam o participante conforme a categoria.

Os dançarinos são julgados pelo ritmo, perfeição, movimentos de maior dificuldade, criatividade e sincronia entre a dupla, o trio, o quarteto ou o quinteto. Existe também, o crew, que são grupos formados por mais de seis pessoas.

Nos campeonatos, os dançarinos participam de batalhas, que são compostas pelo começo, meio e fim da dança. O primeiro passo é chamado de Top Rock, no qual o competidor se apresenta para o jurado. No Fut work, eles têm que mostrar a habilidade com as pernas.

O Power Moving é um complemento da dança, onde o participante pode fazer acrobacias, saltos e giros. O encerramento chama-se Freeze, que quer dizer congelamento. O dançarino tem que ficar de 1,5 a 3 segundos em uma mesma posição para mostrar resistência.

Os jurados, dançarinos experientes, julgam os 3 passos da dança, juntamente com as coreografias, dando nota de 1 a 10. Portanto, o competidor pode obter no máximo 50 pontos. A premiação varia de acordo com o campeonato, pode ser em dinheiro ou em troféus e brindes.


O Inter Itu B. Boys, campeonato que acontece duas vezes por ano em Itu, é considerado um dos melhores de Break Dance do interior de São Paulo, pois segundo o organizador do evento, Erick Hermes, a competição reúne os melhores e mais experientes dançarinos do país.

Se vira nos 30

No dia 1º de outubro de 2006, a dupla de b. boys, Erick Hermes (Molek Freak) e Flávio Damacena (Neguinho) participaram do quadro “Se vira nos 30”, no programa Domingão do Faustão. Os dançarinos se inscreveram e foram chamados para se apresentar.

Erick conta que eles iam dançar ao som do hino nacional, mas não deixaram. “A gente não tinha a intenção de tirar sarro, nada disso, eu tenho orgulho de ser brasileiro, prefiro dançar em cima do hino nacional em vez de uma música americana”. E completa: “Nem com a roupa que a gente queria dançar eles deixaram”.

A dupla obteve a segunda maior pontuação no dia em que participou.

Projeto Social

A partir deste ano, o dançarino Erick Hermes, conhecido como Molek Freak (moleque doido), colocará em prática seu projeto de dar aula de Break Dance para mais de 500 crianças carentes nas escolas do município.

“A gente tem convite para dar aula em diversas escolas, mas a gente tem que viver de alguma coisa. Eu faço parte do Projeto Escola da Família, mas não dá para ensinar em todas”, afirma Erick.

A prefeitura de Itu pagará três professores que se dividirão entre