Com o desenvolvimento da Teoria das placas tectônicas, nos anos 60 é 70 fenômenos como o vulcanismo

Sabemos que a crosta terrestre corresponde à camada superior da Terra, que é formada por rochas em seu estado sólido. Já as camadas inferiores – exceto o núcleo interior, que também é sólido – apresentam-se em uma textura líquida ou pastosa. A grande questão é que a crosta terrestre não se apresenta de maneira contínua ao longo de toda a extensão do planeta. Ela é fraturada em vários “pedaços”, conhecidos como placas tectônicas.

A teoria que aponta a existência das placas tectônicas foi elaborada ao longo do século XX a partir de evidências existentes na Dorsal Mesoceânica, no Pacífico, onde foi apontado o afastamento das áreas continentais. Mas tudo isso veio das premissas da Teoria da Deriva Continental, que indicou o movimento dos continentes, fato que sabemos que acontece ainda nos dias atuais, em um ritmo lento para os olhos humanos, mas relativamente acelerado em termos geológicos.

A litosfera – nome dado para designar toda a porção sólida superior da Terra – é bastante fina em relação ao interior do planeta, de forma que ela foi facilmente rompida ao longo do tempo em função da pressão interna exercida pelo magma. O movimento das placas, resultado dessa ruptura, é continuado em razão da pressão exercida pelas correntes ou células de convecção do magma terrestre. Confira a imagem a seguir:

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Movimento das células de convecção presentes no manto *

Nesse sentido, as placas tectônicas estão movimentando-se, mas nem sempre na mesma direção, o que provoca o afastamento entre elas, em alguns casos, ou a colisão, em outros, havendo ainda os movimentos laterais. Observe a imagem:

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Diferentes movimentações das placas tectônicas

Assim, os movimentos convergentes de obducção envolvem o conflito entre duas placas, mas sem o afundamento de uma sob a outra, provocando a formação de limites conservativos. Um efeito conhecido dessa ocorrência foi a formação da falha geológica de San Andreas, na América do Norte. Já os movimentos convergentes de subducção são responsáveis pela formação de cadeias montanhosas, como a Cordilheira dos Andes, na porção oeste da América do Sul.

Os movimentos divergentes, como o próprio nome sugere, representam as áreas de afastamento entre duas placas tectônicas e a consequente formação de fraturas nessas localidades, onde também o magma solidifica-se e renova a composição dessa crosta.

Além das alterações nas formas de relevo continentais e oceânicas, a movimentação das placas tectônicas também acarreta outros fenômenos geológicos, como a ocorrência de terremotos e também a manifestação dos vulcões. Não por acaso, os principais registros dessas ocorrências manifestam-se nas áreas limítrofes entre uma placa e outra, cujo exemplo mais notório é o Círculo de Fogo do Pacífico, uma área que se estende do oeste da América do Sul ao leste da Ásia e algumas partes da Oceania. Nessa área, os terremotos – e, consequentemente, os tsunamis – são frequentes e intensos.

Ao todo, existem várias placas tectônicas, conforme podemos observar no mapa acima. Em algumas definições, o número delas é maior, pois subdividem-se conceitualmente mais vezes as suas estruturas em razão de suas manifestações internas. As principais placas tectônicas são: Placa do Pacífico, Placa Norte-Americana, Placa de Nazca, Placa do Caribe, Placa dos Cocos, Placa Sul-Americana, Placa Africana, Placa Antártida, Placa Euro-asiática, Placa da Arábia, Placa do Irã, Placa das Filipinas e Placa Indo-australiana.

Créditos da imagem: Surachit e Wikimedia Commons.

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A fragmentação da litosfera terrestre que originou as placas tectônicas.

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Os antecedentes
Talvez uma das maiores descobertas da geociência foi a fragmentação da litosfera terrestre em cerca de 12 partes, não iguais, que se movimentam em direções opostas, (divergente) na mesma direção, ( convergente) ou horizontalmente (transformantes). Esta descoberta começou a ser estudada por Alfred Wegener que em seu livro “The Origins of Continents and Oceans” o qual mostrou evidencias de rochas, de mesma composição, (feições geológicas) e fósseis em diversos continentes, principalmente no Americano e Africano, depois divulgou o que ele chamava de Pangéia um continente unificado. Wegener como sabemos não estava errado na deriva continetal, mas errou em outros aspectos como a velocidade e o que movia os continentes, isso fez com que sua teoria fosse desacreditada pelos cientistas da época.

Se os continentes se moviam. Então que força que fazia eles se moverem? Ninguém até então conseguia descobrir quais forças eram capazes de tal movimento, por exemplo, Wegener acreditava que os continentes se moviam de acordo com a maré, que era regulada pelo sol e lua. Após a segunda grande guerra o homem conheceu melhor o fundo do oceano e com isso cientistas descobriram a Dorsal Mesoatlântica (figura1) e por volta de 1960 dois cientistas postularam a expansão do assoalho oceânico, para eles naquele rifte existia uma força que separava e criava um novo assoalho. Até então os ciêntistas tinham o fenômeno que criava um novo assoalho, mas não tinham o que destruiria, pois se isso não acontece-se os continentes estariam sempre em expansão e em milhões de anos geológicos a Terra estaria totalmente diferente do que vemos hoje. Em 1965 o geólogo J Tuzo Wilson disse pela primeira vez a palavra placa para descrever o a litosfera que forma o globo. Com o avanço da tecnologia pós 2º guerra os estudos foram cada vez sendo mais persuasivos sobre a existência das placas no planeta, eram usados submarinos sondas, aviões e super computadores para época, com isso de varias explorações congressos e reuniões entre a década de 50 e 60 os cientistas adotaram no começo da década de 70 esta teoria para a explicar diversos fenômenos.

A teoria da tectônica de placas


Depois de mais de meio século de pesquisas e análises por volta de 1970 a ciência adotou esta teoria. Segundo a teoria o mundo seria dividido em cerca de 12 grandes placas(figura2) que se movem em cima do manto terrestre lembrando que a terra é dividida em núcleo, manto e litosfera para os geólogos. Hoje sabemos que a grande atividade geológica está nos limites de placas, nelas podemos encontrar vulcões, cadeia de montanhas, terremotos, riftes entre outros, isso ocorre devido a cada tipo de movimento que acontece nos limites estes movimentos são divididos em três categorias: Limite divergente este limite promove um movimento de afastamento das placas provocando uma criação de uma nova litosfera, um exemplo seria a Dorsal Mesoatlântica ali estão se afastando a placa da América do sul e da África ou da America do norte e a Eurasiana nesta grande espinha embaixo do oceano atlântico a uma formação de montanhas e uma intensa atividade vulcânica e sísmica. Limite convergente principal formador de grandes cadeias de montanhas como os Andes e o Himalaia. Nesta categoria temos três tipos diferentes de encontros entre placas, temos o encontro continente-continente formador de Himalaia, o continente-oceano formador dos Andes e por último temos o oceano-oceano neste caso temos as ilhas onde o Japão foi formado como principal exemplo. Limites transformantes são locais onde as placas deslizam horizontalmente um exemplo é a falha de San Andreas nos EUA. Recentemente ocorreu um forte terremoto que devastou a capital do Haiti, Porto Príncipe, ele aconteceu devido um movimento horizontal de duas placas.

O que move as placas? Hoje sabemos que é a convecção do manto terrestre que através da mudança de temperatura faz um movimento cíclico empurrando a placa. Também sabemos que as placas se constroem como na Dorsal Mesoatlantica, mas que também são destruídas, por exemplo, nos Andes estes acontecimentos podemos chamar de reciclagem, pois em um limite se constrói e em outro se destrói. Temos então desvendada a teoria das placas tectônicas sabemos o que as movem e como se reciclam temos uma teoria que hoje é a mais usual para todos os cientistas.

Para Entender a Terra: Press, Frank; Siever, Raymond; Jordan, Thomas; Grotzinger, John : Bookman 2006 4 edição 606 pag.

Publicado por: Thiago Gomes Rios