Qual a importância do empreendedorismo para a economia

Muitas vezes ouvimos que o empreendedor ajuda no desenvolvimento do país, mas é difícil exagerar o quão vital o empreendedorismo é para a economia em geral. A atividade empreendedora, ou seja, a criação de novos negócios, é o que sustenta as economias locais , o que sustenta o PIB do nosso país e que ajuda o crescimento do mercado de ações.

Então, por que o empreendedorismo é um motor tão poderoso de desenvolvimento econômico?

Na verdade, é mais complexo do que você imagina. O empreendedor ajuda no desenvolvimento do País, veja por que o empreendedorismo é o motor do desenvolvimento econômico do nosso país:

Pequenas empresas, novos negócios e crescimento do emprego

Em primeiro lugar, as evidências sugerem que as pequenas empresas criadas por empreendedores são desproporcionalmente responsáveis ​​pelo crescimento do emprego. As pequenas empresas criam mais de 1,5 milhão de empregos anualmente nos Estados Unidos, o que se traduz em 64% do crescimento total de novos empregos.

Por que os novos empregos são tão importantes? O crescimento econômico depende parcialmente do crescimento do emprego. Mais empregos disponíveis levam a mais pessoas trabalhando, e mais pessoas trabalhando levam a um PIB mais alto. Além disso, mais pessoas têm renda recorrente e podem sustentar melhor suas famílias.

Isso também pode criar uma espécie de cascata de empreendedorismo; mais pessoas trabalham, têm a oportunidade de economizar dinheiro e podem abrir seus próprios negócios.

O Empreendedor Ajuda no Desenvolvimento do País e Influência em Outros Negócios

Também é importante notar que uma pequena empresa emergente também impactará sua comunidade local de outros proprietários de negócios.

Por exemplo, uma vez que sua empresa comece a operar, você pode querer pagar uma empresa de marketing local por serviços de marketing digital ou contratar fornecedores locais para obter as matérias-primas de que precisa.


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Com efeito, uma única empresa pode ajudar a sustentar dezenas de outras, resultando em uma onda de desenvolvimento econômico de gastos.

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Inovação e tecnologia

Os empreendedores também são inovadores. Alguns dos empreendedores mais notáveis ​​de nossa era foram gênios da tecnologia que nos apresentaram conceitos e serviços totalmente novos.

Considere o impacto do Google, Amazon e Facebook no mundo; essas empresas quase não existiam (ou não existiam) há apenas 20 anos. Agora, cada uma dessas empresas oferece uma abundância de ferramentas que outras empresas podem usar para operar de forma mais eficaz, alcançar mais pessoas e ganhar mais dinheiro.

Quando um empreendedor inova, o mundo inteiro se beneficia. Com taxas mais altas de empreendedorismo, vemos o lançamento de mais novas tecnologias e nossa produtividade coletiva continua a crescer.

Desafiando empresas existentes

Quando as empresas ficam maiores e mais velhas, elas tendem a ficar estagnadas. Funcionam como megaburocracias, perdem eficiência e não inovam mais; em vez disso, eles oferecem o que já sabem e entendem. Ou seja, eles se tornam grandes, lentos e estagnados.

Por outro lado, as empresas jovens lideradas por empreendedores ambiciosos são ágeis e estão em constante adaptação. Eles se tornam competidores ferozes rapidamente e, por causa disso, obrigam as grandes empresas a mudar. Até mesmo as megacorporações devem se tornar mais ágeis e se esforçar para inovar para acompanhar o ritmo, e isso tem um profundo impacto positivo na economia em geral.

Risco financeiro e potencial de investimento

Novos negócios não beneficiam apenas as pessoas que os criaram. Ou seja, eles também beneficiam todos os que investem neles. Investidores-anjo, capitalistas de risco e outros investidores de primeira linha podem ganhar muito dinheiro escolhendo os empreendedores e modelos de negócios certos nos quais investir.

E mesmo os investidores médios podem cultivar riqueza investindo em negócios em estágio inicial, isto é, prontos para o crescimento.

As desvantagens

Ao longo deste artigo, estudei os benefícios econômicos do empreendedorismo. Mas há algum efeito econômico generalizado que seja negativo?

  • Interesse empresarial mínimo. Em primeiro lugar, nosso crescimento econômico depende, de certa forma, do interesse empresarial. Se ninguém quiser abrir um novo negócio, então os benefícios tendem a desaparecer.
  • O risco de fracasso. Nem todos os empreendedores são bem-sucedidos. Na verdade, quase metade dos negócios faliu nos primeiros cinco anos de operação . Perder um grande investimento e ver o colapso de uma empresa pode ter um efeito negativo significativo sobre o indivíduo.
  • Eventos cataclísmicos. O empreendedorismo e o crescimento dos negócios em geral são vulneráveis ​​a eventos cataclísmicos que mudam o funcionamento da economia. Por exemplo, em meio a uma pandemia ou colapso econômico, todo o ambiente de negócios pode mudar.
  • Problemas de crescimento a médio prazo. Novos negócios consistentemente adicionam empregos nos estágios iniciais de desenvolvimento, mas também tendem a perder empregos quando atingem o crescimento de médio prazo, quando começam a refinar as operações.
  • Dependência de regulamentações mínimas. Muito do nosso crescimento econômico depende de um cenário que favoreça os empreendedores – e isso significa regulamentações governamentais mínimas.

Muitas pessoas se tornam empreendedoras porque sonham em se tornar bilionárias ou porque amam a ideia de estar no comando.

Mas também há aqueles que estão motivados porque desejam ser uma força motriz econômica. Eles querem criar novos empregos, inovar novas tecnologias e ajudar a nos impulsionar.

Precisamos fazer o que estiver ao nosso alcance para apoiar todos os empreendedores e assim, continuar ajudando nossa economia a prosperar – mesmo em períodos de dificuldade.

Por André Granado, da KodeUp

Ao analisarmos o cenário econômico brasileiro, vemos duas sinalizações: a primeira é de que o pior da crise ficou para trás. A segunda é de que os pequenos negócios são os primeiros a sentir os efeitos de uma grande crise, mas também são os primeiros a conseguir se recuperar, inclusive pela sua estrutura mais enxuta. É por isso que é tão importante a criação e manutenção de políticas públicas que incentivem esse segmento.

As micro e pequenas empresas continuam sendo as grandes responsáveis pela geração de empregos no Brasil. De acordo com levantamento feito pelo Sebrae, com base nos dados do Caged, do Ministério da Economia, das 372,2 mil novas vagas de trabalho criadas, em agosto, os pequenos negócios foram responsáveis por 265,1 mil, o que corresponde a cerca de sete em cada dez novos postos de trabalho abertos no Brasil no período. Esse é o oitavo mês consecutivo em que houve um saldo positivo em emprego para grandes empresas, PMEs e também no setor público.

No acumulado do ano, as micro e pequenas empresas figuram com aproximadamente 70% dos postos de trabalho gerados no país. Dos 2,2 milhões de vagas criada nos oito primeiros meses de 2021, mais de 1,5 milhão são dos pequenos negócios, contra 507 mil das médias e grandes empresas. Quando comparado com o mesmo período do ano passado, os dados do Caged revelam uma recuperação da economia e da criação de empregos no Brasil.

Entre janeiro e agosto de 2020, o saldo de empregos gerados pelos pequenos negócios havia sido negativo, com o encerramento de 524,3 mil vagas e as médias e grandes haviam fechado um pouco mais de 466 mil empregos.

O setor de Serviços, um dos mais impactados pela pandemia do coronavírus, foi o responsável por cerca de 46% das vagas de empregos dos pequenos negócios, contratando 119,3 mil trabalhadores, quase o dobro das contratações feitas pelas médias e grandes empresas de Setor que, em agosto, abriram 60,8 mil novos postos de trabalho.

Neste contexto, é imprescindível reconhecer o empreendedorismo e as pequenas e médias empresas como forças capazes de contribuir diretamente para a retomada, promovendo a geração de empregos e renda Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil encerrou o segundo trimestre com 14,4 milhões de desempregados. Parte desse enorme contingente, com dificuldades para se recolocar, tem visto na montagem do próprio negócio a tábua de salvação.

O caminho para um Brasil mais próspero passa pelo apoio aos pequenos negócios, pois são estes 99% das empresas do país e respondem por 29,5% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, além de representarem 54% dos empregos formais. Economias sólidas passam por um empreendedorismo forte.

Por Maurício Pedro, gerente do atendimento corporativo do Senac São Paulo, e Valquiria Monte Cassiano Rizzo, coordenadora do Grupo Empreendedorismo, Sustentabilidade e Inovação do Senac São Paulo

Estudo Empreendedorismo Jovem no Brasil, feito pelo Sebrae com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) no IBGE no 2° trimestre de 2021, mostra que somente 6,8% dos empreendedores brasileiros eram jovens entre 18 e 24 anos, o que corresponde a 1,9 milhão de pessoas. O levantamento também revela que vem ocorrendo uma queda da participação desse público no empreendedorismo nos últimos 5 anos. Em 2016, eles correspondiam a 7,2% dos empreendedores brasileiros e, no ápice da pandemia, a participação deles caiu para 5,8%.

Como se diz por aí, contra fatos não há argumentos. A pandemia do novo coronavírus afetou o mundo todo, considerando os aspectos sociais, econômicos e políticos, acentuando o desemprego e as dificuldades para abertura de novos negócios.

A faixa etária a qual nos referimos acabou sendo fortemente afetada por alguns motivos, sendo alguns deles: o cenário incerto (para todos), a inexperiência, a falta de incentivo financeiro e de incentivo para a capacitação, o que os impediu de se arriscarem a empreender.

Nesse contexto, a importância do empreendedorismo é incontestável para impulsionar a economia do país, pois fomenta a geração de novos trabalhos, cria produtos e serviços para o mercado e estimula o surgimento de soluções inovadoras para diversos setores. E, para que ele ocorra, são necessários: atitude aliada à educação empreendedora e uma boa rede de apoio – ecossistema empreendedor -, fazendo com que o jovem tenha as ferramentas necessárias para empreender.

Educação acelera o processo

Há instituições educacionais que ajudam os jovens a serem protagonistas da própria trajetória profissional, criando oportunidades, estimulando a difusão e a aplicação dos conceitos de empreendedorismo de forma prática. Além de se preocuparem em oferecer conteúdo gratuito e bolsas dentro do portfólio, ajudam a desenvolverem competências técnicas e emocionais de forma transversal como marcas formativas, o que também são fontes de capacitação para quem quer mergulhar no universo do empreendedorismo.

Buscar uma educação que dialogue com as competências do mundo do trabalho é caminhar no sentido de reverter os índices apontados pela pesquisa do Sebrae, ressaltando a relevância do autoconhecimento, da educação empreendedora, de estudar o mercado e se conectar com uma rede de apoio local.

Competências para o jovem empreendedor

Segundo o relatório The Future of Jobs 2020 do Fórum Econômico Mundial, do Fórum Econômico, 50% das habilidades profissionais devem mudar nos próximos cinco anos e há destaque para algumas delas, sendo a criatividade, a flexibilidade, o julgamento e a tomada de decisão. Essas competências estão muito conectadas às características empreendedoras.

As instituições educacionais, empresas, e iniciativas públicas devem se aproximar cada vez mais para que, juntas, estimulem o desenvolvimento desses jovens de modo que consigam conquistar as melhores oportunidades de trabalho, abrindo espaços de diálogo e de mentorias.

Há um trecho de uma letra de Gonzaguinha que diz: “Eu vou à luta com essa juventude/Que não corre da raia a troco de nada/Eu vou no bloco dessa mocidade/Que não tá na saudade e constrói/A manhã desejada”. Acreditar na potência do jovem como solução para um mundo próspero e sustentável é algo que não podemos abrir mão, já oportunizar condições para que os jovens floresçam é uma obrigação que cabe a conjunção entre público e privado.

E a escola é um caminho que deve servir de esteio para que esses jovens se tornem a potência que acreditamos e queremos para um futuro melhor. E como diz o mestre da imaginação, mas sobretudo, da realização, Walt Disney, “Todos os seus sonhos podem se tornar realidade se você tiver a coragem de persegui-los”.