Quem estuda direito qual profissão vai exercer

Está muito enganado quem pensa que o profissional do Direito só pode trabalhar como advogado. Esse curso oferece uma grande variedade de profissões e ramos de atuação, desde a carreira pública até a acadêmica ou diplomática.

Para mostrar que nem só de audiências vive o estudante desse curso, listamos abaixo 9 áreas de atuação de Direito. Acompanhe!

Advocacia

Um dos destinos mais comuns e mais conhecidos entre os estudantes de Direito, por meio da advocacia o profissional atuará na defesa dos interesses de seus clientes. Para tanto, o bacharel em Direito deverá ser aprovado no exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e estar em dia com as suas obrigações como inscrito.

Para exercer a profissão, poderá ser funcionário de sociedades ou empresas, constituir seu próprio escritório ou até mesmo prestar serviços como advogado autônomo. Outra opção interessante, e que possibilita ao advogado ter maior flexibilidade de horários e carga de trabalho, é a advocacia de apoio, por meio da prestação de serviços a empresas ou escritórios localizados em outras cidades, de forma remota.

Além da possibilidade de atuar por conta própria, o profissional que opta por trabalhar como advogado poderá entrar em contato com diversas áreas do mercado (Direito Civil, Penal, Ambiental, Tributário, Trabalhista, etc.), já que os seus serviços serão necessários em qualquer tipo de relação, seja entre pessoas ou entre empresas.

Magistratura

Outro sonho de muitas pessoas que cursam Direito é a carreira de juiz, alcançada mediante concurso público. As fases de avaliação são muitas, incluindo prova oral, análise de títulos e período mínimo de atuação na advocacia.

O juiz é o profissional da esfera pública que tem como função julgar conflitos de diversos interesses, dependendo do Tribunal para o qual se candidatar e for nomeado: Estadual, Federal, Trabalhista, Militar ou Eleitoral.

Defensoria pública

Para aqueles que não têm condições de pagar por um advogado, o Estado fornece assistência judiciária gratuita, por meio da figura do defensor público. Esse emprego é alcançado também por meio de concurso público e, assim como a magistratura, envolve várias fases e exige experiência prévia no Direito.

Sua atividade consiste na atuação como advogado para clientes que não têm condições financeiras de pagar os honorários de uma assessoria jurídica particular. Assim, essa é também uma profissão altruísta, por ajudar aos mais necessitados.

Promotoria

O promotor tem como missão defender os interesses da sociedade e do Estado no processo judicial. Exatamente em razão disso, muitos conceituam esse profissional da esfera pública como “fiscal da lei”.

O órgão para o qual trabalhará o promotor será o Ministério Público, com várias ramificações dentre as áreas do Direito (Trabalhista, Militar, Eleitoral e Justiça Comum), nos âmbitos Federal ou Estadual.

Vale lembrar que, por se tratar de um cargo público, o ingresso na carreira também se dá por concurso de provas e títulos.

Procuradoria

A procuradoria de justiça é o cargo que está hierarquicamente acima do promotor de justiça, com atuação em uma instância superior, dentro dos Ministérios Públicos Estaduais. A sua função também é a de defender a sociedade em conflitos que envolvam os seus interesses.

É importante não confundir essa profissão com a posição de procurador da República, equivalente ao procurador de justiça, só que com atuação perante o Ministério Público Federal. Também existe a figura do procurador federal, com a função de representar os interesses jurídicos das entidades federais por meio da Advocacia Geral da União.

Delegacia de polícia

Dentro da polícia, o delegado é o condutor da investigação. Em outras palavras, é ele quem lidera todas as etapas para resolução de um delito, desde a denúncia, passando pelo inquérito, até a ordem de prisão. O delegado realiza, ainda, a administração da Delegacia de Polícia, que poderá ser Civil, Militar, Federal ou até Rodoviária Federal.

Essa é outra carreira cujo ingresso se dá mediante concurso público. Após aprovado no concurso para delegado, o profissional deverá ainda realizar um curso oferecido pela própria Academia de Polícia para se preparar para as suas funções.

Cargos públicos (nível superior)

Além dos cargos públicos citados acima, há outras oportunidades de carreira no Município, no Estado ou na União que têm como pré-requisito a formação em nível superior.

Nesses casos, qualquer curso superior é aceito, mas o candidato formado em Direito terá vantagens em relação aos seus concorrentes. Isso porque a maioria das matérias cobradas nas provas de concurso envolve essa área do conhecimento, como Direito do Trabalho, Direito Administrativo e regimento interno dos órgãos públicos.

Docência

A carreira de professor de universidades e faculdades também é uma alternativa para aqueles que cursam Direito e não querem atuar como advogados ou no setor jurídico de órgãos públicos.

No entanto, só a graduação não será suficiente para alcançar a docência. É preciso obter títulos de mestrado e, preferencialmente, de doutorado e pós-doutorado, para conseguir uma vaga para lecionar no ensino superior.

Para o  aluno que quiser seguir essa carreira, é interessante já ir se preparando durante o curso, participando de colóquios, congressos e projetos de extensão. A monitoria, por exemplo, é uma oportunidade interessante para esse tipo de preparação acadêmica.

Diplomacia

O diplomata é o representante do nosso país em assuntos que interessam às suas relações exteriores. Muitos deles, inclusive, exercem as suas atividades nas embaixadas brasileiras de outros países.  

Para seguir essa carreira, o bacharel em Direito deverá prestar a prova do Instituto Rio Branco, do Ministério das Relações Exteriores Brasileiro, e, após aprovado, passar por um curso de preparação oferecido pela própria instituição.

Apesar de qualquer pessoa com curso superior poder prestar o concurso, aqueles que são formados em Direito saem na frente, porque têm mais afinidade com a legislação e a polícia internacional, matérias cobradas na prova.

Viu como há uma variedade de áreas de atuação de Direito? É por isso que, antes de ingressar em um curso ou ao longo da faculdade, é importante estar atento a todas as informações para a escolha da carreira dos seus sonhos.

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Quem estuda direito qual profissão vai exercer

Quem faz Direito pode ser muita coisa, pois o curso possibilita atuação profissional nas mais diversas áreas.

Talvez pela fama da prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), muitos o associem tão somente à advocacia, ignorando a ampla gama de carreiras possíveis ao indivíduo que o elege como graduação.

O formado em Engenharia é engenheiro, o graduado em Medicina é médico, mas quem cola grau em Direito não é advogado até obter a famosa carteirinha vermelha. Antes disso, é somente bacharel.

Tal linha de raciocínio, ignorada por muitos, permite ao aspirante a esse curso superior enxergar as oportunidades profissionais de maneira mais abrangente, não restrita à advocacia. Siga na leitura para expandir sua perspectiva sobre essas opções!

Quem faz Direito pode ser o quê?

Para quem quer advogar, a lista de ramos de atuação é extensa: Direito Civil, Penal, Empresarial, Ambiental, Trabalhista, Tributário, Militar, Eleitoral, do Consumidor e por aí vai.

Além disso, existem as inúmeras subdivisões dentro desses campos: Compliance, Direito Contratual, de Família e Sucessões, Mercado Financeiro e Aquisições em diante.

Mas não tem problema se você ainda não se encontrar em nenhuma dessas especialidades ou não quiser advogar, pois existem várias outras vertentes esperando pelo bacharel em Direito.

Ressalta-se que as 4 opções a seguir exigem aprovação em concurso público para o exercício da profissão, exceto o cargo de professor em instituição de ensino privada.

Esse meio de ingresso na vida pública é muito difundido no Brasil e cobiçado em razão das altas remunerações, elevando o número de concorrentes.

Embora seja difícil conseguir uma vaga e as instituições não realizem certames todos os anos, a existência de muitas delas nos quatro cantos do país proporciona certa regularidade aos concursos de determinado seguimento.

O nível das provas e os requisitos variam de uma carreira para a outra — alguns demandam tempo mínimo de prática jurídica, outros têm limite de idade e teste físico — mas todos requerem nível superior completo em Direito.

Delegado de polícia

O servidor público em questão trabalha na Polícia Civil ou Federal, conhecidas pelo caráter investigativo de sua atuação. Entre suas funções estão:

  • presidir o inquérito policial;
  • administrar as delegacias e coordenar a equipe;
  • cumprir ordens judiciais de prisão;
  • registrar queixas e ocorrências;
  • investigar crimes.

É comum estudantes de Direito com forte interesse no Direito Penal seguirem para as carreiras policiais, cuja rotina de trabalho é imprevisível e dinâmica. Um delegado da Polícia Federal recebe salário de cerca de R$ 22.500,00.

Ministério Público

Esse órgão faz parte das Funções Essenciais à Justiça, que não pertencem ao Judiciário mas, por provocá-lo, são essenciais no exercício de suas atividades.

O promotor de justiça defende interesses sociais e individuais nas áreas cível e penal. Na primeira, é responsável por instaurar inquéritos civis e promover a ação civil pública, fiscalizar a probidade administrativa e defender interesses ligados à saúde, crianças e adolescentes, idosos e pessoas com deficiência.

Na esfera criminal, o promotor representa o Estado na defesa da vítima de um latrocínio, por exemplo. Ele requer investigações e instauração de inquérito policial, combate crimes, verifica a execução das penas e condições prisionais.

A responsabilidade do cargo é grande, proporcional ao seu impacto na sociedade e remuneração, em torno de R$ 22.000,00. Não confunda o cargo com o de juiz: enquanto essa figura é responsável por julgar processos, os promotores de justiça os promovem.

Carreiras jurídicas

Para quem não quer ser magistrado mas tem a intenção de trabalhar nos Tribunais, há o cargo de analista judiciário. Esse profissional pode atuar como oficial de justiça (AJOF) ou especialista na área judiciária (AJAJ), vagas exclusivas aos bacharéis em Direito.

O AJAJ trabalha em gabinetes de juízes, ministros e desembargadores ou em varas especializadas, produz pareceres e minutas de decisões, analisa os processos com profundo fundamento jurídico e realiza as atividades cartorárias.

Já o AJOF desenvolve suas funções na rua, citando, notificando e intimando as partes e testemunhas, realizando avaliações, penhoras, buscas e apreensões.

Os vencimentos mensais variam entre os Tribunais, ficando a princípio em torno de R$ 11.000,00 para o analista judiciário da área judiciária e R$ 12.500,00 para o analista judiciário oficial de justiça.

Carreira acadêmica

Muitos universitários, ainda durante o curso, vão se identificar com a rotina acadêmica: pesquisa, escrita de artigos e textos científicos, participação em congressos e nos bastidores da faculdade.

Os estudiosos da área tendem a projetar suas especializações ainda durante a faculdade, pensando em Mestrado e Doutorado, profundamente atraídos pela ideia de continuarem na universidade após o fim da graduação dando aulas.

A média salarial é extremamente variável em razão do cargo (professor-assistente, auxiliar, substituto ou titular) e da instituição de ensino superior (pública, estadual ou federal, e privada). Contudo, estima-se um ganho médio mensal de R$ 13.600,00 para essa categoria nas universidades federais.

Direito e tecnologia: como ficar preparado?

Depois das Revoluções Industriais ocorreu uma outra, a tecnológica. A era digital já começou e avança rumo a um futuro que vai cobrar cada vez mais dos profissionais: não se atualizar os faz perder espaço no mercado.

Existem hoje as LawTechs, empresas de tecnologia voltadas ao setor jurídico capazes de otimizar os resultados da área. Entre os vários serviços oferecidos é possível citar a automação de documentos e a jurimetria — estatística que ajuda as empresas a preverem perdas em processos judiciais, evitando condutas e promovendo negociações.

Outro tópico promissor ao estudante de Direito é a Internet das Coisas. Imagine: em um futuro próximo, sua geladeira vai fazer sua lista de mercado sozinha; será possível monitorar persianas, luzes e aparelhos eletroeletrônicos de sua casa a distância.

Se questões bioéticas já suscitam discussões fervorosas atualmente, imagine quando o ser humano for biônico, com órgãos e membros robotizados. Parece uma realidade muito distante, mas veja o quanto já evoluímos só no século XXI.

A quantidade de informações geradas pelos eventos e integrações na internet das coisas vai revolucionar as profissões jurídicas, principalmente o Direito Digital, exigindo profissionais capacitados para lidar com questões novas, carentes de legislação, sem resolução ou embasamento norteador das cortes superiores.

Por que fazer Direito?

Além das inúmeras opções de carreiras específicas aos bacharéis em Direito, existem várias outras não restritas a eles, mas que os favorece em razão do conhecimento técnico adquirido no curso.

Conciliadores, mediadores e árbitros promovem a resolução alternativa de conflitos, evitando ou acabando com demandas no Judiciário, e administradores judiciais são nomeados pelo juiz para coordenar o processo de falência das empresas.

Nessa toada existem ainda os cargos de diplomata e consultor legislativo (assessor de vereadores, deputados e senadores).

Em todas essas carreiras o graduado em Direito leva vantagem, pois seu ensino superior é baseado nas leis do ordenamento jurídico e atendimento aos interesses sociais.

Raramente um concurso público deixa de contemplar ao menos uma legislação em seu conteúdo programático, exigindo do candidato domínio no assunto e ressaltando o quanto esse tipo de conhecimento é apreciado.

“Quem faz Direito pode ser o quê?”. Viu só as múltiplas respostas a essa pergunta? O mercado de trabalho oferece uma infinidade de oportunidades, inclusive, mas não somente, a advocacia. Não se preocupe em definir sua carreira antes mesmo de entrar na faculdade, mas abra os olhos para enxergar além das opções óbvias do curso. Investir em uma ótima instituição de ensino faz você largar na frente.

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