Ditado popular quem tem boca vai a roma



Expressão que significa que a pessoa deve se comunicar para atingir seus objetivos. É empregada erroneamente, pois o correto seria dizer "quem tem boca vaia (do verbo vaiar) Roma"

Mesmo sem saber direito como chegar ao evento, vou perguntando até achar, pois quem tem boca vai a roma.

Cu não tem acento?
Nada a ver ou nada haver?

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O correto é "Quem tem boca vaia Roma".

Quem não está satisfeito com seus governantes, protesta. Na Roma antiga, a expressão oral, sob vaias, constituía um meio de protesto.

É quando uma pessoa, não sabe o lugar que vai, e pergunta a todos onde fica.

Se lucas não pergunta nunca ia acertar a casa de Plínio. Ora, quem tem boca vai a roma!

[Expressão Popular]
Que dizer: Quem se comunica, vai a qualquer lugar.

João queria ir a casa de Paulo, mas não sabia o caminho, então perguntou a Stephanie. Logo, quem tem boca vai a roma.

João Maria de Lima  

Professor

A expressão “ainda uma vez” anuncia o desaparecimento de tudo aquilo que participa da instabilidade do mundo criado, para que permaneça só aquilo que é inabalável. Hb 12,27

São comuns à maioria das línguas expressões com significado próprio que fazem sentido dentro de um contexto, por vezes, muito diferente da literalidade. A língua portuguesa, por exemplo, é cheia de ditos populares que, em alguns casos, são usados sem se ter ideia da origem ou da acepção, até porque muitos sofreram alterações com o passar do tempo, casos em que a oralidade e a sabedoria popular mostraram sua força e prevaleceram.

A expressão “Cor de burro quando foge”, atualmente utilizada para indicar uma cor indefinida, é derivada de “Corro de burro quando foge”, que designa o comportamento agressivo do animal, na iminência de atingir com um coice alguém próximo. Esse é um caso em que houve mudança na forma e no sentido.

Exemplo semelhante ocorreu em “Quem tem boca vai a Roma”, que significa “Quem sabe se comunicar vai a qualquer lugar”. Originalmente, o provérbio era “Quem tem boca vaia Roma”, com o verbo vaiar, em vez de ir. Isso porque a plebe e os escravos acreditavam que a cidade de Roma merecia vaias por causa de seu imperador, Júlio Cesar, cuja opinião ninguém podia contrariar.

Muito popular por nossa região, a expressão “Cagado e cuspido” já foi “Cuspido e escarrado”. A ideia é dizer que alguém é muito parecido com outra pessoa, como em “O menino é cagado e cuspido o pai” ou “O menino é cuspido e escarrado o pai”. Na verdade, em sua origem, a frase era “Esculpido em carrara”, que é um tipo de mármore de alta qualidade, popular para uso em escultura e construção de decoração. Apesar das corruptelas, o significado não foi alterado.

Outra que não sai da boca do povo, na hora de dar conselhos ou palavra de incentivo, é “Quem não tem cão caça com gato”, a qual indica: “Você deve se virar como puder para alcançar seus objetivos”. A expressão original era “Quem não tem cão caça como gato”, isto é, caça de forma astuta, escondendo-se como um felino.

Na época do Brasil colônia, impostos sobre ouro e pedras preciosas eram muito altos. Para burlar isso, o jeitinho dos mineradores foi rechear santos ocos feitos de madeira com todo o metal que conseguiam. Assim, podiam passar pelas Casas de Fundição sem pagar os impostos. Eis que surge a expressão “Santo do pau oco”, que, hoje, é sinônimo de falsidade e hipocrisia.

Já “Enfiar o pé na jaca” indica cometer excessos. Essa expressão vem do tempo em que os bares tinham cestos, na parte da frente, com frutas para serem vendidas. Esses cestos eram chamados “jacá”. Quando alguém bebia demais e saía cambaleando, geralmente enfiava o pé no jacá, já que não percebia o objeto. Passando de boca em boca, logo virou “Enfiar o pé na jaca”.

Os equívocos de estratégia de guerra do romano Marco Licínio Crasso deram origem à expressão “Erro crasso”.  Crasso, que dividiu o poder com Júlio César e Pompeu em 59 a.C., no período conhecido como Primeiro Triunvirato, era obcecado por conquistar o Império Parto, na Mesopotâmia, mas atacou a cavalaria inimiga em campo aberto com uma infantaria romana. Resultado: morreu e teve seu exército dizimado, naquela que ficou conhecida como a Batalha de Carras.

Há muito mais expressões e ditos populares que merecem registro. Da “Batatinha, quando nasce, espalha ramas pelo chão”, que virou “Batatinha, quando nasce, esparrama pelo chão”, ao “Se a vida te der um limão, faça uma limonada”, o importante é nunca esquecermos que “Todo dom precioso e toda dádiva perfeita vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há variação nem sombra de mudança”.  (Tg 1,17)

Muito popular por nossa região, a expressão “Cagado e cuspido” já foi “Cuspido e escarrado”. A ideia é dizer que alguém é muito parecido com outra pessoa, como em “O menino é cagado e cuspido o pai” ou “O menino é cuspido e escarrado o pai”. Na verdade, em sua origem, a frase era “Esculpido em carrara”, que é um tipo de mármore de alta qualidade, popular para uso em escultura e construção de decoração. Apesar das corruptelas, o significado não foi alterado.

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Uma das expressões mais dúbias da história da humanidade finalmente sofrerá investigações da sua Raposa querida. Se prepare!

Algo muito comum — e não só no Brasil — é ouvir a frase: “Quem tem boca vai a Roma”. Entretanto, vez ou outra, podemos escutar que o correto é “Quem tem boca vaia Roma”. Oras, qual a maneira correta de dizer? Bem, lhe trago a surpreendente resposta de que… As duas frases estão corretas!

Mas, claro, tudo depende do contexto. 

Sobre “Quem tem boca vaia Roma“: Sabemos que alguns imperadores (como todos os presidentes do Brasil) sofreram algumas crises durante suas vidas, como os exemplos de Calígula, o “pervertido” e Nero, o “incendiário”. Por conta disso, de acordo com o escritor Elio Marchand, em seu livro Quebrando O Código Da Bíblia, o correto é “vaia Roma”, pois essa era uma forma de convidar o povo ao protesto, preste atenção nestes versos: 

Contra injustiça, minha alma berra

Até que a própria justiça retorne à terra.

Venci as batalha, pois nasci na guerra

E quem tem boca vaia Roma

Quem tem peito enfrenta o César!

Mas e a expressão “Quem tem boca vai a Roma“? Ao que tudo indica, este é o ditado português original, possivelmente do século XVII. E inclusive foi registrado em numerosos dicionários portugueses e brasileiros. E a ideia desta expressão é de que não é difícil ir a um lugar longínquo e desconhecido pela primeira vez, quando não se é tímido em pedir informações constantemente sobre qual rumo seguir. 

Inclusive, vemos este ditado em outros idiomas. Confira:

  • Em Francês, qui langue a, à Rome va;
  • Em Italiano, chi lingua ha, a Roma va;
  • Em Tcheco, kdo jazyk má, do Ríma se doptá;
  • Em Espanhol, preguntando se va a Roma.

Entretanto, têm obras lusitanas que reconhecem que este ditado vem de uma releitura de “Quem tem boca vaia Roma”. De qualquer forma, as duas expressões são bem utilizadas e podem ser gastadas em nosso cotidiano sem represálias. 

E você, vaia ou vai a Roma? Comente logo abaixo para a sua Raposinha predileta!  

#FoxTraduz

Imagem:
wirestock /Freepik

Qual a origem do dito popular "Quem tem boca vai a Roma"? Até pouco tempo atrás pensava estar correta esta expressão conforme grafada no título e, atribuia tal ditado à necessidade de perguntar para não ficar perdido. Descobri há pouco tempo, que estava enganado. Na verdade o dito popular é "Quem tem boca, vaia Roma". Achei estranho o que tinha descoberto, pois não encontrava sentido em tal ditado, e fui pesquisar. Eis o que encontrei a seguir.

"Como demonstra o abade Severiano Barreto na sua obra de 1718, acerca da origem de algumas expressões populares e outras eruditas que inda hoje se houvem (grifo meu) e de outras que no entretanto hão caído em desuso. Diz-nos o estudioso que "... tal expressão tem por origem o hediondo hábito que houvera na antiga Roma em que muitas mulheres tomadas de devassidão rumavam à capital do nefando império. E encontrando-se elas em tão tenebroso lugar, aí se dedicavam às mais depravadas e debochadas práticas fazendo uso da boca para o exercício da sua obra de pecado. Diz-se pois de quem tem boca que vai a Roma (grifo meu) por ser aquela cidade lugar de deboche e porcaria tal que aí rumavam todas as prostitutas e rameiras do mundo de então a fazer abominação".

(FONTE - Yahoo Respostas - elizabetegrigorio) Eis, portanto, a origem de tal dito popular. Como o texto acima não é de autoria própria, está entre aspas e tudo foi conservado tal qual se encontra no original. Por isso, grifei em negrito duas coisas. O primeiro não era pra ser houvem e sim ouvem (do verbo ouvir - sem H). O segundo deveria ser vaia Roma e pode ser explicado pelo que consta no texto. Quem tem boca deveria vaiar Roma pela depravação que ali reinava. Há uma outra versão que afirma ser motivado este dito popular no fato de os imperadores fazerem muitas coisas ruins para o povo e então, todos (quem tem boca) deveriam vaiar Roma (o imperador) como sinal de protesto. Cumpre-me ainda fazer um outro comentário sobre o assunto. A revista Veja publicou, há algum tempo, um artigo sobre o assunto assinado por Sérgio Rodrigues.Nele o autor afirma ser invencionice essa história de vaiar Roma. Que o ditado correto seria mesmo "Quem tem boca, vai a Roma", querendo dizer que as pessoas esforçadas e que não se envergonham de perguntar, atingem seus objetivos.

Creio que podemos considerar os dois ditados populares corretos. O primeiro tem sua lógica e o segundo também. Houve uma alteração no dito popular que tomou outra forma e hoje vigora mas, considero que ambos tem suas razões de ser..

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