(Copeval) Outrossim, afeiçoei-me à contemplação da injustiça humana, inclinei-me a atenuá-la, a exemplificá-la, a classificá-la por partes, a entendê-la, não segundo um padrão rígido, mas ao sabor das circunstâncias e lugares. Minha mãe doutrinava- me a seu modo, fazia-me decorar alguns preceitos e orações, e a boa regra perdia o espírito, que a faz viver, para se tornar uma vã fórmula. De manhã, antes do mingau, e de noite, antes da cama, pedia a Deus que me perdoasse, assim como eu perdoava aos meus devedores; mas entre a manhã e a noite fazia uma grande maldade, e meu pai,
passado o alvoroço, dava-me pancadinhas na cara.
(trecho de Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis)
A classificação sintática do pronome oblíquo em “que a faz viver” (l. 06) somente não é a mesma na oração
a) ( ) atenuá-la (l. 02)
b) ( ) classificá-la por partes (l. 02-03)
c) ( ) Fazia-me decorar (l. 05)
d) ( ) entendê-la (l. 03)
e) ( ) que me perdoasse (l. 08)
A palavra que pode exercer diferentes funções sintáticas na construção dos enunciados. Vamos analisar cada uma delas:
a) Conjunção coordenativa explicativa: liga duas orações coordenadas, e a segunda oração é uma explicativa.
Exemplo:
Não insista, que eu não lhe emprestarei dinheiro!
b) Conjunção coordenativa aditiva: liga duas orações coordenadas, e a segunda oração é uma aditiva.
Elas reclamavam que reclamavam, até que, finalmente, foram atendidas.
c) Conjunção coordenativa alternativa: liga duas orações coordenadas, e a segunda oração é uma alternativa.
Exemplo:
Uma que outra roupa servia-lhe perfeitamente.
d) Conjunção subordinativa substantiva: liga a oração principal à subordinada substantiva (subjetiva objetiva direta, objetiva indireta, completiva nominal, predicativa, apositiva).
Exemplo:
Parece que vai chover.
e) Conjunção subordinativa causal: liga a oração principal à oração subordinada adverbial causal.
Exemplo:
Ele nunca me visita, que o trabalho o impede de viajar por muito tempo.
f) Conjunção subordinativa consecutiva: liga a oração principal à subordinada adverbial consecutiva.
Exemplo:
Ele ficou tão enciumado que mandou desligar o telefone.
g) Conjunção subordinativa concessiva: liga a oração principal à subordinada adverbial concessiva.
Exemplo:
Relevante que seja esta informação, não me interessa.
h) Conjunção subordinativa comparativa: liga a oração principal à subordinada adverbial comparativa.
Exemplo:
Viajar de avião é mais prazeroso do que viajar de carro.
i) Conjunção subordinativa final: liga a oração principal à subordinada adverbial final.
Exemplo:
Vamos torcer, que a economia melhore.
j) Pronome relativo: inicia oração subordinada adjetiva e possui a mesma função do termo a que se refere.
Exemplo:
Gosto de pessoas que tenham bom humor.
k) Pronome interrogativo: inicia uma unidade interrogativa direta ou indireta e pode ter a função de adjunto adnominal ou de um dos termos da oração.
Exemplo:
Queremos entender o que você quis realmente dizer naquele momento?
(núcleo do objeto direto do verbo entender)
l) Pronome indefinido: aparece em unidades exclamativas com a função de adjunto adnominal.
Exemplo:
Que notícia maravilhosa você acaba de me dar!
m) Substantivo: aparece escrito com um acento circunflexo e possui a função de núcleo do adjunto adnominal de um dos termos da oração.
Exemplo:
Essa pintura tem um quê de Picasso.
n) Advérbio: possui a função de adjunto adverbial de intensidade e é utilizado para intensificar um adjetivo ou um advérbio.
Exemplo:
Que inocente fui em acreditar em suas juras de amor!
o) Preposição: na linguagem coloquial, pode ser equivalente à preposição de, e também pode ter valor das preposições acidentais salvo, exceto e senão.
Exemplo:
Temos que (=de) estudar para as provas.
Compareceu à reunião sem outras justificativas que (=senão) as apresentadas anteriormente.
p) Interjeição: para manifestar espanto, perplexidade, admiração, surpresa; expressão típica de frases construídas com o uso de interjeições.
Exemplo:
Quê! Tal medida é absurda!
q) Partícula de realce: não possui função sintática e é utilizada apenas para dar realce, portanto, pode ser retirada do enunciado sem que haja prejuízo para a compreensão dele.
Exemplo:
Que saudades que eu tenho dos nossos momentos juntos!
Por Mariana Rigonatto
Graduada em Letras
Respostas
Resposta de: yarawaneska49
BONS ESTUDOS
Explicação:
ESPERO TER AJUDAO
eu hein :(
Explicação:
não denuncia só pq uma pessoa não te respondeu :(
Outra pergunta: Português
Português, 15.08.2019 01:00
Acada canto um grande conselheiro que nos quer governar cabana e vinha não sabe governasua cozinha é podem governa o mundo inteiro. sobre o que fala essa primeira estrofe de gregordo de matos
Respostas: 1
Português, 15.08.2019 00:55
Texto meus oito anos como você explica a concordância, ou a falta de concordância, em "sem nenhum laranjais"? que efeito de sentido essa opção provoca no texto.
Respostas: 1
Português, 15.08.2019 00:32
Oque muda quando ele lê toda a sequência? (estou me sentindo muito mal pelo que eu fiz; também estou me sentindo mal pelo pelo que não fiz; também me sinto mal pelo que deveria de ter feito; me sinto mal pelo que não deveria ter feito.)
Respostas: 2
Português, 15.08.2019 00:10
Ochapeleiro e a lebre aloprada discordam de alice e a corrigi. explique a diferença se sentido produzida pela mudança na ordem das palavras em cada um dos exemplos dados pelas duas personagens
Respostas: 1
Perguntas
Português, 05.05.2021 02:20
BONS ESTUDOS
Explicação:
ESPERO TER AJUDAO
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