Quem tem colesterol alto pode comer frango

O pé de frango, ou galinha, é um alimento extremamente nutritivo, e contém um alto teor de vitaminas, colágeno e minerais. Ele é feito apenas de tecidos conjuntivos, ossos, pele, cartilagem e tendões e por essa razão, comer essa iguaria permite que você usufrua de uma ampla variedade de benefícios, que não podem ser encontrados em outras partes do frango.

Esses tecidos conjuntivos contém uma enorme quantidade de colágeno e essa substância é responsável pela construção de tecidos no organismo, como o muscular por exemplo. Como o pé de frango tem uma forte concentração de colágeno, ele é bastante recomendado para quem pratica musculação e quer fortalecer a musculatura e ganhar mais energia.

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Mas será que o pé de frango engorda? A resposta correta é que depende da quantidade ingerida. Se ingerirmos apenas uma pequena porção, o pé de frango não possui um alto valor calórico, no entanto, se consumirmos uma quantidade razoável desse alimento, ele pode sim ser bastante calórico.

Consumo calórico do pé de frango

Não há como saber se o pé de frango engorda sem conhecer a quantidade de calorias que podemos encontrar neste alimento.

De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), uma porção de 100 g de pé de galinha possui 215 calorias, enquanto uma unidade média do alimento contém aproximadamente 75 calorias.

Esses números nos mostram que o fato do pé de galinha engordar ou não está diretamente relacionado com a quantidade ingerida. Se essa quantidade for exagerada, a consequência natural será o ganho de peso. Caso contrário, não há com o que se preocupar em engordar.

Portanto, para quem não quer engordar ou necessita emagrecer, porém gosta de comer pé de galinha, a solução se torna consumir quantidades moderadas do alimento, sempre acompanhado pratos saudáveis, equilibrados e que não contenham muitas calorias, gorduras ruins e açúcares.

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Uma outra dica é evitar consumir o pé de galinho frito, uma vez que toda a gordura da fritura vai acrescentar calorias ao prato.

Aproveite para conhecer no vídeo a seguir os 10 melhores alimentos para baixar colesterol rápido e dicas, segundo nossa nutricionista:

O pé de frango tem colesterol?

Ainda com base no Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, 100 gramas de pé de frango cozido apresentam 84 mg de colesterol em sua composição, o limite máximo diário de consumo de colesterol deve ser de 300 mg.

Portanto, embora os pés de galinha tenham muitos nutrientes, eles também possuem um alto teor de colesterol que pode ser prejudicial para o organismo, e por isso é importante comê-los sem exagero.

A questão da gordura saturada

Essa é uma questão que não podemos deixar de abordar, uma vez que o consumo de gorduras saturadas pode influenciar os nossos níveis de colesterol.

Pois bem, dos 15 gramas de gorduras totais encontrados em 100 gramas de pé de galinha, aproximadamente 4 gramas correspondem às gorduras saturadas, enquanto 5,5 gramas são de gorduras monoinsaturadas e em torno de 3 gramas equivalem às gorduras poli-insaturadas.

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Mas o que é que isso tem a ver com o o colesterol? Bem, a Associação Americana do Coração recomenda limitar a ingestão de gorduras saturadas já que elas podem aumentar os níveis do colesterol ruim e trazer um risco mais elevado de desenvolver doenças cardiovasculares.

Por outro lado, substituir os alimentos ricos em gorduras saturadas por alternativas mais saudáveis pode diminuir os níveis de colesterol e melhorar o perfil lipídico, acrescentou a organização.

A orientação da instituição também sugere limitar o consumo das gorduras saturadas para algo equivalente a 5% ou 6% das calorias consumidas diariamente. Para uma dieta de 2 mil calorias diárias, o ideal é ingerir aproximadamente 13 gramas de gorduras saturadas por dia, que equivale a 120 calorias.

Mas antes que se argumente que os quatro gramas de gorduras saturadas em 100 gramas de pé de frango estão longe do limite diário de 13 gramas de gorduras saturadas para uma dieta de 2 mil calorias, vale lembrar que existe uma série de outros alimentos do dia a dia que também possuem boas quantidades de gorduras saturadas.

Portanto, a recomendação de consumir o pé de frango com moderação também vale em favor dos níveis saudáveis de colesterol.

  • Veja também: Diferença entre gordura saturada e insaturada

Além de saber se o pé de frango engorda

Quem tem o objetivo de manter o peso ou de emagrecer precisa seguir uma dieta que seja saudável, balanceada e nutritiva. Até porque não vai adiantar se privar de comer algumas unidades de pé de frango em uma determinada refeição e abusar das calorias em outras.

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Para quem tem dificuldade em manter uma alimentação balanceada, vale muito a pena contar com o auxílio de um nutricionista, que é o profissional qualificado para prescrever um programa alimentar que irá ajudar a alcançar os objetivos almejados, ao mesmo tempo em que não deixará de oferecer os nutrientes e energia que o corpo necessita para funcionar corretamente.

  • Rethinking dietary cholesterol, National Library of Medicine
  • Dietary cholesterol feeding suppresses human cholesterol synthesis measured by deuterium incorporation and urinary mevalonic acid levels, National Library of Medicine
  • Dietary cholesterol and cardiovascular disease: a systematic review and meta-analysis, National Library of Medicine
  • Eating Chicken Feet: All You Need to Know, Healthline
  • Chicken, feet, boiled, U.S. Depertament of Agriculture (USDA)
  • Dietary cholesterol and heart health: a systematic review and meta-analysis (267.6), Federation of American Societies for Experimental Biology (FASEB)
  • Saturated Fat, American Heart Association
  • The truth about fats: the good, the bad, and the in-between, Harvard Health Publishing
  • Facts about saturated fats, National Library of Medicine

Você já sabia se pé de frango engorda? Conhece alguém que possa confirmar? Comente abaixo!

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Quem tem colesterol alto pode comer frango
Foto: Shutterstock

A carne vermelha, principalmente aquela cheia de gordura, tem sido muito criticada por seu efeito sobre os níveis de colesterol. E levando muitas pessoas a trocá-la pela “carne branca”, como a de porco, frango e peru, para proteger seus corações. Mas será que o frango faz mal também?

Mas, agora, um novo estudo publicado na edição de julho do American Journal of Clinical Nutrition questiona essa ideia. Ele sugere que a carne branca poderia ter o mesmo efeito sobre o colesterol que a vermelha. Isso leva à conclusão de que talvez seja melhor abandonar qualquer tipo de carne o quanto antes e apostar em uma dieta à base de verduras e legumes. Mas será que é isso mesmo? 

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O que o estudo descobriu

Liderada por cientistas do Children’s Hospital Oakland Research Institute (CHORI), nos Estados Unidos, a pesquisa analisou cerca de 100 homens e mulheres saudáveis, ​​com idades entre 21 e 65 anos, durante um período de quatro anos. Os participantes foram divididos em dois grupos. Um grupo seguiu dietas com alto teor de gordura saturada em ciclos de quatro semanas. O outro, durante o mesmo período, ingeriu alimentos com baixo teor de gordura saturada. Em cada ciclo, eles variaram as fontes de proteína entre a carne vermelha e carne branca e proteínas de origem vegetal, como feijão e leguminosas. 

‟Os pesquisadores esperavam encontrar algo no grupo da carne vermelha. Mas ficaram surpresos ao descobrir que os efeitos sobre o colesterol foram idênticos no grupo da carne branca”, disse o principal autor do estudo, Ronald Krauss, diretor de pesquisa de aterosclerose da CHORI.

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Em média, o colesterol LDL – o “tipo ruim” – era cerca de 5% a 6% maior em cada uma das dietas de carne em comparação com a dieta sem carne.

“Isso pode se traduzir em um aumento no risco de doença cardíaca”, disse ele à Runner’s World US. “No entanto, houve uma ampla variação na resposta, de modo que o efeito clínico poderia ser maior para alguns. Em geral, a conclusão é que, se você quiser controlar os níveis de colesterol no sangue, deve priorizar dietas com uma alta proporção de proteína vegetal ao invés de dietas com grandes quantidades de carne vermelha ou carne branca.”

O que o estudo significa para sua dieta

Parece perigoso, mas o que isso realmente significa para adultos saudáveis ​​e ativos que preferem um filé de frango no jantar?

Como em outros estudos nutricionais, você precisa olhar o contexto para entender. 

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‟Com este estudo, é importante ter em mente que os pesquisadores mediram os níveis de colesterol no sangue. E não os incidentes reais de problemas cardíacos ou o desenvolvimento deles. Esses níveis de colesterol são vistos como marcadores de risco, e não uma indicação direta”, disse Stuart Phillips, diretor do McMaster University Centre for Nutrition, Exercise, and Health Research.

Então, frango faz mal?

Apesar de valer a pena prestar atenção no colesterol, Phillips observa que a sua relação com doenças cardíacas e morte não é certeira. Existem muitos outros fatores que contribuem para isso, como o histórico familiar de doença cardíaca.

Quando estudos analisaram a carne vermelha e a carne branca e o risco à saúde, encontraram um quadro diferente. Uma revisão de 13 pesquisas de 2014 concluiu que, embora o consumo de carne vermelha estivesse vinculado a um aumento de 16% no risco de morrer de doença cardíaca, não houve um link no consumo de carne branca ou de carnes em geral. Além disso, uma análise de 2017, publicada no Journal of American Heart Association, descobriu que a carne vermelha e a carne processada estavam ligadas a um aumento de 11% e 17% nas chances de derrame, enquanto a carne branca estava associada a uma redução de 13%.

Então, existe sim uma diferença entre resultados que afetam a saúde diretamente com os que afetam alguns “marcadores” da sua saúde. Contudo, essa não é a única questão pela qual você não deve levar o estudo tão a sério. 

Qual a melhor dieta para a sua performance?

Também há outras limitações dessa pesquisa que você deve considerar, segundo a nutricionista Maya Feller. Como, por exemplo, o pequeno tamanho da amostra e o curto período de tempo. Além do uso de apenas carne de frango e carne bovina. Ao contrário de uma variedade maior, incluindo a de porco, a moída e as aves criadas em granjas. Feller diz que mais pesquisas são necessárias por um longo período de tempo. E com uma variedade maior de tipos de carne para obter uma conclusão mais clara dos efeitos no colesterol.

Mas e quem corre?

‟Outra variável que o último estudo não considerou é o exercício”, acrescentou Phillips. Muita gente diz que nenhum esporte compensa uma dieta ruim. Mas quando se trata de colesterol, isso pode não ser completamente verdadeiro.

Pesquisas anteriores sugeriram que há uma relação direta entre a aptidão física e níveis reduzidos de colesterol. Isso significa que, mesmo que a ingestão de carne aumente ligeiramente os seus níveis de colesterol, seus treinos regulares podem atenuar isso em algum grau.

“Este estudo atual é bom, embora quatro semanas seja pouco tempo quando se quer analisar os efeitos de uma alimentação”, disse ele. “No entanto, tenha em mente que tudo isso pode mudar se estivermos falando de corredores, ciclistas ou levantadores de peso. Basicamente, o exercício perdoa muitos pecados.”

Se você se exercita ou não, a principal lição não deve ser parar de comer carne, segundo Feller. As carnes vermelhas e brancas são ótimas fontes de proteína, um macronutriente vital para a construção e recuperação muscular. O que as pessoas devem considerar é comer mais vegetais. “Se alguém quiser continuar a comer carne, deve ir em frente”, disse Feller. “Mas também é preciso ter uma dieta rica em vegetais.”