O que é uma recessão econômica como você a representa através de um diagrama de ciclo de negócios

A retração da economia por um período prolongado é o que configura uma recessão econômica.

Diante de uma situação como essa, é importante entender os fatores relacionados a retração e quais são as estratégias que podem ajudar a reerguer a situação do país. Então, se você quer saber mais sobre o assunto e ficar por dentro de tudo, continue com a gente.

Confira, a seguir, o que é recessão econômica, o que isso significa na prática, como afeta as reservas de dinheiro de todos nós e muito mais. Aproveite!

O que é recessão econômica?

De forma mais objetiva, a recessão econômica é uma queda do PIB que se mantém por, pelo menos, dois trimestres consecutivos em um país. Com isso, toda a economia acaba sentindo os impactos e se retraindo, afetando os índices de produção, de consumo e, até mesmo, de desemprego, colocando muitas famílias em situação de vulnerabilidade.

O termo recessão, isoladamente, significa um retrocesso em relação a alguma coisa. Por isso, quando o associamos à economia de um país, na verdade, estamos fazendo menção a um declínio econômico expressivo e, de certa forma, duradouro.

O que isso significa, na prática?

Imagine que todo o dinheiro contido em um país começa a ser “segurado” pelas pessoas. Em meio a uma recessão, a tendência é de que as pessoas economizem mais, ou seja, gastem menos do que ganham. Por isso, todos os setores do mercado experimentam uma desaceleração: comércio, indústria e serviços.

Com menos dinheiro em circulação, as empresas têm menos condições de reinvestir nas suas atividades, portanto, com menos demanda, menor produção. A queda na produção acaba diminuindo a disponibilidade de produtos no mercado, o que reduz as vendas e, consecutivamente, a lucratividade dos negócios. Sem lucros, os preços sobem.

Nessa sequência, a população (que já está descapitalizada) fica com condições menores de adquirir certos itens. Isso acentua os resultados negativos para as empresas, que passam a enfrentar dificuldades financeiras e começam a cortar custos, principalmente, demitindo seu pessoal.

Em resumo, as pessoas perdem os seus empregos e experimentam uma queda expressiva na renda familiar. Isso resulta em ainda menos poder de compra e uma situação cada vez mais agravante. Portanto, é preciso agir rápido sobre situações de recessão econômica.

Como isso afeta as reservas de dinheiro, as aplicações e os investimentos?

O que é uma recessão econômica como você a representa através de um diagrama de ciclo de negócios

Uma recessão econômica é, acima de tudo, uma falta generalizada de dinheiro em toda uma nação. Trata-se de um desequilíbrio no mercado. Inevitavelmente, isso afeta a disponibilidade de recursos financeiros, de aplicações financeiras e investimentos.

Sem dinheiro para economizar e fazer sobrar por mês, muitas pessoas e empresas param de investir mensalmente. Isso diminui consideravelmente o capital das organizações e agrava ainda mais a crise. Logo, uma empresa que contava com a injeção de recursos de investidores passa a ter que enfrentar o mercado com seus recursos e capital próprio.

Quais são as consequências de uma recessão econômica?

Quando uma recessão econômica acontece, ela acaba afetando toda a sociedade, inclusive, o bolso dos brasileiros. Na realidade, existe uma série de consequências que podem ser percebidas imediatamente quando esse tipo de situação se apresenta. Você pode conferir as principais, a seguir:

  • Aumento do desemprego: com a economia retraída, é natural que as empresas busquem reduzir os seus custos e uma das primeiras estratégias é a demissão de pessoal;
  • Diminuição da renda da população: com menos empregos, a população perde suas fontes de receita, o que afeta diretamente a média da renda familiar dos brasileiros;
  • Queda do consumo: a redução da renda e dos empregos, em geral, afeta diretamente o poder de compra dos consumidores, o que diminui, inclusive, as vendas;
  • Redução da atividade industrial: as importações e exportações também sofrem o impacto de uma recessão econômica, fazendo com que as indústrias reduzam seu ritmo produtivo;
  • Retração do setor de serviços: com todo o mercado diminuindo suas atividades, o setor de serviços também experimenta esse efeito.

Dessa maneira, quando uma recessão econômica acontece, as consequências são percebidas em cascata. Todos os setores são afetados e, com isso, se não houver um bom plano de contenção de danos, todo o país sofre.

Como atuar para superar esse momento?

Para superar esse tipo de situação e alcançar uma recuperação, é preciso investir em algumas medidas que sirvam para minimizar os impactos na economia causados pela retração do mercado. Um primeiro passo importante é contar com a boa vontade do governo para adotar medidas urgentes, ainda que pareçam um pouco radicais em um primeiro momento.

Fortalecer o setor industrial é uma das estratégias que mais costumam funcionar para retomar a economia de um país. Indiretamente, essa é uma maneira de fomentar também o setor de serviços, fazendo com que esses segmentos voltem a girar em conjunto.

Isso impacta diversas áreas, como a de transporte, comércio, alimentação, entretenimento e assim por diante. A ideia é estimular o consumo das pessoas, para aumentar a demanda por produtos e serviços, criar novas vagas de emprego e, assim, oxigenar novamente as movimentações de dinheiro.

Medidas como a redução de taxas de juros também são interessantes para estimular o consumo e facilitar o crédito para a população, gerando renda de forma rápida e eficiente. Isso, no entanto, é algo que depende basicamente da disponibilidade do governo em criar soluções que facilitem a vida do consumidor e, consequentemente, dos empresários.

Como se preparar para enfrentar uma recessão econômica?

Não existe preparação para evitar uma recessão econômica. A verdade é que você, como pessoa física ou jurídica, está à mercê do que ocorre em todo país. Nesse sentido, você não conseguirá, simplesmente, nadar contra a corrente. O que você pode fazer é montar uma estratégia para minimizar os impactos durante esse período.

A medida mais eficiente e inteligente para isso é a criação de uma reserva de emergência, que deve cobrir entre seis e 12 meses dos seus custos. Dessa maneira, ainda que haja uma retração rigorosa, você conseguirá manter o seu padrão de vida por um bom tempo.

Além disso, é interessante considerar montar uma carteira de investimentos diversificada, que ajude a fomentar a economia enquanto as coisas estão bem e que, ao mesmo tempo, dê certo respaldo financeiro a você, caso elas saiam de controle. Sendo assim, você garantirá bons resultados, mesmo em meio às crises.

Enxugar seus gastos e despesas também é uma boa. A dica é simples: viva sempre com menos do que sua condição financeira permite. Dessa maneira, você sempre fará sobrar dinheiro ao fim de cada mês e conseguirá fazê-lo trabalhar a seu favor.

Quais são as melhores opções de investimento nesse momento?

Investir em um momento de crise é algo delicado e que exige conhecimento de mercado. Por isso, nossas dicas são: estude e conte com a ajuda de especialistas, se quiser sobrepor as dificuldades na economia.

Você precisará conhecer a fundo os tipos de investimento que pretende fazer e, principalmente, as empresas e instituições nas quais pretende aplicar. Saber sobre seu histórico e descobrir como ela saiu das últimas recessões econômicas é primordial para descobrir se ela terá condições de se recuperar novamente.

Com todas essas informações, você está pronto para encarar uma recessão econômica. Siga-nos no Instagram e LinkedIn e acompanhe todos os nossos conteúdos!

O que é uma recessão econômica como você a representa através de um diagrama de ciclo de negócios

A atividade econômica do país num determinado período influencia significativamente a taxa de desemprego que ele possuirá.

Em momentos de forte crescimento do PIB, as empresas vendem cada vez mais e precisam de maior contingente de trabalhadores para dar conta da produção necessária para suprir a demanda. Por causa disso, nesses períodos, a taxa de desemprego tende a ser mais baixa do que normalmente.

Especificamente, nessa situação, as empresas estão abrindo novas vagas e buscando trabalhadores a um ritmo que supera o de demissões. No diagrama do cartão anterior, a seta verde é mais forte do que a seta vermelha, o que implica uma taxa de desemprego baixa.

Quando o país passa por um período de recessão, com crescimento do PIB muito baixo ou até mesmo negativo, as empresas conseguem vender menos bens e serviços, necessitando, assim, de menor quantidade de trabalhadores para produzi-los. Desse modo, as empresas, em geral, contratam pouco. Há também nesse caso muitas demissões de funcionários que não valem a pena ser mantidos, frente à má situação das vendas. Essa, evidentemente, é a situação pela qual o Brasil está passando neste ano de 2015. Aqui o raciocínio se inverte: o fluxo de empregados perdendo emprego é maior que o de desempregados encontrando emprego – a seta vermelha é mais forte que a verde. A taxa de desemprego é, assim, elevada. Na verdade, a taxa de desemprego tende a reagir com certa defasagem ao ciclo econômico. Especificamente, se a economia inicia um ciclo de crescimento do PIB hoje, o desemprego demora um pouco para iniciar seu declínio. Por quê? Há custos associados à contratação de trabalhadores. As firmas reagem inicialmente ao aumento da demanda, elevando o número de horas trabalhadas de seus empregados (por exemplo, com horas extras). Depois de um tempo, quando essa margem se esgota, passa a ser necessário contratar pessoas para ampliar ainda mais a produção, fazendo com que a taxa de desemprego finalmente comece a diminuir.

Além disso, no início do ciclo de expansão, algumas pessoas que estavam desalentadas podem retornar ao mercado de trabalho, por haver mais oportunidades. Mas elas não encontram emprego de imediato. Inicialmente, tornam-se desempregadas. Só depois de um tempo passam para o time dos empregados. E, isso, contribui para que, num primeiro momento, a taxa de desemprego não caia (na verdade, pode até subir, se esse efeito for muito forte) e só passe a se reduzir depois de algum tempo.