O hemocentro de uma determinada cidade estava necessitando de doações de sangue para repor o estoque

A Fundação Hemominas adota como critérios básicos para avaliar quem se encontra ou não apto a doar sangue aqueles estabelecidos pelo Ministério da Saúde e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgãos responsáveis pela legislação nacional de hemoterapia. Além desses, a Hemominas observa outros critérios, fundamentados em literatura nacional e internacional, visando à proteção e segurança de doadores e receptores.

Neste sentido, cabe esclarecer as dúvidas mais frequentes sobre o assunto. Algumas situações, pela sua natureza mais delicada, somente podem ser discutidas com o profissional responsável pela triagem do candidato à doação. O candidato é entrevistado por um profissional de saúde, que faz algumas perguntas de caráter pessoal e íntimo. As informações prestadas são mantidas em rigoroso sigilo. A Hemominas não discrimina ninguém, mas existem doenças que podem ser transmitidas pelo sangue e que, às vezes, não podem ser totalmente evitadas com a realização dos exames laboratoriais de triagem do sangue, já que existe um período no qual as infecções nem sempre são detectadas nos exames. 

Para consultar os critérios, verifique sempre todos os fatores associados: exames e procedimentos realizados, diagnóstico e tratamento realizados. Prevalecerá sempre o maior tempo de inaptidão. Vale lembrar, também, que estas normas são submetidas à revisão periódica. Verifique-as sempre que desejar doar sangue.

Mas você pode continuar ajudando a salvar vidas: incentive pessoas que você conheça a realizar uma doação de sangue. Sua atitude pode promover mudanças significativas na sociedade e na vida de quem precisa de sangue.

ATENÇÃO  

A Hemominas atua de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) nº 13709/2018. Informamos que não solicitamos dados pessoais, como RG e CPF, por telefone.

Se alguém recorre aos serviços da Hemominas exclusivamente para fazer exames, não deve doar sangue. Procure o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) de sua cidade, através da Prefeitura ou Secretaria Municipal de Saúde. Em Belo Horizonte, o telefone do CTA é (31) 3277-5757.

Entrada e permanência de menores no ciclo do sangue

A Fundação Hemominas se preocupa com a segurança das crianças. Se alguma delas vier com o doador no dia da doação, é necessário trazer um outro adulto para acompanhá-la, uma vez que não são recomendáveis a entrada e permanência de menores de 16 anos na área do ciclo do sangue (sala de coleta). Dessa forma, o menor poderá permanecer na sala de espera com o acompanhante, enquanto durarem os procedimentos. Com isso, a Fundação resguarda seu compromisso com a segurança do paciente e do doador, atenta à preservação de ambiente compatível com as melhores práticas de saúde, como recomendam as estratégias e ações de gestão de risco constantes na RDC 36/2013 (artigo 8, alíneas XI e XVII) e RDC 34/2014, do Ministério da Saúde / Anvisa.

As informações a seguir se destinam a esclarecer candidatos com história clínica. Doadores considerados inaptos pelos exames laboratoriais na Fundação Hemominas devem seguir a orientação recebida na entrega dos exames de segunda amostra.

Não vale desistir

Quem não pode doar, de imediato, pode voltar em outra oportunidade.

A Hemominas conta com a solidariedade de todos.

Alimentação
Para doar sangue o candidato não poderá estar em jejum. Se for doar pela manhã, fazer uma refeição leve, sem gorduras, como café, bolo, pão, cereais e frutas. Após almoço, jantar ou refeições com conteúdo mais gorduroso deve-se aguardar três horas para efetuar a doação. Após refeições gordurosas ou copiosas será necessário aguardar quatro horas. Refeições com elevado índice de gordura, como a feijoada, podem interferir na execução dos exames; assim, sugerimos que nesta situação a doação seja realizada no dia seguinte.

Hidratação
A ingestão de líquidos em volume maior bem antes e depois da doação é muito importante. Uma boa hidratação torna mais fácil a punção venosa e reduz a ocorrência de reações adversas.

Documentos
Para doar sangue é necessário apresentar um documento original e oficial de identidade que contenha foto, filiação e assinatura: Carteira de Identidade, carteiras de Conselhos de Classe reconhecidos oficialmente, Carteira de Trabalho, Certificado de Reservista, Carteira Nacional de Habilitação. Podem ser apresentados documentos digitais que possam ser verificados, desde que tenham assinatura para conferência.

Estado geral
O candidato à doação deve comparecer em condições plenas de saúde. Assim, se estiver apresentando qualquer sintoma, mesmo que leve, deverá aguardar a melhora para então procurar uma unidade de coleta. Lembrando que a doação é um gesto que permite salvar vidas, mas que não deve e não pode prejudicar a saúde do doador. 

Frequência cardíaca / pulso
Serão avaliados pelo médico. Devem ser regulares e estar entre 50 e 100 batimentos / pulsação por minuto. Fora destes limites, apenas a critério médico.

Idade
Podem doar sangue pessoas entre 16 e 69 anos. Pessoas com mais de 60 anos somente poderão doar caso já tenham realizado uma doação antes dos 60 anos, independente do sexo, e devem respeitar o intervalo mínimo de seis meses entre as doações. Se você doou em outro serviço de hemoterapia, apresente um comprovante para poder doar.

Atenção, se o candidato à doação de sangue tem entre 16 e 17 ou mais de 60 anos, é  importante conhecer as Normas e documentos necessários para doação de sangue. 

Intervalo entre doações

Mulheres
Podem doar sangue com um intervalo de 90 dias entre uma doação de sangue total e outra, até no máximo três vezes em um período de 12 meses.

Homens
Podem doar sangue com um intervalo de 60 dias entre uma doação de sangue total e outra, até no máximo quatro vezes por ano.

Nutrição
O candidato a doador deve se encontrar em boas condições nutricionais, a fim de que seu organismo possa responder adequada e prontamente à doação de sangue. O sangue doado é rapidamente reposto, a partir das reservas de líquido, vitaminas e minerais do corpo. Por isso, caso haja algum déficit proteicocalórico ou vitamínico, deve-se aguardar a normalização do estado nutricional para doar sangue. Caso se observe uma perda rápida de peso acima de 10% do peso inicial, é preciso aguardar três meses após a estabilização para a doação de sangue, mesmo que não se tenha utilizado medicamentos. Se houver perda de peso, sem que a pessoa tenha se submetido a dietas ou condicionamento físico, recomenda-se uma avaliação médica para averiguar o motivo.

Peso
A doação de sangue é realizada considerando-se um volume máximo por quilo de peso. Para mulheres, o volume máximo é de 8 mL/Kg e, para os homens, 9 mL/Kg. A coleta é também proporcional ao volume de anticoagulante em cada bolsa de coleta, razão que limita a coleta de volumes menores de sangue e impedem a doação por pessoas com peso inferior a 50 Kg. Assim, na Fundação Hemominas coletam-se bolsas de sangue de acordo com as seguintes condições: 

  •       Homens acima de 50 kg: 450ml
  •       Mulheres entre 50 e 55,9 kg: 410ml
  •       Mulheres com 56 kg ou mais: 450ml

O peso será verificado no momento da doação e será descontado 1 kg referente ao peso da roupa.

Além disso, visando à segurança do doador, respeitamos o peso máximo suportado pela cadeira de coleta recomendado pelo fabricante, a fim de evitar acidentes durante a doação de sangue. Esse limite é variável, em função de diferentes modelos e fabricantes. Em torno de 130, 140 kg, sugerimos contatar a unidade onde pretende doar para saber o limite das cadeiras locais.

Para informações sobre obesidade, veja o item Doenças das glândulas (endócrinas) e metabólicas 

Pressão arterial
Será aferida no momento da doação. A pressão sistólica (máxima) não poderá exceder 180mmHg ou estar abaixo de 90mmHg; a pressão diastólica (mínima) não poderá exceder 100mmHg ou estar abaixo de 60mmHg. É oportuno lembrar que a pressão arterial pode modificar-se rapidamente em resposta a exercícios físicos e ansiedade. Assim, não fazer esforço vigoroso antes de doar e permanecer tranquilo antes e durante a entrevista evitará que a doação não se efetive devido a uma alteração aguda da pressão arterial.

Candidatos portadores de hipertensão arterial
Essas pessoas somente poderão doar sangue na Fundação Hemominas se estiverem em uso de medicamentos de classe que não contraindiquem por si só a doação (excluindo também medicamentos com associações em suas fórmulas), apresentando níveis pressóricos controlados e sem lesões secundárias que impeçam a doação (por exemplo, insuficiência cardíaca, insuficiência renal).  Para avaliar tais condições, sugerimos que o candidato à doação apresente relatório do seu médico assistente comprovando o controle clínico adequado e informando a condição clínica do candidato. No dia da doação, a pressão arterial será aferida, e a doação apenas será realizada se a máxima estiver abaixo de 140mmHg e a mínima abaixo de 90 mmHg. Salientamos que a Fundação Hemominas contraindica a suspensão de medicamentos para a realização de doação.Verifique o medicamento em Uso de medicamentos. Caso tenha dúvida, pergunte ao seu médico qual classe de medicamentos utiliza.

Repouso  
O candidato deve ter dormido, pelo menos, quatro horas. Idealmente, deve ter dormido dentro do seu habitual, sentindo-se descansado no momento da doação. Se você trabalha no período noturno, compareça após seu horário diurno de descanso.

Sintomas comuns que impedem a doação

  • Febre (pico isolado), sem outros sintomas associados: aguardar sete dias após a melhora do sintoma (em função da pandemia e epidemia de Influenza, considerar 14 dias).
  • Febre persistente de origem indeterminada: aguardar diagnóstico ou, no mínimo, três meses sem febre.
  • Diarreia, sem necessidade de uso de antibióticos: aguardar sete dias após a melhora dos sintomas (em função da pandemia, considerar 10 dias).
  • Gripe ou resfriado: aguardar sete dias após a melhora dos sintomas. Se associada à temperatura corporal igual ou superior a 38°C, aguardar 14 dias após a melhora dos sintomas. 

Esclarecemos que, em virtude da pandemia do coronavírus, o candidato que apresente qualquer sintoma respiratório, mesmo que leve, sem febre ou outros sintomas infecciosos, deverá aguardar 10 dias após recuperação para doar. Caso apresente febre, será necessário aguardar 14 dias para doar.

Temperatura
O doador deve estar sem febre. A temperatura será aferida no momento da triagem e não poderá exceder 37° C.

Alergias              

  • Comuns (manifestações cutâneas ou respiratórias de intensidade leve a moderada): inaptidão na fase aguda e durante tratamento. Sintomas alérgicos respiratórios, como rinite, em função da pandemia, aguardar 10 dias. Se o candidato testar negativo para coronavírus no 5º dia de sintomas, poderá doar após 24 horas sem sintomas e sem uso de medicamentos antitérmicos.

  • Se estiver realizando tratamento de dessensibilização: apto após 72h de cada aplicação.
  • Antecedente de reação anafilática e de alergia à esterilização com óxido de etileno: inaptidão definitiva.

Desportistas e atividades ocupacionais de risco      
Não é aconselhável doar sangue 24h antes de uma competição esportiva importante. Uma espera de 12h é aconselhável após a doação de sangue, nos seguintes esportes: ciclismo, natação, alpinismo, paraquedismo, mergulho submarino, esportes automobilísticos, motociclismo em competições, escalada, rapel e outros esportes radicais.

Trabalhadores de atividades consideradas de risco
Aptos caso possam interromper tais atividades pelo período mínimo de 12 horas após a doação. Entre as ocupações consideradas de risco para o próprio indivíduo ou para outros estão: pilotar avião ou helicóptero, conduzir veículos de grande porte (ônibus, caminhões e trens), operar maquinário de alto risco (indústria e construção civil), trabalho em andaimes e prática de pára-quedismo ou mergulho.

FerimentosFerimento traumático aberto (Solução de Continuidade) - aguardar cicatrização: apto após cicatrização e na ausência de complicações.

Ferimento traumático suturado - aguardar cicatrização: apto após a retirada dos pontos, cicatrização e na ausência de complicações.

Uso de aparelhos/equipamentos para deambulação/locomoção
Será avaliado o esforço necessário após doação, tanto no que se refere ao geral, quanto ao membro puncionado. Em caso de risco aumentado de reação adversa, haverá necessidade de acompanhante para auxiliar na deambulação/locomoção. Neste momento de pandemia, está contraindicada a presença de acompanhantes que não realizarão doação de sangue para reduzir aglomeração.

Acupuntura e piercing

  • A realização de acupuntura por profissionais autorizados (clínicas e profissionais com autorização da Vigilância Sanitária), em condições de antissepsia (adotando normas de procedimentos para redução da ocorrência de infecções), impede a doação por 72h, se não houver sinais inflamatórios locais. Quando realizado por profissionais não autorizados ou sem condição da avaliação da antissepsia, impede a doação por 12 meses.

  • Piercing (aros metálicos aplicados ao corpo): em condições de antissepsia adequadas aguardar seis (6) meses, e 12 meses quando não for possível avaliar. Quando localizado em área genital ou na boca, somente poderá ser liberada a doação 12 meses após sua retirada. Este impedimento decorre do risco de transmissão de agentes infecciosos relacionado a estes procedimentos.

O candidato aprovado na triagem clínica para doação será submetido, também, a um exame prévio para identificação de anemia. No momento da seleção, será determinada a concentração de hemoglobina (Hb) ou de hematócrito (Ht) em amostra de sangue do candidato à doação, obtida por punção digital ou por venopunção ou por método validado que possa vir a substituí-los.Os valores mínimos aceitáveis do nível de hemoglobina/hematócrito são:

Mulheres: Hb =12,5g/dL ou Ht =38%;

Homens: Hb =13,0g/dL ou Ht =39%.


O candidato que apresente níveis de Hb igual ou maior que 18,0g/dL ou Ht igual ou maior que 54% será impedido de doar e encaminhado para investigação clínica.Pessoas portadoras de anemia hereditária (transmitida de pais para filhos) não podem doar sangue. Anemias carenciais (por deficiência alimentar ou perda excessiva de ferro) impedem a doação por um prazo de seis meses após a normalização dos exames e término do tratamento. Quando detectado um valor inferior ao limite de doação, mesmo que ainda não caracterizando anemia, recomendamos aguardar 6 meses para uma nova avaliação para doação de sangue.

Portadores do traço falciforme (presença de hemoglobina S associada à hemoglobina A no exame de eletroforese de hemoglobina, característico de familiares de pacientes portadores de anemia falciforme ou drepanocitose) podem doar sangue normalmente. Na Fundação Hemominas todo o sangue doado é avaliado para a presença de hemoglobina S e quando é detectada sua presença, o sangue é rotulado a fim de que seja utilizado apenas em pacientes que não possuam contraindicação para recebê-lo. Os portadores de traço falciforme não devem doar através do método de aférese.

Algumas cirurgias impedem a doação de sangue em virtude da perda sanguínea a que o paciente foi submetido; outras, pela doença que gerou a necessidade da cirurgia. A inaptidão é relacionada também à extensão da cirurgia. Abaixo, algumas cirurgias mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue.

Atenção: sempre serão avaliados outros requisitos como a doença de base, medicamentos em uso; portanto, não deve ser considerado apenas o tempo do procedimento isoladamente.

Cirurgias mais frequentes  Tempo de liberação
Amigdalectomia Apto após 3 meses.
Anestesia geral em procedimentos cirúrgicos não especificados neste item do manual Apto após 30 dias considerando-se apenas o procedimento anestésico. Este tempo pode se prolongar dependendo do tipo de cirurgia realizada.
Apendicectomia (retirada do apêndice) Apto após 3 meses.
Aplicação de metacrilato Ver preenchimento dérmico.
Aplicação de toxina botulínica (Botox) Apto após 12 meses.
Artrodese de coluna (cirurgia para estabilização das vértebras) Apto após 6 meses.
Artroscopia (exame das articulações/juntas com o uso de artroscópio - equipamento endoscópico) Apto após 6 meses.
Balão intragástrico Apto após 6 meses da retirada e estabilização de peso.
Carboxiterapia (injeção de gás carbônico no subcutâneo – abaixo da pele) Se realizado por médico, com material descartável, aguardar 3 dias, se sem complicações. Caso contrário, 12 meses.
Cateterismo cardíaco (exame para avaliação dos vasos do coração) Apto após 30 dias.
Cauterizações (tratamento com queima de vasos) Apto após 30 dias.
Cintilografia (tipo de exame para rastreamento de lesões com injeção de contrastes radioativos) Apto após 7 dias.
Cirugias vasculares complexas (excetuando-se varizes e traumas vasculares periféricos) Inaptidão definitiva.
Cirurgias adenoma prostático Apto após 3 meses.
Cirurgias cardíacas Inaptidão definitiva.
Cirurgias de hipófise Inaptidão definitiva.
Cirurgias de paratireoide Apto após 6 meses.
Cirurgia de politrauma Apto após 12 meses.
Cirurgias de suprarrenal: feocromocitoma Inaptidão definitiva.
Cirurgias de tireóide Apto após 6 meses.
Cirurgias dermatológicas de pequeno porte Apto após cicatrização.
Cirurgias endoscópicas (cirurgias realizadas com uso de fibra ótica em tubos flexíveis) Apto após 6 meses.
Cirurgias ginecológicas (cirurgias do aparelho genital feminino) de grande porte Apto após 6 meses.
Cirurgias ginecológicas (cirurgias do aparelho genital feminino) de pequeno porte Apto após 3 meses após alta.
Cirurgias por má-formação renal Sem sequelas funcionais: apto após 6 meses.
Cirurgias do Sistema Nervoso Central Apto após 6 meses, sem sequelas.
Cirurgias oftalmológicas (olhos) com acesso ao sistema nervoso central Apto após 3 meses, sem sequelas.
Cirurgias oftalmológicas (olhos) de pequeno porte (pterígio, catarata, miopia, laser) Apto após a alta oftalmológica.
Cirurgias ortopédicas Apto após 6 meses.
Cirurgias de doenças benignas da mama Apto após 6 meses.
Cirurgias plásticas sob anestesia local Apto após 3 meses.
Cirurgias plásticas sob bloqueio peridural ou raquimedular ou anestesia geral Apto após 6 meses.
Cirurgias urológicas (incluem trato urinário e sistema genital masculino) de pequeno porte (vasectomia, fimose, hipo e epispádia) Apto 30 dias após alta.
Cirurgias de varizes de membros inferiores Apto após 3 meses.
Colecistectomia (retirada de vesícula) Apto após 6 meses.
Colectomia (retirada do intestino grosso) Apto após 1 ano.
Criolipólise (procedimento estético) Aguardar 3 dias após cada sessão para avaliação de reação inflamatória. Estando sem sinais inflamatórios, liberar.
Curetagem Apto após 12 semanas, se pós-aborto; demais causas, apto após a cura.
DIU (dispositivo intrauterino) Apto.
Endoscopias/laparoscopias (procedimentos para exames e cirurgias realizados por meio de instrumentos endoscópicos) – ver definições básicas Apto após 6 meses.
Enterectomia (retirada do intestino delgado) Inaptidão definitiva.
Enxertos heterólogos de tecidos (tecidos de doadores) Apto após 1 ano.
Esclerose de varizes de de membros inferiores Apto 3 dias após procedimento.
Esplenectomia (retirada do baço) Inaptidão definitiva.
Esplenectomia pós-traumática (retirada do baço após acidente) Apto após 1 ano.
Exames com contrastes aéreos Apto após 30 dias.
Exames com contrastes baritado Apto.
Exames com contrastes iodado Apto após 30 dias.
Extração de cálculos Apto após 3 meses.
Gastrectomia total e subtotal, incluindo cirurgia bariátrica com ou sem colocação do anel (retirada do estômago total ou parcial, ou redução de volume) Inaptidão definitiva.
Hemorroidectomia Apto após 3 meses.
Hepatectomia pós-trauma, doação, má-formação (retirada do fígado) Apto após 1 ano.
Hernioplastia (cirurgia para tratamento de hérnia no abdômen) Apto após 3 meses.
Histerectomia (retirada do útero) Apto após 6 meses.
Infiltração articular (aplicação de medicamento diretamente nas artitculações/juntas) Apto após 15 dias.
Laminectomia (cirurgia para descompressão do nervo ao nível da coluna) Apto após 6 meses.
Laparoscopia (cirurgia abdominal com uso de laparoscópio – endoscópio) Apto após 6 meses.
Laparotomia branca (cirurgia do abdômen em que não foi identificada alteração dos órgãos) Apto após 3 meses.
Lipoaspiração (cirurgia estética para retirada de gordura localizada) Apto após 6 meses.
Litotripsia (a laser) (destruição de cálculos renais com laser) Apto após 30 dias.
Lobectomia (retirada de parte do pulmão) Inaptidão definitiva.
Mesoterapia (procedimento estético com injeção de enzimas no subcutâneo – abaixo da pele) Com material descartável, apto após 3 dias; sem condições de avaliação, apto após 12 meses.
Microagulhamento Uso domiciliar: se houver compartilhamento, inaptidão definitiva. Com material descartável, apto após 3 dias; sem condições de avaliação, ou relato de reutilização, apto após 12 meses.
Mielografia (exame da medula espinhal com injeção de contraste) Apto após 30 dias.
Nefrectomia por patologias que não má-formação renal (retirada do rim) Inaptidão definitiva.
Nefrectomia (retirada do rim) pós-trauma, doação, má-formação Apto após 6 meses.
Parto cesariana Apto após 6 meses.
Parto normal Apto após 12 semanas.
Pleurostomia (cirurgia para tratamento de doenças na pleura) Apto após 3 meses.
Pneumectomia (retirada de um pulmão) Inaptidão definitiva.
Preenchimento dérmico (procedimento estético para redução de rugas) Avaliar material utilizado. Gordura autóloga, metacrilato, politetrafluoretileno, hidroxiapatita de cálcio, ácido poliláctico, ácido hialurônico sintético (restylane fine line®, restylane®, perlane®, restylane sub q®, juvederm®, captique®: apto após cicatrização. Uso de material de origem humana heterólogo ou animal: apto após 12 meses.

*colágeno: cosmoderm®, cosmoplast®, zyderm®, zyplast®. *derme de cadáver humano: cymetra®, dermalogen®, fascian®. *ácido hialurônico derivado de animal: hylaform, hylaform plus;

Procedimentos com radioisótopos (exames ou tratamentos com materiais radioativos) Apto após 7 dias de cada aplicação.
Punção articular (retirada de líquido em articulações ou juntas) Apto após 15 dias.
Punção nódulo mamário (retirada de material de nódulos/caroços nas mamas) Aguardar resultado. Avaliar ocorrência de infecção secundária.
Punção nódulo tireoidiano (retirada de material de nódulos/caroços na tireóide) Aguardar resultado. Avaliar ocorrência de infecção secundária.
Radioterapia (tratamento com material radioativo) Considerar doença de base e resolução dos eventuais efeitos adversos.
Ressecção de aneurisma Apto após 12 meses, se não houver aneurismas remanescentes.
Ressecção de varizes Apto após 3 meses.
Retirada de nódulo (caroço) mamário Apto após 6 meses.
Simpatectomia (tipo de cirurgia em nervos) Apto após 1 ano.
Tireoidectomia, cirurgias de tireóide Apto após 6 meses.
Toracocentese (punção do tórax para retirada de ar ou líquido) Apto após 6 meses.
Transfusão autóloga (transfusão do próprio sangue) Será avaliado o prazo do procedimento que gerou a necessidade da transfusão, visto que este excederá o prazo do risco da transfusão.
Transplante de córnea Inaptidão definitiva.
Transplante de duramater (membrana que recobre o sistema nervoso central) Inaptidão definitiva.
Transplante de órgãos Apto após 1 ano.
Xenotransplante

Recebimento de células vivas, tecidos vivos, órgãos vivos de fontes animais não humanas.

Inaptidão indefinida.

Nota: produtos biológicos não vivos ou materiais de animais não humanos, como válvulas cardíacas porcinas, são aceitáveis após 1 ano.

Traumas vasculares periféricos Apto após 30 dias.
Vagotomia superseletiva Apto após 6 meses.

Em qualquer parte do corpo, impede a doação de sangue em definitivo; exceto se for carcinoma “in situ” do colo do útero ou carcinoma basocelular (tipo de tumor de pele). Tumores benignos não impedem a doação.

O triagista irá avaliar a localização e extensão das lesões, além da causa. Algumas doenças podem impedir a doação pelo risco de contaminação do sangue no momento da coleta; outras, por apresentarem uma reação sistêmica. A seguir, algumas doenças mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras doenças dermatológicas poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue. 

Doenças Tempo de liberação
Abcessos Apto 15 dias após término do tratamento.
Acne comum Apto.
Acne rosácea Apto 30 dias após término do tratamento.
Cisto pilonidal infectado Apto após 15 dias do término do tratamento.
Cisto pilonidal Inapto por 15 dias.
Eczema alérgico intenso ou grave Apto seis meses após a cura. Eczemas alérgicos leves: apto sete dias após o término das manifestações clínicas ou do tratamento.
Erisipela Apto após 14 dias do término do tratamento.
Eritema nodoso infeccioso Apto após três meses da cura.
Eritema nodoso não infeccioso Se não houver contraindicação definitiva pela doença de base (p.ex.: Crohn, sarcoidose), apto após 6 meses.
Eritema polimorfo (associado à reação medicamentosa) Apto 6 meses após a cura..
Eritrodermias Apto 6 meses após a cura.
Esporotricose Ver doenças infecciosas e parasitárias
Gangrena Inapto, pelo menos, 6 meses após término do tratamento, de acordo com a doença de base.
Herpes simples labial Ver doenças infecciosas e parasitárias
Herpes zoster Ver doenças infecciosas e parasitárias
Larva migrans Ver doenças infecciosas e parasitárias
Lesões de pele no local da punção venosa Inapto até cura.
Líquen plano Apto 6 meses após a cura.
Lúpus discoide Apto. Avaliar se realiza controle clínico periódico. Caso não realize, solicitar atualização do controle clínico.
Micoses Apto desde que não haja acometimento no local de punção.
Pênfigo Inaptidão definitiva.
Psoríase Pequeno comprometimento estritamente cutâneo, local de venopunção sem lesões, sem uso de medicamentos: Apto.
Manifestação sistêmica, como hemangioma, extensa ou em uso de medicamentos: inaptidão definitiva.
Ptiríase rósea Apto.
Ptiríase versicolor Apto, desde que não haja acometimento no local de punção.
Radiodermatite Inaptidão de acordo com a doença de base.
Úlcera arterial Inaptidão definitiva.
Verruga comum Apto.
Vitiligo Apto.

Abaixo, algumas doenças mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras doenças gastrointestinais poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue. 

Doenças mais frequentes Tempo de liberação
Cirrose hepática Inaptidão definitiva.
Colite pseudomembranosa Aguardar 30 dias após término do tratamento.
Colite ulcerativa Inapto definitivo.
Diarreia aguda inespecífica Avaliação de acordo com a etiologia e condição clínica do candidato. 
Apto sete dias após a cura, sem repercussão clínica.
Diarreia aguda Diarreia de provável origem viral: apto após sete dias. Provável origem bacteriana:
Apto após 15 dias. Gastroenterite: ver item correspondente.
Diarreia crônica De acordo com etiologia.
Diarreia persistente De acordo com etiologia.
Divertículos Assintomático: apto. Crise aguda sem internação: 30 dias após término do tratamento. 

Com internação: 3 meses após término do tratamento.

Doença celíaca Apto após controle (assintomático).
Doença de Crohn Inaptidão definitiva.
Esofagite crônica Tratamento inicial: aguardar 30 dias. Tratamento de manutenção e assintomático: apto.
Estenose esofagiana Inapto definitivo.
Gastrite aguda Se não houve hemorragia e/ou realização de endoscopia, aguardar 15 dias. 
Caso contrário, será considerado tempo de inaptidão relativo à endoscopia.
Gastrite crônica Liberação de acordo com etiologia. Se inespecífica:
considerado tempo de inaptidão relativo à endoscopia.
Gastroenterite aguda Aguardar 15 dias após cura.
Hepatite medicamentosa Apto seis meses após a cura. Será avaliada também a realização de
procedimentos endoscópicos e cirúrgicos.
Hérnia hiatal Na ausência de esofagite não há contraindicação.
Hipertensão porta Inapto definitivo.
Icterícia de etiologia desconhecida Inapto definitivo.
Infarto mesentérico Inaptidão definitiva.
Litíase biliar Apto 30 dias após última crise de cólica biliar.  
Pancreatite aguda, inclusive medicamentosa Apto seis meses após recuperação. Será avaliada também a realização de procedimentos endoscópicos e cirúrgicos.
Pancreatite crônica Inaptidão definitiva.
Pólipos intestinais Será avaliada realização de colonoscopia.
Retocolite ulcerativa Inaptidão definitiva.
Síndrome de Gilbert Assintomático, apto. Sintomático: aguardar 15 dias.
Trombose da veia porta Inaptidão definitiva.
Úlcera gástrica e duodenal Apto após 12 meses

Abaixo, algumas doenças mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras doenças poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue. 

Doenças Tempo de liberação
Artrite psoriática Inaptidão definitiva.
Artrite reumatóide Inaptidão definitiva.
Artropatias infecciosas Apto após 1 ano da cura.
Artropatias inflamatórias Apto no caso de artrose ou pós-traumática após controle dos sintomas.
Artrose Apto.
Contusão muscular Apto após alta médica.
Derrame articular Apto após a cura. Avaliar a causa.
Doença de Behcet Inaptidão definitiva.
Doença de Wegener Inaptidão definitiva.
Entorse articular Apto após alta médica.
Esclerodermia Inaptidão definitiva.
Espondilite anquilosante Inaptidão definitiva.
Febre reumática Inaptidão definitiva se com sequela, sem sequela apto 2 anos após a cura.
Fibromialgia Apto.
Fratura sem cirurgia (gesso) Apto após 15 dias da alta médica.
Gota Apto se assintomático.
Lesão muscular traumática Apto após alta médica.
Lupus eritematoso sistêmico Inaptidão definitiva.
Má formação óssea congênita Apto.
Miopatias Inaptidão definitiva.
Miosite Inaptidão definitiva.
Osteomielite aguda Apto 2 meses após a cura.
Osteomielite crônica Inaptidão definitiva.
Osteoporose Primária: apto. Secundária: avaliar doença de base.
Poliomiosite Inaptidão definitiva.
Sarcoidose Inaptidão definitiva.
Tendinites Apto após alta médica. Secundária: avaliar doença de base.
 

A seguir, algumas doenças mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras doenças do aparelho urinário poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue.

Doenças Tempo de liberação
Aborto Aguardar 12 semanas.
Amamentação Inapta até suspensão ou 12 meses após parto.

Atraso menstrual
Inapta até menstruação em idade fértil ou que se afaste outro problema que impeça a doação.
Candidíase Inapto até 7 dias após término do tratamento.
Cistite Apto 15 dias após cura sem sintomas.
Cistos renais isolados Apto na ausência de suspeita de malignidade.
Clamídia Apto após 15 dias do tratamento
Climatério, independentemente  de reposição hormonal hormonal/menopausa Apta.
Cólica nefrética Apto após 30 dias do término do tratamento.
Colpites Apto após 7 dias do tratamento
Doenças renais crônicas Inaptidão definitiva.
Doenças sexualmente transmissíveis (DST), exceto as especificadas. Apto após 1 ano do tratamento.
Endometriose Apto
Glomerulonefrite aguda Apto após 30 dias do término do tratamento, sem sequelas.
Gonococcia Apto após 1 ano do tratamento.
Gravidez Inaptidão temporária. Prazo de acordo com desfecho.
Herpes simples genital Apto após cura das lesões.
HPV (papilomavírus) Apto após cura das lesões.
Insuficiência renal crônica Inaptidão definitiva.
Litíase renal (cálculo renal) Apto se assintomático e sem uso de medicamentos.
Má formação renal Apto, se não houver alteração funcional.
Menstruação Apta

Nódulo mamário não especificado
Avaliação caso a caso, para definição do tempo de inaptidão.

A doação não deve ser realizada se o nódulo não foi completamente investigado, se a possibilidade de malignidade não foi afastada ou se de origem maligna.

Pielonefrite (infecção renal) Apto 30 dias pós a cura, sem sequelas.
Rins policísticos Inaptidão definitiva.
Síndrome nefrítica aguda Avaliar doença de base para definição do tempo de inaptidão.
Síndrome nefrítica crônica Inaptidão definitiva
Síndrome nefrótica Inaptidão definitiva
Vaginites Apto após 7 dias do tratamento
Uretrites Apto 30 dias após a cura, exceto se de origem gonocócica.
Salpingites Apto após 3 meses, exceto se de origem gonocócica.

Abaixo, algumas doenças mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras doenças poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue.

Doenças

Tempo de liberação

Acidente vascular cerebral
(AVC/derrame)
Ver doenças neurológicas
Aneurismas grandes artérias Inaptidão definitiva.
Aneurismas pequenas artérias Apto após 12 meses, se não houver aneurismas remanescentes.
Angina Inaptidão definitiva.
Angioma isolado intracraneano Inaptidão definitiva.
Angioma isolado cutâneo Apto desde que não atinja área de punção.
Angiomas múltiplos Inaptidão definitiva.
Arritmias cardíacas, exceto arritmia sinusal, bradicardia sinusal e do atleta, extrassistolia, taquicardia sinusal e TPSV  (taquicardia paroxística supraventricular) Inaptidão definitiva.
Arritmia sinusal (alteração da frequência cardíaca relacionada à respiração) Apto.
Bloqueio de ramo direito Apto, se não houver outras alterações cardiológicas e eletrocardiográficas.
Bradicardia do atleta Frequência acima de 40, com evidência de treinamento aeróbico intenso, será avaliada a liberação por um médico. Não havendo esta evidência, será solicitada avaliação cardiológica.
Cardiopatias graves Inaptidão definitiva.
Coronariopatia Inaptidão definitiva.
Doença de Kawasaki Se houve acometimento cardíaco: apto após 1 ano se não houve seqüelas. Se houve desenvolvimento de aneurismas e foi ressecado: apto após 1 ano da ressecção. No caso de aneurisma coronariano, independente da ressecção: inaptidão definitiva.
Endocardite bacteriana sem sequelas Apto após 2 anos, sem sequelas.
Extrassistolia Apto, se menos de 5 por minuto. Acima de 5 por minuto, será solicitada avaliação cardiológica.
Flebite de repetição Inaptidão definitiva.
Hipertensão arterial Ver critérios gerais.

Hipertensão arterial com lesão de órgão alvo (doença renal, cardíaca secundárias à hipertensão)

Inaptidão definitiva.

Infarto agudo do miocárdio Inaptidão definitiva.
Insuficiência arterial Inaptidão definitiva.
Insuficiência cardíaca Inaptidão definitiva.
Linfedema congênito Apto se:

- puder ser controlado com medidas terapêuticas;

- houver apenas aumento da consistência da pele, sem modificações estruturais da pele e do tecido celular e

- na ausência de dermatose crônica.

Considerando que na vigência de alterações estruturais da pele e de perda funcional importante, haverá porta de entrada facilitada para infecções cutâneas.

Má formação cardíaca Inaptidão definitiva.
Miocardite Sem sequelas: 1 ano. Com sequelas: inaptidão definitiva.
Pericardite Sem sequelas: 1 ano. Com sequelas: inaptidão definitiva.
Ponte intramiocárdica Inaptidão definitiva.
Prolapso válvula mitral Apto se ausência de insuficiência valvar e arritmias; caso contrário, inapto definitivo.
Sopro Solicitar avaliação cardiológica para definição diagnóstica. Deverá ser anexado laudo do cardiologista à ficha de doação. Candidatos com regurgitação/refluxo leve com válvulas com função e anatomia não alteradas: aptos.
Taquicardia sinusal Reavaliar em 15 minutos, se não houver outros sinais cardiológicos.
Taquicardia supraventricular paroxística Solicitar avaliação cardiológica para liberação. Deverá ser anexado laudo do cardiologista à ficha de doação.
Traumas vasculares periféricos Ver cirurgias e procedimentos médicos
Tromboflebite isolada Apto 6 meses após término do tratamento.
Trombose arterial Inaptidão definitiva.
Trombose venosa profunda isolada Apto 6 meses após término do tratamento.
Trombose venosa profunda recorrente Inaptidão definitiva.
Valvulopatia congênita ou adquirida Inaptidão definitiva.
Wolf-Parkinson-White Inaptidão definitiva, exceto se já realizada ablação com relatório médico.

Abaixo, algumas doenças mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras doenças do aparelho respiratório poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue. 

Doenças Tempo de liberação
Abcesso pulmonar Apto após 1 ano da cura.
Asma grave Inaptidão definitiva.
Asma leve (menos de 1 crise/trimestre
controlada com inalatórios)
Apto uma semana após a crise e sem uso de medicamentos.
Bronquite aguda Apto 15 dias após cura.
Corpulmonale Inaptidão definitiva.
Doença pulmonar obstrutiva crônica Inaptidão definitiva.
Fibrose pulmonar idiopática Inaptidão definitiva.
Gripe A (H1N1) ou gripe suína Ver item sobre infecções.
Hipertensão pulmonar Inaptidão definitiva.
Micose pulmonar Inaptidão definitiva.
Otite aguda ou crônica Apto 15 dias após cura.
Pleurite (exceto se tuberculose) Apto seis meses apos tratamento.
Pneumoconioses Inaptidão definitiva.
Pneumonia intersticial Inaptidão definitiva.
Pneumonia por hipersensibilidade (alérgica) Inaptidão definitiva.
Pneumonia tratamento ambulatorial Apto três meses após cura.
Pneumonia tratamento hospitalar Sem drenagem: apto após três meses. Com drenagem: apto após 6 meses.
Pneumonite por drogas (amiodarona, 
nitrofurantoína etc)
Inaptidão definitiva.
Pneumotórax espontâneo Apto após três meses.
Sinusite aguda ou crônica Apto 15 dias após cura.
Status asmaticus Inaptidão definitiva.
Trauma torácico (contusão pulmonar, hemotórax) Apto após seis meses.
Tromboembolismo pulmonar Inaptidão definitiva.
Tuberculose miliar Inaptidão definitiva.
Tuberculose pulmonar Apto após cinco anos do término do tratamento sem sequelas.

Abaixo, algumas doenças mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras doenças poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue.

Doenças Tempo de liberação
Agranulocitose medicamentosa Apto após 6 meses.
Anemia ferropriva e por outras deficiências nutricionais Apto após 6 meses.
Anemias hereditárias Inaptidão definitiva.
Aplasia de medula Inaptidão definitiva.
Coagulação intravascular disseminada Inaptidão definitiva.
Coagulopatias adquiridas e hereditárias Inaptidão definitiva.
Esplenomegalia idiopática Inaptidão definitiva.
Hemocromatose Inaptidão definitiva.
Hemoglobinas variantes Na presença de hba + variante, apto. Ver traço falciforme. Na presença de duas variantes, mesmo sem história prévia de anemia, inapto definitivo.
Hiperferritinemia Se hemocromatose e / ou com comprovadamente acúmulo de ferro em órgãos alvo: inaptidão definitiva. Se ausência das condições anteriores, mesmo com história de sangrias (aparentemente empíricas): apto para a doação.
Histiocitose Inaptidão definitiva.
Leucemias Inaptidão definitiva.
Leucopenia Necessária avaliação médica e apresentação de relatório para avaliação.  
Linfomas Inaptidão definitiva.
Mieloma Inaptidão definitiva.
Neutropenia crônica Inaptidão definitiva.
Policitemia Inaptidão definitiva.
Poliglobulia primária Inaptidão definitiva.
Poliglobulia secundária Encaminhar para avaliação, porém só doará dentro do limite exigido.
Porfirias Inaptidão definitiva.
Púrpura trombocitopênica idiopática Na criança: sem sequelas, apto. No adulto: inaptidão definitiva.
Traço falciforme Apto para doação de sangue total. Aférese: inaptidão definitiva.

Abaixo, algumas doenças mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras doenças neurológicas poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue. 

Doenças Tempo de liberação
Acidente vascular cerebral AVC/derrame) Inaptidão definitiva.
Aneurismas intracranianos Inaptidão definitiva.
Convulsão febril, metabólica ou pós-trauma Apto após 2 anos da suspensão do tratamento e sem relato de crises convulsivas.
Convulsão por epilepsia Apto após 3 anos da suspensão do tratamento e sem relato de crises convulsivas.
Deficiência mental/ déficit cognitivo acentuado (secundário a doenças neurológicas, psiquiátricas ou genéticas) Inaptidão definitiva. Obs.: será avaliado se o déficit cognitivo incapacita o candidato à doação em relação à vida autônoma e imputabilidade jurídica (responsabilidade legal sobre seus atos) e sua capacidade de responder às questões. Candidatos à doação que possuam responsáveis legais em função de serem portadores de doenças neurológicas, psiquiátricas e/ou genéticas deverão ser automaticamente considerados inaptos em virtude da existência de inimputabilidade jurídica.
Depressão Apto se estiver controlada. Verificar uso de medicamentos de outras classes, além dos antidepressivos.
Derivação ventriculoperitoneal Sem sequela e sem história de infecção recorrente, apto.
Doença de Alzheimer Inaptidão definitiva
Doença de Guillain-Barret Inaptidão definitiva.
Doença de Parkinson Inaptidão definitiva.
Doenças que gerem inimputabilidade jurídica (pessoas que necessitam de um tutor para responder legalmente por eles) Inaptidão definitiva.
Enxaqueca Apto se assintomático e sem uso de medicamentos.
Epilepsia Apto após 3 anos da suspensão do tratamento e sem relato de crises convulsivas.
Esclerose em placa Inaptidão definitiva.
Esclerose lateral amiotrófica Inaptidão definitiva.
Esclerose múltipla Inaptidão definitiva.
Esquizofrenia Inaptidão definitiva.
Hematoma sub e extra-dural Apto após 1 ano sem sequela e inaptidão definitiva se com sequelas.
Labirintite Apto 30 dias após crise e sem uso de medicamentos.
Leucoencefalites progressivas Inaptidão definitiva.
Lipotímias Se sucessivas ou hipotensão prolongada: inapto até esclarecimento.
Meningite Ver doenças infecciosas.
Miastenia gravis Inaptidão definitiva.
Neurofibromatose Forma maior: inaptidão definitiva. Forma menor: apto, avaliar local de punção.
Nistagmo/outros movimentos irregulares do olho Avaliar doença de base para definição do tempo de inaptidão
Paralisia cerebral Inaptidão definitiva.
Paralisia de Bell Apto.
Psicoses Inaptidão definitiva.
Traumatismo craniano Apto após 1 ano sem sequela e inaptidão definitiva se com sequelas.

Abaixo, algumas doenças mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras doenças poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue.

Doenças mais frequentes Tempo de liberação
Conjuntivite Apto uma semana após a cura.
Blefarite Apto uma semana após a cura.
Episclerite Será avaliada doença de base.
Esclerite Será avaliada doença de base.
Glaucoma Apto, se controlado sem medicação. Em uso de medicação: apto após 48hs da suspensão do medicamento.
Hordéolo (terçol) Apto, uma semana após a cura
Iridociclite Será avaliada doença de base.
Irite Será avaliada doença de base.
Neurite óptica Apto, se não estiver em tratamento. Avaliar doenças de base.
Retinopatias Será avaliada doença de base.
Retinose pigmentar Apto.
Tracoma Apto após 12 meses do tratamento tendo cura sem cicatrizes.

Abaixo, algumas doenças mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras doenças poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue.

Doenças Tempo de liberação
Afecções periarticulares Apto.
Asbestose Inapto definitivo.
Eczemas alérgicos Apto 6 meses após a cura.
Hepatite por halotano Apto após desaparecimento dos sintomas clínicos
Intoxicação por benzeno Em caso de alterações hematológicas secundárias: inapto definitivo. Outras manifestações: apto 6 meses após a cura.
Intoxicação por berilo 6 meses após a cura
Intoxicação por chumbo (saturnismo) Inapto definitivo.
Intoxicação por cromo Inapto definitivo.
Intoxicação por derivados do petróleo Inapto definitivo.
Intoxicação por fósforo Em caso de dermatite: após desaparecimento dos sintomas. Em caso de osteomalácia: 6 meses após a cura.
Intoxicação por mercúrio Inapto definitivo.
Intoxicação por níquel Inapto definitivo.
Intoxicação por outros metais pesados Inapto definitivo.
Intoxicação por selênio Apto após desaparecimento dos sintomas clínicos
Intoxicação por solventes orgânicos líquidos Apto após desaparecimento dos sintomas clínicos
Pneumoconiose Inapto definitivo.
Siderose Inapto definitivo.
Silicose Inapto definitivo.

Abaixo, algumas doenças mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras doenças poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue.

Doenças Tempo de liberação
Actinomicose Apto 60 dias após a cura. 
Amebíase intestinal Apto após término do tratamento, assintomático.
Amebíase visceral Apto seis meses após tratamento, com sorologia negativa. 
Ancilostomíase Apto.
Ascaridíase Apto.
Babesiose Inaptidão definitiva.
Balantidíase Apto após o término do tratamento e na ausência de sintomas.
Bartonelose Apto 15 dias após alta.
Blastomicose Pulmonar: apto após cinco (5) anos. Sistêmica: inaptidão definitiva.
Borreliose Apto seis meses após a cura.
Botulismo Apto três meses após a cura.
Brucelose Apto um (1) ano após tratamento ou oito (8) semanas após potencial exposição.
Candidíase esofageana, oral Apto 30 dias após alta e definida a causa.
Candidíase genital Ver doenças genitourinárias.
Carbúnculo Apto 15 dias após alta.
Caxumba Apto 21 dias após a cura.
Chikungunya  Apto após 30 dias da recuperação completa (após tornar-se assintomático).
Cisticercose Neurocisticercose: apto após tratamento se nunca teve convulsões. 
Demais formas: apto após tratamento. 
Cisto hidático Inaptidão definitiva.
Citomegalovirose Apto três meses após a cura.
Clamídia Apto 15 dias após a cura.

COVID-19 (infecção pelo Sars-Cov-2 – coronavírus

  • Aguardar 10 dias após a melhora completa dos sintomas para doar. Casos graves poderão ter um prazo maior em virtude das complicações associadas à doença.

  • Pessoas que testaram positivo, sem ter apresentado sintomas, devem aguardar 10 dias após a coleta do exame.

  • Profissionais de saúde que fizeram uso contínuo e correto de EPIs, durante atendimento a pacientes com Covid-19, podem doar.

  • Contato próximo com pacientes com Covid-19 durante o período de transmissão (primeiros 10 dias da doença), aguardar 7 dias após o último contato para doar.

*inclui contato sem utilização de máscaras pelo paciente e contatante, contato físico direto, residir em mesma casa/ambiente.

  • Após sintomas respiratórios associados à febre(temperatura axilar ≥38,0°C) sem testagem para Covid-19, aguardar 14 dias para doar.

Após sintomas respiratórios na ausência de febre (temperatura axilar ≥38,0°C) sem testagem para Covid-19, aguardar 10 dias para doar. Se houver testagem negativa no 5°dia, poderá ser liberado para doar após 24 horas sem sintomas e sem uso de antitérmicos.

Cólera Apto três meses após a cura.
Coqueluche Apto 30 dias após a cura.
Dengue clássico Apto 30 dias após a cura.
Dengue hemorrágico Apto seis meses após a cura.
Difteria Apto 15 dias após a cura.
Doença de Chagas Inaptidão definitiva.
Doença de Creutzfeldt-Jakob Inaptidão definitiva.
Doença de Lyme Apto seis meses após a cura.
Doença do Oeste do Nilo Apto seis meses após a cura.
Echinococose alveolar Inaptidão definitiva.
Encefalites virais agudas Apto seis meses após a cura, se não ficou com sequelas.
Enterovirose Apto após três meses da cura.
Escarlatina Apto 15 dias após a cura.
Esquistossomose hepática Inaptidão definitiva.
Esquistossomose hepatoesplênica Inaptidão definitiva.
Esquistossomose intestinal Apto após tratamento.
Esquistossomose outras formas Apto após tratamento, se não ficou com sequelas.
Estafilococcia Apto 15 dias após a cura.
Estreptococcia Apto 15 dias após a cura.
Febre Amarela Apto após seis meses da cura.
Febre tifoide e paratifoide Apto após três meses da cura.
Febres hemorrágicas Apto após seis meses da cura.
Filariose Inaptidão definitiva.
Gripe A ou Influenza A (H1N1)
ou gripe suína
Casos suspeitos ou confirmados: apto 15 dias após o desaparecimento dos sintomas.Avaliar a ocorrência de complicações e considerar o tempo de inaptidão correspondente.

Os contatos de casos confirmados ou suspeitos devem aguardar 15 dias para nova candidatura à doação.

Hanseníase Inaptidão definitiva.
Hbv Infecção Inaptidão definitiva.
Hcv Infecção Inaptidão definitiva.
Hepatite A Apto, se antes dos 11 anos; ou após 11 anos se possuir comprovação laboratorial da época.
Hepatites B, C e D em qualquer idade Inaptidão definitiva.
Hepatite após os 11 anos, independente da
sorologia ou hepatite viral após 11 anos de idade
Inaptidão definitiva, exceto se hepatite A com comprovação laboratorial à época (IgM).
Herpes simples labial Apto após cura das lesões.
Herpes zoster Aguardar seis meses. Será avaliada possibilidade de munocomprometimento.
Larva migrans Apto sete dias após tratamento.
Histoplasmose Apto um ano após a cura.
HIV infecção Inaptidão definitiva.
HTLV infecção Inaptidão definitiva.
Infecções de vias aéreas superiores
bacterianas
Apto 15 dias após cura.
Infecções de vias aéreas
superiores virais
Apto sete dias após o término do tratamento.
Legionelose Apto três meses após a cura.
Leishmaniose cutânea Apto após seis meses do término do tratamento.
Leishmaniose visceral Inaptidão definitiva.
Leptospirose Apto após três meses da cura.
Malária Febre Quarta (infecção 
por Plasmodium malariae)
Inaptidão definitiva.
Malária febre terçã Apto após 3 anos da cura.
Meningite Apto seis meses após a cura, sem sequelas.
Micobactérias atípicas Inaptidão definitiva.
Micoplasma Apto um ano após a cura.
Micoses viscerais Inaptidão definitiva.
Mononucleose Apto após seis meses da cura.
Nocardiose Apto após 60 dias da cura.
Oxiuríase Apto.
Parvovirose Apto seis meses após a cura.
Peste bubônica (Yersinia pestis) Apto seis meses após a cura.
Poliomielite Apto após a cura.
Rickettsioses Apto 15 dias após alta (com normalização dos exames).
Rubéola Apto 14 dias após a cura.
Salmonelose Apto 60 dias após a cura.
Sarampo Apto 21 dias após a cura.
Sars Candidatos provenientes de área endêmica:- assintomático: aguardar três semanas;- sintomático, provável caso: aguardar três meses após término do tratamento;- sintomático, caso suspeito: aguardar um mês após término do tratamento;- sintomático, excluída possibilidade de SARS: seguir normas de triagem de rotina.
Sepse Apto seis meses após a cura.
Sífilis

Apto um (1) ano após o término do tratamento. IMPORTANTE: na Fundação Hemominas é realizado um exame sorológico para detecção da sífilis que identifica a doença, mesmo curada. O resultado reagente impede a utilização do sangue. Exame reagente em duas (2) amostras na Fundação Hemominas, torna o candidato inapto definitivo.

Tétano Apto após seis meses.
Toxoplasmose Apto um ano após a cura.
Tricocefalíase Apto.
Triquinose Apto.
Tuberculose Extrapulmonar Inaptidão definitiva.
Varicela Apto 21 dias após a cura.
Yersinia Enterocolítica Apto seis meses após a cura.
Zika Apto 30 dias após a cura.
 

A realização de exames endoscópicos (através da utilização de tubos flexíveis para avaliação de cavidades do corpo humano) e de laparoscopias impede a doação por seis (6) meses.

A menstruação por si não impede a doação. Se a pessoa costuma apresentar cólicas intensas, necessitando uso de medicamentos, aconselha-se doar sangue em um dia em que não se esteja com dor. Não se deve doar se a menstruação estiver atrasada ou houver dúvida quanto a uma possível gravidez. A gravidez impede a doação, pois é um período em que o organismo necessita das reservas de vitaminas e minerais para um bom desenvolvimento do feto e que são utilizadas em caso de doação de sangue.  

Após um aborto ou parto normal, é necessário aguardar três meses para doar sangue. A cesariana impede a doação por seis meses.

A amamentação impede a doação até que a criança complete um ano.

Algumas doenças que são transmissíveis pelo sangue são adquiridas em situações comuns do dia a dia, como acidentes por contato com sangue e secreções humanas, utilização de drogas e relacionamentos sexuais. Estas situações são avaliadas de maneira individual e sigilosa pelo profissional responsável pela triagem clínica. 

A Fundação Hemominas adota alguns critérios mais detalhados a esse respeito, além dos estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Esta conduta tem por base o princípio da proteção à segurança do receptor de sangue. As doenças infecciosas apresentam um período variável para positivação do exame, a partir da sua aquisição. Este período é conhecido como janela imunológica. Nesse período, os exames não conseguem detectar a doença, mas se o sangue dessa pessoa for utilizado para transfusão, o receptor deste sangue poderá ser contaminado. É por esta razão que é preciso fazer perguntas íntimas acerca do comportamento sexual dos candidatos à doação de sangue. A triagem clínica permite identificar as pessoas que estiveram expostas a situações de risco acrescido para aquisição de doenças transmissíveis pelo sangue, a partir da avaliação cuidadosa desse comportamento. Assim, o candidato deverá efetuar a doação somente após ter se passado tempo suficiente para que, caso tenha adquirido alguma doença, o exame consiga detectá-la. 

Se não for possível doar sangue no dia do comparecimento, a Hemominas conta com a compreensão de todos para retornarem para nova avaliação.

Situação de Risco Tempo de liberação
Auto-hemoterapia (injeção nos músculos do próprio sangue) Inaptidão por 12 meses após última aplicação.
Compartilhamento de escova dental, lâmina de barbear ou outros perfurocortantes com portador de hepatite viral: hepatite B aguda ou crônica (HBsAg positivo ou HBV NAT), hepatite C ou outra hepatite viral sintomática  Inaptidão por 12 meses.
Evidência clínica/laboratorial de doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue   Inaptidão definitiva.
História familiar de doença de Creutzfeldt-Jakob Inaptidão definitiva.
História pregressa de transfusão de sangue e derivados no Reino Unido Inaptidão definitiva para pessoas que tenham recebido transfusão no Reino Unido a partir de 1980 até os dias atuais.
Pessoas que tiveram acidente com material biológico e, em consequência, apresentaram contato de mucosa ou pele com o referido material biológico (exposição não estéril a sangue ou outro material de risco biológico) Apto após 12 meses. 

A realização de tatuagem ou de maquiagem definitiva impede a doação de sangue por 12 meses. Esse procedimento é relacionado a um risco maior de transmissão de alguns agentes infecciosos.

Tratamento Dentário Tempo de liberação

Abcesso dentário

Apto 30 dias após a cura.

Ajuste de aparelho ortodôntico

Sem sangramento: 24horas, com sangramento: 72 horas.

Extração dentária

Sete dias após término do tratamento.

Gengivite

Sete dias após término do tratamento.

Implante dentário

Apto após 30 dias e assintomático.

Limpeza dentária

Aguardar 72 horas.

Obturação

Sem anestesia e sem sangramento: 24h, com anestesia ou sangramento: 72 horas.

Tratamento de canal

Apto sete dias após última manipulação, não sendo necessário aguardar final do tratamento.

Tratamento dentário com anestesia geral

Apto 30 dias após término do tratamento.

A ingestão de álcool na dose máxima de 40g impede a doação por um prazo de 12 horas. Consumo em dose superior impedirá a doação por 24 horas.

O alcoolismo crônico impede a doação de sangue. Esta restrição ocorre porque o uso frequente de bebidas alcoólicas pode afetar o fígado. O fígado doente pode não conseguir produzir adequadamente os fatores de coagulação. Na doação de sangue, a bolsa é fracionada em, pelo menos, três componentes, dentre os quais o plasma fresco congelado (PFC). O PFC é utilizado para repor fatores de coagulação em pessoas que estejam apresentando sangramento anormal. Assim, se o plasma de uma pessoa com doença hepática (doença do fígado) for utilizado, a transfusão pode não funcionar. Além disso, se o doador não estiver produzindo quantidades adequadas de fatores de coagulação, ele também poderá apresentar um sangramento anormal no local da doação, favorecendo a ocorrência de hematomas.

História atual ou pregressa de uso de drogas injetáveis ilícitas (ilegais) é contraindicação definitiva para a doação de sangue, pois é relacionado à aquisição de doenças infecciosas e transmissíveis pelo sangue. 

O uso de cocaína por via nasal (inalação, cheirar) é causa de exclusão da doação por um período de 12 meses, contados a partir da data da última utilização; em virtude da possibilidade de transmissão de agentes infecciosos também por esta via. 

O uso de outras drogas será avaliado pelo triagista durante a consulta.

É CONTRAINDICADA A SUSPENSÃO DE MEDICAMENTOS PARA A REALIZAÇÃO DE DOAÇÃO DE SANGUE.

ATENÇÃO: O USO DE MEDICAMENTOS INJETÁVEIS SEM PRESCRIÇÃO MÉDICA IMPEDE A DOAÇÃO POR 12 MESES.

Analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios

O uso de analgésicos (medicamentos para tirar a dor) comuns não impede a doação; entretanto, o triagista avaliará o sintoma e/ou sinal que motivaram a sua utilização, o que poderá, por si, impedir a doação. Assim, sugere-se que se faça a doação em dias em que não se utilizar medicamentos. 
O uso de antitérmicos (medicamentos para controlar a febre) impede a doação em virtude da febre que motivou a sua utilização. As doenças febris apresentam, cada uma, um período específico para liberação da doação. Consulte as informações a respeito das doenças infecciosas e reumáticas para esclarecimentos. Febre de origem não determinada e de curta duração exige o prazo de sete dias para que se possa doar sangue. 

Anti-inflamatórios

Ácido acetilsalicílico e piroxicam: inaptidão por 48 horas.

Demais AINE e os anteriores após 48 horas da utilização: não contraindicam a doação, porém não deve ser preparado concentrado de plaquetas a partir daquela doação, se o medicamento foi usado nos últimos 5 dias. Contraindicam a preparação de plaquetas por cinco dias e seu uso deve ser informado. A doação exclusivamente de plaquetas está contraindicada nesse período. 

Medicamentos anti-inflamatórios: Ácido Acetilsalicílico (AAS, Aspirina, Melhoral, Sonrisal, Alka Seltzer, Engov), Diclofenacos (Voltaren, Cataflan, Deltaren,Tanderil), Meloxicam (Meloxil, Movatec), Piroxicam (Feldene), Fenilbutazona (Butazolidina, Butazil, Reumazine) e similares. Além disso, o uso de Ácido Acetilsalicílico (AAS, Aspirina, Melhoral, Sonrisal, Alka Seltzer, Engov) ou de Piroxicam (Feldene) impede também a doação de sangue total por 2 dias.

Anorexígenos (classe das anfetaminas)
Aguardar sete (7) dias após a suspensão do medicamento, incluindo medicamentos para déficit de atenção da classe das anfetaminas.

Antiparasitários
Medicamentos para tratamentos de parasitas intestinais (vermes) comuns não impedem a doação. Algumas doenças que podem acometer outros órgãos além do intestino, como, por exemplo, a esquistossomose, apresentam um prazo de inaptidão variável. Verifique as condições nas informações a respeito das doenças infecciosas.

Anti-hipertensivos
Portadores de hipertensão arterial somente podem doar sangue na Hemominas se estiverem um uso de medicamento que não contraindique por si a doação (excluindo também medicamentos com associações em suas fórmulas), estando com os níveis pressóricos controlados e sem lesões em órgãos alvo (p.ex. coração, rins, olhos afetados pela hipertensão). Para avaliar estas condições sugerimos, que o candidato à doação apresente relatório do seu médico assistente comprovando o controle clínico adequado. No dia da doação, a pressão arterial será aferida e a doação somente poderá ser realizada se a máxima estiver abaixo de 140 mmHg e a mínima abaixo de 90 mmHg.

As classes de anti-hipertensivos que não impedem a doação são as seguintes:


Medicamento

Situação

Diuréticos   Não há contraindicação. É necessária hidratação oral prévia mais vigorosa. 
Inibidores de enzima conversora de angiotensina (IECA): Captopril Enalapril ou similares  Não há contraindicação. O uso de IECA impede a doação por aférese.
Antagonistas de angiotensina II: Losartan
Bloqueadores de canais de cálcio: Nifedipina, anlodipina

O uso das seguintes drogas impede a doação de sangue na Fundação Hemominas, exceto se utilizadas em outras situações que não o controle de hipertensão arterial, após a suspensão pelo médico assistente.

É CONTRAINDICADA A SUSPENSÃO DE MEDICAMENTOS PARA A REALIZAÇÃO DE DOAÇÃO DE SANGUE.

Medicamento

Situação

Ação central: Metildopa, Clonidina, Reserpina 

48 horas após a suspensão do medicamento pelo médico assistente e avaliado caso a caso.  

Betabloqueadores: Propranolol, Atenolol, Oxpernolol ou similares

Bloqueadores alfa-adrenérgicos: Prazosina (Prazozin, Minipress SR),

Vasodilatadores: Minoxidil (Loniten). Hidralazina

 5 dias após a suspensão do medicamento pelo médico assistente e avaliado caso a caso. 


Anticoncepcionais/ hormônios de reposição feminina
Não impedem a doação, inclusive a pílula do dia seguinte.

Indução da ovulação
Impede a doação por três meses após o término do tratamento.

Antibióticos
O tempo de inaptidão varia de acordo com a vida média da droga, sendo no mínimo de 14 dias. Além disso, o tempo de inaptidão pela doença de base poderá ser superior ao previsto para o medicamento. Verificar as informações a respeito das doenças infecciosas (ver também doenças por sistema) para esclarecimento. O tempo de inaptidão será o maior especificado para cada situação.

Colírios

  • Colírios midriáticos utilizados para realização do exame de fundo de olho não impedem a doação.
  • Colírios antiglaucoma de ângulo aberto impedem a doação por 48 horas, somente sendo liberada a doação se houver suspensão do medicamento pelo médico assistente.

Corticoides

  •  Sistêmicos (comprimidos, xaropes, supositórios ou injetáveis): no mínimo 48 horas após a suspensão. Será avaliada também a doença que motivou seu uso. O tempo de inaptidão será o maior especificado para cada situação. 
  • Tópicos (cremes ou pomadas): não contraindicam a doação. Será avaliada também a doença que motivou seu uso e esta poderá, por si, impedi-la. 

Anticoagulantes e Antiplaquetários

Medicamento Situação
Anticoagulantes Apto 10 a 14 dias após a interrupção do medicamento. A doença de base pode impedir por tempo maior.
Clopidogrel Apto 14 dias após suspensão. A doença de base pode impedir por tempo maior.
Prazugrel Apto 7 dias após suspensão.
Ticlopidine Apto 14 dias após suspensão. A doença de base pode impedir por tempo maior.

Medicamentos teratogênicos
Impedem a doação durante o tempo de eliminação pelo organismo. Alguns destes medicamentos requerem um prazo bastante longo em virtude de apresentarem acúmulo no organismo. Veja o tempo de inaptidão na tabela a seguir:

Medicamento Situação
Acitretina (Neotigason) (usado em psoríase) Apto após três (3) anos do término do tratamento.
Danazol Apto 6 meses após término do tratamento.
Dutasterida Apto 6 meses após término do tratamento.
Etretionato (usado em psoríase) Inaptidão definitiva.
Finasterida (Proscar) (tratamento de hiperplasia prostática benigna) e alopécia androgênica  1 mês após a interrupção do medicamento
Isotretinoína (Roacutan) (tratamento de acne)   1 mês de inaptidão após a última dose 
Sonidegib Apto 2 anos após suspensão.
Tacrolimus

a)  em área extensa por mais de 3 semanas: inapto por 6 meses;

b)      em forma de colírio: apto.

Testosterona e anabolizantes com prescrição médica Apto após 6 meses.
Vismodegib Apto 2 anos após suspensão.

Medicamentos alergênicos
Medicamentos que se caracterizam por provocar reações alérgicas ou anafiláticas impedem a doação pelo tempo de eliminação do organismo, pois alguns estudiosos acreditam que possam causar reações nos receptores.

Anticonvulsivantes
Inaptidão enquanto estiver em uso. Ver também epilepsia.

Homeopáticos
Impedem a doação por 24 horas. Será avaliado o motivo da sua utilização que, por si, poderá impedir a doação por um prazo maior.

Fitoterápicos (plantas medicinais)
Impedem a doação por 24 horas. Será avaliado o motivo da sua utilização que, por si, poderá impedir a doação por um prazo maior.

Hormônio do crescimento
Recombinante não impede a doação. Se de origem hipofisária, usado no passado, inaptidão definitiva.

Medicamentos de ação no sistema nervoso central

Candidatos que façam uso crônico de medicamentos com ação no sistema nervoso central devem solicitar ao seu médico relatório informando sua condição clínica atual e liberação para doação de sangue. Não se recomenda a suspensão do uso de medicamentos com o fim de doar sangue. A utilização de medicamentos que afetem o SNC sem prescrição médica impede a doação pelo tempo total de eliminação da droga. 

É CONTRAINDICADA A SUSPENSÃO DE MEDICAMENTOS PARA A REALIZAÇÃO DE DOAÇÃO DE SANGUE.

Medicamento Situação

Ansiolíticos e soníferos

Se a dose for elevada (três ou mais comprimidos por dia), contraindicam a doação. Em doses habituais, a condição clínica do candidato será avaliada. Sugerimos apresentar relatório do médico assistente.

Antidepressivos  

Da classe dos tricíclicos impedem a doação por 30 dias após a suspensão do medicamento pelo médico assistente. As demais classes não impedem a doação, mas a condição clínica do candidato poderá impedir. Sugerimos apresentar relatório do médico assistente.

Antipsicóticos: Haloperidol (Haldol), Clorpromazina (Amplictil)

Apto após 7 dias do uso do medicamento pelo médico assistente. Necessário apresentar relatório médico informando indicação para avaliar liberação. Veja doenças do sistema nervoso.

Algumas vacinas são produzidas com microorganismos vivos atenuados (enfraquecidos) que não causam doença em pessoas sadias. Em algumas situações em que a pessoa se encontra debilitada, por exemplo, quando está em uso de grandes doses de corticoides, em quimioterapia ou com doenças graves como o câncer, a vacina pode levar à ocorrência da doença. Estas vacinas geram um período de inaptidão maior, com o objetivo de que a resposta imunológica do receptor já tenha eliminado o microorganismo por ocasião da doação.

As vacinas produzidas a partir de microorganismos mortos também impedem a doação, porém, por períodos menores, em virtude da possibilidade de ocorrência de reações adversas nos dias subsequentes à sua administração e de reações cruzadas nos exames sorológicos realizados no sangue doado. 

Vacina Tempo de Inaptidão
Antirrábica após exposição à risco 1 ano
Antirrábica profilática 48h
BCG 4 semanas
Brucelose 48h
Caxumba 4 semanas
Cólera 48h
Coqueluche 48h
Vacina Coronavírus

Coronavac/Sinovac/Butantan; Covaxin: 48h

Covishield/Serum/AstraZeneca/Fiocruz; BioNTech/Fosum/Pharma/Pfizer; Janssen-Cilag; Sputinik V; Moderna/ Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas: 7 dias

* Observar determinações futuras conforme Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19 e Anvisa.

Dengue 30 dias
Difteria 48h
Febre amarela   Quatro semanas
Febre Tifoide Injetável 48h
Febre Tifoide Oral 4 semanas
Gripe Influenza – vírus atenuado 4 semanas
Gripe Influenza – vírus inativado 48h
Gripe suína (Influenza A H1N1) – vírus atenuado  (obs: vacina trivalente em geral – combinada com outras cepas de influenza) 4 semanas
Gripe suína (Influenza A H1N1) – vírus inativado  (obs: vacina trivalente em geral – combinada com outras cepas de influenza) 48h
Haemophilus Influenzae 48h
Hepatite A 48h
Hepatite B derivada de plasma 1 ano
Hepatite B recombinante 48h
HPV Apto após 48h
Leptospirose 48h
Meningite 48h
Peste 48h
Pneumococo 48h
Pólio (Sabin) Quatro semanas
Polio (Salk) 48h
Rotavírus 4 semanas
Rubéola 4 semanas
Sarampo Quatro semanas
Tétano 48h
Varicela (Catapora) Zoster 4 semanas
Varíola   Quatro semanas e após queda espontânea da crosta. Se candidato retirou crosta, aguardar 2 meses. Na presença de complicações, aguardar 14 dias após resolução. Contatos que desenvolveram lesões cutâneas devem aguardar queda espontânea da crosta. Se retiraram crosta, aguardar 3 meses a partir da vacinação do indivíduo índice.  Se a data for desconhecida, mas passível de ter ocorrido no período de 3 meses, aguardar 2 meses a partir da avaliação.
Vacinas derivadas de plasma humano Apto após 1 ano
Vacinas experimentais Apto após 1 ano do término do protocolo

Referências1.  Portaria de Consolidação Nº 5, de 28 de Setembro de 2017 - “Consolidação das normas sobre as ações e os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde”;

2.  Manual de Normas e Procedimentos de Atendimento ao Doador – Fundação Hemominas – Versão Junho/2019


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A Fundação Hemominas adota como critérios básicos para avaliar quem se encontra ou não apto a doar sangue aqueles estabelecidos pelo Ministério da Saúde e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgãos responsáveis pela legislação nacional de hemoterapia. Além desses, a Hemominas observa outros critérios, fundamentados em literatura nacional e internacional, visando à proteção e segurança de doadores e receptores.

Neste sentido, cabe esclarecer as dúvidas mais frequentes sobre o assunto. Algumas situações, pela sua natureza mais delicada, somente podem ser discutidas com o profissional responsável pela triagem do candidato à doação. O candidato é entrevistado por um profissional de saúde, que faz algumas perguntas de caráter pessoal e íntimo. As informações prestadas são mantidas em rigoroso sigilo. A Hemominas não discrimina ninguém, mas existem doenças que podem ser transmitidas pelo sangue e que, às vezes, não podem ser totalmente evitadas com a realização dos exames laboratoriais de triagem do sangue, já que existe um período no qual as infecções nem sempre são detectadas nos exames. 

Para consultar os critérios, verifique sempre todos os fatores associados: exames e procedimentos realizados, diagnóstico e tratamento realizados. Prevalecerá sempre o maior tempo de inaptidão. Vale lembrar, também, que estas normas são submetidas à revisão periódica. Verifique-as sempre que desejar doar sangue.

Mas você pode continuar ajudando a salvar vidas: incentive pessoas que você conheça a realizar uma doação de sangue. Sua atitude pode promover mudanças significativas na sociedade e na vida de quem precisa de sangue.

ATENÇÃO  

A Hemominas atua de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) nº 13709/2018. Informamos que não solicitamos dados pessoais, como RG e CPF, por telefone.

Se alguém recorre aos serviços da Hemominas exclusivamente para fazer exames, não deve doar sangue. Procure o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) de sua cidade, através da Prefeitura ou Secretaria Municipal de Saúde. Em Belo Horizonte, o telefone do CTA é (31) 3277-5757.

Entrada e permanência de menores no ciclo do sangue

A Fundação Hemominas se preocupa com a segurança das crianças. Se alguma delas vier com o doador no dia da doação, é necessário trazer um outro adulto para acompanhá-la, uma vez que não são recomendáveis a entrada e permanência de menores de 16 anos na área do ciclo do sangue (sala de coleta). Dessa forma, o menor poderá permanecer na sala de espera com o acompanhante, enquanto durarem os procedimentos. Com isso, a Fundação resguarda seu compromisso com a segurança do paciente e do doador, atenta à preservação de ambiente compatível com as melhores práticas de saúde, como recomendam as estratégias e ações de gestão de risco constantes na RDC 36/2013 (artigo 8, alíneas XI e XVII) e RDC 34/2014, do Ministério da Saúde / Anvisa.

As informações a seguir se destinam a esclarecer candidatos com história clínica. Doadores considerados inaptos pelos exames laboratoriais na Fundação Hemominas devem seguir a orientação recebida na entrega dos exames de segunda amostra.

Não vale desistir

Quem não pode doar, de imediato, pode voltar em outra oportunidade.

A Hemominas conta com a solidariedade de todos.

Alimentação
Para doar sangue o candidato não poderá estar em jejum. Se for doar pela manhã, fazer uma refeição leve, sem gorduras, como café, bolo, pão, cereais e frutas. Após almoço, jantar ou refeições com conteúdo mais gorduroso deve-se aguardar três horas para efetuar a doação. Após refeições gordurosas ou copiosas será necessário aguardar quatro horas. Refeições com elevado índice de gordura, como a feijoada, podem interferir na execução dos exames; assim, sugerimos que nesta situação a doação seja realizada no dia seguinte.

Hidratação
A ingestão de líquidos em volume maior bem antes e depois da doação é muito importante. Uma boa hidratação torna mais fácil a punção venosa e reduz a ocorrência de reações adversas.

Documentos
Para doar sangue é necessário apresentar um documento original e oficial de identidade que contenha foto, filiação e assinatura: Carteira de Identidade, carteiras de Conselhos de Classe reconhecidos oficialmente, Carteira de Trabalho, Certificado de Reservista, Carteira Nacional de Habilitação. Podem ser apresentados documentos digitais que possam ser verificados, desde que tenham assinatura para conferência.

Estado geral
O candidato à doação deve comparecer em condições plenas de saúde. Assim, se estiver apresentando qualquer sintoma, mesmo que leve, deverá aguardar a melhora para então procurar uma unidade de coleta. Lembrando que a doação é um gesto que permite salvar vidas, mas que não deve e não pode prejudicar a saúde do doador. 

Frequência cardíaca / pulso
Serão avaliados pelo médico. Devem ser regulares e estar entre 50 e 100 batimentos / pulsação por minuto. Fora destes limites, apenas a critério médico.

Idade
Podem doar sangue pessoas entre 16 e 69 anos. Pessoas com mais de 60 anos somente poderão doar caso já tenham realizado uma doação antes dos 60 anos, independente do sexo, e devem respeitar o intervalo mínimo de seis meses entre as doações. Se você doou em outro serviço de hemoterapia, apresente um comprovante para poder doar.

Atenção, se o candidato à doação de sangue tem entre 16 e 17 ou mais de 60 anos, é  importante conhecer as Normas e documentos necessários para doação de sangue. 

Intervalo entre doações

Mulheres
Podem doar sangue com um intervalo de 90 dias entre uma doação de sangue total e outra, até no máximo três vezes em um período de 12 meses.

Homens
Podem doar sangue com um intervalo de 60 dias entre uma doação de sangue total e outra, até no máximo quatro vezes por ano.

Nutrição
O candidato a doador deve se encontrar em boas condições nutricionais, a fim de que seu organismo possa responder adequada e prontamente à doação de sangue. O sangue doado é rapidamente reposto, a partir das reservas de líquido, vitaminas e minerais do corpo. Por isso, caso haja algum déficit proteicocalórico ou vitamínico, deve-se aguardar a normalização do estado nutricional para doar sangue. Caso se observe uma perda rápida de peso acima de 10% do peso inicial, é preciso aguardar três meses após a estabilização para a doação de sangue, mesmo que não se tenha utilizado medicamentos. Se houver perda de peso, sem que a pessoa tenha se submetido a dietas ou condicionamento físico, recomenda-se uma avaliação médica para averiguar o motivo.

Peso
A doação de sangue é realizada considerando-se um volume máximo por quilo de peso. Para mulheres, o volume máximo é de 8 mL/Kg e, para os homens, 9 mL/Kg. A coleta é também proporcional ao volume de anticoagulante em cada bolsa de coleta, razão que limita a coleta de volumes menores de sangue e impedem a doação por pessoas com peso inferior a 50 Kg. Assim, na Fundação Hemominas coletam-se bolsas de sangue de acordo com as seguintes condições: 

  •       Homens acima de 50 kg: 450ml
  •       Mulheres entre 50 e 55,9 kg: 410ml
  •       Mulheres com 56 kg ou mais: 450ml

O peso será verificado no momento da doação e será descontado 1 kg referente ao peso da roupa.

Além disso, visando à segurança do doador, respeitamos o peso máximo suportado pela cadeira de coleta recomendado pelo fabricante, a fim de evitar acidentes durante a doação de sangue. Esse limite é variável, em função de diferentes modelos e fabricantes. Em torno de 130, 140 kg, sugerimos contatar a unidade onde pretende doar para saber o limite das cadeiras locais.

Para informações sobre obesidade, veja o item Doenças das glândulas (endócrinas) e metabólicas 

Pressão arterial
Será aferida no momento da doação. A pressão sistólica (máxima) não poderá exceder 180mmHg ou estar abaixo de 90mmHg; a pressão diastólica (mínima) não poderá exceder 100mmHg ou estar abaixo de 60mmHg. É oportuno lembrar que a pressão arterial pode modificar-se rapidamente em resposta a exercícios físicos e ansiedade. Assim, não fazer esforço vigoroso antes de doar e permanecer tranquilo antes e durante a entrevista evitará que a doação não se efetive devido a uma alteração aguda da pressão arterial.

Candidatos portadores de hipertensão arterial
Essas pessoas somente poderão doar sangue na Fundação Hemominas se estiverem em uso de medicamentos de classe que não contraindiquem por si só a doação (excluindo também medicamentos com associações em suas fórmulas), apresentando níveis pressóricos controlados e sem lesões secundárias que impeçam a doação (por exemplo, insuficiência cardíaca, insuficiência renal).  Para avaliar tais condições, sugerimos que o candidato à doação apresente relatório do seu médico assistente comprovando o controle clínico adequado e informando a condição clínica do candidato. No dia da doação, a pressão arterial será aferida, e a doação apenas será realizada se a máxima estiver abaixo de 140mmHg e a mínima abaixo de 90 mmHg. Salientamos que a Fundação Hemominas contraindica a suspensão de medicamentos para a realização de doação.Verifique o medicamento em Uso de medicamentos. Caso tenha dúvida, pergunte ao seu médico qual classe de medicamentos utiliza.

Repouso  
O candidato deve ter dormido, pelo menos, quatro horas. Idealmente, deve ter dormido dentro do seu habitual, sentindo-se descansado no momento da doação. Se você trabalha no período noturno, compareça após seu horário diurno de descanso.

Sintomas comuns que impedem a doação

  • Febre (pico isolado), sem outros sintomas associados: aguardar sete dias após a melhora do sintoma (em função da pandemia e epidemia de Influenza, considerar 14 dias).
  • Febre persistente de origem indeterminada: aguardar diagnóstico ou, no mínimo, três meses sem febre.
  • Diarreia, sem necessidade de uso de antibióticos: aguardar sete dias após a melhora dos sintomas (em função da pandemia, considerar 10 dias).
  • Gripe ou resfriado: aguardar sete dias após a melhora dos sintomas. Se associada à temperatura corporal igual ou superior a 38°C, aguardar 14 dias após a melhora dos sintomas. 

Esclarecemos que, em virtude da pandemia do coronavírus, o candidato que apresente qualquer sintoma respiratório, mesmo que leve, sem febre ou outros sintomas infecciosos, deverá aguardar 10 dias após recuperação para doar. Caso apresente febre, será necessário aguardar 14 dias para doar.

Temperatura
O doador deve estar sem febre. A temperatura será aferida no momento da triagem e não poderá exceder 37° C.

Alergias              

  • Comuns (manifestações cutâneas ou respiratórias de intensidade leve a moderada): inaptidão na fase aguda e durante tratamento. Sintomas alérgicos respiratórios, como rinite, em função da pandemia, aguardar 10 dias. Se o candidato testar negativo para coronavírus no 5º dia de sintomas, poderá doar após 24 horas sem sintomas e sem uso de medicamentos antitérmicos.

  • Se estiver realizando tratamento de dessensibilização: apto após 72h de cada aplicação.
  • Antecedente de reação anafilática e de alergia à esterilização com óxido de etileno: inaptidão definitiva.

Desportistas e atividades ocupacionais de risco      
Não é aconselhável doar sangue 24h antes de uma competição esportiva importante. Uma espera de 12h é aconselhável após a doação de sangue, nos seguintes esportes: ciclismo, natação, alpinismo, paraquedismo, mergulho submarino, esportes automobilísticos, motociclismo em competições, escalada, rapel e outros esportes radicais.

Trabalhadores de atividades consideradas de risco
Aptos caso possam interromper tais atividades pelo período mínimo de 12 horas após a doação. Entre as ocupações consideradas de risco para o próprio indivíduo ou para outros estão: pilotar avião ou helicóptero, conduzir veículos de grande porte (ônibus, caminhões e trens), operar maquinário de alto risco (indústria e construção civil), trabalho em andaimes e prática de pára-quedismo ou mergulho.

FerimentosFerimento traumático aberto (Solução de Continuidade) - aguardar cicatrização: apto após cicatrização e na ausência de complicações.

Ferimento traumático suturado - aguardar cicatrização: apto após a retirada dos pontos, cicatrização e na ausência de complicações.

Uso de aparelhos/equipamentos para deambulação/locomoção
Será avaliado o esforço necessário após doação, tanto no que se refere ao geral, quanto ao membro puncionado. Em caso de risco aumentado de reação adversa, haverá necessidade de acompanhante para auxiliar na deambulação/locomoção. Neste momento de pandemia, está contraindicada a presença de acompanhantes que não realizarão doação de sangue para reduzir aglomeração.

  • A realização de acupuntura por profissionais autorizados (clínicas e profissionais com autorização da Vigilância Sanitária), em condições de antissepsia (adotando normas de procedimentos para redução da ocorrência de infecções), impede a doação por 72h, se não houver sinais inflamatórios locais. Quando realizado por profissionais não autorizados ou sem condição da avaliação da antissepsia, impede a doação por 12 meses.

  • Piercing (aros metálicos aplicados ao corpo): em condições de antissepsia adequadas aguardar seis (6) meses, e 12 meses quando não for possível avaliar. Quando localizado em área genital ou na boca, somente poderá ser liberada a doação 12 meses após sua retirada. Este impedimento decorre do risco de transmissão de agentes infecciosos relacionado a estes procedimentos.

O candidato aprovado na triagem clínica para doação será submetido, também, a um exame prévio para identificação de anemia. No momento da seleção, será determinada a concentração de hemoglobina (Hb) ou de hematócrito (Ht) em amostra de sangue do candidato à doação, obtida por punção digital ou por venopunção ou por método validado que possa vir a substituí-los.Os valores mínimos aceitáveis do nível de hemoglobina/hematócrito são:

Mulheres: Hb =12,5g/dL ou Ht =38%;

Homens: Hb =13,0g/dL ou Ht =39%.


O candidato que apresente níveis de Hb igual ou maior que 18,0g/dL ou Ht igual ou maior que 54% será impedido de doar e encaminhado para investigação clínica.Pessoas portadoras de anemia hereditária (transmitida de pais para filhos) não podem doar sangue. Anemias carenciais (por deficiência alimentar ou perda excessiva de ferro) impedem a doação por um prazo de seis meses após a normalização dos exames e término do tratamento. Quando detectado um valor inferior ao limite de doação, mesmo que ainda não caracterizando anemia, recomendamos aguardar 6 meses para uma nova avaliação para doação de sangue.

Portadores do traço falciforme (presença de hemoglobina S associada à hemoglobina A no exame de eletroforese de hemoglobina, característico de familiares de pacientes portadores de anemia falciforme ou drepanocitose) podem doar sangue normalmente. Na Fundação Hemominas todo o sangue doado é avaliado para a presença de hemoglobina S e quando é detectada sua presença, o sangue é rotulado a fim de que seja utilizado apenas em pacientes que não possuam contraindicação para recebê-lo. Os portadores de traço falciforme não devem doar através do método de aférese.

Algumas cirurgias impedem a doação de sangue em virtude da perda sanguínea a que o paciente foi submetido; outras, pela doença que gerou a necessidade da cirurgia. A inaptidão é relacionada também à extensão da cirurgia. Abaixo, algumas cirurgias mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue.

Atenção: sempre serão avaliados outros requisitos como a doença de base, medicamentos em uso; portanto, não deve ser considerado apenas o tempo do procedimento isoladamente.

Cirurgias mais frequentes  Tempo de liberação
Amigdalectomia Apto após 3 meses.
Anestesia geral em procedimentos cirúrgicos não especificados neste item do manual Apto após 30 dias considerando-se apenas o procedimento anestésico. Este tempo pode se prolongar dependendo do tipo de cirurgia realizada.
Apendicectomia (retirada do apêndice) Apto após 3 meses.
Aplicação de metacrilato Ver preenchimento dérmico.
Aplicação de toxina botulínica (Botox) Apto após 12 meses.
Artrodese de coluna (cirurgia para estabilização das vértebras) Apto após 6 meses.
Artroscopia (exame das articulações/juntas com o uso de artroscópio - equipamento endoscópico) Apto após 6 meses.
Balão intragástrico Apto após 6 meses da retirada e estabilização de peso.
Carboxiterapia (injeção de gás carbônico no subcutâneo – abaixo da pele) Se realizado por médico, com material descartável, aguardar 3 dias, se sem complicações. Caso contrário, 12 meses.
Cateterismo cardíaco (exame para avaliação dos vasos do coração) Apto após 30 dias.
Cauterizações (tratamento com queima de vasos) Apto após 30 dias.
Cintilografia (tipo de exame para rastreamento de lesões com injeção de contrastes radioativos) Apto após 7 dias.
Cirugias vasculares complexas (excetuando-se varizes e traumas vasculares periféricos) Inaptidão definitiva.
Cirurgias adenoma prostático Apto após 3 meses.
Cirurgias cardíacas Inaptidão definitiva.
Cirurgias de hipófise Inaptidão definitiva.
Cirurgias de paratireoide Apto após 6 meses.
Cirurgia de politrauma Apto após 12 meses.
Cirurgias de suprarrenal: feocromocitoma Inaptidão definitiva.
Cirurgias de tireóide Apto após 6 meses.
Cirurgias dermatológicas de pequeno porte Apto após cicatrização.
Cirurgias endoscópicas (cirurgias realizadas com uso de fibra ótica em tubos flexíveis) Apto após 6 meses.
Cirurgias ginecológicas (cirurgias do aparelho genital feminino) de grande porte Apto após 6 meses.
Cirurgias ginecológicas (cirurgias do aparelho genital feminino) de pequeno porte Apto após 3 meses após alta.
Cirurgias por má-formação renal Sem sequelas funcionais: apto após 6 meses.
Cirurgias do Sistema Nervoso Central Apto após 6 meses, sem sequelas.
Cirurgias oftalmológicas (olhos) com acesso ao sistema nervoso central Apto após 3 meses, sem sequelas.
Cirurgias oftalmológicas (olhos) de pequeno porte (pterígio, catarata, miopia, laser) Apto após a alta oftalmológica.
Cirurgias ortopédicas Apto após 6 meses.
Cirurgias de doenças benignas da mama Apto após 6 meses.
Cirurgias plásticas sob anestesia local Apto após 3 meses.
Cirurgias plásticas sob bloqueio peridural ou raquimedular ou anestesia geral Apto após 6 meses.
Cirurgias urológicas (incluem trato urinário e sistema genital masculino) de pequeno porte (vasectomia, fimose, hipo e epispádia) Apto 30 dias após alta.
Cirurgias de varizes de membros inferiores Apto após 3 meses.
Colecistectomia (retirada de vesícula) Apto após 6 meses.
Colectomia (retirada do intestino grosso) Apto após 1 ano.
Criolipólise (procedimento estético) Aguardar 3 dias após cada sessão para avaliação de reação inflamatória. Estando sem sinais inflamatórios, liberar.
Curetagem Apto após 12 semanas, se pós-aborto; demais causas, apto após a cura.
DIU (dispositivo intrauterino) Apto.
Endoscopias/laparoscopias (procedimentos para exames e cirurgias realizados por meio de instrumentos endoscópicos) – ver definições básicas Apto após 6 meses.
Enterectomia (retirada do intestino delgado) Inaptidão definitiva.
Enxertos heterólogos de tecidos (tecidos de doadores) Apto após 1 ano.
Esclerose de varizes de de membros inferiores Apto 3 dias após procedimento.
Esplenectomia (retirada do baço) Inaptidão definitiva.
Esplenectomia pós-traumática (retirada do baço após acidente) Apto após 1 ano.
Exames com contrastes aéreos Apto após 30 dias.
Exames com contrastes baritado Apto.
Exames com contrastes iodado Apto após 30 dias.
Extração de cálculos Apto após 3 meses.
Gastrectomia total e subtotal, incluindo cirurgia bariátrica com ou sem colocação do anel (retirada do estômago total ou parcial, ou redução de volume) Inaptidão definitiva.
Hemorroidectomia Apto após 3 meses.
Hepatectomia pós-trauma, doação, má-formação (retirada do fígado) Apto após 1 ano.
Hernioplastia (cirurgia para tratamento de hérnia no abdômen) Apto após 3 meses.
Histerectomia (retirada do útero) Apto após 6 meses.
Infiltração articular (aplicação de medicamento diretamente nas artitculações/juntas) Apto após 15 dias.
Laminectomia (cirurgia para descompressão do nervo ao nível da coluna) Apto após 6 meses.
Laparoscopia (cirurgia abdominal com uso de laparoscópio – endoscópio) Apto após 6 meses.
Laparotomia branca (cirurgia do abdômen em que não foi identificada alteração dos órgãos) Apto após 3 meses.
Lipoaspiração (cirurgia estética para retirada de gordura localizada) Apto após 6 meses.
Litotripsia (a laser) (destruição de cálculos renais com laser) Apto após 30 dias.
Lobectomia (retirada de parte do pulmão) Inaptidão definitiva.
Mesoterapia (procedimento estético com injeção de enzimas no subcutâneo – abaixo da pele) Com material descartável, apto após 3 dias; sem condições de avaliação, apto após 12 meses.
Microagulhamento Uso domiciliar: se houver compartilhamento, inaptidão definitiva. Com material descartável, apto após 3 dias; sem condições de avaliação, ou relato de reutilização, apto após 12 meses.
Mielografia (exame da medula espinhal com injeção de contraste) Apto após 30 dias.
Nefrectomia por patologias que não má-formação renal (retirada do rim) Inaptidão definitiva.
Nefrectomia (retirada do rim) pós-trauma, doação, má-formação Apto após 6 meses.
Parto cesariana Apto após 6 meses.
Parto normal Apto após 12 semanas.
Pleurostomia (cirurgia para tratamento de doenças na pleura) Apto após 3 meses.
Pneumectomia (retirada de um pulmão) Inaptidão definitiva.
Preenchimento dérmico (procedimento estético para redução de rugas) Avaliar material utilizado. Gordura autóloga, metacrilato, politetrafluoretileno, hidroxiapatita de cálcio, ácido poliláctico, ácido hialurônico sintético (restylane fine line®, restylane®, perlane®, restylane sub q®, juvederm®, captique®: apto após cicatrização. Uso de material de origem humana heterólogo ou animal: apto após 12 meses.

*colágeno: cosmoderm®, cosmoplast®, zyderm®, zyplast®. *derme de cadáver humano: cymetra®, dermalogen®, fascian®. *ácido hialurônico derivado de animal: hylaform, hylaform plus;

Procedimentos com radioisótopos (exames ou tratamentos com materiais radioativos) Apto após 7 dias de cada aplicação.
Punção articular (retirada de líquido em articulações ou juntas) Apto após 15 dias.
Punção nódulo mamário (retirada de material de nódulos/caroços nas mamas) Aguardar resultado. Avaliar ocorrência de infecção secundária.
Punção nódulo tireoidiano (retirada de material de nódulos/caroços na tireóide) Aguardar resultado. Avaliar ocorrência de infecção secundária.
Radioterapia (tratamento com material radioativo) Considerar doença de base e resolução dos eventuais efeitos adversos.
Ressecção de aneurisma Apto após 12 meses, se não houver aneurismas remanescentes.
Ressecção de varizes Apto após 3 meses.
Retirada de nódulo (caroço) mamário Apto após 6 meses.
Simpatectomia (tipo de cirurgia em nervos) Apto após 1 ano.
Tireoidectomia, cirurgias de tireóide Apto após 6 meses.
Toracocentese (punção do tórax para retirada de ar ou líquido) Apto após 6 meses.
Transfusão autóloga (transfusão do próprio sangue) Será avaliado o prazo do procedimento que gerou a necessidade da transfusão, visto que este excederá o prazo do risco da transfusão.
Transplante de córnea Inaptidão definitiva.
Transplante de duramater (membrana que recobre o sistema nervoso central) Inaptidão definitiva.
Transplante de órgãos Apto após 1 ano.
Xenotransplante

Recebimento de células vivas, tecidos vivos, órgãos vivos de fontes animais não humanas.

Inaptidão indefinida.

Nota: produtos biológicos não vivos ou materiais de animais não humanos, como válvulas cardíacas porcinas, são aceitáveis após 1 ano.

Traumas vasculares periféricos Apto após 30 dias.
Vagotomia superseletiva Apto após 6 meses.

Em qualquer parte do corpo, impede a doação de sangue em definitivo; exceto se for carcinoma “in situ” do colo do útero ou carcinoma basocelular (tipo de tumor de pele). Tumores benignos não impedem a doação.

O triagista irá avaliar a localização e extensão das lesões, além da causa. Algumas doenças podem impedir a doação pelo risco de contaminação do sangue no momento da coleta; outras, por apresentarem uma reação sistêmica. A seguir, algumas doenças mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras doenças dermatológicas poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue. 

Doenças Tempo de liberação
Abcessos Apto 15 dias após término do tratamento.
Acne comum Apto.
Acne rosácea Apto 30 dias após término do tratamento.
Cisto pilonidal infectado Apto após 15 dias do término do tratamento.
Cisto pilonidal Inapto por 15 dias.
Eczema alérgico intenso ou grave Apto seis meses após a cura. Eczemas alérgicos leves: apto sete dias após o término das manifestações clínicas ou do tratamento.
Erisipela Apto após 14 dias do término do tratamento.
Eritema nodoso infeccioso Apto após três meses da cura.
Eritema nodoso não infeccioso Se não houver contraindicação definitiva pela doença de base (p.ex.: Crohn, sarcoidose), apto após 6 meses.
Eritema polimorfo (associado à reação medicamentosa) Apto 6 meses após a cura..
Eritrodermias Apto 6 meses após a cura.
Esporotricose Ver doenças infecciosas e parasitárias
Gangrena Inapto, pelo menos, 6 meses após término do tratamento, de acordo com a doença de base.
Herpes simples labial Ver doenças infecciosas e parasitárias
Herpes zoster Ver doenças infecciosas e parasitárias
Larva migrans Ver doenças infecciosas e parasitárias
Lesões de pele no local da punção venosa Inapto até cura.
Líquen plano Apto 6 meses após a cura.
Lúpus discoide Apto. Avaliar se realiza controle clínico periódico. Caso não realize, solicitar atualização do controle clínico.
Micoses Apto desde que não haja acometimento no local de punção.
Pênfigo Inaptidão definitiva.
Psoríase Pequeno comprometimento estritamente cutâneo, local de venopunção sem lesões, sem uso de medicamentos: Apto.
Manifestação sistêmica, como hemangioma, extensa ou em uso de medicamentos: inaptidão definitiva.
Ptiríase rósea Apto.
Ptiríase versicolor Apto, desde que não haja acometimento no local de punção.
Radiodermatite Inaptidão de acordo com a doença de base.
Úlcera arterial Inaptidão definitiva.
Verruga comum Apto.
Vitiligo Apto.