O ronco, em si, não é um problema de saúde, mas pode ser sintoma de problemas de saúde, como a apneia do sono, que exige acompanhamento em casos mais graves, e o desvio de septo, que pode ser corrigido com cirurgia. Nesses casos, é importante procurar um médico. Porém, também é muito comum roncar por causas temporárias, como um resfriado, muito cansaço, aumento de peso e obstrução nasal. Show
Mesmo nesses casos mais leves e pouco preocupantes, é interessante buscar uma solução. Afinal, o ronco, seu ou da pessoa do lado, incomoda bastante e impede que se desfrute de uma boa noite de sono. Para resolver ou amenizar o problema de forma barata e natural, aposte em receitas fáceis de remédios caseiros. Como parar de roncar com remédios caseiros1. EucaliptoO eucalipto funciona como um excelente descongestionante, e pode abrir suas vias nasais para que você respire melhor. Antes de dormir, esquente água com algumas folhas da planta ou óleo essencial, e fique próximo ao vapor liberado, tomando cuidado para não se queimar. Você pode aproveitar essa dica em qualquer situação que envolva o incômodo do nariz entupido, como resfriados ou baixa umidade do ar. 2. SálviaAlém de ser um tempero gostoso para carnes, essa plantinha possui propriedades anti-inflamatórias, e pode te ajudar se você estiver roncando por conta de excesso de muco ou dor de garganta. Ferva um punhado de folhas com uma xícara de água fervente, acrescente uma colher de chá de vinagre branco e use para fazer gargarejos antes de dormir. 3. HortelãO óleo essencial de hortelã é ótimo para descongestionar as vias nasais. Você pode ferver água com algumas gotas e inalar o vapor, como no caso do eucalipto, ou aplicar o produto diretamente do lado de fora das narinas. 4. Soro fisiológicoSe o clima da sua cidade está muito seco, aplique soro fisiológico nas narinas antes de dormir – você vai respirar melhor e ter uma boa noite de sono. Se não há soro na sua casa, você pode utilizar água fervida com sal, na proporção de uma xícara para uma colher de sopa. Use somente depois de esfriar. 5. Raiz de lótusO ingrediente típico da culinária japonesa é ótimo para limpar os pulmões. Use a raiz de lótus desidratada, que é vendida em lojas de artigos orientais, e consuma em forma de chá. 6. GengibreO gengibre possui propriedades anti-inflamatórias e estimula a produção de saliva, o que lubrifica as vias respiratórias. Antes de dormir, consuma em forma de chá, fervendo a raiz fresca na água. Outra opção é incluir o ingrediente em sucos nutritivos, para dar uma forcinha para a imunidade em casos de gripes e resfriados. Veja aqui um suco que detona o ronco, a base de gengibre, limão, cenoura e maçã. O gengibre e o limão têm propriedades anti-inflamatórias, enquanto o efeito antioxidante da maçã protege os pulmões. Já a cenoura faz bem para a imunidade e auxilia a expectoração. 7. Soluções para o ambienteEm períodos de estiagem, a baixa umidade do ar dificulta a respiração, o que pode causar roncos à noite. Para amenizar o problema, mantenha baldes de água ou toalhas úmidas no quarto. Alergias também podem causar o congestionamento nasal ou dificuldades para respirar. Portanto, mantenha o quarto sempre arejado, limpo e livre de mofo e poeira, que são as causas mais comuns. Vale lembrar que as receitas de remédios caseiros são eficazes para causas temporárias. Para parar de roncar em casos de apneia ou malformação nasal, é importante consultar um médico. VEJA TAMBÉM Contra a insônia: tipos de alimento amigos e inimigos do sono Como aumentar a umidade do ar da sua casa com dicas simples e baratas 10 receitas caseiras para acabar com o mau hálito
Quase todo mundo deixa de respirar por alguns segundos durante o sono, sem sofrer qualquer dano. Na maior parte das vezes, isso ocorre porque as vias aéreas ficam obstruídas e a passagem de ar é dificultada. Já se essas paradas respiratórias ocorrerem várias vezes enquanto a pessoa dorme, é possível que ela sofra da síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS), um problema que pode ter consequências negativas não só para o bem-estar ao longo do dia como também à saúde no geral. PrevalênciaO problema é bem mais frequente do que se imagina: estudos indicam que a condição afeta de 33 a 35% da população brasileira, sendo que muita gente nem desconfia que tem. Segundo especialistas, isso acontece porque a anatomia do ser humano facilita o problema —temos uma garganta estreita e um queixo mais projetado para trás em relação a outros animais. A obesidade e o envelhecimento são fatores que aumentam o risco. A prevalência é maior em adultos, especialmente após os 65 anos de idade. É mais comum entre os homens, mas após a menopausa as mulheres passam a ter o mesmo risco. Entre as crianças, acomete de 3 a 15% da população, independente do sexo. Entre indivíduos obesos, 60% têm a síndrome. ComplicaçõesAlém de prejudicar a oxigenação, as interrupções respiratórias levam a pessoa a despertar sem perceber diversas vezes durante a noite. Resultado? Cansaço e sonolência durante o dia, falta de produtividade e até de libido. Mas as consequências a longo prazo são a maior preocupação dos especialistas em sono: a apneia obstrutiva do sono aumenta muito o risco de hipertensão, diabetes, depressão, doença arterial coronariana e de morte por infarto ou derrame. Ainda existem estudos que associam a falta de sono reparador à dificuldade para perder peso e até maior risco de demências. Relação entre ronco e apneiaO ronco é a vibração dos tecidos das vias aéreas (ou mais especificamente do palato mole) diante da passagem do ar. Quanto maior o esforço para respirar e a flacidez desses tecidos, mais barulhento será o ronco. A obstrução pode causar uma apneia completa ou apenas parcial (hipopneia). Por isso, o ronco pode ser um sinal da síndrome da apneia obstrutiva do sono, mas nem sempre está relacionado a ela. Ou seja: nem todo mundo que ronca tem apneia, mas muita gente com apneia ronca. Aqui vale um alerta: quem ronca alto ou sofre de cansaço e sonolência diurnos sem razão aparente deve consultar um profissional de saúde. A medicina do sono é uma área de atuação que envolve diferentes especialistas, como neurologistas, otorrinolaringologistas e pneumologistas, entre outros. Sinais e sintomasOs mais comuns são:
Também pode haver:
Condições que podem ser causadas ou agravadas pela apneia do sono:
Causas e fatores de riscoA apneia do sono pode ser causada pela estrutura física ou por condições que afetam a saúde da pessoa. Com frequência, há mais de um fator de risco em jogo, como os seguintes:
DiagnósticoPara avaliar uma suspeita de apneia do sono, é comum o médico questionar sobre a qualidade do sono, queixas sobre ronco e cansaço diurno, além de examinar a circunferência do pescoço, o interior do nariz e as mandíbulas.A condição só pode ser confirmada com a realização da polissonografia, um exame em que a pessoa dorme com vários sensores ligados ao corpo para registro do fluxo respiratório, da atividade elétrica cerebral, da frequência cardíaca, da oxigenação do sangue e dos movimentos do corpo. Em geral, é necessário que o paciente durma no laboratório, embora hoje existam versões simplificadas que permitem uma triagem inicial em casa. Dependendo do resultado do exame, a síndrome pode ser classificada como:
Outros exames podem ser solicitados para investigar as causas ou complicações do problema, como radiografias, avaliação com dentista ou exames de sangue. Tratamento da apneia do sonoO tratamento deste distúrbio do sono depende da causa e da gravidade do quadro, e costuma ser multidisciplinar. Muitas vezes, medidas como perda de peso, orientações para dormir de lado ou exercícios fonoaudiológicos são suficientes para evitar a apneia nos casos mais leves. Em outros, são necessárias medidas como o uso de aparelhos na boca ou de máscaras que facilitam a respiração durante o sono. Alguns pacientes ainda podem precisar de cirurgia, o que é mais comum entre as crianças com problemas nas amídalas ou adenoides. Principais abordagens utilizadas para controlar a síndrome
Como ajudar quem sofre de apneiaFamiliares têm um papel importante para o diagnóstico e tratamento da apneia, já que muitas vezes a própria pessoa não percebe que ronca ou que tem paradas respiratórias. Muitas vezes, o tratamento requer mudanças de hábitos, o que não é fácil. Fazer dieta e exercícios é sempre mais fácil quando a família toda participa. O tratamento também pode envolver rotinas que exigem adaptação, principalmente no início, como dormir no laboratório algumas vezes, usar os aparelhos toda noite e cuidar da manutenção deles é mais fácil quando há o apoio de alguém. Dicas de prevenção da apneia do sono
Fontes: Geraldo Lorenzi Filho, pneumologista especialista em medicina do sono e ex-presidente da Associação Brasileira do Sono; Lucila Bizari Fernandes do Prado, pediatra e especialista em medicina do sono e de tráfego do Setor Neuro-Sono da Disciplina de Neurologia da EPM/Unifesp (Escola Paulista de Medicina/Universidade Federal de São Paulo); Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH); Ministério da Saúde. SIGA O UOL VIVABEM NAS REDES SOCIAIS |