Como posso comparar as veias do corpo com uma arvore

Perfis de Tumblr estão postando fotos de partes do corpo e as comparando com elementos do universo. As imagens a seguir oferecem um visual deslumbrante de detalhes do ser humano e da natureza 

Uma árvore, como é um ser vivo, precisa de se alimentar. Por não ter boca, nem ser parasita, produz os nutrientes de que necessita e obtém outros do solo ou por simbiose (associação de interesse mútuo) com outros seres vivos (fungos e bactérias).

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Uma árvore, como é um ser vivo, precisa de se alimentar. Por não ter boca, nem ser parasita, produz os nutrientes de que necessita e obtém outros do solo ou por simbiose (associação de interesse mútuo) com outros seres vivos (fungos e bactérias).

As árvores produzem nutrientes – hidratos de carbono, compostos com carbono (C), hidrogénio (H) e oxigénio (O) – por fotossíntese, com o auxílio da energia solar (as plantas morrem à sombra), indo buscar o carbono (C) ao dióxido de carbono (CO2) da atmosfera, utilizando também água (H2O). A fotossíntese consiste na conversão da energia solar em energia química através de uma cadeia de reacções de que resultam os referidos hidratos de carbono (C, H, O) e oxigénio (O2). Portanto, uma árvore é produtora de nutrientes, uma fábrica de oxigénio (O2) e sequestradora de carbono (C). Como os animais não conseguem produzir nutrientes, têm de comer plantas (herbívoros), ou comerem animais que comeram plantas (carnívoros), ou alimentarem-se de plantas e animais (omnívoros), como nós fazemos. Assim, uma árvore purifica o ar (despolui, por diminuir o CO2 atmosférico), produz alimentos e é uma fábrica de oxigénio (O2).

As árvores são plantas vasculares, tal como os humanos são animais vasculares. Os seres vasculares precisam dos vasos, que não são mais do que canos biológicos (floema e xilema, nas plantas; artérias e veias, nos animais), por onde circula água e um líquido (seiva nas plantas, e sangue nos animais), que transporta os nutrientes para todo o corpo do ser vivo.

Tal como acontece com qualquer cano, na parede interna vão-se acumulando substâncias (por exemplo, calcário nos canos das casas e colesterol nos vasos humanos) que os podem entupir ou romper (acidente vascular, nos humanos). Ao mesmo tempo, as paredes dos vasos biológicos, com a idade, vão perdendo elasticidade, tornando-se mais duras. Acontece que, enquanto nós temos, praticamente, sempre os mesmos vasos, que se vão alongando até sermos adultos; nas árvores não é assim, pois elas vão produzindo vasos novos, que substituem os que deixam de ser funcionais. Nos climas como o nosso, produzem-nos duas vezes por ano: uma na Primavera e outra vez no Outono. É por isso que, quando se corta uma árvore, se consegue saber a idade, contando os anéis de vasos (cada par de anéis corresponde a um ano). Actualmente, consegue-se contar os anéis e calcular a idade, sem cortar as árvores nem as molestar (dendrocronologia).

Os exemplares mais antigos

Portanto, as árvores não morrem por acidentes vasculares naturais (entupimento) nem por endurecimento da parede dos vasos, o que implicaria falta de flexibilidade para o transporte da água e seiva. É por isso que as árvores duram mais do que os animais vasculares. As mais antigas árvores que se conhecem são alguns exemplares do pinheiro-da-califórnia (Pinus longaeva) com cerca de 5000 anos, embora os suecos tenham, nas montanhas da província de Dalama, clones de espruce-europeu (Picea abies) com cerca de 9550 anos. Estes clones não são, pois, uma árvore, mas pequenas árvores resultantes de germinação de uma toiça com cerca da referida idade. Não há nenhum animal vascular que chegue sequer a 300 anos de idade.

Estas árvores mais idosas são resinosas e gimnospérmicas (plantas vasculares que não dão flor nem fruto; um pinhão é uma semente). As árvores que dão flores e frutos são angiospérmicas e, em vez de resinas, elaboram taninos. Acontece que as resinas são anti-sépticos mais eficazes do que os taninos.

Ramo com epífitas (plantas que vivem sobre outras plantas) em Monteverde, Peru Jorge paiva

Por isso, as plantas mais idosas que se conhecem são gimnospérmicas (pinheiro-da-califórnia e espruce-europeu). Se não tivéssemos derrubado os maiores pinheiros-mansos (Pinus pinea) que tínhamos, para mastros das naus (Bartolomeu Dias andou pelo país a escolher os mais altos), hoje alguns deles seriam as árvores mais velhas de Portugal. As árvores mais idosas que temos são oliveiras (Olea europaea), que, por serem angiospérmicas, estão ocas, pois se fossem pinheiros-mansos (gimnospérmicas) com essas idades talvez não tivessem os troncos ocos. A Oliveira do Mouchão (Cascalhos, freguesia de Mouriscas, concelho de Abrantes) é considerada a árvore mais idosa de Portugal (cerca de 3350 anos), estando classificada como Árvore de Interesse Público (processo KNJ1/478). Como não poderia deixar de ser, tem o tronco oco. As oliveiras são as árvores mais antigas que temos, sendo consideradas bíblicas. A oliveira aparece referida na Bíblia cerca de meia centena de vezes, tal como os ramos (Epístola aos Romanos 11,18) e uma folha verde no bico de uma pomba (Génesis 8,11) assim como o azeite (Deuteronómio 8,8).

Além disso, era e é extremamente útil não só na alimentação (azeitona e azeite), como também na iluminação (lamparinas de azeite) e no aquecimento (aguenta podas drásticas, dando lenha para a lareira e cozinha). Por isso, ninguém derrubava uma oliveira.

Árvore com epífitas nas margens Lago Arenal, Peru Jorge Paiva

Muito mais do que um indivíduo

Por outro lado, uma árvore não é apenas um indivíduo, pois vivem sobre ela muitos seres vivos, como outras plantas (epífitas), animais, líquenes, fungos e bactérias, entre outros; assim como no interior do seu corpo. As árvores das florestas tropicais de chuva (pluvissilva), como, por exemplo, a da Amazónia, chegam a atingir cerca de 80 metros de altura (não podem ser mais altas, senão a água e os nutrientes não chegavam às folhas da copa) e algumas toneladas de biomassa. Sobre estas enormes árvores, além dos seres vivos já referidos, vegetam outras árvores (epífitas) de menor porte. Quando se derruba uma árvore destas, estamos a matar não apenas um ser vivo, mas milhares de seres vivos que viviam, em equilíbrio, naquele ecossistema (a árvore).

Uma árvore isolada é um ecossistema de menor biodiversidade do que integrada na respectiva floresta. É por isso que as árvores das artérias urbanas têm menos seres epífitos. Por exemplo, em Lisboa, as cascas das árvores que estão nas artérias cerca do aeroporto não têm nada de verde, devido à poluição. Mas na área do Parque das Nações apresentam epífitas. Outro exemplo elucidativo é observável em Almada, comparando as árvores das artérias e as que se encontram no Parque da Paz (o melhor parque urbano do país), onde não há nenhum edifício (apenas sanitários) e não é permitida a circulação de veículos automóveis (os utilizados pelos vigilantes e jardineiros são eléctricos). Neste parque, particularmente os troncos dos sobreiros (não lhes retiram cortiça) estão repletos de epífitas. É, provavelmente, o parque urbano do país de biodiversidade mais elevada, talvez superior à da Mata do Choupal, em Coimbra.

As florestas são, pois, ecossistemas com imensas árvores e, portanto, de elevadíssima biodiversidade, de enorme potencial sequestrador de carbono, contribuindo para o equilíbrio do volume atmosférico de CO2, O2 e H2O e, consequentemente, das condições climáticas do globo terrestre.

Infelizmente, a espécie humana tem vindo a derrubar e incendiar as florestas de tal maneira que, nesta altura, existem apenas 20% das florestas que existiam quando a espécie humana surgiu no globo terrestre.

Uma árvore, além de um ser vivo, é um ecossistema, uma fábrica e uma sequestradora de carbono.

Biólogo

O sistema circulatório do mamífero consiste em um órgão central de impulsão, dividido em quatro compartimentos, o coração, e em um sistema de vasos para a circulação do sangue. Os vasos que levam sangue do coração para os órgãos são chamados artérias e aqueles que trazem sangue dos órgãos para o coração, veias. Um outro sistema recolhe parte do fluído tissular, que constitui a linfa, e o transporta em direção às veias, são os vasos linfáticos.

Estruturas:
Coração: é um órgão musculoso oco, em forma de cone, cuja base se prende a outras estruturas torácicas por meio das grandes artérias, e cujo ápice se encontra inteiramente livre. É constituído pelo lado direito e esquerdo. Cada uma dessas porções é formada pelo átrio e pelo ventrículo que se comunicam por uma abertura átrio-ventricular. O volume do átrio é cerca de dois terços do volume do ventrículo. Ao átrio direito chegam às veias cava cranial e caudal e a veia coronária. Do ventrículo direito sai à artéria pulmonar. Ao átrio esquerdo chegam às veias pulmonares. Do ventrículo esquerdo sai à artéria aorta.
O sangue deixa o coração através de tubos fechados chamados artérias, que se ramificam repetidamente até que artérias finas (arteríolas) medindo cerca de 0,1 mm de diâmetro, sejam formadas. As arteríolas levam o sangue até tubos extremamente pequenos chamados capilares. O sangue inicia seu retorno ao coração, passando através de pequenas veias chamadas vênulas, que se juntam para formar veias. As veias maiores finalmente trazem o sangue de volta ao coração.

Vasos: os vasos sanguíneos lembram as ramificações de uma árvore. As artérias se dividem em ramos menores, as arteríolas que por sua vez se dividem em ramos menores, os capilares. Estes se unem para formar as vênulas, que por sua vez formam as veias que desembocam no átrio direito do coração.

Artérias: são estruturas tubulares que levam sangue do coração para os órgãos. As maiores artérias são conhecidas como artérias elásticas porque uma grande porção de sua parede se compõe de tecido elástico. As artérias menores contêm maior quantidade de músculo liso em suas paredes, o que controla o calibre dos vasos.

Capilares: são tubos de diâmetro minúsculo, compostos quase que exclusivamente de endotélio. A parede do capilar atua como uma membrana semipermeável permitindo que água, oxigênio e nutrientes deixem a corrente sanguínea.

Veias: os capilares se unem para formar vênulas, que por sua vez, formam veias cada vez maiores. As veias apresentam um diâmetro interno maior do que as artérias que acompanham, tendo paredes mais finas, com apenas pequena quantidade de tecido muscular.

O sistema vascular linfático inicia-se pôr túbulos de fundo cego, os capilares linfáticos, que gradualmente se anastomosam em vasos de calibre cada vez maior e terminam atingindo o sistema vascular sangüíneo, desembocando em grandes veias perto do coração. A função do sistema linfático é devolver ao sangue o fluído dos espaços teciduais que, ao penetrar nos capilares linfáticos, contribui para formar a linfa.

Estrutura geral dos vasos sangüíneos Todos os vasos sangüíneos acima de um certo calibre apresentam um plano geral comum de construção. De um modo geral, um vaso sangüíneo apresenta as seguintes camadas constituíntes: a) Túnica íntima; b) Túnica média; c) Túnica adventícia;

d) Vasa Vasorum;

a) Túnica Íntima: é constituída por: 1. Uma camada de células achatadas (células endoteliais), revestindo internamente o vaso; caracterizando o epitélio simples pavimentoso, chamado de endotélio. 2. Um delicado estrato subendotelial constituído por tecido conjuntivo frouxo;

3. Lâmina elástica interna, o qual é o componente mais interno da íntima, constituída principalmente de elastina, possui aberturas (fenestras que permitem a difusão de substancias para nutrir células situadas mais profundamente na parede do vaso. Devido a contração do vaso, esta membrana geralmente se apresenta em corte, com seu trajeto ondulado e sinuoso.

b) Túnica Média:
Formada principalmente por camadas concêntricas de células musculares lisas helicoidalmente. Interpostas entre as células musculares lisas existem quantidades variáveis de lâminas elásticas, fibras reticulares (colágeno tipo III), proteoglicanas e glicoproteínas. As células musculares lisas são as responsáveis pela produção destas moléculas da matriz extracelular. Em artérias, a túnica média possui uma lâmina elástica externa mais delgada que separa esta da túnica adventícia.

c) Túnica Adventícia:
Constituída por tecido conjuntivo frouxo. A camada adventícia torna-se gradualmente contínua com o tecido conjuntivo do órgão pelo qual o vaso sanguíneo está passando.

d) Vasa Vasorum: 
Vasos grandes normalmente possuem vasa vasorum que são arteríolas, capilares, e vênulas que se ramificam profusamente na adventícia e na porção externa da média. Os vasa vasorum provêem a adventícia e a média de metabólitos, uma vez que em vasos maiores as camadas são muito espessas para serem nutridas somente por difusão a partir do sangue na luz. Vasa vasorum são mais frequentes em veias que em artérias. Em artérias de diâmetro intermediário e grande, a íntima e a região mais interna da média são destituídas de vasa vasorum. Estas camadas recebem oxigênio e nutrição por difusão do sangue que circula na luz do vaso.

Estrutura Geral de um vaso sanguíneo

Artérias As artérias conduzem sangue do coração para os capilares. Elas armazenam parte do sangue bombeado durante cada sístole cardíaca para garantir o fluxo contínuo através dos capilares durante a diástole cardíaca.

Do coração para os capilares, as artérias podem ser classificadas em três grupos principais: (1) artérias de grande calibre (artérias elásticas), (2) artérias de médio calibre (artérias musculares) e (3) pequenas artérias e arteríolas.

Artérias de grande calibre ou artérias elásticas A aorta e seus ramos principais (as artérias braquiocefálica, carótida comum, subclávia e ilíaca comum) são artérias elásticas. Elas são artérias condutoras porque conduzem sangue do coração para as artérias distribuidoras de calibre médio. Tem cor amarelada devido ao acúmulo de material elástico presente na túnica média. Chama a atenção, na estrutura das grandes artérias, o acúmulo de material elástico existente. Atribui-se a essa camada importante função na regulação do fluxo sangüíneo. O tecido elástico sofre dilatações periódicas e absorve o impacto da pulsação cardíaca, que sabemos ser intermitente. Durante a diástole, as artérias voltariam ao calibre normal, impulsionando o sangue. A consequência desta ação é que, à medida que se distancia do coração, o fluxo e a pressão arterial tornam-se cada vez mais regulares. A túnica íntima das artérias elásticas é composta pelo endotélio e pelo tecido conjuntivo subendotelial. Grandes quantidades de lâminas elásticas são encontradas na túnica média, com feixes de células musculares lisas preenchendo os estreitos espaços entre as lâminas elásticas. As fibras colágenas estão presentes em todas as túnicas, mas especialmente na adventícia. Vasos sanguíneos (vasa vasorum), nervos (nervi vasorum) e vasos linfáticos

podem ser reconhecidos na túnica adventícia das grandes artérias elásticas.

Artérias de pequeno e médio calibre ou artérias musculares
As artérias de médio calibre são vasos distribuidores, que permitem uma distribuição seletiva de sangue para diferentes órgãos em resposta às necessidades funcionais. Exemplos de artérias de médio calibre incluem as artérias radial, tibial, poplítea, axilar, esplênica, mesentérica e intercostal. O diâmetro das artérias musculares de médio calibre é cerca de 3 mm ou mais. Possui a mesma estrutura geral dos vasos. São caracterizadas por uma espessa camada muscular, que pode chegar a ter mais de 40 camadas de fibras musculares lisas. De um modo geral, quanto maior for o calibre, maior a quantidade de material elástico entre as fibras musculares.

Arteríolas
As arteríolas são ramos finais do sistema arterial. As arteríolas regulam a distribuição de sangue em diferentes leitos capilares por vasoconstrição e vasodilatação em regiões localizadas, porque suas paredes contêm fibras musculares lisas dispostas circularmente. As arteríolas são consideradas vasos de resistência e são os principais determinantes da pressão sanguínea sistêmica. São muito finas, geralmente com menos de 0,5mm de diâmetro. A túnica íntima possui um endotélio, um subendotélio e uma lâmina elástica interna muito delgada. A túnica média geralmente é formada por 4 ou 5 camadas de células musculares lisas. A túnica adventícia é estreita, pouco desenvolvida, com pouca quantidade de tecido conjuntivo frouxo.

Capilares Apresenta-se constituídos apenas por uma camada única de células endoteliais; o calibre médio dos capilares é pequeno, oscilando entre 7 a 9 μm. Os capilares podem ser agrupados em três grupos, dependendo da continuidade da camada endotelial e da lâmina basal:

1. Capilar contínuo ou somático: é caracterizado pela ausência de fenestras em sua parede. As células endoteliais são unidas por junções de oclusão e aderência, e transportam líquidos e solutos através de cavéolas e vesículas de pinocitose. Este tipo de vaso capilar é encontrado em todos os tipos de tecido muscular, tecidos conjuntivos, glândulas exócrinas e tecido nervoso.

2. Capilar fenestrado ou visceral: caracteriza-se pôr apresentar orifícios ou fenestras na parede das células endoteliais, as quais são obstruídas ou não por um diafragma que é mais delgado do que a membrana plasmática da própria célula. A lâmina basal dos vasos capilares é contínua. O capilar fenestrado geralmente é encontrado em tecidos onde ocorre intensa troca de substâncias entre as células e o sangue, como o rim, o intestino e as glândulas endócrinas.

3. Capilar sinusóide: apresenta as seguintes características: • Trajeto tortuoso, com calibre grandemente aumentado (30 a 40 μm). • Suas células endoteliais formam uma camada descontínua e são separadas umas das outras por espaços amplos que comunicam o capilar com o tecido subjacente. • Abundante quantidade de poros ou fenestrações desprovidas de diafragmas nas paredes das células endoteliais. • Presença de macrófagos entre as células endoteliais • Lâmina basal descontínua

Os capilares sinusóides são encontrados principalmente no fígado, e em órgãos hematopoiéticos, como a medula óssea e o baço. Estas particularidades estruturais sugerem a existência nos capilares sinusóides, de condições que tornam mais fácil e mais intenso o intercâmbio de substâncias entre o sangue e os tecidos.

Veias
O sistema venoso se inicia no final do leito capilar com as vênulas pós-capilares, que estruturalmente se assemelham aos capilares contínuos, mas com um lúmen maior. As vênulas pós-capilares, o sítio preferencial de migração dos leucócitos para os tecidos por um mecanismo chamado diapedese, são constituídas de células endoteliais sustentados por uma lâmina basal e uma adventícia de tecido conjuntivo frouxo. As veias tem uma parede relativamente fina em comparação às artérias do mesmo calibre. Assim como as artérias, as veias são constituídas por túnicas. Entretanto, a distinção de uma túnica média e adventícia geralmente não fica muito clara. O lúmen é revestido por um endotélio e uma lâmina basal subjacente. Não se vê uma lâmina elástica interna distinta. A túnica média muscular é mais fina que nas artérias, e as células musculares lisa têm uma orientação irregular, aproximadamente circular. A túnica adventícia é composta por tecido conjuntivo frouxo, além de poucas fibras nervosas. Nas grandes veias, os vasa vasorum penetram na parede. Uma característica típica das veias é a presença de valvas ou válvulas que evitam o refluxo de sangue. Uma valva é uma projeção da túnica íntima para o lúmen, coberta por células endoteliais e reforçadas por fibras elásticas e colágenas. A adventícia da veia é maior que da artéria.

Diferenças entre artérias e veias

Vasos linfáticos
Os vasos linfáticos são tubos que auxiliam o sistema cardiovascular na remoção do líquido tecidual dos espaços intersticiais do corpo; os vasos então retornam o líquido ao sangue. O Sistema Linfático é essencialmente um sistema de drenagem e não há nenhuma circulação. Os vasos linfáticos são encontrados na maioria dos tecidos e órgãos do corpo, mas estão ausentes no sistema nervoso central, no globo ocular, no ouvido interno, na epiderme, na cartilagem e no osso. Os vasos linfáticos apresentam três camadas semelhantes às das pequenas veias, mas o lúmen é maior. A túnica íntima consiste em um endotélio e uma fina camada subendotelial de tecido conjuntivo. A túnica média contém algumas poucas células musculares lisas em uma disposição concêntrica separadas por fibras colágenas. A túnica adventícia é formada por tecido conjuntivo frouxo com fibras colágenas e elásticas. Eles também possuem um maior número de valvas no seu interior, os vasos linfáticos apresentam-se dilatados e exibem um aspecto nodular ou em colar de contas.

Coração É um órgão muscular que se contrai ritmicamente, impulsionando o sangue no sistema circulatório. Suas paredes apresentam-se constituídas por 3 túnicas: a) Túnica interna ou endocárdio; b) Túnica média ou miocárdio;

c) Túnica externa ou pericárdio (epicárdio)

O coração tem uma porção central fibrosa que lhe serve de ponto de apoio – é o esqueleto fibroso do coração. Observam-se também as válvulas cardíacas e os sistemas gerador e condutor do estímulo cardíaco.
a) Endocárdio: É homóloga a camada íntima dos vasos, sendo, portanto, constituído por endotélio apoiado sobre uma delgada camada subendotelial de natureza conjuntiva frouxa. Unindo o miocárdio à camada subendotelial encontramos um estrato subendocárdio de tecido conjuntivo, onde correm vasos, nervos, e ramos do aparelho condutor do coração.

b) Miocárdio: É constituído por fibras musculares cardíacas, dispostas em camadas, que envolvem as cavidades cardíacas de um modo complexo e espiralado. Grande parte destas camadas se insere no esqueleto cardíaco. No corte histológico: Fibras orientadas em várias direções.

c) Epicárdio: É a membrana serosa do coração, formando o revestimento visceral do pericárdio. Apresenta-se coberto externamente por um epitélio plano simples (mesotélio), apoiado em delgada camada conjuntiva. Apresenta uma camada subepicárdica constituída por conjuntivo frouxo contendo vasos, nervos e gânglios nervosos. É nessa camada que se acumula o tecido adiposo que geralmente recobre certas regiões do coração. O epicárdio corresponde ao folheto visceral do pericárdio, membrana serosa que envolve o coração. Entre o folheto visceral (epicárdio) e o folheto parietal existe uma quantidade pequena de fluído que facilita os movimentos cardíacos.

Camadas do coração

Camadas do coração

Músculo estriado cardíaco (cardiócitos)
O músculo do coração é constituído por células alongadas e ramificadas com aproximadamente 15 μm de diâmetro por 85-100 μm de comprimento, que se prendem por meio de junções celulares complexas. Essas células apresentam estriações transversais semelhantes às do músculo esquelético, mas ao contrário das fibras esqueléticas que são multinucleadas, as fibras cardíacas possuem apenas um ou mais núcleos centralmente localizados. Uma característica exclusiva do músculo cardíaco é a presença de linhas transversais fortemente coráveis, chamados discos intercalares, que são complexos juncionais encontrados na interface de células musculares adjacentes. Essas junções aparecem como linhas retas ou exibem um aspecto de escada. Nos discos intercalares encontram-se três especializações juncionais principais: zônulas de adesão, desmossomos e junções comunicantes.

Regeneração do músculo estriado cardíaco
O músculo cardíaco não se regenera. Nas lesões do coração (infarto), as partes lesionadas são invadidas por fibroblastos, que produzem fibras colágenas, formando uma cicatriz.

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