“O mundo mudou, e aquele mundo (de antes do coronavírus) não existe mais. A nossa vida vai mudar muito daqui pra frente, e alguém que tenta manter o status quo de 2019 é alguém que ainda não aceitou essa nova realidade”. A frase foi dita por Atila Iamarino, virologista e doutor em microbiologia pela Universidade de São Paulo (USP), em entrevista ao programa Roda Viva no dia 30 de março de 2020. De fato, com o fenômeno do COVID-19, a humanidade passa pelo seu maior desafio desde a Segunda Guerra Mundial: controlar uma pandemia. Sem vacina e sem medicamentos comprovados até o momento, o isolamento social defendido por todas as entidades de saúde mundiais tem se mostrado a melhor forma de combater a doença. Consequentemente, essa nova dinâmica social vai transformar as relações interpessoais, fortalecer o home office (teletrabalho ou trabalho de casa), os serviços de vendas on-line (e-commerce) e, ao que tudo indica, vai popularizar ainda mais o Ensino a Distância (EAD), que até mês passado era uma ótima opção apenas para determinados perfis de estudantes. Tudo mudou porque a suspensão das aulas presenciais fez com que instituições de ensino encontrassem no EAD a melhor alternativa para manter o calendário acadêmico e não prejudicar seus alunos. Estudar em casa pode ser mais fácil que imaginaDiante desse cenário, nós estamos aqui para ajudar. Sabemos que conciliar estudos, tarefas de casa, família e uma nova rotina não é fácil, mas queremos dar algumas dicas que podem fazer a diferença na sua organização diária. Vamos nessa? Imagine a cena: a sala está cheia de brinquedos do seu filho ou irmão mais novo, a pia cheia de louça para lavar e seus familiares não param de pedir sua ajuda para organizar a casa ou procuram algo que acreditam que só você pode encontrar. Enquanto tudo isso acontece, seu celular não para de apitar, pois o alarme que você programou está lembrando que precisa estudar para a prova no dia seguinte. Em resumo: o local onde você se senta para estudar em casa exerce total influência em seu rendimento e resultados, de modo que um dos principais desafios é escolher e manter um espaço bem organizado, propício para a atividade. Lembre-se de que ambientes nos quais prevalecem o acúmulo de objetos e a falta de limpeza são um convite para que você se distraia. Outro aspecto importante é a iluminação desse espaço, que deve receber, preferencialmente, a luz solar durante o dia. Por fim, é preciso tomar cuidado com os barulhos tanto de casa quanto de fora. Um ambiente barulhento atrapalhará a sua concentração e desviará o seu foco. Portanto, dê preferência àquele local que silencioso ou o mais próximo disso. Uma das primeiras orientações que os cursos EAD costumam dar aos alunos é o tempo mínimo de dedicação para um bom rendimento no curso. Em geral, essa dedicação ideal está em torno de 50 minutos a 1h30 por dia, durante alguns dias na semana (ou 3, 4, 5… Depende de cada curso). Porém, sabemos perfeitamente que o tempo ideal muitas vezes não corresponde à realidade pessoal, já que cada aluno tem sua própria agenda. Sendo assim, considere as orientações do curso e, a partir disso, estabeleça quanto tempo você tem disponível para se dedicar às atividades. Procure distribuir os estudos de acordo com os dias em que está com mais tempo livre, em um horário adequado à sua produtividade. Se necessário, aproveite seu horário de almoço ou momentos de ociosidade. Assim como você tem um planejamento de trabalho, também é preciso criar um cronograma de estudos. Ao estabelecer um espaço na agenda inteiramente dedicado ao curso, você eleva a importância de se manter plenamente integrado às atividades. Se possível, deixe seu plano por escrito em algum lugar visível para que você se habitue a consultá-lo para não perder nenhuma atividade. Além disso, sempre destaque as atividades já concluídas — isso ajuda muito você a ter maior consciência do trajeto já percorrido, o que mantém a sensação de dever cumprido. Leia também: A propósito, utilize a tecnologia a seu favor. Crie alertas no celular para os prazos das tarefas e mantenha seus materiais salvos em nuvem, ou seja, em serviços on-line na internet. Existem algumas ferramentas com versões gratuitas, como Dropbox e Google Docs, que são excelentes para você ter sempre à mão os arquivos de que necessita. Como você estava até outro dia no modelo presencial, é importante utilizar todas as técnicas de estudo possíveis para facilitar a adaptação ao novo modelo e atingir os resultados esperados. Os resumos, por exemplo, também conhecidos como fichamentos, são excelentes formas de compreender aquilo que está sendo estudado. Embora alguns estudantes optem apenas por grifar trechos que julgam mais importantes, reescrever as informações (principalmente com as suas próprias palavras) é uma alternativa ainda mais eficiente. Para reforçar o aprendizado, especialmente depois dos resumos, é interessante fazer exercícios sobre o tema e até mesmo testar os conhecimentos por meio de simulados — que podem ser também facilmente encontrados na internet. Trata-se de uma estratégia eficaz de assimilação de conteúdo. Parece óbvio ressaltar essa dica, mas é muito comum acontecer o que conhecemos pelo nome de “procrastinação”. Por cansaço ou desânimo, acabamos por deixar a entrega de tarefas para o último minuto. O mais comum é perdermos o prazo ou produzirmos um material fraco; como resultado, em ambos os casos nosso rendimento é prejudicado. Outro problema de deixar tudo para o último dia é que o curso acaba se tornando um vilão para você; e o prazer de estudar e construir conhecimento vira uma penosa obrigação. Ao estudar em casa, aquela máxima que ouvimos nas universidades de que “quem faz o curso é o aluno” vale muito. Mas você viu que, com pequenos ajustes em seus hábitos e certa dose de perseverança, estudar on-line pode ser muito prazeroso e render excelentes resultados para sua carreira. Gostou do conteúdo? Compartilhe com seus amigos!
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Você quer impressionar seu professor? Talvez queira aproveitar ao máximo o ano letivo. Independentemente do motivo por trás de seu desejo de ser o melhor aluno da turma, há algumas maneiras diferentes de se buscar melhorias. Ser um ótimo estudante significa mais do que tirar boas notas. Ser um bom estudante também significa ser uma boa pessoa e mostrar ao professor que leva as aulas a sério.
Este artigo foi coescrito por Alexander Ruiz, M.Ed.. Alexander Ruiz é Assessor Pedagógico e Diretor Educacional do Link Educational Institute, um serviço de aulas particulares em Claremont, California. O Link Educational Institute oferece planos educacionais customizáveis, aulas particulares pré-vestibular e para avaliações e assessoria acadêmica. Com mais de uma década e meia de experiência no ramo da educação, Alexander ensina estudantes a melhorar sua autoestima e inteligência emocional enquanto atingem seus objetivos e aprendem novas habilidades no ensino superior. É formado em Psicologia pela Florida International University e é Mestra em Pedagogia pela Georgia Southern University. Este artigo foi visualizado 297 870 vezes. Categorias: Estilos Intelectuais | Estudo Esta página foi acessada 297 870 vezes. |