Na frase abaixo a conjunção que aparece representa uma

A conjunção é usada como conectivo (elemento de ligação) entre orações ou palavras de mesma função sintática. É uma classe gramatical invariável, ou seja, que não se flexiona (não se altera), classificando-se em coordenativa e subordinativa.

As conjunções não são escolhidas aleatoriamente. Entre elas e as palavras, ou mesmo orações, há uma relação de sentido. É possível que haja várias conjunções que estabeleçam o mesmo sentido, por exemplo, as que indicam oposição (mas, porém, todavia, no entanto etc.), mas pode ser também que a mesma conjunção exerça sentidos diferentes. A conjunção subordinativa comoé um exemplo, pois pode estabelecer diferentes efeitos de sentido e apresentar-se em três orações subordinadas.

Veja a seguir:

  Causal:

  • Introduz a oração subordinada causal;
  • Pode ser substituída por outra conjunção causal - "porque".

Comparativa:

  • Introduz a oração subordinada comparativa;
  •  Pode ser substituída por "assim como".

Conformativa:

  • Introduz a oração subordinada conformativa;
  • Em seu lugar, é possível colocar a conjunção "conforme".

Veja alguns exemplos:

  • Como acordei tarde, cheguei atrasada no serviço.
  • Júlia estuda muito como eu.
  • Como foi determinado, não haverá plantão.

Perceba que em todos os exemplos a conjunção como aparece. Não havendo diferenças gráficas na palavra destacada. Entretanto, essa conjunção produz efeitos de sentido diferentes, recebendo, por isso, classificações distintas.

A seguir, algumas dicas serão dadas para ajudá-lo na classificação da conjunção subordinativa como. Leia com atenção!

Se a oração subordinada for introduzida pela conjunção “como”, ou seja, se ela aparecer antes da principal, como nos exemplos I e III, haverá duas possibilidades: ou estabelecerá ideia de causa ou de conformidade (acordo). Então, é preciso analisar o efeito de sentido, ou seja, a ideia estabelecida naquele contexto.

Se a oração subordinada vier em sua posição habitual, ou seja, depois da oração principal, a ideia será de comparação.

A partir de agora, antes de classificar as orações subordinadas, em que a conjunção subordinativa “como” aparece, pare e reflita. Use as observações, você verá que serão muito úteis.

Por Mayra Pavan

Graduada em Letras

As conjunções coordenativas são responsáveis por unir dois ou mais termos que exerçam a mesma função sintática e morfológica, por exemplo, substantivos que sejam sujeitos. Além disso, elas têm a função de conectar duas orações independentes, isto é, cuja compreensão do sentido de uma dispensa a observação da outra.

Importante observar que as conjunções, ao promoverem essas ligações, contribuem para a construção do teor das orações envolvidas, de modo que elas podem ser classificadas como:

  • aditivas;
  • adversativas (oposição);
  • alternativas;
  • conclusivas;
  • explicativas.

Leia também: Enfim ou em fim?

Tipos de conjunções coordenativas

Classificação e função das conjunções coordenativas

→ Conjunções aditivas: expressam soma. A conjunção permite que à primeira oração seja acrescida uma informação.

Exemplos

  • Fui ao shopping e comi um sanduíche.
  • Ele não me agradece, nem eu lhe dou tempo (Botelho).

Conjunções adversativas: estabelecem uma oposição ou um contraste entre a ideia presente na primeira oração e a que consta na segunda.

Exemplos

  • Gisele desistiu de comprar um automóvel, porém ela tem vontade de possuir um veículo.
  • As pessoas gostam de consumir, mas ninguém está comprando roupas atualmente.

→ Conjunções alternativas: denotam uma alternância de ideias. Também manifestam a exclusão de um pensamento em prol da ascensão de um outro.

Exemplos

  • Seja trabalhador, seja estudante, todos merecem respeito.
  • Ora tem muito sono, ora tem insônia.
  • Independência ou morte! (D. Pedro I)

→ Conjunções conclusivas: estabelecem uma consequência em relação ao que consta na oração anterior. Além disso, introduzem o sentido de fechamento de uma ideia.

Exemplos

  • Encontrei, pois, Alexandre, quando estive no parque Ibirapuera.
  • O prazo de entrega das atividades termina hoje, logo, conclua-as rapidamente.

→ Conjunções explicativas: apresentam um motivo, uma razão, ou seja, uma das frases justifica o conteúdo da outra.

  • A festa foi um desastre, pois a energia elétrica foi cortada.
  • A escolha da roupa foi equivocada, porque não foi compatível com a sugestão presente no convite de casamento.

Veja também: Onde ou aonde?

Vários sentidos das conjunções coordenativas

Apesar de as conjunções coordenativas assumirem majoritariamente determinados sentidos, elas podem revestir-se de outros significados, conforme o contexto no qual são inseridas. Veja, a seguir,  alguns casos que comprovam essa afirmação:

Trabalhou muito e não ganhou dinheiro.
(Oposição)

Construiu uma casa e mudou-se para lá.
(Consequência/conclusão)

O homem é bonito, e muito bonito!
(Explicação enfática)

 E a Marlene, tem notícias dela?
 (Situação/assunto)

Passou o pincel no rosto e maquiou-se com cores fortes.
(Finalidade)

A festa terá comida, mas em pouca quantidade.
(Restrição)

Mas e a casa? Terminou de reformá-la?
(Situação/assunto)

Estava faminto, mas bebia água para enganar a fome.
(Atenuação)

Brigou com a esposa, mas arrependeu-se e não voltou a atormentá-la.
(Retificação)

Na frase abaixo a conjunção que aparece representa uma
As conjunções coordenativas são elementos indispensáveis para a coesão e coerência.

O que é conjunção?

As conjunções são palavras que, assim como os advérbios e preposições, fazem parte de uma classe, conforme os linguistas nomearam, heterogênea, tendo em vista a diversidade de funções e formas que elas desempenham. Além disso, todas têm em comum o fato de serem palavras tidas como invariáveis, ou seja, mantêm as suas estruturas fonéticas (sons) e gráficas (escrita) intactas, já que não se modificam para adequar-se ao gênero, número, grau, pessoa e tempo.

Dada a presença dessas características tanto nas conjunções quanto nas preposições e nos advérbios, é necessário conceituar o primeiro caso, permitindo que ele se diferencie dos demais. Assim, conjunção é um vocábulo que estabelece uma conexão entre orações ou entre palavras, desde que elas estejam na mesma oração e exerçam funções sintáticas iguais.

As conjunções podem ser divididas em: subordinativas, as quais conectam duas orações, sendo que uma delas é fundamental para a construção do sentido completo da outra; e coordenativas, que ligam elementos independentes, ou seja, unem orações ou termos de idêntica função gramatical detentores de sentido completo.

Exercícios resolvidos

1 – (FGV – Adaptada) O mesmo tipo de conjunção que substitui os dois pontos em "E, apesar das promessas de que o crescimento do PIB reduziria a pobreza, as desigualdades econômicas mantêm-se: a cada US$ 160 milhões produzidos no mundo, só US$ 0,60 chega efetivamente aos mais pobres." pode ser aplicado em:

a) Os ecoeconomistas só alimentam um propósito: poupar os recursos ambientais.

b) Hugo Penteado disse: “a Terra é finita e a economia clássica sempre ignorou essa verdade elementar”.

c) Os ecoeconomistas apontam os vícios das empresas: o desperdício de matérias-primas, o estímulo ao consumismo e a obsolescência programada.

d) A ecoeconomia não é exatamente nova: seus princípios exponenciais começaram a surgir na década de 1970.

e) Paulo Durval Branco foi enfático ao afirmar: “as empresas vêm repetindo a palavra sustentabilidade como um mantra”.

Resolução

Alternativa d. Os dois pontos presentes no enunciado da questão e na alternativa d podem ser substituídos pela conjunção "pois" ou "porque", tendo em vista que as afirmações que sucedem tal pontuação têm a função de explicar o que foi dito.

2 – (Ufal – Adaptado) Analise o uso das conjunções destacadas no seguinte trecho: “A língua, no entanto, é objeto privilegiado nessas discussões porque é o meio coletivo básico e, por assim dizer, universal de expressão.” Acerca desses usos, é correto afirmar que:

a) A primeira conjunção foi selecionada por carregar valor conclusivo; a segunda, por introduzir uma explicação.

b) A conjunção "no entanto" tem valor condicional, sendo equivalente a "contanto"; já a conjunção "porque" exprime causalidade.

c) A primeira conjunção presta-se perfeitamente a expressar o valor opositivo que o autor queria dar às suas ideias; a segunda expressa uma causa.

d) A primeira conjunção "no entanto", de valor temporal, tem posição móvel no enunciado; a segunda conjunção "porque", de valor explicativo, tem posição fixa.

e) Ambas as conjunções têm valor conclusivo no trecho apresentado, por isso estão colocadas no fechamento do texto.

Resolução

Alternativa c. A primeira conjunção assume o valor opositivo que o autor pretendeu dar às suas afirmações, e a segunda apresenta uma causa.